terça-feira, 27 de dezembro de 2016

A PERCEPÇÃO DO ESPÍRITO DE DEUS EM NÓS É O NASCIMENTO DO CRISTO









No momento em que nos identificarmos conscientemente com a presença de Deus, ou seja, a percepção de que Deus - Espírito Perfeito - O Cristo Eterno - é o ser que somos, estaremos mortos para o nosso materialismo. 

O nascimento de Cristo é um fato que pode ocorrer muitas vezes por dia em nossa meditação, e cada vez que isso aconteça, será varrida de nossa consciência alguma parte do passado humano que se tenha introduzido nela. 

Precisamos dispor de períodos em que possamos viver conscientemente como se estivéssemos olhando uma longa linha reta como que formada pelo alongamento deste agora, deste momento atemporal, sem nada vermos do passado e sem nos interessarmos pelo futuro, mas em união consciente com o Pai.

Quando sentimos a confirmação desta união em nosso silêncio, é porque o Pai está trabalhando conosco, e então poderemos seguir avante em Sua obra e fazer, se necessário, planos para a próxima semana ou para o próximo ano, ou ainda para daqui a dez anos, se após a meditação nos for dado fazê-los. Esse planejar, porém, não cria preocupações com o futuro: é uma ação do presente que se estende naturalmente ao porvir.

Em certo sentido, é verdade que nós não fazemos planos, mas em outros, não. Quando me vem, por exemplo, a intuição de que devo dar aulas ou preferir palestras em várias partes do mundo, esta ideia está se apresentando à minha consciência em dado momento presente, e sua realização pode ser considerada numa continuação desse presente, embora envolva o futuro. Neste caso, poderei elaborar planos que incluam as providências necessárias. 

Em tal sentido é que fazemos planos para o futuro, mas tais planos resultam do trabalho de Deus em nós, no agora, ao revelar-nos o que devemos fazer aqui ou ali em determinada época.

Logo que os vem essa convicção interna, fazemos todos os planos, mas isto não é planejamento humano: são meras providências humanas tomadas em obediência ao plano divino que nos foi revelado.

Preocupar-se com o passado, afligir-se ou condenar-se pelo que se tenha feito, é desperdício de tempo, porque Deus não está no passado. E se Deus não está no passado, nós também podemos afastar-nos do passado. Além disso, não precisamos interessar-nos pelo futuro, salvo no que respeita aos planos que resultem naturalmente das idéias que os tenham sido espiritualmente inspiradas sobre o que deverá ser feito.

Quando dominamos e vivemos o princípio do viver sempre no eterno agora, todo momento de nossa vida se reveste de vital importância para nós. Depois que aprendermos esta lição, jamais ligaremos importância aos dias que passaram. 

Mesmo que já tenhamos realizado alguma coisa muito importante, não ficaremos descansados e satisfeitos com isso porque o futuro nada nos trará senão em conseqüência do que fizermos hoje. 

No presente é que se constrói o futuro. O passado é passado, e nada se pode fazer com ele. Mas se pode fazer muito no presente imediato, que governa tudo o que chamamos futuro.















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