sábado, 30 de setembro de 2017

O PAI QUE VIVE NO SECRETO TE RECOMPENSARÁ -2





Jesus ensinou que as nossas orações devem ser dirigidas ao nosso Pai interior, e não há meios de encontrar o centro onde Deus se encontra a não ser quando estamos quietos, em paz e interiormente serenos. 

Assim, se faz necessário ir para o aposento, fichar a porta do santuário, eliminar as luzes e os ruídos dos sentidos para podermos tocar o nosso centro. 


Cada pensamento que ocorre em nossa consciência encontra o trono de Deus e volta para nós. Não tem de ser visto ou ouvido e só há um meio pelo qual podemos avaliá-lo: deve ser secreto e desinteressado.

“Bem ali, dentro do próprio ser, está o Pai, e o Pai sabe das nossas necessidades; esse Pai sabe das meditações do nosso coração; esse Pai sabe quando o nosso agir parte da pureza ou é movido pelo auto-interesse ou pela hipocrisia.” 

As finalidades da vida estão dentro de nós, e é aí que são resolvidos. 

Dentro de nós está todo o Reino de Deus – o que significa que dentro de nós estão a imortalidade, a eternidade, a virtude, a prosperidade, a saúde, a harmonia, a totalidade, a perfeição e a plenitude.


Em nossa seidade humana nunca podemos ser causa externa, pois como humanos que somos vivemos em termos de efeitos e não de causas; mas quando o ser humano aprende a estabelecer o contato com sua Fonte, é ele levado para o Invisível e está então de volta ao Éden. 

É só habitando no santuário interior que se consegue voltar à casa do Pai, pois na meditação o ego, ou sentido pessoal do eu, que nos fazia viver do suor da fonte, está aquietado. 

Não é pedindo poder, compreensão ou sabedoria – pelo contrario, é assumindo uma atitude de humilde, como a de quem diz “eu sou insuficiente, incompleto e sem harmonia; e assim agora eu me volto para a Fonte do meu Ser, para Aquele que é maior que eu”. 

Pela nossa quietude demonstramos nossa humildade. As orações costumeiras fazem o homem superior a Deus, já que dizem para Deus o que o homem quer e, geralmente, quando o quer. Exaltam assim o ego, pois ousam tentar influenciar Deus em favor disto ou daquilo. 

Mas, no silencio da meditação, a oração assume uma forma assim: “Não te peço para atender meus propósitos, para fazer minha vontade, atender meus desejos ou minhas ordens. Eu sou o Teu servo – faz de mim o que quiseres. Ensina-me, alimenta-me, dirige-me. Tu estás mais próximo de mim que meu próprio alento. Tu conheces mais do que eu minhas necessidades, e é Teu maior prazer dar-me o Reino. Eu espero por Ti”.


Nessa atitude de espera cria-se um vácuo, e o ego se aquieta na expectativa. O sentido pessoal de “eu”, com seus desejos, com suas vontades, seus contentamentos e ambições, se apaga, e aí então está o ambiente propicio a que se acenda a centelha transcendental.


Terá de haver humildade, antes que o Espírito do Senhor venha sobre nós.


E assim, quando oramos em segredo, descobrimos nossa unidade com o Pai e, por causa dessa unidade, tudo o que o Pai tem é também nosso por divina herança; é o maior prazer do Pai dar-nos o Reino e nós não mais precisamos olhar para ninguém esperando prêmios, compensações, gratidão, cooperação ou afeto. 

Quando compreendemos nossa relação com o Pai, aprendemos a moldar nossos pensamentos e ações de acordo com a Sua vontade. 


A natureza e o propósito da oração são pouco compreendidos na vida religiosa dos homens e mulheres de hoje. O segredo, contudo, é tão potente quanto o silêncio. Na realidade é a chave do sucesso espiritual, e sem essa atitude secreta a manifestação espiritual é impossível.


“Tomai cuidado para não dardes vossas esmolas diante dos homens para serdes vistos por eles: de outra maneira não recebereis a recompensa do vosso Pai que está nos Céus. Assim, quando derdes vossa esmolas, não soai as trombetas diante de vós, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, que podem ser glorificados pelos homens. Na realidade, vos digo, eles já têm sua recompensa.” (Mateus 6:1-2)


Não é uma exposição bastante clara? E, todavia, quantas pessoas no mundo fazem a caridade diante dos homens, têm sua generosidade publicada nos jornais, no boletim da igreja ou em qualquer lugar onde algum vizinho, concidadão ou sócio que precise ser impressionado possa ver e comentar sua grande nobreza e contribuição para com a comunidade e, possivelmente, o quanto ele são bons cristãos. Porém, a respeito dessa pratica, disse Jesus, o Cristo, que “não tereis recompensa do vosso Pai que está nos Céus”.


