terça-feira, 29 de maio de 2018

O NOVO HORIZONTE



O sentido que apresenta quadros de discórdia e desarmonia, doença e morte, é o mesmerismo universal que cria todo o sonho da existência humana. 

É preciso entender que, tanto uma harmoniosa existência humana como a mais discordante das condições do mundo, ambas são igualmente irrealidades. 

Deve ser percebido que todo o cenário humano é uma sugestão mesmérica, e que devemos nos elevar acima do desejo de vivenciar inclusive as boas condições humanas.

Compreendamos, integralmente, que uma sugestão, crença ou hipnotismo é a substância ou alicerce de todo o universo mortal, e que as condições humanas, boas ou más, são quadros semelhantes aos de um sonho, sem qualquer realidade ou permanência. Fiquemos desejosos de que desapareçam de nossa experiência, tanto as condições harmônicas como as desarmônicas, a fim de que a Realidade possa ser conhecida, desfrutada e vivenciada.

Acima deste conceito de vida, existe um Universo do Espírito, governado pelo Amor, povoado pelos filhos de Deus que vivem no templo da Verdade. Este mundo é real e permanente: Sua substância é Consciência eterna. Nele não há percepção alguma de discórdia e nem mesmo de bem material ou temporário.

O primeiro lampejo da Realidade – do Reino da Alma – surge com o reconhecimento e conscientização do fato de que todas as condições e experiências temporais são frutos de auto-hipnose. 

Pela conscientização de que o cenário humano todo, com seu bem e seu mal, é ilusão, surge o primeiro clarão e experiência do Mundo da criação de Deus e dos filhos de Deus que habitam o reino espiritual.

Agora, neste momento de elevada consciência, somos capazes, embora vagamente, de contemplar a nós mesmos como livres de leis humanas, mortais, materiais e legais. 

Vemo-nos separados e apartados da limitação dos sentidos, e, em certa medida, captamos as ilimitadas fronteiras da Vida eterna e da Consciência infinita. Os grilhões da consciência finita começam a cair; os rótulos começam a desaparecer.

Passamos a não mais ficar com o pensamento preso à felicidade ou prosperidade humanas; tampouco ficamos preocupados com saúde ou lar. 
A liberdade do ser divino se torna aparente.

A experiência, a princípio, assemelha-se a olharmos o mundo desaparecer no horizonte e desabar à nossa frente. Não há apego a este mundo, nem desejo de nele nos agarrarmos, provavelmente porque, em grande extensão, a experiência não ocorre antes que dominemos grande parte dos desejos pelas coisas “deste mundo”. 

De início não podemos falar dela. Há uma sensação de “não me toques, porque ainda não subi para meu Pai” – ainda estou entre dois mundos; não me toque nem me faça falar sobre ele, pois poderei ser puxado de volta. Deixe-me ficar livre para a ascensão, e então, quando estiver completamente livre do mesmerismo e seus quadros, direi a você sobre muitas coisas que olhos não viram e ouvidos não ouviram.

Uma ilusão universal nos prende à terra , às condições temporais. Conscientize isto, compreenda isto, pois somente através dessa compreensão é possível começarmos a soltar suas amarras sobre nós.

Quanto mais fascinados estivermos pelas condições humanas boas, e quanto mais desejos demonstrarmos pelas boas coisas da matéria, mais intensa será a ilusão. 

À medida que nosso pensamento habitar em Deus, nas coisas do Espírito, maior liberdade de limitação estaremos conquistando. 

Paremos de pensar tanto nas discórdias ou nas harmonias deste mundo. 

Paremos de temer o mal e de amar o bem da existência humana. 

Na proporção com que assim fizermos, estará a influência mesmérica deixando a nossa experiência. As amarras terrenas começarão a desaparecer; as algemas da limitação começarão a ruir; as condições errôneas darão lugar à harmonia espiritual; a morte abrirá caminho para a vida eterna.

Nosso primeiro lampejo, de que o paraíso está aqui e agora, marca o início de nossa ascensão. 

Esta ascensão é, então, entendida como uma escalada acima das condições e experiências “deste mundo”, e ficamos aptos a observar as “várias moradas” preparadas para nós na Consciência espiritual – na percepção da Realidade.

Não ficamos restritos à evidência dos sentidos físicos; não ficamos limitados ao suprimento visível; não ficamos circunscritos às fronteiras visíveis; não ficamos presos aos conceitos visíveis de tempo e espaço. 

Nosso bem estará fluindo do Reino invisível e infinito da Alma, do Espírito, para nossa imediata apreensão. 

Deixemos de julgar o nosso bem em função de quaisquer das chamadas evidências sensíveis. 

Dos mananciais tremendos de nossa Alma surge a percepção instantânea de tudo que podemos utilizar para termos uma vida com abundância. 

Nada de bom nos é retido, quando olhamos acima da evidência física diretamente para o grandioso Invisível. Erga os olhos! Erga os olhos! O Reino dos céus está próximo!

Eu estou rompendo o senso de limitação para você, como uma evidência de Minha presença e de Minha influência em sua experiência. 

