terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

O PROFUNDO SIGNIFICADO DA TENTAÇÃO - 2




De vez em quando, todos nós somos tentados a dar as costas ao nosso mais elevado senso de Alma, a fim de melhorar nosso destino neste mundo; somos tentados a melhorar nossa situação descendo da altura espiritual em que nos sentimos em Unidade com Deus para adotarmos uma forma de tratamento inferior; somos tentados a confiar em alguma coisa separada e independente de Deus.

E aí é que devemos resistir à tentação e aprender a ficar em silêncio, nesse estado de paz que não vê poderes em aparências.

Uma vez que Deus é a consciência individual de cada um, não precisaremos de nenhuma forma de tratamento inferior ao representado por esta certeza; não precisaremos de nenhuma ajuda humana, nem sequer sob forma mental. Precisaremos somente estar sempre seguros de que Deus é a nossa consciência individual.

Comecei dizendo que devemos todos chegar a um nível de consciência que nos permita saber o que é Deus. E agora volto ao assunto. 

Deus é o princípio deste universo, mas se manifesta como consciência individual. É o principio do teu e do meu universo individual e a lei para a tua e para minha vida.

Nossa experiência externa é determinada pelo nosso, o teu e o meu grau de autorrealização em Deus – a Lei, a Vida Divina-, que atua como tua consciência individual. Isto, porém, não significa que cada um de nós seja ou tenha um Deus separado, mas quer dizer que, não obstante cada indivíduo possuir consciência ilimitada, essa consciência individual ó o único Deus, o Onipotente.

No entanto, enquanto não soubermos que, como consciência individual, temos o nosso ser em Deus e que em Sua eterna presença vivemos e nos movemos, não estaremos recebendo Sua orientação e proteção no que estejamos fazendo neste mundo. Para isso, precisamos saber que Ele é a divina realidade de nosso ser; precisamos senti-lo mais perto que o próprio ar que respiramos. Este é o segredo.

Não basta saber intelectualmente que Deus é a Vida eterna. Precisamos estar extremamente conscientizados disso, como estava Jesus, quando declarou: Eu sou a vida eterna. Nesse estado de ser, ele não disse que Deus era a vida eterna, nem que Deus era o caminho, mas afirmou: Eu sou o caminho.

Em outras palavras: Tudo o que Deus é, Eu sou; tudo o que Deus tem, Eu tenho, porque Eu e o Pai somos um.


continua...

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

O PROFUNDO SIGNIFICADO DA TENTAÇÃO - 1



Em seguida, foi Jesus levado pelo espírito ao deserto, a fim de ser tentado pelo diabo.


Jejuou quarenta dias e quarenta noites.
Depois teve fome.

Então se aproximou dele o tentador e disse-lhe:
Se és Filho de Deus,
manda que estas pedras se convertam em pão.

Respondeu-lhe Jesus:
Está escrito:
Nem só de pão vive o homem,
mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.



Vemos aqui o grande e profundo significado da tentação. Esta passagem mostra o exemplo típico de fidelidade à essência de todos estes ensinamentos, ante à tentação que sentimos de concentrar o pensamento e a atenção nas coisas deste mundo, isto é, nas necessidades externas - DE ENXERGA-LAS COMO MATÉRIA- SEPARADAS DE SI MESMO, e demonstrar o poder de produzir efeitos extraordinários, como a provisão de alimentos mediante a operação de um milagre.

Jesus sabia que essa não era a maneira de se demonstrar a presença de Deus como suprimento de nossas necessidades.

O meio de demonstrá-la consiste em se viver permanentemente numa atitude interna que se pode traduzir nestes termos: Uma vez que Deus é consciência divina, e que a consciência é a substância e atividade criadora de todas as formas, enquanto eu viver, me mover e tiver ao meu ser como consciência espiritual, todas as formas de suprimento aparecerão sem que eu me preocupe com elas. Esta era a resposta de Jesus a todas as tentações.

Esta deve ser também a tua resposta. Em vez de trabalhar, isto é, de fazer trabalho mental, quando se te apresente qualquer problema, lembra-te de que já aceitaste os dois grandes mandamentos de Jesus: Não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer, nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir e Buscai, pois, em primeiro lugar, o Reino de Deus e Sua justiça (verdade), e estas coisas vos serão dadas de acréscimo.