“Mas quando derdes esmolas, não deixai a vossa mão esquerda saber o que fez a mão direita; que vossas esmolas sejam em segredo: e o vosso Pai, que vê no secreto, vos compensará largamente.” (Mateus 6: 3-4)


O Pai em nós é a nossa própria Alma, e qualquer coisa que façamos nossa Alma sabe; e se o fizemos em segredo e em silêncio, Ele saberá como nos compensar largamente. 

Todavia, quando fazemos algo de bom e o fazemos abertamente, há uma implicação anterior a qualquer outra, ou seja, que somos nós que fazemos esse algo, o que não é verdade, uma vez que Deus é o autor de tudo o que é bom, e nós somos, quando muito, instrumentos ou transparências pelos quais se manifesta a Graça de Deus. De mais a mais, queremos subconscientemente que os outros percebem nossos feitos bons e nossa filantropia, como se nós mesmos fôssemos bons.


Quando porém damos as esmolas em segredo, o sentido pessoal de “eu” está completamente ausente, e apenas Deus testemunha nossos atos. Toda boa ação feita secreta e sagradamente confirma a ausência do sentido pessoal e a presença de Deus.


“E pois, quando jejuares, não faças como os hipócritas do semblante triste; eles desfiguram sua face para mostrarem aos homens que estão em jejum. Na verdade, vos digo, eles já têm sua recompensa. Mas tu, quando jejuares, unge a tua cabeça e lava o teu rosto, para que não pareça aos homens que jejuas, mas ao teu Pai que está em secreto. E o teu Pai, que vê em secreto, te compensará largamente.” (Mateus 6: 16-18)


Não demonstremos nosso saber espiritual abertamente; não alardeemos para os homens que achamos o segredo da comunhão coma a Fonte da Vida. 

Não exponhamos nossas pérolas espirituais àqueles que não estão preparados, para que não se percam ou sejam pisoteadas. Deixemos brilhar nossa luz onde possa ser usufruída, em vez de exibi-la diante dos homens e obscurecê-la com o céu das palavras.


Não é egoísmo mantermos em segredo nosso relacionamento com Deus, pois nossa luz brilhará para aqueles que estão prontos para vê-la; nossa sabedoria será ouvida por aqueles que têm ouvidos para ela, mesmo que seja transmitida sem palavras ou pensamentos. 

O jejum espiritual é um comunicar íntimo com Deus, enquanto se abstém de palavras e pensamentos. É habitar em Deus sem que seja percebido pelos que nos rodeiam. É a oração em seu sentido maior, que se abstém de pretender qualquer coisa de Deus, embora seja a percepção do livre fluir da Graça de Deus.


Um ensinamento nesse tão elevado nível de consciência nunca pode ser compreendido pela mente racional humana, e por isso só pode ser seguido por aqueles cujo intuito é a realização espiritual. 

Quão raramente tais ensinamentos esotéricos de Jesus sobre o manter segredo foram ensinados abertamente! 

Quão raramente foi reconhecido que há um centro espiritual em cada pessoa, mencionado em revelações como “Filho, tu estás sempre comigo e tudo que tenho é teu”, ou “Eu nunca de deixarei, nem te abandonarei”, ou “Eu estou sempre contigo, até o fim do mundo”.

Quantos de nós compreendem o mistério de tais ensinamentos? Quantos de nós sabem que esse “Eu” está literalmente em nós e que o “Eu” que vem secreto nos recompensou largamente?

Pela meditação e contemplação podemos resolver o mistério da vida espiritual, e isso podemos fazer apenas quando, secreta e sagradamente, contemplamos a natureza do Infinito Invisível, que está mais perto de nós que o próprio fôlego. 

Nunca devemos acreditar que os mistérios de Deus sejam-nos revelados em meio ao clamor da discussão, da argumentação ou da teorização. 