Eu, o seu Eu, estou em seu âmago, revelando a harmonia e a infinidade da Existência espiritual. 

Eu, o seu Eu, e nunca um conceito pessoal de “eu”; nunca uma personalidade –, mas o Eu de seu próprio ser, estou sempre com você. 
Erga os olhos!













sábado, 26 de maio de 2018

OS EFEITOS DA UNIÃO CONSCIENTE COM DEUS - EU E O PAI SOMOS UM




Quando você tiver tocado essa Presença, quando você a tiver sentido, pode abandonar toda ansiedade , toda preocupação e todo medo pelo resto da vida.

Todas as suas preocupações ficarão para trás. Você encontrou a lâmpada de Aladim .

Mas isso é melhor do que a lâmpada do Aladim, porque você não terá sequer de desejar .

De fato , você não terá sequer de saber o que é que você quer ! 

Você fica sentado em silêncio e toca essa Presença ; Ela responde e, literalmente diz a você: 

"Eu estou aqui, eu Estou no caminho ; eu nunca deixarei nem abandonarei você. 

Se você andar sobre as águas , você não se afogará. 

Se você passar através do fogo as chamas não o queimarão . 

Se andar pelo vale da morte , nem a parte da morte o tocará. Ande por todos os vales que quiser." 


Minha Presença irá a tua frente . 

Minha Presença estará com você . 

Mas, lembre-se você só tem essa segurança depois de fazer seu contato com Ele - quando ele responde, você sente aquele " click" em seu sistema , aquela energia que entra precipitadamente, aquela pequena voz silenciosa, ou qualquer maneira pela qual Ele responda. 

Para cada um de nós, é algo diferente e às vezes, é diferente cada dia. 




quarta-feira, 23 de maio de 2018

PAZ - ESTADO DE NÃO RESISTÊNCIA AO ERRO






Que é o que se requer para andar sobre as águas e acalmar tempestades? Algum argumento mental? Alguma negação? Alguma afirmação? 

O que Jesus disse à tempestade foi: Paz! Fica quieta! E foi o bastante: Paz! fica quieta!

Todos aqueles que tem feito trabalhos de cura sabem que ela se opera quando se experimenta essa sensação de paz, esse estado de autorrealização em Cristo - a essência espiritual única. O que talvez não conheçam é o porquê da cura. 

Permitam-me explicá-lo: É porque nesse estado de consciência, nessa paz, o curador não luta, não opõe resistência ao erro ou falsa crença.

Isto me deu o que pensar. Foi a minha primeira experiência de cura pelo esquecimento da doença. 

Isto eu aprendi por experiência, no meu primeiro ano de serviço de cura. 

Um homem que sofria de tuberculose foi levado ao meu gabinete por um amigo. Ao atendê-lo, mencionou sua dificuldade em comer alimento sólidos, por sofrer de piorréia, e pediu-me que o curasse disto também. Assegurei-lhe que sim. Mas esqueci-me completamente da promessa que fizera. 

Na manhã seguinte ele me telefonou e disse: O que foi que o senhor fez por mim? Levei cinco minutos escovando os dentes com uma escova dura e notei que já estão todos firmes.

E logo depois tive a segunda, quando uma moça me telefonou pedindo ajuda para livrar-se de uma forte dor de cabeça. Achava-se no meu consultório um paciente que, reconhecendo a urgência do caso, levantou-se para sair, mas antes de chegar à porta, o telefone tocou novamente: era a jovem, para comunicar que a dor tinha passado. A cura fora instantânea.

Tais coisas não ocorrem a ninguém que se dedique a este trabalho sem que o leve a pesquisar-lhe a causa, a indagar se são acidentais, se acontecem por acaso, ou se revelam a existência de um princípio que as determine. 

Estudando e observando meticulosamente tudo o que pudesse contribuir para a descoberta do segredo, aprendi que a cura espiritual não é produzida pela mente humana, mas por um estado de Consciência Crístico. 

A Consciência Crística é o entendimento de que a doença não existe como realidade e não deve ser combatida. Ao esquecer a doença, o curador mostra que não a leva muito a sério.

Aquele em que a luz de Cristo se evidencia na realização de curas não faz do erro uma realidade, pois não o combate; pelo contrário, reconhece pacificamente o fato de que Deus constitui a vida do ser individual, conscientiza-se de que a cura não se efetua por força nem poder, mas pelo Espírito. 

Se uma só pessoa sentada em silêncio numa sala, em estado de receptividade, pode fazer com que o silêncio ou paz que ela experimenta seja sentida por todos os que se encontrem dentro da mesma sala, qual não será a repercussão do grande poder de silêncio mantido por todos os pequenos grupos de pessoas que estejam em meditação, espalhados por todo o mundo?

Se a tua consciência estiver permeada pelo silêncio, pela paz, estará impregnada do poder de cura. 

A realização da cura depende do estado de consciência do curador. Essa consciência é o que determina a cura daqueles que recorrem a ti, não que este poder seja tua propriedade pessoal. 