Quando te sentires tentado a usar esta verdade para obter um emprego, ou para efetuar uma cura ou fazer alguma coisa no plano externo, dize como Jesus, a ti mesmo:  Eu não vivo somente de pão, mas de toda a palavra que procede da boca de Deus. Não vivo de suprimentos externos. Estes são coisas recebidas de acréscimo, que me vêm às mãos espontaneamente, como um desdobramento natural do meu estado de autorrealização em Deus, a Consciência divina, que está sempre Se manifestando como minha consciência individual. Ela é a fonte do meu suprimento; logo, não preciso fazer magia. Não preciso que o eu pessoal se arvore em demonstrador de poderes. O único EU, o grande EU SOU, está governando, mantendo e sustendo Sua própria imagem e semelhança. Se tentar fazer milagre, se tentar fazer demonstração de poder, estarei criando um eu separado de Deus, revestindo-me, assim, de uma personalidade que não é de Deus. Deus está sempre mantendo o que é Seu.

Por ceder à tentação de demonstrar poderes é que a mente humana entra em conflito e cria sofrimentos. Por exemplo, o filho pródigo, não estava satisfeito em viver só dos bens de seu pai, e por isso, saiu de casa, partiu para o mundo, com o desejo de abrir se próprio caminho na vida. E sabes como acabou.

Na Antiguidade, deu-se à origem do mal o nome de “diabo”. O diabo não é nem nunca foi uma pessoa. O diabo, ou mal, é algo de natureza impessoal. É possível que ele apareça como pecado, delinquência juvenil, falso desejo, doença incurável, pobreza, ou morte.

Entretanto, seja qual for o nome ou natureza, aquilo que se põe à sua frente é um mal único.

Empregamos para ele a designação “mente carnal”, dada por Paulo, ou algum outro termo, como “aparência” - matéria, por exemplo.

A discórdia ou tentação não é uma entidade ou identidade física; ela é uma “aparência”, um produto da mente carnal: a crença em dois poderes.

Então o diabo o levou à cidade santa, colocou-o sobre o pináculo do templo e disse-lhe:
Se és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; porque está escrito: Recomendou-te a seus anjos que te guardem ... para que não tropeces em alguma pedra.

Replicou-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus.

Se temos o próprio Deus como nossa consciência, se Deus é a nossa Alma, Mente e o Ser que Somos, acaso precisaremos produzir anjos, alguma espécie de efeitos extraordinários para nos segurar, amparar e ajudar?

Precisaremos de alguma coisa além de Deus? Não nos tornaremos idólatras quando recorremos a algo que não seja Deus, a algo menos que Deus para nos manter? Acaso não será isso pecado contra o nosso próprio senso de vida espiritual?

Quando formos tentados a recorrer ao homem cujo fôlego está no seu nariz, quando formos tentados a confiar em alguma forma humana de Deus, ainda que nos pareça como um anjo, lembremo-nos da tentação de Jesus. Perguntemo-nos a nós mesmos: Tenho alguma necessidade de anjos? Necessito de algum auxílio? Necessito de alguma forma menor de ajuda, mesmo que seja a do pensamento humano?

Ainda o diabo o transportou a um monte muito elevado, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e sua glória, e disse-lhe: Todas estas coisas te darei se, prostando-te em terra, me adorares.
Ordenou-lhe Jesus: Vai para trás, Satã, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele servirás!

Então o diabo o deixou, e eis que vieram anjos e o serviram.

Quando compreender a Deus como Onipotência, estará habilitado a se livrar do mal sob todas as formas, mediante as seguintes palavras: “Nenhum poder terás sobre mim, a não ser que tu venhas de Deus. Ao lado de Deus não há nenhum outro poder; e o Poder divino é presente tanto no céu como exatamente aqui onde eu estou.”




CONTINUA---

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

*O CRISTO: TEU VERDADEIRO E ÚNICO EU*




O Bem não é realmente uma qualidade que você alcançará: o Bem é o Ser que você é.

O Cristo não é algo que você vai alcançar: o Cristo é o Ser que você é. É algo que você deve reconhecer agora. 

Você deve perceber que Cristo é agora a sua Verdadeira Identidade: você não a ganhou. Não há você para ganhar algo: há o você que já existe, mas que agora deve ser realizado.

Se você entende Cristo como sua Identidade, isso é permitir que Cristo habite em você, não realmente “em” você, mas “como” você. 

