quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Unindo Todos os Homens na Casa de Deus



Você logo verá verá o quanto um ato de compromisso é capaz de fazer cessar seu apego aos pensamentos, a fim de que você seja capaz de abster-se de lembrar a Deus das suas necessidades, ou de procurar a ajuda ou a força de Deus. Isso também é um ato de compromisso – um ato difícil, muito difícil. 

Mas, assim como entrar no Silêncio (ou na Presença de Deus) é um ato de compromisso, "amar ao teu próximo como a ti mesmo" também é, e para que esse ritmo do universo possa surgir como harmonia, esse ato adicional de compromisso deve ser realizado.

O significado de "amar ao teu próximo" não é muito difícil de entender. Em sua essência, acaso não significa quebrar as barreiras das relações familiares, nacionais e religiosas, e a consequente união de todos os homens na casa de Deus? Acaso não implica na ruptura de todos os preconceitos nacionais, raciais e religiosos e convergência para a família única de Deus, o Pai de todos?

Se estamos fornecendo comida para outras nações, mesmo as inimigas, ou contribuindo para a educação de outras crianças que não as nossas, ou fazendo qualquer outra coisa pelos nossos semelhantes com uma natureza desinteressada – esse é o ato que prova a nossa aceitação do mandamento de amar ao próximo como a nós mesmos. Esse é o ato de compromisso que confirma nosso acordo interior. Quando esse ato é concluído, estamos em obediência à lei de Deus, e somos filhos de Deus; e agora, o ritmo de Deus pode fluir através de nós sem interrupção, sem se deter em barreiras, sem ser desviado, e nós podemos nos voltar para a contemplação.

Reconhecendo Nosso Próximo Como Nosso Eu

"O mundo é renovado para cada alma, quando Cristo entra nela". 

O mistério sempre foi: quando o Cristo entra em nossa alma? Como trazemos o Cristo à tona em nosso interior? 

E aqui temos a resposta. Cristo entra no momento em que a nossa consciência é purificada da sua crença em dois poderes, expurgada do ódio, inveja e ciúmes que mantêm o homem separado do homem. 

Tão logo o ritmo do universo esteja funcionando dentro de nós, o Cristo entra em nossa alma e o mundo se torna novo, porque estamos não apenas amando o nosso próximo, mas estamos amando nosso próximo concretamente, e ao fazê-lo, o nosso próximo é impelido a nos amar. Assim, privamos o nosso próximo da capacidade de não nos amar.

Humanamente, parece que não temos o poder de privar os outros do seu poder de nos ferir; mas, sim, nós temos, nós temos. Fazemos com que seja impossível sermos mal compreendidos ou maltratados, porque há apenas um Eu, e aquele que aparece como a consciência de meu ser, aparece também como a consciência do seu ser, em razão do nosso reconhecimento de um único Ser. 

No momento em que eu amo ao meu próximo como a mim mesmo, faço com que a consciência do meu próximo e a minha consciência sejam uma única e mesma Consciência, respondendo, portanto, à mesma influência.

Ao amar ao meu próximo como a mim mesmo, eu privo este mundo da sua capacidade de enviar armas contra mim. Mas isso também é um ato de compromisso – não um ato de compromisso fugaz que, por ter sido honrado hoje, me isentará para sempre de futuras responsabilidades. Não. É um ato de compromisso que acontece não apenas todos os dias de nossa vida, mas geralmente muitas vezes a cada dia. 

Todas as vezes que encontramos uma pessoa, ela nos obriga a outro ato de compromisso, porque o mesmerismo humano é tal que nós automaticamente estabelecemos um indivíduo como separado daqueles aos quais estávamos previamente comprometidos.





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