Os mistérios ocultos não são ocultos para aqueles que compreendem e seguem os ensinamentos do Sermão da Montanha.

















sexta-feira, 29 de setembro de 2017

O PAI QUE VIVE NO SECRETO TE RECOMPENSARÁ -1






“E, Quando orardes, não façais como os hipócritas: a eles agrada orar nas sinagogas e pelas esquinas das ruas, para que sejam vistos pelos homens – em verdade vos digo, eles já têm a sua recompensa. Mas vós, quando orardes, entrai em vosso aposento, e quando tiverdes fechado a porta orai ao vosso Pai em segredo; e o Pai, que vê no secreto, vos recompensará largamente” (Mateus 6:5-6)





Essas palavras de Jesus podem nos chocar quando consideramos quantas são as pessoas que acreditam que suas orações mais eficazes sejam aquelas feitas nas igrejas. 

Quantas vezes nós mesmos oramos em público esquecendo que, de acordo com Jesus, o Cristo, a oração deve ser praticada secretamente. 

Antigamente, os escribas e os fariseus oravam em público, do mesmo modo que a maioria das pessoas de hoje e, pelo seu muito orar, recebiam ou louvores dos vizinhos. Perderam apenas uma coisa : a Graça de Deus.

Quando nossas orações se tornam matéria de domínio público, o nosso ego fica inflado, tentando fazer algo por nós mesmos, começando a glorificar a nós mesmos, sem perceber que, desse modo, estamos sacrificando a recompensa do Pai e nos afastamos da verdadeira bem-aventurança que procuramos. 

Qualquer coisa que nos glorifique ou tende fazer o mundo acreditar que somos algo por nós mesmos tende a nós separar da percepção do amor de Deus. 

Todo o ensinamento de Jesus é: 

De mim mesmo nada posso fazer... 

O Pai que habita em mim é quem faz as obras... 

Minha doutrina não é minha, mas d’Aquele que me enviou”.

Essa ordem de orar secretamente não significa que não possamos nos unir a outros em oração ou nos encontrar nas igrejas ou templos com o propósito de orar, pois Jesus também ensinou que: “Quando dois ou três estiverem reunidos em meu nome, Eu estarei no meio deles”. 

A intenção dele foi que não frequentássemos as igrejas por se tratar de coisa bem-vista, na moda ou politicamente correta, ou até para evitar que os vizinhos murmurassem à nossas costas se não o fizéssemos. 

Nossa razão para ir à igreja deveria ser o desejo de nos reunirmos, numa atmosfera santificada, com outros devotos da vida espiritual, numa oração secreta e silenciosa, buscando a comunhão com Deus para recebermos o batismo do Espírito Santo. 

Jesus lembra-nos também que não oremos nas montanhas sagradas e nem no Templo de Jerusalém, novamente com o significado de que não deveríamos esperar por percepções maiores da Presença Divina em tais lugares do que se orássemos no jardim, na casa ou na sala de estar. 

E isso porque “o Reino de Deus não vem pela observância e nem podemos dizer – ‘ei-lo aqui, ei-lo acolá’; vede, pois, o Reino de Deus está dentro de vós”. 

O único modo de orarmos sem cessar é orarmos em qualquer lugar em que estivermos – em casa, na rua, debaixo d’água, na igreja ou fora dela.

A oração em si nunca deve ser ostentada publicamente, não com o propósito de ser vista ou ouvida pelos homens. 

A oração é uma experiência secreta e sagrada, e por isso deve ocorrer no recôndito de nossa própria consciência, e então “o Pai que vê em secreto” nos recompensará largamente.

Só depois que começamos a praticar a oração secreta é que aprendemos a eficácia da oração verdadeira, e começamos a observar as mudanças que ocorrem em nossa vida quando passamos a ter diariamente momentos de recolhimento em alguém lugar quieto, onde podemos entrar em Silêncio pacífico, ou em secreta comunhão com Deus.










quinta-feira, 28 de setembro de 2017

PRINCÍPIOS ESPIRITUAIS RELACIONADOS COM OS NEGÓCIOS -JOEL S. GOLDSMITH






A apreensão ou tensão causada pelas atividades comerciais pode ser tratada mediante os princípios da cura espiritual, qualquer que seja a situação causadora. 

Tais princípios podem reduzir-se ao reconhecimento de que Deus aparece como ser individual – reconhecimento este que despersonifica e anula qualquer condição desarmoniosa, limitada ou limitante, e implica na compreensão espiritual de que existe um só poder – o que faz com que nossas atividades passem do ritmo da vida humana para o ritmo da vida de Deus.

