quinta-feira, 12 de outubro de 2017

O DOMÍNIO DA MENTE E DO CORPO - JOEL GOLDSMITH






Do livro "O Caminho Infinito" de Joel S. Goldsmith

Aqui temos a questão da identificação com a personalidade como impedimento ao domínio da mente e do corpo. 

Nós nos identificamos como "eu". 

Há um "eu", Joel; há um "eu", Maria; e um "eu", João - sempre um "eu", qualquer que seja o nome. 

Mas esse "eu" não é o nosso corpo nem a nossa mente REAL. 

O nosso corpo e a nossa mente não são o "Eu" do nosso ser: são apenas os instrumentos por meio dos quais desempenhamos as funções que nos cabem na Terra.

A mente é o instrumento por meio do qual o "eu" do nosso ser pensa, raciocina, conhece, decide e julga. É usada para todos os propósitos de percepção. O corpo, por seu turno, é o instrumento físico que recebe ordens do "eu" por intermédio da mente.


Por exemplo, quando desejo levantar a mão, "Eu", Joel, por intermédio da minha mente, dou essa ordem à mão e ela obedece. 

"Eu" governo a minha mente e a minha mente instrui o meu corpo. 

Por isso, "EU" domino tanto o meu corpo quanto a minha mente. 

Suponhamos, porém, que eu não exerça esse domínio que me foi dado por Deus desde o começo. 

Se "eu" não exercesse controle sobre a minha mente, permitindo que ela fizesse os seus próprios julgamentos, ou se deixasse o meu corpo comportar-se a seu gosto, meter-me-ia em toda espécie de confusão, como fazem todos aqueles que não aprenderam a aceitar e a exercer o domínio.

A mente e o corpo, bem como o domínio sobre eles, nos foram dados, e precisamos aprender a exercer esse domínio. 

Quando vocês meditam, as suas mentes não querem se aquietar e se submeter -- não por terem vontade própria, mas por estarem habituadas a fazer o que bem entendem quando não submetidas a controle. 

A mente é como alguns cavalos que tenho montado, avessos ao mínimo controle da minha parte! Levam-me aonde querem porque não sei dominá-los.

Assim também a mente se rebela quando não sabemos dominá-la. Sob certos aspectos, o corpo obedece mais do que a mente. Pelo menos as mãos não roubam, salvo se receberem essa ordem, e podem dividir e ofertar caso sejam instruídas nesse sentido. 

Entretanto, em matéria de saúde, o corpo se revela tão ingovernável quanto a mente. Ele tenta determinar por nós se estamos saudáveis ou doentes. Mas temos tanto domínio sobre a saúde quanto sobre a mente e sobre a conduta. Se às vezes parece que não temos esse domínio, é porque não o assumimos.

A meditação é uma forma de assumir o domínio.

Uma vez que o Caminho Infinito nos ensina a embainhar a espada, não recorremos à força para assumir o controle da mente ou do corpo. 

Ao contrário, apelamos para a disciplina amável e gentil com que um pai sábio e maduro educa seu filho. É a disciplina do amor, da delicadeza, da paz, da paciência. Com gentileza e serenidade, assim dirigimos a nossa mente ("eu" dirijo a minha mente):

Estejam em paz e tranqüilos. Nada temam! Deus é poderoso entre vocês. Não tenham receio dos exércitos do mundo porque Deus é poderoso entre vocês. Eu lhes dou a paz de Deus. 

A Graça de Deus eu lhes dou. Paz! 

Meditem na quietude e em confiança. Na serenidade e na alegria receberão a Graça de Deus. A paz esteja com vocês! Paz! A "minha paz" eu lhes dou.

Não precisam de lutas. Não precisam pensar no que comer, no que beber, no que vestir. A Graça de Deus os vestirá. 

A Graça de Deus os alimentará. 

Estejam tranqüilos ! 

Estejam tranqüilos e recebem a comunhão de Deus. Estejam tranqüilos e ouçam a vozinha suave!

Não precisam pensar. Estejam em paz! Tranqüilos! 

Nada deve penetrar a mente para conspurcá-la ou engendrar mentiras. Nenhuma arma forjada contra vocês vencerá, pois onde está o Espírito do Senhor há liberdade, harmonia, paz, quietude, calma, segurança, confiança. 

Na Presença de Deus há plenitude de alegria, plenitude de vida, abundância de bem.

Onde estou, Deus está. Não preciso temer o que os mortais intentam contra mim. Eles dispõem apenas do braço da carne. Eu tenho o Senhor, Deus Todo-Poderoso. 

Por meio desse tipo de meditação assumimos o controle da mente e do corpo, compreendendo que a nossa identidade (o nosso "Eu") é independente deles e tem sobre eles autoridade. 

Ao mesmo tempo, reconhecemos que tudo isso acontece não em virtude de algumas qualidades pessoais, mas devido à Presença e à Graça de Deus.





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