O poder de cura é a presença de Deus, o Espírito, manifestando-se como consciência individual. Tu não tens este poder, a menos que tua consciência esteja unida ao Amor divino, à paz que excede todo o entendimento.

Se quiseres entrar para o mundo dos negócios, se quiseres ser bem sucedido comprando e vendendo alguma coisa ou trabalho de cura: começa com a consciência em paz. 

Não inicies nada com medo, dúvida ou preocupações, pois do contrário, estarás transmitindo tal estado de ser negativo àqueles com quem negociares, e eles também o sentirão. Vai com este silêncio em teu coração, vai em estado de paz. 

Se necessário, antes de fazeres tua visita de negócio, isola-te em algum lugar, por um ou dois minutos, senta-te e obtém essa sensação de paz, antes de saíres de casa. 

Observa o que essa sensação de paz já fez por ti, e atenta no que ainda fará. 

A paz na consciência é um estado de receptividade.



domingo, 20 de maio de 2018

NÃO RESISTAIS AO MAL





Todo o seu trabalho de cura será feito dessa maneira, e você virá para o lugar onde não terá um único pensamento quando se sentar para ajudar alguém, ou mesmo para ajudar a si mesmo. 

Você se recostará em paz; você pode se lembrar de que não há nenhum lugar onde o Lago Erie termina e as Cataratas do Niágara começam, isto é, nenhum lugar onde Deus termina e o homem começa.

Toda a divindade está se despejando como você, tudo o que o Pai tem é seu; toda a sabedoria, todo o conhecimento, tudo o que você queira saber está onipresente como a sua verdadeira consciência.

Com alguns pequenos lembretes, tais como: “fala senhor: porque o teu servo escuta, aqui estou esperando pela pequena voz silenciosa”, você permanece nessa paz até que ocorra o “estalo” e então o tratamento está completo. 

Você saberá que o paciente teve uma cura ou sentiu uma grande sensação de alívio ou de liberdade, ou que a situação de alguma maneira foi satisfeita.

Se você julgar necessário repetir o tratamento diversas vezes, adote o seguinte procedimento:  Encontrar o centro do seu próprio ser, encontrar sua unidade com o Eterno, sentir o ritmo completo do universo e manter-se em consonância com ele. 

Existe uma lei Espiritual subjacente a essa meditação, em que não ocorre pensamento, nem argumento, nem tratamento, mas apenas a percepção consciente da presença de Deus e aquela sensação de paz. Sua base está na seguinte lei: "Não resistais ao mal" – uma das Leis mais poderosas encontradas na Bíblia. 

O que isso está realmente significando é que o erro não é real e, se você resistir a ele, você o tornará real, e tem o início o conflito.

Estão sempre nos dizendo para nos protegermos do mal, o que fazer a seu respeito quando o encontrarmos, enquanto o tempo todo isso não passa de uma imagem mental: “NÃO RESISTA AO MAL”. 

Quando alguém pedir ajuda, não erga uma barreira mental e recuse o mal. 

Diante de qualquer situação errônea ou adversa, em vez de negá-la, em vez de dizer que isso não é real, quando sob todas as aparências isso está realmente ocorrendo no quadro externo, não argumente, não combata, não resista absolutamente, mas apenas sente-se e diga: “Eu gostaria de saber quão real pode ser ..”

Em vez de negar o erro, deixe que o seu sentido espiritual reinterprete qualquer que seja a situação que se apresenta diante de você: “Já que eu sou a Consciência Infinita, já que, incluído em meu próprio ser, está o Universo todo, através de minha consciência desta verdade eu me torno a lei neste universo. Eu aceito em minha consciência a revelação de que o mal é irreal e, portanto, não tem de ser rechaçado ou combatido; eu me torno uma lei em meu universo através de minha compreensão consciente das leis espirituais da vida. Vejo toda a injustiça, toda a falta de integridade, toda desarmonia, toda a discórdia, toda a falta de ação cooperativa como apenas interpretação finita Daquilo que é real e, portanto, não os combato: sento-me calmamente em paz. “não resisto ao mal” e, dessa forma, me torno a lei para essa situação e vejo-a dissolver-se automaticamente”.

Então, e somente então, você pode dizer: “ O mal não é mesmo real, e vi sua irrealidade demonstrada e a realidade tornar-se manifesta”.

Se você combater o mal, acaba fazendo dele uma realidade conferindo-lhe um poder que pode fazer com que seja impossível para você vencê-lo. 

Se você resistir a alguém que lhe cause um mal, você estabelece um antagonismo tão real que ele agora tem de ser combatido e vencido.

Se você permanece em seus direitos humanos, mesmo em seus direitos legais, poderá ver-se empenhado em uma batalha. 

Sua missão não é travar uma batalha. Sua missão não é travar batalhas, mas permanecer quieto e ver salvação representada pela verdade de qualquer circunstância ou situação que apareça é uma manifestação de Deus.

Até que você aprenda a fazer isso, o que quer que você enfrente, mesmo quando for algo bom, representa o seu sentido finito daquilo que realmente é. 

Portanto, lembre-se que a Lei: “não resistais ao mal” – é o auge da cura espiritual. 