Se você permitir que Cristo viva como você, e se você viver como Cristo, então quando o seu eu inferior, o homem carnal, o homem natural, se levantar para dizer: “não me sinto bem, estou doente", ou “eu sou pobre”, ou “estou tentado”, ou "estou pecando", você responderá com "'afasta-te de mim, Satanás'. Eu sei quem Eu Sou". 

Gradualmente, você descobrirá que se torna cada vez mais fácil não só alcançar a vida como Filho de Deus, mas também, o que é tão importante quanto, viver com seus próximos conhecendo sua Verdadeira Identidade, e a Verdadeira Identidade de quem nem mesmo começou a suspeitar disso.

O Cristo não precisa ganhar a vida com o suor da testa; o Cristo não tem que lutar ou se esforçar: o Cristo vive pela Graça. É o que acontece no momento em que você reconhece sua Verdadeira Identidade e a minha. Isso tem que ser universal. 

No momento em que você percebe que está vivendo não como um mortal, mas como um Ser Crístico, na medida em que isso começa a se registrar em você, sua vida perde o sentido da batalha, perde a luta; e o seu bem começa a aparecer pela Graça, sem pensar em sua vida, “não pela força nem pelo poder, mas pelo meu Espírito” (Zacarias 4:6), pelo Espírito de Deus que habita em você. Tudo isso só pode acontecer na proporção em que você começa a saber que vive como o Cristo e a reconhecer sua Verdadeira Identidade, sua Cristandade e a de todos.

Eu, minha Verdadeira Identidade, sou o Cristo. 

A Mente do Cristo é minha mente; a Alma de Deus é minha alma. 

Eu e o Pai Somos Um, e todas as qualidades espirituais do Pai são minhas.


*Joel Goldsmith*

sábado, 11 de fevereiro de 2023

*Os Problemas Representam um Sentimento de Separação de Deus*

 



Não há problemas depois que entramos em contato com Deus. 

Os problemas são uma parte de nossa experiência somente na medida em que não criamos e não mantemos uma Consciência em contato ou União com Deus, uma Unidade Consciente com Deus. 

Todos QUE acreditam SER UM EU QUE NASCEU- IDENTFICAÇÃO COM O CORPO CARNAL- TRAZEM EM SI UM SENTIDO DE SEPARAÇÃO DE DEUS,  e é por essa razão que qualquer coisa pode acontecer conosco, a qualquer momento entre o berço e a sepultura - qualquer coisa de natureza desagradável e de natureza agradável. 

No sentido de separação de Deus,  o cuidado de Deus, sustento e manutenção de Deus, que são nossa legítima herança como Filhos de Deus PARECEM AUSENTES

Às vezes, podemos ter a experiência de fazer contato com Deus, sentindo a felicidade da União com Deus; e podemos até ter longos períodos vivendo na Presença de Deus e, ainda assim, de tempos em tempos, termos problemas; mas esses problemas representam o sentimento de separação de Deus que penetrou através do mesmerismo universal, isto é, através das crenças universais do mundo. 

Entendendo isso, torna-se nosso trabalho de vida, como buscadores de Deus, recolhermos-nos o mais rápido possível para esse abrigo secreto do Altíssimo, aquele santuário interior de nosso próprio Ser, e lá restabelecermos nossa União Consciente com Deus, para que a Presença de Deus possa resplandecer tanto em nós que nenhuma outra presença permaneça.

Todas as experiências da existência humana chegam até nós por causa da crença em dois poderes, um poder chamado bem e um poder chamado mal. 

Aprendemos, no entanto, que não existe poder real no mal, exceto o poder que a crença universal lhe dá, e nós experimentamos o mal apenas por causa de nossa aceitação da crença universal. 

Os problemas desaparecem da nossa experiência, então, proporcionalmente à medida em que  percebemos  a mente que também estava em Cristo Jesus - a realização de Deus como o Único Poder e a Única Lei. Isso realmente significa que as leis que temíamos - leis do clima, alimentos, germes, infecções, contágio, acidentes - não são leis, mas um senso de lei sem poder, exceto poder que a crença universal lhes confere.

Deus não nos envia problemas. Sob nenhuma circunstância, sob nenhuma condição, e em nenhum momento Deus nunca nos deu um problema. 

Nesse entendimento, congratulamo-nos com as circunstâncias e pessoas que nos parecem problemas, por causa da oportunidade que fornecem-nos para nos elevar-nos para a Realização Espiritual e para o Reino Espiritual em que não encontramos problemas, nenhuma lei do mal, nenhum poder destrutivo e nenhuma presença prejudicial.