Por exemplo, um comerciante que se dirige ao seu negócio, usualmente tem que fazer face a muitos problemas diferentes durante o dia: sempre há decisões a tomar e compromissos a cumprir, sempre há que tratar com os colegas e o público, que constantemente lhe fazem pedidos. 

Talvez um de seus primeiros deveres seja o de cuidar da correspondência, o que lhe poderá tomar muito tempo ou ser um incômodo. 

Se, entretanto, antes de sair de casa, ou depois de chegar ao escritório, tomar uns poucos minutos para comungar com o seu ser interior e encontrar seu centro de paz, então, ao abrir a correspondência, será como se houvesse Algo dentro de si lendo-a e dando-lhe respostas a qualquer consulta, ou a solução para qualquer problema. 

Quando compreendemos que Deus é também a atividade do negócio, todo o senso de apreensão é aliviado, porque então estaremos permitindo a esse Algo invisível operar e realizar tudo quanto for necessário. Jesus o chamava de “o Pai interior”, que realizava as obras. 

E se Deus, o Pai interior, é quem faz o trabalho, como poderemos ficar apreensivos com o nosso negócio? 

Se nos sentimos sobrecarregados e apreensivos, admitamos ou não, isto somente indica que estamos tentando assumir o que é da responsabilidade de Deus. “O governo está sobre os Seus ombros”; mas, se não o reconhecermos e não confiarmos nisso, então estaremos assumindo uma responsabilidade que não nos cabe. 

Se assumíssemos em nosso negócio a atitude interna de um expectador , observando o desdobramento da atividade do Infinito Invisível, logo constataríamos o desenvolvimento de tudo quanto fosse necessário à sua complementação – como capital, se dele carecêssemos, como empregados, como fregueses, e, finalmente, como disponibilidade bancária para aquisição de mercadorias. 

Em outras palavras, essa atividade seria completa, porque o preenchimento é próprio da natureza de Deus. 

Deus não cria um sistema telefônico sem que haja quem o utilize; 

Deus não cria automóveis sem criar o combustível com que se possa fazê-lo rodar. 

Deus não cria nenhuma atividade em nossa consciência, nem se torna responsável por nenhuma delas, sem a completar. 

Deus, a Consciência infinita, o Infinito Invisível, plenifica a Si mesmo manifestando-Se como atividade individual.













quarta-feira, 27 de setembro de 2017

RESSURREIÇÃO OU RENASCIMENTO ESPIRITUAL






Ressurreição, em seu sentido místico, significa ressuscitar o Filho de Deus do sepulcro dos sentidos físicos. 

É também ressurreição no sentido de se erguer do conceito físico de corpo para a realização da consciência espiritual como governante de todas as formas.

A revelação da vida vivida pela Graça, em vez de sob a lei, consiste na revelação da consciência do indivíduo como uma lei de ressurreição, cura e proteção quanto ao corpo, negócios, lar, e bem-estar em toda forma, e nós começamos a ver como a consciência — a consciência do indivíduo –, sem assumir pensamentos e sem os direcionar, se torna a lei de harmonia de nossa experiência.






































terça-feira, 26 de setembro de 2017

"Onde o Espírito do Senhor está, ali há liberdade do verdadeiro sentido: liberdade, justiça, misericórdia, benevolência, abundância.




"Onde o Espírito do Senhor está, ali há liberdade" - liberdade do verdadeiro sentido: liberdade, justiça, misericórdia, benevolência, abundância.

A base inteira de demonstração deste Caminho é a conscientização da presença de Deus. Só isto é que devemos demonstrar. Não há espaço para qualquer outra demonstração. 

Não conheço melhor meio para eliminar febres e caroços; nenhum outro modo mais eficaz para levar um desempregado ao emprego certo; ou harmonizar desentendimentos em família, ou melhorar os negócios ou comunidades. 

Temos harmonizado disputas entre patrões e empregados; temos trazido reconciliação entre membros de família e pacificado relacionamentos humanos. 

E como podemos realizar todas estas coisas? De um só modo: conscientização da presença de Deus!

Quando somos solicitados a ajudar, através da contemplação e reconhecimento da Verdade - o que chamamos de tratamento - elevamo-nos a um plano de consciência tranqüilo, onde a presença de Deus pode ser realmente sentida e realizada. Deus se torna, então, algo mais do que a simples palavra ou conceito mental: converte-se em Algo atual, real, uma Presença perceptível, vivenciada, tangível, dentro de nós. 