Isso permitirá que você enfrente qualquer situação no mundo com um desdenhoso: “ E daí?”



                                   



                                    Joel S. Goldsmith 
                       

quarta-feira, 16 de maio de 2018

A CURA METAFÍSICA






As curas sempre ocorrem na medida de nossa compreensão da verdade sobre Deus, sobre o homem, a ideia e o corpo. 

A cura nada tem a ver com alguém “externo” chamado de paciente.

Quando alguém pede uma ajuda ou cura espiritual, termina aí o papel que desempenhava, até que nos alerte de sua chamada “cura”. 

Nós não nos preocupamos com o assim chamado “paciente”, com sua solicitação, com a causa da doença ou com sua natureza, nem com seus pecados ou medos. 

Estamos apenas interessados na verdade do ser — a verdade de Deus, do homem, da ideia e do corpo. A atividade desta verdade em nossa consciência é o Cristo, o Salvador, ou a influência curadora.

O fracasso na cura resulta de grande falta de compreensão da verdade sobre Deus, o homem, a ideia e o corpo, e estas noções erradas têm sua origem principalmente nas crenças religiosas ortodoxas, ainda arraigadas em nosso pensamento. Só poucos se apercebem de quanto foram cegos pela ortodoxia supersticiosa. 

Só há uma resposta à pergunta crucial “Que é Deus?”, e a resposta é: “EU SOU”. 

Deus é a mente e a vida do indivíduo. 

Qualquer defesa mental ou reserva íntima do indivíduo resultará certamente em fracasso. 

Existe apenas um EU universal, quer seja dito por Jesus Cristo ou por um João qualquer. 

Quando Jesus disse “Aquele que vê a mim, vê Aquele que me enviou”, revelou uma verdade ou princípio universal. E isto é insofismável. Ou entendemos esta verdade ou não a entendemos — e se você não a entendeu, não precisa nem procurar outras razões para o fracasso na cura. 

A revelação de Jesus Cristo é clara. “Eu sou o caminho, a verdade e a vida.” Se você não puder aceitar isso como um princípio e, por isso, como a verdade sobre você mesmo e sobre os demais indivíduos, não terá o alicerce sobre o qual se apoiar. 

A verdade é que Deus é a mente e a vida do indivíduo. Deus é o único EU. 

A seguir surge a questão, “Que é o homem?”, e a resposta é que o homem é ideia, corpo, manifestação. Meu corpo é ideia, ou manifestação. E assim também meu negócio, meu lar e minhas posses, existem como ideia, como manifestação ou expressão. Por essa, e não por outra razão, meu corpo é a exata imagem e semelhança de minha consciência e reflete, ou exprime, as qualidades, o caráter e a natureza de minha própria consciência de ser. 

Chegados pois a este ponto, entendemos que Eu sou Deus, que Deus é a mente e a vida do indivíduo, que o corpo existe como ideia de Deus. 


Deus, ou o EU SOU, é universal, infinito, onipotente e onipresente; por isso, a ideia de corpo é igualmente indestrutível, imperecível e eterna. Nunca nasceu e nunca morrerá. Nunca serei privado da percepção consciente de meu corpo e, por isso, nunca estarei sem meu corpo. 

Quando olhamos para o mundo com nossos olhos, não vemos nosso corpo, não vemos esta ideia divina e infinita chamada corpo: o que vemos é um conceito, mais ou menos universal, desta ideia. 

Quando vemos um corpo saudável, uma bela flor ou árvore, estamos vendo um conceito bom da ideia de corpo, árvore ou flor. 


Quando vemos um corpo envelhecido e adoentado, uma flor murcha ou uma árvore seca, estamos vendo um conceito errôneo da ideia divina. 


Quando melhoramos nosso conceito de ideia, de corpo ou manifestação, chamamos esta concepção melhorada de cura. 


Na realidade, nada aconteceu ao tal paciente, ou ao seu corpo — a mudança ocorreu apenas na consciência do indivíduo, e se tornou visível como crença melhorada, ou cura. 

Por esta razão, apenas o curador deve aceitar sozinho a responsabilidade da cura e nunca tentar repassar a culpa do fracasso para a pessoa que lhe pediu ajuda. 


Pois todo indivíduo é EU SOU, Vida, Verdade e Amor, e seu corpo existe como ideia eterna, espiritual e harmoniosa, sujeita apenas às leis do Princípio, da Alma, do Espírito, e é nosso privilégio, dever e responsabilidade conhecer esta verdade, e a verdade libertará todos aqueles que se voltam para nós. 

Como consciência individual, espiritual e infinita, eu corporifico meu universo, corporifico ou incluo a ideia de corpo, de casa, de atividade, de rendimento, saúde, riqueza e amizade, e estas estão sujeitas apenas às leis espirituais e à vida. 

O corpo não age sozinho: ele é governado harmoniosamente pelo poder espiritual. 


