O mesmo deve ocorrer ao meditarmos por nossos vizinhos. Não estamos a tentar aperfeiçoá-los; nem estamos tentando torná-los melhores pessoas. É por isso que não fazemos proselitismo, nem tentamos convertê-los para aquela que pensamos ser a melhor religião.
Não há maior ou melhor religião. Só há uma coisa que faz surgir a harmonia divina, e isso é a Cristicidade (natureza crística). Essa é a única base sobre a qual podemos formar uma relação permanente de fraternidade.
O único relacionamento permanente está na nossa Cristicidade, porque não importa quão humanamente bons possamos ser, algum dia algo vai surgir e atingirá o "eu" pessoal, e então surgirão discordâncias e conflitos.
Este "eu" humano que responde a uma situação ao ficando zangado ou ressentido com alguém é a natureza humana que precisa ser abandonada.
A razão pela qual é difícil fazer isso é que às vezes gostamos de estar com raiva, e muitas vezes encontramos satisfação no ressentimento.
Quando lemos a história de pessoas ditadoras e tiranas, sentimos prazer em pensar num poder ou torcer por um acontecimento que os derrubasse e os pusesse em seu devido lugar.
Todos nós temos momentos nos quais visualizamos algum tirano sendo colocado de joelhos e recebendo a nossa vingança.
Mas quem está a fazer isso é o "eu" humano em nós reagindo ao cenário, o "eu" que não tem o menor direito de estar em cena.
A verdade é que o "Eu" é a manifestação de todas as qualidades de Deus.
Mas como eu me atreveria a fazer uma declaração dessas sobre mim mesmo, conhecendo-me humanamente como sou?
De que modo eu ousaria fazer essa declaração para mim mesmo, a menos que eu também faça isso em relação a você?
Como eu poderia dizer que "eu" incorporo todas as qualidades de Deus, que "eu" sou tão eterno como Deus, tão imortal como Deus, que "eu" sou o Cristo, Filho de Deus?
Como eu ousaria dizer isso e deixar de fora qualquer indivíduo em qualquer lugar da terra – passado, presente ou futuro –, qualquer indivíduo no inferno ou no céu?
Não, eu não me atrevo! Eu não ouso! Seria perversidade espiritual de minha parte anunciar a minha Cristicidade e me recusar a aceitar este fato como Verdade Universal.
Deus está oferecendo a cada indivíduo na face da Terra a possibilidade de despertar para sua Verdadeira Identidade.
"Desperta, tu que dormes!"
A Cristicidade é nossa Verdadeira Identidade – não é humanidade boa, nem humanidade ruim.
Mais cedo ou mais tarde, você deverá estar disposto a afastar esse "eu" que está cheio de erros mundanos – ressentimentos, injustiças, desigualdades –, e declarar dentro de si mesmo:
"Estou pronto para assumir a minha Verdadeira Identidade.
Eu estou pronto para despertar para a Luz do meu próprio Ser.
Estou disposto a aceitar a declaração do Mestre de que eu não chamarei a nenhum homem na terra de meu 'pai', mas reconhecerei a Filiação Divina que me foi legada".
"Estou pronto para assumir a minha Verdadeira Identidade.
Eu estou pronto para despertar para a Luz do meu próprio Ser.
Estou disposto a aceitar a declaração do Mestre de que eu não chamarei a nenhum homem na terra de meu 'pai', mas reconhecerei a Filiação Divina que me foi legada".
Até que você realize essa verdade em si mesmo, como você poderá amar ao teu próximo como a ti mesmo? Você nem sequer começou a amar a si mesmo! Você não ama a si mesmo até que reconheça sua Verdadeira Identidade.
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