Quase poderíamos dizer que vimos que vimos Deus face a face ou, pelo menos, que muitas vezes sentimos o Seu toque!

Tenho sentido esta gentil Presença em meu íntimo e ás vezes fora de mim, pela contemplação de Deus; em meditar e habitar nEle como uma realidade sempre presente. Não importa o tipo de problema que estejamos enfrentando agora. 

A solução está em conscientizar a presença de Deus em nosso íntimo e deixar que Ele vá adiante de nós para acertar as coisas; que Ele caminhe ao nosso lado como proteção; ou atrás de nós, como real proteção. Deus não pode ser definido ou analisado, mas compreendido como uma Presença invisível.

Ninguém jamais comete o erro de tentar compreender o que Deus é. Ele está além de nossa compreensão, porque a compreensão é finita e Deus é infinito. 

Bem disse Maimônidas, o místico hebreu: "Dizer que Deus é, é tudo que se pode dizer ou conhecer de Deus. Dizer que Deus é bom, ou poderoso, ou presente, ou amor, nada mais é do que dizer que Deus é". 

Esse é o único e necessário conhecimento. Dizer: Deus é, é compreender que não apenas Deus é, mas que se encontra mais próximo do que a nossa respiração; mais perto do que nossos pés e mãos. 

Nesse reconhecimento, o lugar em que piso é solo sagrado e ouço o Pai dizer-me: "Filho, tu estás sempre comigo; tudo o que é meu é teu. Sim, tudo o que Eu Sou, tu és".

Todavia, da quantidade e qualidade da natureza infinita de Deus, só podemos demonstrar o grau de realização que tivermos atingido. 

No entanto, por pequena que seja nossa realização da Presença de Deus em nós, isso já produz milagres em nossa experiência! Deus aparece como cumprimento da necessidade do Momento.

Em "êxodo" é dito que, quando Moisés conduzia o povo hebreu para fora do Egito, eles eram guiados durante o dia por uma nuvem; e de noite, por uma coluna de fogo. Mas estou seguro de que ele nunca pensou em demonstrar estas coisas. Talvez, a única coisas que Moisés mais desejava era de contar com a presença de Deus; a certeza de que, aonde ele fosse, Deus iria com ele. Era a convicção de que ele não podia estar fora de Deus, porque "nEle vivia, se movia e tinha o seu ser". E Deus nele estava.

Foi por esta realização que a presença de Deus se manifestou como nuvem durante o dia e como coluna de fogo, durante a noite, e mais tarde, quando foi necessário, como o maná caído do céu. Será que Moisés pensou no maná ou apenas conscientizou Deus? Quase posso dizer que ele orou: "Pai, onde estou, Tu estás. Onde Estás, eu estou, pois sou aquilo que Eu Sou. Tu e eu somos um". 

Aprendemos que Jesus demonstrou a multiplicação dos pães e peixes para nutrir as multidões. 

No entanto, ele apenas olhou para o céu e conscientizou a presença de Deus. 

E este reconhecimento do único poder, do único suprimento, foi que multiplicou os pães e peixes, para atender à necessidade do momento.

Elias também demonstrou a presença de Deus quando, fugindo do deserto, era alimentado por um corvo. E também foi nutrido por bolinhos que uma pobre viúva partilhava com ele, com o óleo que não se extinguia; com a farinha que não acabava. Ele também tinha reconhecimento desta verdade: "Onde estou, Tu estás; onde Estás, eu estou, porque somos um". Foi assim que o suprimento lhe chegou no momento certo, pelo corvo e pela pobre viúva de Serepta. Mas estou certo de que Elias nunca pensou que um corvo lhe trouxesse comida ou uma viúva pobre lhe cozesse bolinhos.

Elias tal como é revelado pelas escrituras, era um homem que vivia, se movia e tinha o seu ser em Deus, constantemente, não vivendo, por um momento sequer, fora da Divina atmosfera. Ele nunca se preocupava com o que deveria comer, ou beber ou vestir. Ele tinha Deus: isto lhe bastava!