Quando o corpo parecer discordante, inativo, superativo, instável ou aflito por dores, sempre há a ideia subjacente a isso de que ele possa agir sozinho, que tenha o poder, por si, de se mover ou não, de sofrer, de doer, de adoecer ou de morrer.  E isto não é verdade. Ele não dispõe de atividade ou inteligência próprias. 

Toda ação é espiritual, portanto, ação boa e onipotente. Quando reconhecemos esta verdade, o corpo responde ao conhecimento ou compreensão da verdade. 

Nenhuma mudança ocorre no corpo, pois o erro nunca esteve nele. O que muda completamente é o conceito de verdade que é, que foi e que sempre será. 

Lembremos aqui de que não há nenhum “paciente externo”, nenhum corpo fora daqui a ser curado, melhorado ou corrigido. Trata-se sempre de uma falsa ideia ou crença no pensamento do indivíduo que deve ser corrigida.  

Quando começamos a compreender que o corpo não age sozinho, que ele apenas responde aos estímulos da mente, podemos desconsiderar as chamadas condições físicas desarmônicas e nos fixar apenas na verdade de que a Vida sempre se expressa harmoniosamente, perfeitamente e eternamente como a divina ideia de corpo. 

A compreensão de que EU SOU consciência espiritual, individual e infinita, que corporifica toda ideia correta e a governa com harmonia, nos trará saúde, harmonia, lar, emprego, reconhecimento, paz, alegria e domínio. 

Compreender que isto é verdade para todos os indivíduos, desfaz a ilusão de ódio, inimizade e hostilidade. E isto também faz de você um praticante, um curador ou um mestre, mesmo que não faça desse trabalho uma profissão. 

Passemos agora a encarar nossas superstições ortodoxas, para delas nos livrarmos. 


Jesus foi enviado ao mundo para livrá-lo do pecado, da doença ou da escravidão? 
Não, Deus, o Princípio infinito, a Vida, a Verdade e o Amor não conhece o erro, o mal, o pecado nem o pecador. 

Jesus viu tão claramente esta verdade que tal visão fez d’Ele o Salvador, o curador, o mestre; e o mesmo poderá ocorrer conosco. 

A ação da Verdade na consciência individual é o único Cristo. O Cristo nunca é uma pessoa. 

A ação da Verdade na consciência individual constitui o único Cristo, sempre presente, aquele que era “antes de Abraão”. 


Esta atividade da Verdade dentro de você é o seu Cristo. 


A ação da Verdade na consciência de Buda revelou a natureza do pecado, da doença e da morte como sendo ilusões ou miragem. 


Esta mesma ação de verdade na consciência de Jesus Cristo revelou a nulidade da matéria; desdobrou-se como consciência curadora, diante da qual desapareciam o pecado e a doença, e a própria morte era vencida. 


Todo conceito errôneo, quer do corpo, do negócio, da saúde ou da igreja, deve desaparecer na medida em que a idéia correta sobre isso se instala na consciência individual e coletiva. 

E que dizer da imaculada concepção, ou nascimento espiritual? 
A imaculada concepção ou nascimento espiritual é o alvorecer da ação da Verdade na consciência individual, ou a Cristo-Ideia. 

Apareceu em Jesus como a revelação de que “Eu sou o caminho, a verdade e a vida… eu sou a ressurreição e a vida… Aquele que me vê, vê Aquele que me enviou”. 

A ação da Verdade na minha consciência, o Cristo de meu ser, está revelando que eu sou consciência espiritual individual, infinita, que corporifica meu universo, incluindo meu corpo, minha saúde, prosperidade, meu lar, minhas amizades, a eternidade e a imortalidade. 

Deixemos que a ação da Verdade em nossa consciência seja o primeiro e único objetivo, e nosso Cristo se nos revelará, em seu modo individualizado. 

Não existe o mal. Por isso, paremos de resistir a uma discórdia específica, ou a uma desarmonia da existência humana que se nos depara agora. 

Tal aparente discórdia desaparecerá assim que formos capazes de abandonar a resistência contra ela. E nossa capacidade de fazer isso está na proporção de nossa percepção da natureza espiritual do Universo. 

E uma vez que isso é verdade, é evidente que nem o céu nem a terra podem conter o erro de qualquer natureza; assim, o pensamento humano não iluminado vê o erro bem ali onde Deus brilha, a discórdia ali onde há harmonia, o ódio onde transborda amor e o medo onde de fato está a confiança. 

O trabalho em que nos envolvemos é a conscientização de que somos consciência espiritual, infinita e individual, que incorpora dentro de nós mesmos todo o bem. 

Este é o cântico que cantamos, o sermão que pregamos, a lição que ensinamos e, até que nos venha a realização, será nosso tema, nosso motivo condutor. É o fio prateado da verdade que une todas as mensagens. 

Nada pode vir de fora de nós; nada pode nos ser acrescentado. Já somos o vertedouro da consciência de onde jorra o Infinito. Aquilo que recebe o nome de humano em nós deve ser aquietado, para se tornar uma clara transparência através da qual nosso infinito Ser individual possa aparecer, se expressar ou revelar. 

