segunda-feira, 2 de outubro de 2017

RENASCIMENTO - O NOVO PACTO - PARTE 2




O novo “contrato”, da nova criatura, começa a valer quando descobrimos que “Eu e o Pai somos um” e “Tudo o que o Pai tem, é nosso. 

Eu olho para uma única direção, a do Infinito Invisível. 

Então, o que vem de dentro eu reparto gloriosamente, com liberdade e júbilo”.



A transição para a filiação divina implica mudar a fé no que é visível para a fé no Infinito Invisível, no que jamais poderá ser visto, ouvido, saboreado, tocado, cheirado, ou mesmo pensado e argumentado. 



Tem de ser uma fé em si mesma, que não pede razões. Deve ser uma convicção avassaladora, condizente com essa fé, mesmo antes de se saber o que é – ou seja, um instinto profundo, uma intuição, uma graça interior.

“Não haverá sinais a seguir”: os sinais seguem aquele que crê. 

Quando a fé se instala, os sinais vêm. 

Se nos dedicarmos a qualquer sinal, qualquer coisa ou pensamento em que podemos nos apegar, então tal coisa ou pensamento é algo sobre o qual repousa a nossa fé, em vez de estar no Invisível, que é Deus. 

É possível pensar e repensar na verdade – e até certo ponto isso é natural e certo -, porém virá o momento em que o pensamento pára, se faz um branco, quase um vazio, e então nesse vazio jorra a própria Presença e Força de Deus.

Podemos atingir essa Presença apenas estando despidos, num momento de completo silêncio, quando todo processo de pensamento estiver parado, quando nada tivermos para nos apoiar, nada em que fixarmos nossa felicidade, e tivermos nos tornado estéreis e vazios.

Esse é o momento em que percebemos que, mesmo sem poder conhecê-Lo, senti-Lo, ou pensá-Lo, aí está uma Presença invisível, um Algo inatingível que todavia é atuante, e que de dentro da própria invisibilidade manifestará tudo o que for necessário ao nosso desenvolvimento.

Se acharmos que somos alguma coisa, erraremos gravemente. Apenas quando atingirmos a renúncia a nós mesmos é que a divina Seidade de nosso próprio Ser revelar-se-á. E o caminho é o Silêncio. 

O silêncio não é ausência de som, mas um estado de consciência que nos torna capazes de refrear qualquer reação da mente ao que é visto ou ouvido. 

Por exemplo, podemos ver e reconhecer uma sombra na parede, uma figura assustadora, e não ter uma reação de medo, sabendo que é uma sombra. 

Quando a consciência tiver atingido o conhecimento de uma força, de uma lei, uma substância, uma causa – a unidade – não mais responderemos com medo, dúvida ou horror a qualquer coisa vista ou ouvida; e então a consciência terá ido além da força e atingido o Silêncio – a cura da consciência.













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