A FINALIDADE
Os caminhos A todos os homens se destinam uma estrada elevada e uma estrada rasteira. Cada homem decide sobre o caminho que seguirá sua alma. John Oxenham
O propósito da meditação é alcançar a Graça Divina. Uma vez conseguida ela dirige nossa experiência, vive nossa vida, executa os labores a nosso cargo, retifica os caminhos tortuosos, já não vivemos só pelo pão, mas, pela Graça Interior. Suprimento, relacionamento satisfatório, êxito nas atividades profissionais, capacidade creadora, são efeitos tangíveis da Graça. Não poderemos recebê-la, porém, se a considerarmos um meio para alcançar fins lucrativos, se a procura tiver o intuito de conseguir a posse de algo ou de alguém.
A meditação jamais deverá ser praticada com o propósito de obter resultados, seja um automóvel, mais dinheiro, ou, melhor situação. Sua única finalidade deve ser a conscientização da presença de Deus.
Na meditação Deus se revela como vida individual. Ele é a fonte da qual derivam todos os bens e, desde que seja alcançada a experiência da sua presença, onde houver necessidade surgirá suprimento. Falharemos sempre que estivermos visando conseguir algo à parte, separado de Deus. Deus é o próprio bem. Orar ou meditar por pessoas ou coisas materiais anula o propósito da meditação. Diz a Escritura que o homem comum recebe as coisas de Deus. Quem é o homem comum senão o ser humano, o filho pródigo, mergulhado ainda na ilusão das facticidades, a orar por coisas materiais, pessoais? Rezamos para pedir dinheiro, mais bens, não oramos para diminuir o que já temos, essa, de fato, seria uma oração espiritual. Deus não toma conhecimento dos rogos feitos para aumento da materialidade. Comumente, nossos desejos humanos, mesmo quando realizados, nos deixam insatisfeitos, porque como seres humanos falta-nos sabedoria para conhecer as coisas que realmente nos são necessárias. Só o Pai dentro de nós é plena sabedoria e amor. Oração eficiente é aquela dirigida a Deus em espírito, deve, portanto ser de natureza espiritual aquilo por que oramos.
Lembremo-nos disso toda vez que nos dirigimos a Deus na meditação, avaliando a qualidade de nossa meditação pelo grau de iluminação espiritual de que ela se reveste. “Eu vim para que eles possam ter vida e a tenham em maior abundância”. É uma promessa de realização; certifiquemo-nos, porém, de que aquilo que estamos pedindo é de ordem espiritual, não devemos orar a um Deus espiritual para cultivar o nosso aspecto humano.
Devemos obedecer à orientação do Evangelho e deixar que o espírito dentro de nós testemunhe, “pois não sabemos o que devemos pedir para nossas necessidades, mas o Espírito intercede por nós...”
Realmente, não somos nós que oramos ou meditamos, cabe-nos, apenas, abrir a consciência para que o Espírito, dentro de nós, revele nossa necessidade e providencie o suprimento. Aí está o segredo, muito diferente do trabalho mental de declarar ou afirmar que isso ou aquilo deve ocorrer agora, nesse minuto. Ao contrário, meditando, nossa atitude deve ser aquela do humilde hebreu: “Fala Senhor, para que seu filho ouça”. Esta é a verdadeira atitude para a prática da meditação. Alargar a consciência e permitir que Deus cumpra Sua palavra dentro de nós, não a nossa palavra, mas a Palavra de Deus, viva aguda, poderosa. Ela não ecoará em vão, no vazio.
O verdadeiro aspirante à Senda espiritual tem um único desejo legítimo: a conscientização da presença de Deus, a experiência do Cristo na própria consciência. “O Pai dentro de mim faz o trabalho”. O Pai está dentro de mim, está dentro de vós; por que então os trabalhos são executados? Há uma condição necessária – a consciência da Onipresença. Dentro de nós está a atividade de Deus, o Poder de Deus. Nós, porém, formamos um estado de consciência ilusório constituído por camadas de facticidades. Não tivemos êxito em transpor essas camadas de materialidade e atingir o Centro Divino no nosso íntimo e enquanto isso não acontecer, falharemos em nossa meditação.
Muitos de nós buscam Deus, conservando da vida uma perspectiva falsa, puramente material. Interessados que o coração pulse tantas vezes por minuto, que os órgãos da função digestiva e eliminatória funcionem devidamente e que nossa provisão de dinheiro seja suficiente, plenamente convictos de que no mundo é possível encontrar-se completa satisfação; para isso corremos atrás de mais dinheiro, acreditam outros que a fama é a resposta aos seus anseios e outros mais, que a sua felicidade reside na boa saúde.