Quando olhamos as cataratas do Niágara, podemos até imaginar que, com tanta água a correr continuamente, venha a secar; mas, se olharmos para além do quadro próximo, veremos o Lago Erie e perceberemos que se trata de fato não de cataratas de Niágara, mas que este é o nome dado ao Lago Erie no lugar onde se derrama no precipício formando a cascata. A inesgotabilidade da cascata de Niágara é garantida pelo fato de que sua origem, aquilo que constitui o Niágara, é na realidade o Lago Erie. 

E assim é conosco. Nós somos o ponto onde Deus se torna visível. Nós somos Deus-sendo o Verbo feito carne. Nossa fonte, aquilo que nos constitui, é Deus — o Ser divino e infinito. Nós somos Deus-sendo, Deus-aparecendo, Deus-se manifestando. 

Conta a história que Marconi, quando ainda bem jovem, estava seguro que seria aquele que daria ao mundo a comunicação sem fio, e não os muitos cientistas mais velhos que o vinham tentando havia anos. 

Após cumprir sua promessa, foi-lhe perguntado porque tinha tanta certeza de que seria bem-sucedido. Ele respondeu que os demais cientistas estavam buscando primeiramente um meio de vencer a resistência do ar às mensagens enviadas através dele, enquanto ele já havia descoberto que não havia resistência alguma. 

O mundo combate uma força do mal, porém nós descobrimos que não há tal força.  

Enquanto a matéria médica busca vencer ou curar as doenças e a teologia luta para superar o pecado, nós aprendemos que não há realidade na doença e no pecado, e as nossas assim chamadas curas se efetuam por causa desta compreensão. 

Sabemos que existem estas aparências humanas chamadas pecado e doença, mas também sabemos que por causa da natureza espiritual infinita do nosso ser, pecado e doença não são realidades; não são o poder do mal; elas não têm um princípio de sustentação; por isso, elas existem apenas como irrealidades aceitas por reais, ilusões aceitas como fatos, a interpretação errônea daquilo que de fato é. 

Nós nos amarramos com a crença de que haja um poder fora de nós mesmos — o poder do bem e do mal. Todo o poder foi dado a nós. E este poder é sempre bom, por causa da Fonte infinita de onde emana. 

O reconhecimento deste grande fato nos traz uma paz e uma alegria indizíveis, mas sentidas por todos aqueles que entram na esfera de nosso pensamento. Isto nos torna amados. Traz o reconhecimento e a recompensa. Garante-nos um lugar no coração dos homens e se torna a base de infindável boa vontade. 

Sempre que se defrontar com um problema, independentemente de sua natureza, busque a solução dentro de sua própria consciência. 

Em vez de correr de um lado para outro, de buscar uma resposta com esta ou aquela pessoa, em vez de buscar a solução fora de si mesmo, volte-se para dentro. 


Na quietude e no silêncio de sua própria mente, deixe que a resposta para o problema brote por si mesma. Se fracassar uma, duas ou três vezes, tendo se voltado para a paz de seu reino interior, em perceber a resposta como um todo, tente de novo. 


Nunca será tarde demais, nem a solução aparecerá tarde demais. 


Quando aprendemos a nos tornar dependentes deste meio para lidar com nossos problemas e nossas experiências, nos tornamos cada vez mais hábeis em reconhecer rapidamente a revelação da harmonia por parte de nossa mente. 

Por tempo demais buscamos nossa saúde, nossa paz e prosperidade fora de nós mesmos. 

Voltemo-nos agora para dentro e aprendamos que aqui, no reino de nossa consciência, nunca há fracasso ou desapontamento; nem tampouco nos depararemos com delongas ou traições, sempre que encontrarmos a calma de nossa própria Alma e a presença do Princípio que guia, que protege e governa, e ampara cada passo de nossa jornada. 

Não nos surpreendamos, pois, quando se nos revelar a grande verdade de que nossa consciência é todo-poderosa e é o único poder que atua nos nossos negócios, que controla e mantém nossa saúde, que nos dá a percepção e a orientação necessárias ao nosso sucesso em todos os caminhos da vida. Isso o espanta?Não é de admirar! 

Até agora acreditávamos que houvesse, algures, um Poder deífico, uma Presença suprema que, se pudesse ser encontrada, nos ajudaria, e até curaria nossos corpos de seus males. 

Torna-se agora claro para nós que a Deus-consciência é a própria consciência do indivíduo; é a onipotência e onipresença que nunca nos deixará e nunca nos abandonará, mais próxima que nosso próprio alento.

Não precisamos dirigir-lhe preces, fazer-lhe pedidos ou buscar de algum modo o seu favor: basta-nos este reconhecimento, que leva à completa percepção desta verdade. 


A partir de agora, podemos relaxar e sentir a segurança desta presença constante e o poder desta consciência iluminada. Agora podemos dizer: “Não temerei aquilo que um homem possa me fazer”. 


Não mais recearemos condições ou circunstâncias aparentemente externas ou fora do nosso controle. Sabemos agora que tudo o que possa se tornar conhecido em nossa vida, ocorre de fato dentro de nossa Consciência e, por isso, sujeito a sua direção e controle. 