O apóstolo Paulo demonstrou a mesma confiança: "A Minha Graça te basta!" Não foi dito que o dinheiro era a suficiência; ou a segurança; ou bens. Deus apenas disse: "A Minha Graça te basta!" E onde a Graça de Deus está, há plenitude. Nada de Deus pode ser limitado por tempo e espaço. A graça está além Não há tempo ou espaço em que Deus não esteja. Ele habita em plenitude, para manifestar as coisas segundo as necessidades.

"Em Tua Presença há abundância de alegrias; em Tua mão direita há delicias perpetuamente". Por que preocupar-nos, então? Basta-nos a Presença de Deus! 

Quando estamos em Sua Presença, estamos na presença da plenitude, da saúde, de suprimento, de harmonioso relacionamento e de serviço útil. E ainda sobrarão doze cestas! 

A Presença transcendental - que chamamos Consciência de Deus, é a substância de nossa demonstração. 

Quando temos a substância, que é Deus, temos tudo o que é necessário ao nosso desenvolvimento ou demonstração.

O problema de suprimento é constante. Não há um dia e nem um momento durante o dia em que não tenhamos necessidade de alguma coisa. Uma delas, muito necessária, é o dinheiro. 

Mas o dinheiro toma a forma necessária, no tempo e lugar em que nos achamos.


Tenho viajado por todos os lugares. Nos Estados Unidos o dinheiro aparece como dólares; na Inglaterra como libras ou Shillings; na Alemanha como Marcos; na Suíça e na França como Francos. Muito raramente nos dão Dólares na Europa, Ásia ou Austrália. E nos Estados Unidos não nos dão outra moeda que não seja Dólares. Por que é assim? Porque o suprimento - Deus - é onipresente, mas toma a forma necessária segundo a experiência imediata.

Se, em vez de dinheiro, a necessidade fosse alimento, o suprimento viria como alimento. 

Se fosse de transporte, apareceria como meio de transporte. A ideia é de que não nos devemos preocupar pela forma de suprimento ou com a forma de demonstração. Devemos apenas conscientizar a substância, que é Deus - exprimindo-Se como alta torre, fortaleza, saúde corporal. 

Deus é a essência necessária, a substância, o tudo em tudo da demonstração. É a forma que cuida de si mesma.










segunda-feira, 25 de setembro de 2017

A Meditação é uma Experiência Viva JOEL GOLDSMITH




As amostras de meditações dadas nesse texto são apenas exemplos do tipo de revelação que cada pessoa que se dedica à meditação irá experimentar. Elas não pretendem servir como afirmações nem fórmulas a serem repetidas mecanicamente, mas apenas ajudar a acordar o adormecido sentido da alma interior. 

As Escrituras trarão à mente, infindáveis tópicos para meditações contemplativas, cada uma com seu próprio senso de realização e alegria. 

Cada meditação é uma experiência individual e não devemos sequer esboçar como a realização da Presença irá aparecer ou que forma Ela irá tomar.










domingo, 24 de setembro de 2017

Volte-se para dentro, Aquiete-se, Escute, e Ouça…JOEL GOLDMSITH




Em todas as tentativas, o ouvido interior deve estar aberto, alerta, receptivo e responsivo; e é essa escuta e esse ouvir constante, e a obediência a essa voz interior da Verdade que faz a sua alma estar viva. 

É completamente inútil esperar que as coisas do Espírito venham para a sua experiência, exceto na proporção da sua escuta e do seu ouvir, na medida em que você obedece mantendo sua mente sintonizada em Deus, reconhecendo-O em todas as maneiras enquanto ora sem cessar. 

A presença do seu verdadeiro Eu está sempre disponível, mas apenas na proporção do seu esforço individual em buscar, requerer, escutar e ser receptivo ao seu próprio Interior. 

Nessa proporção você alcança o viver partindo do centro de seu ser.











sábado, 23 de setembro de 2017

Tornando-se Estabelecido no Espírito - JOEL GOLDSMITH





É essencial que você se estabeleça no Espírito todos os dias, antes de começar o trabalho de cada dia. 

Aprenda a esperar a cada manhã no escuro da receptividade silenciosa, até que você sinta o Espírito dentro de você, até que você sinta essa calma descer sobre você, essa paz lhe envolvendo com um manto invisível que esconde você do mundo – os medos, os ódios e os ciúmes do mundo.

A única coisa separando você do Espírito é a sua falta de reconhecimento d’Ele.





sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Meditação na Luz Interior -JOEL GOLDSMITH



Existe um momento na sua vida e na minha, quando a escuridão está sobre nós, e nós estamos sem forma e vazios. 