Muitas vezes, as pessoas experimentam longos anos de boa saúde física e um desempenho satisfatório de suprimento, acreditando que elas estão vivendo na Graça de Deus, quando, na verdade, elas estão apenas desfrutando da saúde e riqueza acidentais da experiência humana. É essa a razão pela qual, embora a qualquer momento possamos estar desfrutando de boa saúde ou abundante suprimento, devemos nos recolher em intervalos regulares do dia, para garantir a nós mesmos que estamos dependendo da atividade de Deus para nossa saúde - na Presença, no Poder e na Luz de Deus. 

Devemos nos retirar para esse santuário interior dentro de nosso próprio Ser, e percebermos que não somos dependentes de marido, esposa, cargo ou investimento para nosso suprimento, mas que nosso suprimento é a Graça de Deus que está conosco, independente de qualquer aparência, circunstância, condição ou pessoa.

Se, por algum motivo, experimentarmos um período de doença, de falta ou limitação, sejamos muito rápidos em perceber que isso veio a nós como parte de nossa experiência apenas para que possamos superar essas circunstâncias adversas o mais rápido possível, na percepção e realização de nossa Unidade Consciente com Deus. Não lutemos contra esses erros dos sentidos, mas descansemos na constatação de que eles ocorreram apenas porque temos mantido um senso de separação de Deus, temos mantido um senso de individualidade separado de Deus, um senso de lei separado da Lei Espiritual.


Joel Goldsmith

sábado, 4 de fevereiro de 2023

CRISTO VIVE EM MIM!






Visto que nada pode acontecer a você, exceto através de sua própria Consciência, você não pode se beneficiar da Presença do Cristo, exceto por um reconhecimento dentro de você de que Cristo habita em você. 

O que quer que aconteça em sua vida deve acontecer por meio da atividade de sua Consciência. 

O Mestre disse: “conhecereis a verdade, e a verdade os libertará” (João 8:32). 

Você deve saber a Verdade de que Cristo habita em você e que a função do Cristo em você é curar os enfermos, ressuscitar os mortos , alimentar o faminto, perdoar o pecador.

Reconheça que você, por meio desse Cristo que habita em você, pode fazer todas as coisas. 

Não há poder fora de você para agir sobre você. 

Não entenda mal essa afirmação. Há muito poder no mundo para agir sobre os seres humanos, sobre aqueles que não reconheceram que Cristo habita neles. Mas no momento em que você aceita o Cristo que habita em você, o Cristo vive a sua vida.  É uma Presença que vem antes de você para “endireitar os caminhos tortos” (Isaías 45:2), e então você não está vivendo exclusivamente sua própria vida: você tem um Parceiro Invisível, um Parceiro “senior”, um Parceiro de Poder. Não é um poder que sai para destruir seus inimigos, não é um poder que sai com a espada, não é um poder que age como um general ou um rei. O Poder do Cristo que está dentro de você é a “voz mansa e delicada” (1 Reis 19:12). 

Deus não está no redemoinho, Deus não está nos pecados deste mundo ou nas doenças deste mundo; Deus não está lá fora em bombas: Deus está na Voz mansa e delicada.

A atividade do Cristo se manifesta na Terra por meio da Voz mansa e delicada que você ouve. Não importa se você ouve ou não. O ponto é que, no momento de sua aceitação de Cristo, sua atenção se volta para dentro em um reconhecimento de que o Cristo está dentro de você, e você o deixa falar através de Sua Voz suave. Quando fala, a terra se derrete; os exércitos alienígenas destroem a si mesmos.

O Cristo não sai para destruir exércitos: o Cristo profere Sua Voz mansa e delicada, e seja o inimigo uma pessoa ou uma condição, ele se destrói, não pela força ou pelo poder, mas por esta Voz mansa e delicada. Portanto, a Vida Espiritual envolve, antes de tudo, o reconhecimento: Cristo habita em mim. Deus plantou Seu Filho em minha Consciência e, como antigamente, Sua função é iluminar-me, ensinar-me, pregar a mim o Evangelho. Sua função é ser meu pão, carne, vinho e água, a Fonte de minha Inspiração.

O Reino da Totalidade está dentro de mim. Não me permito estar tão ocupado aqui no mundo, a ponto de esquecer minha Unidade Consciente com essa Totalidade. Eu percebo e realizo tudo o que é certo para mim fazer, mas sem preocupação, porque agora sei que os frutos vêm por causa dessa Graça Interior, dessa Quietude e Paz Interior.