Quantas vezes ouvimos: “Se ao menos eu melhorasse dessa dor... poderia iniciar minha busca de Deus”, ou “se estivesse em melhores condições financeiras sobrar-me-ia paz para fazê-lo”.
Desse modo, fica a conscientização da Presença de Deus dependente de condições físicas ou econômicas. A prova do contrário é verificarmos que muitos possuidores de milhares e milhões ainda não descobriram Deus e muitos que gozam boa saúde também não encontraram paz e felicidade.
Vejamos agora o reverso do quadro: Dedicamo-nos à busca incondicional de Deus, observaremos que ao encontrá-la as dores desaparecem, os pecados se desvanecem e nossos horizontes se ampliam.
Enquanto estivermos empenhados, apenas, em trocar discórdia física por harmonia, física, não teremos idéia do que seja o Reino de Deus, da riqueza Espiritual, da saúde Espiritual.
Devemos iniciar a meditação com a convicção de que nem riqueza, nem saúde são motivos determinantes para nossa busca a Deus. Todo anseio por coisas ou pessoas dificultará, adiará nossa entrada no seu reino.
A firme convicção de que a meta que visamos é a conscientização da Presença de Deus abrirá o caminho e nessa realização “todas as coisas nos serão acrescentadas”, ou melhor, elas já estão incluídas dentro de nós.
O verdadeiro objetivo é a conscientização do Reino para nosso desenvolvimento individual, testemunhando perante o mundo que Deus é o Eu individual e que esse estado de consciência pode ser alcançado por todos aqueles que decidam desapegar-se das coisas terrenas. Isso não quer dizer que devamos isolar-nos em lugares remotos, quer dizer que devemos abandonar os desejos pelos objetos que o mundo oferece. Como aspirantes à sabedoria espiritual cabe indagar qual o melhor caminho e se existe algum para conseguirmos essa realização do verdadeiro Eu. Existe alguma via que conduza à conscientização de Deus aqui na terra? A resposta é Sim. Não só existe um caminho, como existe um caminho curto, simples e ao mesmo tempo difícil. Praticar em nosso próprio corpo um ato de cirurgia mental que elimine todos os desejos por pessoas, lugar, coisa, circunstância ou condição. Com afiado bisturi mental, devem esses desejos, ser extirpados e que apenas um permaneça. “Conhecer a Ti”.
O conhecimento que conduz à vida eterna. Empenhemo-nos de todo coração, alma e mente, na realização da Presença de Deus e não na obtenção de alguma forma de bem. Ao alcançá-la, passaremos a gozar de todas as coisas da vida sem a elas nos escravizarmos, sem a elas nos prendermos, sem temor de perdê-las. Jamais alguém que alcançar o contato com o Cristo perderá sua riqueza, sua saúde ou sua vida. Seja esta nossa oração: Uma coisa tenho desejado, poder conhecer-Te. Uma coisa! Brada meu coração: “Deus, revela-Te a mim. Não me preocupa que o faças na riqueza ou na saúde, na pobreza ou na doença. Apenas revela-Te. Em Tua Presença haverá segurança, sossego, paz e alegria”.
Na meditação nada mais buscamos além da Graça de Deus; ela não é encontrada na mente humana nem é encontrada na paz que o mundo oferece (armistício). Simples afirmação e leitura de livros não a produzem. Podem servir de incentivo e nos conduzir a uma esfera de vibração silenciosa em que nos preparamos para receber a Graça de Deus, mas só a meditação nos eleva a um estado de receptividade espiritual no qual advém a Graça Divina. “Se isso acontecer de modo que o Espírito de Deus conscientemente habite em nós”, então tornamo-nos filhos de Deus. Como seres humanos estamos afastados de Deus e por essa razão não obedecemos a Sua Lei nem experimentamos as bênçãos de Sua presença.
Nós nos afastamos do lar Paterno e diluímos nossa filiação divina na manifestação pessoal do ego. Para efetivarmos nossa filiação divina precisamos seguir o caminho de volta à Casa do Pai; aquela mesma jornada feita pelo filho pródigo para que possamos vestir o manto e receber novamente o diadema e o sinete de filho. Como poderemos tornarmo-nos filhos de Deus? Como despertar o Cristo que sempre foi, é e será a nossa verdadeira identidade e que se encontra dormente dentro de nós? Executar essa tarefa requer esforço. Precisamos abandonar todos os velhos conceitos ou preconceitos de vida “por causa de minha reputação”. Devemos nos levantar da mesa do banquete, deixar para traz pensamentos, pessoas e atividades do mundo e retornar ao Pai. É próprio do ser humano ser indulgente consigo mesmo. Bem-estar, conforto, riqueza, intemperança, glutonaria, indolência e sensualidade agem sobre a consciência como sentimentos separatistas de Deus.