Se, nesse vazio, nós pudermos ficar bem quietos, poderemos sentir a atmosfera de Deus nos envolver, enchendo todo o nosso ser com luz. 

Então nos vem a certeza: 
Eu nunca te deixarei, nem te abandonarei. Eu estava contigo antes que Abrão existisse, e embora tu não tenhas Me conhecido, eu tenho te conhecido.

A luz brilha. A luz brilha dentro de você; ela se move para dentro e para fora de sua alma, sua consciência, sua mente, seu Espírito, seu ser, seu corpo. 

Houve um momento onde havia apenas escuridão, quando você era um ser humano na escuridão espiritual – um vazio, algo estéril e incompleto. 

E então, vindo do nada do Infinito Invisível, sobre a face dessa escuridão, sobre a face desse vazio, o Espírito Se move. 

Ele penetra as densidades da consciência humana e toma forma: 

“Que haja luz, e houve luz.” 

Que haja água, e houve água; 

Que haja terra, e houve a terra. 

Que haja harmonia, e há harmonia; 

Que haja suprimento, e há suprimento; 

Que haja uma infinidade de bem, e há uma infinidade de bem; 

Que a irmandade dos homens seja estabelecida sobre a terra, e a irmandade dos homens está estabelecida sobe a terra".





quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Meditação pela Família -JOEL GOLDSMITH





Reserve um período de cinco minutos todos os dias para meditar por um membro diferente de sua família: 
Comece pelo seu marido, sua esposa, um de seus filhos, ou um de seus pais, mas tome uma pessoa diferente a cada dia, por apenas cinco ou seis ou sete minutos. 

Espere até que você esteja completamente livre de outras responsabilidades, de modo que você possa ir para um cômodo sozinho, sem interrupções de telefone, rádio, TV, ou visitas.

Esteja essa pessoa sabendo disso ou não, você SABE QUE esta Presença, o Espírito de Deus, já está dentro dela. 

Saiba que essa Essência está batendo à porta dessa pessoa para reconhecimento, para ser vista como seu verdadeiro eu. 

Não preste atenção à sua humanidade: o grau em que ela demonstra bem ou mal, doença ou saúde, ignorância ou sabedoria. 

Nesse momento ignore tudo isso, sabendo que você a está vendo em sua verdadeira identidade espiritual.










quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Elevando-se acima do “Semear e Colher” -JOEL GOLDSMITH





Estar livre do condicionamento, dos efeitos de ações passadas, pode ser simplificado realizando a cada dia e, se necessário, várias vezes ao dia: 

Eu de mim mesmo não posso fazer nada seja bem ou mal. Eu de mim mesmo não desejo fazer nem bem nem mal. 

Eu desejo apenas ser um instrumento através do qual o amor de Deus alcança o mundo – não o meu amor, o amor de Deus; não os meus dons, mas os dons de Deus; não a minha bondade, mas a bondade de Deus.

A cada dia tenhamos a certeza de realizar que qualquer coisa que seja de natureza negativa que ainda esteja em nossa consciência não é nossa: é impessoal; é da mente carnal; e, portanto, não pode produzir nenhum mal. 

Realize também que qualquer bem que esteja em nossa consciência, não é nosso bem: é o bem de Deus. Quando fazemos isso, nós estamos “morrendo diariamente” para nós mesmos, estamos saindo de debaixo da lei, porque agora nós não estamos semeando o mal e nem estamos semeando o bem. 

Portanto, nós não iremos colher o mal, nem iremos colher o bem; nós seremos os instrumentos da graça de Deus. 

Enquanto houver um semear e um colher, haverá um “eu” fazendo isso, mas, no momento em que não estivermos mais semeando ou colhendo haverá apenas Deus emitindo sua luz.










terça-feira, 19 de setembro de 2017

Meditação na Graça -JOEL GOLDSMITH




Graça é a contínua realização de Deus como a fonte de todo o bem. Ela não espera nada do homem; ela confia em Deus somente e amorosamente aceita o bem do jeito que vier através daqueles indivíduos escolhidos para o propósito. 