*Joel Goldsmith*

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

A Gratidão-3 (Final)

 



Não há limite para a gratidão que podemos exprimir, já que sabemos que tudo vem de Deus.

Não há limite para o amor que podemos exprimir, já que o amor é Deus e d’Ele provém.

Não há limite para o suprimento que podemos experienciar e partilhar – mesmo em dinheiro – sabendo que Deus é o único Provedor.

O ponto mais importante, e que não devemos esquecer, é que Deus é seu Eu real e você possui, latente, toda a infinidade dos divinos dons e da divina capacidade. Não há limites para sua expressão. 

Você pode exprimir a infinidade que está em germe em você. Não basta teorizar esta Verdade. É preciso tomar consciência dela. 

É importante começar a conscientizar, a observar e dissolver, paciente e firmemente, as emoções negativas, as crenças equivocadas, as fantasias e demais bloqueios formados em nossa parte humana, a fim de que nos abramos e nos elevemos a este maravilhoso cosmo divino, que está sempre nos mandando mensagens de verdade e de amor e não podemos escutar. E se escutássemos, não poderíamos compreender. 

É indispensável este trabalho sobre nós mesmos, esta transmutação, que irá rompendo o véu da ilusória separatividade, até que possamos dizer como o Cristo: “Eu e o Pai somos um”.

Recordemos a promessa do Mestre: “As obras que eu faço, vós as fareis, e maiores obras ainda fareis, se me fordes fiéis”. Ele se referia à fidelidade com nosso próprio Cristo interno, em Quem reside toda a infinita possibilidade do Ser, quando Lhe fazemos a vontade.




F I M

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

A Gratidão-2

 





Deus é o amor e o suprimento de todo o bem. Ele é infinito Se o homem exprime apenas um dedal ou um copo de graças, a culpa não é de Deus, mas do homem que se limita com suas crenças falsas e negatividades. 

Na medida em que você se abre ao Divino e Lhe permite maior expressão, seguramente canalizará mais de sua infinidade. Não é que as pessoas retenham o divino amor. 

O homem não tem poder sobre o amor. O amor continua, incólume, inteiro, livre e puro, ainda que o homem não o exprima. E quando o homem exprime amor, em verdade, é Deus Se exprimindo por ele ou como se fosse ele.

Deus não Se exprime de modo limitado e finito. 

Se ele não encontra meios suficientemente amplos para exprimir o Seu amor, valer-se-á de outros canais mais generosos. 

O erro não é de quem parece negar ou limitar o divino amor ou até odiar. 

O equívoco está em quem espera receber amor de uma pessoa determinada e fica a exigir-lhe, insatisfeita e a condená-la, julgando que ela está retendo o amor a que tem direito. Ninguém pode reter e bem dar o que não é dele. E o amor é de Deus. 

De uma vez por todas, ponhamos de lado a ideia de que uma pessoa possa ter amor. Não teimemos em apontar a pessoa que nos deve amor. 

Ergamo-nos a Deus, que é amor e suprimento. Ele sabe como, por quem e quando nos fazer chegar esse amor e suprimento. 

Ainda que você não esteja recebendo de quem acha ter o direito de esperar, você não pode mudar ninguém. Mas você pode mudar a demonstração. Não fique a olhar para as pessoas. Olhe para Deus e só d’Ele espere. Então o amor lhe virá de algum modo, mesmo que seja por um canal que não esperava.

Guardemos bem isto: não determinemos a direção de onde nós há de vir o amor e suprimento. Ele sempre vem de Deus. Quando compreendemos claramente isto e nos abrimos a Ele, tudo muda!

GRATIDÃO E SUPRIMENTO

Há estreita relação entre a graça e o suprimento. 

É frequente ouvir pessoas que, ao exprimir sua gratidão com algum bem material, comenta: “Se eu pudesse, daria mil vezes mais que isto, para pôr-me à altura de tudo que recebi”. 

É pena que a maioria das pessoas não entenda ainda o sentido mais profundo do amor, do suprimento e da gratidão. 

Se é verdade que Deus, muitas vezes exprime Seu amor com provisão material, isso não quer dizer que a gratidão possa ser compensada com bens materiais. 

Infelizmente, a maioria pensa dar e amar pelo humano e, por isso, espera recompensa pelo humano. Acham que, tendo materialmente mais, podem exprimir mais sua gratidão. Grande engano!

