O tipo de meditação onde nós apenas silenciamos a mente não provê uma base sólida numa disciplina espiritual.
Uma mente apenas silenciosa é uma mente obscurecida e não um instrumento espiritual.
Apesar de que, aquietar a mente, frequentemente nos dá uma sensação de paz, isso não é suficiente para que os resultados espirituais aconteçam.
O silêncio experienciado durante a meditação pode não produzir resultados, porque a nossa mente não é o instrumento apropriado para traduzir as verdades espirituais mais sublimes para a nossa vida do dia-a-dia.
No dia que se segue a essas meditações, nós ainda estamos atormentados pelas mesmas discórdias de antes, se não piores.
A meditação contemplativa, como um combustível para um foguete, nos eleva para além de nossos limitados conceitos de vida.
A meditação contemplativa é o segredo da demonstração espiritual e está no coração do caminho espiritual.
Se você permanecer na Palavra e deixar que a Palavra permaneça em você, você terá resultados em abundância.
O primeiro passo é permanecer na Palavra. Isso acontece quando levamos uma verdade das escrituras, uma frase, uma declaração da Bíblia para a nossa consciência.
Joel Goldsmith frequentemente recomenda uma edição da Bíblia chamada de “letras vermelhas”, onde as palavras de Jesus destacam-se mais claramente.
Nós também podemos usar qualquer livro de Joel Goldsmith. “Praticando a Presença” é particularmente recomendado para os principiantes – ou as escrituras de uma tradição religiosa. Um pequeno livro, muito útil é a “Runner’s Bible”, uma compilação de passagens da Bíblia para contemplação.
Portanto, o começo é sentar-se, ficar quieto por alguns segundos a então tomar as escrituras e ler uma frase ou parágrafo, mas não muito mais.
Se você preferir, você pode simplesmente sentar-se sem nenhum livro e apenas recordar uma verdade bíblica que esteja em sua mente.
A seguir, feche os olhos e pondere sobre essa verdade. “Permaneça” na palavra. O que significa? Como se relaciona com você na situação presente? Não se apresse em obter respostas a essas perguntas, mas em vez disso permita-se estar com a verdade. Alguma coisa lhe vem à mente? Não é importante se você não obtiver uma resposta, mas é importante que você dedique tempo a ouvir, caso alguma coisa venha.
Após alguns minutos poderando sobre as escrituras, Joel Goldsmith frequentemente dizia: Fala, Senhor, teu servo escuta. Este é o momento para o Espírito do Senhor completar nossa meditação.
Nossa parte é “permanecer na Palavra”, e então esperamos e escutamos enquanto “a Palavra permanece em mim”. Aquietai-vos e sabei que Eu sou Deus.
No silêncio o Espírito de Deus Se anuncia. Apenas um a cinco minutos de escuta é suficiente.
Para o principiante o total do período de meditação contemplativa não precisa ser maior que três a quinze minutos.
Nós podemos reconhecer que a meditação se completa por um sentido de leveza, um suspiro, um sentimento de “está feito”, ou um outro sentimento de libertação.
Esta é a confirmação, como Joel Goldsmith diz, de que “nós podemos relaxar, porque Deus está em cena”.
Algumas vezes esse sentimento não vem, mas sentimos como “está feito”. Nenhuma outra verdade vem a nós e nós nos sentimos completos. Isso também significa que é um momento de interromper a contemplação.
Se, quando estiver tentando meditar, lhe vierem idéias de bem e mal – pare imediatamente e tente retomar a paz dentro de você, reconhecendo que a infinitude do Espírito não pode estar contida em conceitos de bem e de mal.
É o Espírito, e não o humano em nós que pode meditar.
O estágio de meditação contemplativa é preparatório para nossa mente se tornar mais receptiva à atividade do Espírito da verdade em nossa consciência.
O estágio contemplativo serve para elevar nossa consciência enquanto chegamos ao nível de Deus. Como seres humanos, nós “não recebemos as coisas de Deus”.
Meus pensamentos não são os vossos pensamentos, diz o Senhor. A parte da escuta, o tempo quando estamos preparados e “esperando no Senhor”, é a meditação propriamente dita.
Mas, deixem-nos lembrar que é um erro frequente pular diretamente para o silêncio, para a meditação de “escuta”, sem antes termos preparado nossa mente para a verdade com um período de contemplação.
Nesses casos, nós acabamos meditando em nossa própria humanidade e não no Espírito de Deus.
A meditação do meu coração será de entendimento.
Na meditação nós descobrimos que na tua presença há plenitude de alegria, e nos encontramos à sombra do Todo-Poderoso.
Somos então alimentados pela carne que o mundo não conhece.
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