Você vai ver que na medida em que continua nessas meditações na graça de Deus por três meses, quatro meses, cinco meses ou seis meses, olhando para cada aparência de discórdia com a lembrança da graça de Deus como sua suficiência, você começa a sentir a graça de Deus se expressando na sua experiência: Deus traz a você aquilo que você, humanamente falando, não esperava; uma sensação de bem estar que lhe enche de uma alegria que homem algum pode tirar de você.










segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Praticando o Amor Divino -JOEL GOLDSMITH





Crie o hábito de uma vez ao dia sentar-se em silêncio e não doando amor humano a ninguém, mas, por outro lado também não tendo nenhuma emoção negativa: nem ódio, nem inveja, nem ciúme, malícia, vingança ou indiferença. 

Não tenha nada disso e tampouco qualquer desejo de amar alguém. 

Sente-se em silêncio por um momento, e deixe o Espírito de Deus, o amor divino, fluir através da sua consciência para a sua casa, sua família, vizinhos, para a cidade, o estado, a comunidade, a nação, e finalmente o mundo: 
A Sua graça é a suficiência deste mundo. Permita que a Sua graça esteja no mundo e seja realizada em toda consciência humana. Permita que a Sua graça seja estabelecida na terra como é no céu.


Permaneça em silêncio por alguns momentos enquanto o Espírito flui. 

Você não doou amor; você não se negou a doar amor; você não deixou de ser amoroso; você simplesmente ficou em silêncio, e deixou a pequena Voz silenciosa ser ouvida através de toda consciência humana.






domingo, 17 de setembro de 2017

Meditação num Piscar de Olhos - JOEL GOLDSMITH




Existe uma maneira de nos treinarmos na prática da presença de Deus, um modo simples que todos podem praticar. É tão simpes que mesmo uma criança de seis anos pode ser ensinada – e ainda assim tão proveitosa em seus efeitos.

Em cada detalhe de nossa vida nós podemos aprender a fazer uma pequena pausa e esperar um breve momento até que o Espírito entre, antes que continuemos em nossa atividade. 

Nessa breve pausa, estamos abrindo espaço para que o Espírito entre em cena.

Nós seguimos a prática da Presença em cada detalhe de nossa vida: sentando para tomar café da manhã e não tocando nenhuma comida até o piscar dos olhos, aquela pausa momentânea que admite e reconhece o Espírito; nunca cruzando a soleira de uma porta sem esperar um segundo para a Presença ir à frente; nunca atender o telefone, ir às compras, parar num balcão para comprar alguma coisa, sentar num restaurante sem aquela pausa momentânea para deixar Ela entrar.

E assim, pela manhã, antes de deixar a sua casa e à noite, antes de dormir, lição número um, o primeiro passo, muito breve, muito doce, muito gentil: reconheça Deus dentro de você. 

É assim que você encontra a paz – mantendo a sua mente firme em Deus. Deus não o fará: é mantendo a sua mente firme em Deus que traz a atividade de Deus para a sua experiência.

Reconhece-o em todos os teus caminhos. Orai sem cessar.






sábado, 16 de setembro de 2017

Diante da aparência de Problemas






Sempre que você se vir diante de qualquer problema, seja de saúde, relacionamento ou suprimento, aqui está o primeiro passo: sente-se confortavelmente; feche os olhos; coloque os pés no chão e agora lembre-se que Deus está mais perto de você que a sua respiração, “mas perto que as mãos e os pés”. Bem aqui, onde você está, a Presença está. 

Você tem apenas que fechar seus olhos, ficar em silêncio por um momento e o Espírito Onipresente resolverá seu problema.

Você não tem que expor o seu problema, ou as suas necessidades. 

Você não tem que fazer afirmações ou súplicas. Tudo o que você precisa fazer é deixar de considerar as suas preocupações, aquietar-se por um momento e lembrar-se que a Inteligência Onipresente é a inteligência do seu próprio ser. Ela sabe que você está recorrendo a Ela e a que propósito você o está fazendo. Seja paciente por um minuto e o Espírito, Ele mesmo, assumirá o controle. 

Isso foi comparado a uma estação de rádio: Deus está sempre falando com você, revelando as respostas para cada problema, mas você não pode recebê-las a menos que esteja conectado para aceitá-las.

Você não tem que falar com Deus, mas você precisa ter períodos do dia ou da noite para ouvi-Lo. 

Mesmo que você possa não ouvir uma voz, lembre-se que apenas abrindo seus ouvidos a Deus e ficando em silêncio por um minuto ou dois, você permite que Deus entre nesse vácuo que você criou.