Tampouco esqueceremos a profundidade do sentimento que acompanha esta revelação dentro de nós, assim como o sentido de confiança e coragem que imediatamente lhe vem a seguir. 

A vida já não é uma sequência de eventos problemáticos, mas uma jubilosa sucessão de fatos agradáveis. 

O fracasso é visto como o resultado da crença universal em um poder externo a nós mesmos; enquanto o sucesso seria a consequência natural de nossa percepção do infinito poder interior. 

O alívio do medo, das preocupações, da dúvida, deixa-nos livres para atuarmos normalmente, de modo saudável e confiante. 

O corpo reage imediatamente ao estímulo vindo do interior. Uma nova vitalidade, resistência e harmonia física se seguem tão naturalmente como o repouso segue ao sono. 

Bem pouco sabemos da vastidão de nossa riqueza interior até conhecermos o reino de nossa própria consciência, o reino da Alma. 

Quando, em silêncio, nos adentramos ao templo de nosso ser para obter resposta a alguma pergunta importante ou a solução de um problema vital, será melhor não formularmos nenhuma ideia por nós mesmos, não traçarmos nenhum projeto nem permitir que nossa vontade sobre o assunto gere nossos pensamentos. No lugar disso, aquietemos o mais possível nossa mente “tagarela” e adotemos uma atitude de escuta. 

Não será nossa mente pessoal ou mente consciente que nos dará uma resposta, nem a mente educada e formada pelo nosso meio ambiente e nossa vivência, e sim a Mente de Deus, a nossa Realidade, a Consciência criativa. E esta é melhor ouvida quando os sentidos e a mente intelectual estão calados. 

Esta divina Consciência não só nos mostra a solução de todo e qualquer problema e a direção correta a seguir em qualquer situação mas, sendo infinita, é a consciência de todo indivíduo e faz convergir todas as pessoas e circunstâncias para o bem de todos. 

Obviamente não podemos esperar que esta consciência universal atue em nosso favor e provoque perdas ou destruição para outros. 

O que é conseguido dentro e através do reino de nossa mente é sempre construtivo, quer individual, como coletivamente. Por isso nunca pode ser um meio de prejuízo, perda ou injúria para os outros. 


E nós nem dirigimos nosso pensamento para os outros, ou projetamo-lo para fora de nós em qualquer direção. O que nossa mente estiver desdobrando para nós, estará, ao mesmo tempo, operando como consciência de todos os envolvidos na ocasião. Nós nunca precisamos nos preocupar em “encontrar” alguma outra mente ou influenciar alguma pessoa. 


Lembremos de que a atividade da Consciência da qual somos uma manifestação exerce sua influência sobre todos aqueles que podem estar afetados ou envolvidos na situação ou no problema. 

Não há problemas sem solução na Consciência, e esta mesma Consciência, que é nossa consciência individual, é o único poder necessário para estabelecer e manter a harmonia de tudo o que nos diz respeito. 

É o nosso voltar para dentro que traz à luz as respostas que já existem. Nossa atitude de escuta nos torna receptivos à presença e ao poder dentro de nós. Nossos períodos de silente contemplação revelam a força infinita e a energia construtiva, a direção inteligente que sempre habita em nós. Descobrimos, pois, em nosso reino mental, nossa Lâmpada de Aladim. Em vez de esfregá-la e exprimir um desejo, nos voltamos para nosso interior em silêncio e ouvimos — e tudo o que for necessário para o sucesso e a harmonia da vida, flui em abundância; nós aprendemos a viver com alegria, saúde e sucesso —, não em função de qualquer pessoa ou circunstância externa, mas por causa da influência e da graça internas de nosso ser. 

Já não há necessidade de tentar dominar nossos sócios ou membros de nossa família. 


A lei interior mantém nossos direitos e privilégios. Todo desejo bom de nosso coração é agora satisfeito sem conflitos, sem medos ou dúvida. 

Quanto mais aprendermos a relaxar e observar ligeiramente nossos desejos, mais rapidamente e facilmente serão satisfeitos. Não nos é solicitado que andemos sofrendo pela vida ou que lutemos sem descanso por algum bem desejado — embora tenhamos falhado em perceber a presença de uma lei interior capaz de determinar e manter nosso bem-estar material. 

De início, pode nos parecer estranho perceber que leis interiores governem eventos materiais — e pode parecer difícil, de início, alcançar o estado de consciência em que tais leis do nosso ser profundo se tornam expressões tangíveis. Nós o alcançamos, contudo, na medida de nossa habilidade para relaxar mentalmente, para atingir uma paz e uma calma interiores, e a partir disso contemplar silenciosamente as revelações que nos vêm do nosso íntimo. 

A quietude e a confiança logo nos trazem à presença da realidade e das verdadeiras leis que nos governam. 

Para que não surja em seu coração a pergunta de como uma lei atuante em sua consciência, sem esforço volitivo ou direção, possa afetar pessoas e circunstâncias externas, peço-lhe que observe o resultado do reconhecimento das leis interiores e que verifique isto pela observação. 