Todavia, como devemos compreender e aceitar os demais conforme seu grau de compreensão, não nos esqueçamos de “dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”, isto é, sejamos gratos aos canais da provisão e do amor de Deus, alegrando-nos de que possam exprimir os divinos dons e desejando que eles os exprimam cada vez em maior abundância, por sua elevação da consciência. 

Ao mesmo tempo, nunca olvidemos que Deus é a única Fonte de suprimento e que tudo provém d’Ele. A Ele, sempre, é que devemos endereçar a ação de graças.



Continua..>

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

A Gratidão-1

 



É dito nos Evangelhos: “Por suas obras os conhecereis”. 

Esta Verdade se aplica à gratidão, que deve manifestar-se em atos. 

Quanto mais elevado for o conceito que uma pessoa tiver de gratidão, tanto maiores serão as suas obras de reconhecimento, e mais expressivas as demonstrações que recebe nesse campo.

Dar graças é reconhecer Deus como a Fonte única, abundante, infalível, contínua, amorosa e sábia de suprimento de todo o bem. 

É impossível ser grato sem exprimir, em alguma medida, a natureza de Deus, no ato de agradecer, pois tudo vem de Deus e não de homens. 

A gratidão mesma tem significado que transcende a palavra que a representa ou os conceitos concebidos pelos homens a seu respeito. Suas profundas raízes atingem a realidade do Ser.

No sentido comum, a gratidão é o transbordamento de apreço às pessoas e circunstâncias pelas quais, aparentemente, recebemos tudo. Mas seu real significado vai muito além dos eventos e pessoas que a exprimiram. 

Uma pessoa não pode ser grata e nem ingrata. Não está no poder de ninguém, dar, limitar ou negar o bem representado por qualquer coisa. 

A gratidão nada tem a ver com o ser humano, porque ele é apenas um veículo ou canal de expressão do amor de Deus.

A GRATIDÃO E O AMOR
A gratidão é uma das fases do amor . . . e o amor é Deus. 

É impossível manifestar gratidão sem manifestar amor, porque os dois são atributos afins de Deus, inseparáveis d’Ele. 

A gratidão é semelhante ao amor. Tal como o amor, a gratidão é Deus Se expressando através do homem ou como homem. 

Assim como é impossível amar sem exprimir, em alguma medida, a divina natureza nossa, também é impossível ser grato, sem exprimir, dentro de nosso entendimento, a natureza de Deus, no ato de agradecer: todo o bem procede de Deus e não do homem. 

Disse Cristo Jesus ao moço rico (que se julgava virtuoso): “Por que me chamas bom? Bom é só Um – o Pai celestial”.

É tolice dizer: “Gostaria de ser mais amoroso e grato”; “Gostaria de ser mais atencioso e serviçal”, etc.. 

Você não pode ser os dons de Deus. Compreenda claramente que a natureza humana é apenas um aspecto do Ser total. 

Como estamos demasiadamente identificados com essa parte periférica, humana, que é uma pequena fração do Ser integral, muita gente concebe, falsamente, que possa amar, ser sábia, ser grata, realizar grandes obras, curar, etc.. Nada mais inverídico! 

Se assim fosse, Jesus, que exprimia o mais alto nível de iluminação que a humanidade jamais conheceu, não diria humildemente de si mesmo: “Eu, de mim mesmo (natureza humana), nada posso. O Pai (o Divino interno que nos gerou) é Quem faz as obras”.

O homem, como ser humano, não pode ser mais e nem menos. 

Você não acharia graça se um cano lhe dissesse que ele gerou a água e reclamasse méritos por isso? 

Daí que os Evangelhos ensinem: “Depois de haver feito tudo que me incumbia, direi: servo inútil sou”.

Realmente, enquanto o ser humano toma a persona como um Todo, é um alienado de Deus. 

E quando chega à compreender que é um canal das graças divinas, então se torna nada, para saber que o Divino é Tudo. 

Não há outro ser real, senão o Divino, em nós, a Quem devemos tudo atribuir. 

É preciso que o eu falso diminua e o Cristo interno cresça. 

É necessário chegar ao ponto de o eu falso ser crucificado e o Eu real ressuscitar e elevar-se à plenitude de ação e de união ao Pai. Como disse Paulo: “Quando sou fraco (sem pretensão humana) sou forte (internamente”).



Continua..>