Ainda teremos clara a percepção do fato de que abarcamos nosso mundo dentro de nós mesmos; que tudo o que existe, pessoas, lugares e coisas, vive apenas dentro de nossa própria consciência. 

Nunca poderíamos ter consciência de algo fora do reino de nossa própria mente. E tudo o que está dentro do nosso reino mental é alegre e harmoniosamente regido e mantido pelas leis interiores. Nós não dirigimos ou forçamos estas leis: elas operam eternamente dentro de nós e governam o mundo exterior. 

A paz interior se torna harmonia exterior. Assim que nosso pensamento assumir a natureza da liberdade interior, perderá o sentimento de medo, de dúvida e de desencorajamento. 

Quando a percepção de nosso domínio se fixa no pensamento, tornam-se evidentes uma certeza maior, uma grande confiança e firmeza. 

Tornamo-nos um novo ser, e o mundo reflete para nós este novo e mais alto conceito que temos dele. 


Aos poucos, desenvolve-se dentro de nós uma nova compreensão de nossos companheiros de jornada e de seus problemas, e brota de nós mais amor, mais tolerância, mais cooperação, mais ajuda e compaixão. Notamos que o mundo responde a este novo conceito que temos dele, e então todo o Universo vem a nós e deposita seus tesouros em nossas mãos. 

Muitos tratados e convênios alentadores têm sido firmados entre homens e nações, e quase todos falharam, pois que nenhum documento pode ser mais valioso que o caráter de quem o assina. 

Quando estivermos envoltos pelo fogo de nosso ser interior, não precisaremos mais de contratos e acordos escritos, pois fará parte de nossa natureza básica o ser honesto, justo, inteligente e gentil — e estas qualidades são encontradas em todos que vêm compartilhar nossa experiência no lar, no escritório, nas lojas e em todos os caminhos da vida. 


O bem manifesto em nossa consciência volta a nós numa “medida sacudida, cheia e transbordante”. 

Nesse novo estado de consciência, somos menos aborrecidos com as ações dos outros, menos impacientes com suas insuficiências, menos incomodados com seus erros.  

Do mesmo modo, em vez de sermos impedidos e limitados por condições externas, nós não as defrontamos, mas passamos por elas com quase nenhuma preocupação. 

Percebemos que algo dentro de nós rege nosso universo; uma Presença interior mantém a harmonia exterior. A paz e a quietude de nossa Alma são a lei da harmonia e do sucesso do nosso dia-a-dia. 

Tudo o que nos ocorreu antes disso será uma nulidade, se não percebermos que, acima de todo conhecimento da verdade, devemos estar à sombra do Cristo. 

Quando o Cristo - CONSCIÊNCIA DA PERFEIÇÃO ABSOLUTA ESPIRITUAL  penetra na consciência do indivíduo, o sentido pessoal de “eu” perde vigor. O Cristo se torna nosso ser verdadeiro. Não temos desejos, vontades ou poderes por nós mesmos. 

O Cristo estende sua sombra sobre nossa individualidade. Por vezes, ainda percebemos em nossa bagagem este sentido de finitude que tenta se reafirmar e mesmo dominar uma situação. 

“Pois o bem que quero, não faço; e o mal que não quero, este eu faço”, disse Paulo. 

Deixemos, pois, claro que o “eu” pessoal não pode curar, ensinar ou dirigir com harmonia. Ele deve ser mantido sob controle para que o Cristo possa ter o completo domínio sobre nossa consciência. 

O trabalho que é feito com a “letra da verdade”, com declarações e os chamados tratamentos, é insignificante se comparado com aquele conseguido quando rendemos nossa vontade e nosso agir ao Cristo. 

O Cristo se torna mais claro à nossa consciência naqueles momentos em que nos deparamos com problemas para os quais não temos resposta, e não temos poder para superá-los; percebemos aí que “eu, por mim mesmo, nada posso fazer”. 

Nesses momentos de autoanulação, o Cristo - O SER ÚNICO ESPIRITUAL QUE SOMOS - Consciência Única Espiritual -  docemente estende sua sombra sobre nós, permeia nossa consciência e traz a “paz, sê quieto”, ó mente atribulada. 

No Cristo, OU SEJA  -  NA CONSCIENCIA ESPIRITUAL UNICA E PERFEITA  - encontramos o repouso, a paz, o conforto e a cura. O poder natural do sentido espiritual nos invade, e a discórdia e a desarmonia se esvaem, como a escuridão desaparece com a chegada da luz. 

De fato, isto só é comparável com o alvorecer; o influxo gradual de Luz divina clareia e dá cor à cena em nossa mente, e desfaz uma a uma as ilusões dos sentidos, os recantos mais escuros do pensamento humano. 

A fadiga  do dia-a-dia quer nos subtrair este grande Espírito, até que tenhamos o cuidado de nos recolher com freqüência ao santuário do nosso ser interior, e ali deixar que o Cristo seja nosso hóspede de honra. 

Nunca permita que conceitos vãos ou crença em poder pessoal o afaste desta experiência sagrada. Esteja pronto. Fique receptivo. Aquiete-se.