Na realidade, essa separação não ocorre, como sucede ao anel de ouro que não pode ser separado do ouro de que é formado. Ouro é o anel, ouro é a substância que o constitui, não há meio de remover o ouro do anel sem destruí-lo, pois não há duas coisas como ouro e anel, mas somente “um anel de ouro”. O mesmo acontece conosco; não podemos nos separar de Deus porque na realidade não há dois: Deus e eu. Não existe no mundo tu e eu como indivíduos isolados. Sendo Deus Infinito, Deus é tudo o que é. Deus é tu e eu, nossa vida, nossa mente, nossa alma, nosso ser; exatamente como o ouro que constitui o anel. Ouro é a substância, anel é a forma; Deus é a substância, o indivíduo é a forma pela qual Ele se manifesta. É a essência do nosso ser – vida, alma, mente, espírito, lei, atividade; Deus é tudo no indivíduo, seja ele santo ou pecador.
A manifestação de santidade apresentada por um indivíduo depende totalmente do grau de conscientização de unidade com o Pai; do mesmo modo, a manifestação de pecado num indivíduo, depende do grau, do senso de separação que ele admite. Não somos, porém, os seres humanos que parecemos ser: somos puros seres espirituais. Não que haja em nós dois seres separados – humano e espiritual; nós não podemos nos separar de Deus, todavia, como homens, podemos manter esse senso de separação. Decrescendo esse senso de separação a filiação divina passa a revelar-se.
A volta do filho pródigo se processa integralmente dentro de nós, dentro de cada um, como atividade da consciência. Entramos na senda espiritual no momento em que dirigimos nossos passos rumo a Deus, a nosso Pai. E ninguém se vanglorie, se não fosse pela Graça de Deus, ninguém atingiria a realização de sua filiação divina.
Na experiência de cada um, chega o momento em que nos sentimos penetrados por um raio de luz divina. Sentimos um toque, um lampejo que descerra uma janela em nossa consciência, não por causa nossa, mas apesar de nós.
Quando isso acontece, o próximo passo é inevitável – encontramos o caminho reto que conduz ao trono de Deus. Para o homem comum parece algo impraticável, na vida efêmera, intangível.
Na realidade, porém, o Espírito de Deus é o que há de mais tangível no mundo. Uma vez conscientizada a Sua presença, as contas bancárias, os nossos negócios, os bens que possuímos, nossas próprias relações colocam-se em seu lugar certo como símbolos externos da Graça, como efeitos do Espírito. São esses símbolos ou efeitos que mudam; enquanto os homens viverem somente pelo pão, imersos na simples atividade humana, enquanto dependerem exclusivamente de símbolos.
Um dia descobrirão que as posses humanas rápidas se esvaem, se consomem, se tornam nada. Observamos os resultados da dependência às coisas materiais quando olhamos as faces das pessoas que vivem a elas apegadas, pondo sua segurança na saúde de seus corpos, na riqueza de seus talões de cheques, nas coisas deste mundo. Contrastando com essas figuras, outras existem aqui e ali, cujas vidas esperançosas decorrem iluminadas por uma luz interior, espiritual, facilmente percebida; vemo-las nos olhos, ouvimo-la na voz, observamo-la na vitalidade, no vigor do corpo. Ainda que invisível essa presença está dentro de cada um de nós, não há coisa alguma fora dela. Essa Presença pode ser percebida por aqueles que têm olhos para ver, ouvidos para ouvir, isto é, os que estejam receptivos à Graça Divina.
O propósito único de nossa existência é tornarmo-nos instrumentos através dos quais possa expressar-se a Glória de Deus. Jamais devemos ficar preocupados na tentativa de expressar nossa individualidade.
Nosso empenho deve consistir na atitude permanente de permitir que através de nós se manifeste o Infinito Invisível. Não vacilemos no esforço de buscar essa glória e cada vez que meditarmos, digamos assim: Pai, “de mim mesmo nada posso fazer... Minha doutrina não é minha, mas d’Aquele que me enviou”.
Não tenho sabedoria, Pai, não tenho opinião, não tenho saúde, não tenho riqueza.
Aqui estou tranqüilo para permitir que dentro de mim flua o Infinito. Nossa função consiste em habitar nessa zona de realização interior e nos empenhar que surja a harmonia pela conscientização da presença do Cristo dentro de nós. Ele, então, se exterioriza como um ser humano mais rico, mais sadio, melhor. Mas não nos iludamos com as aparências, pois não estamos à procura de uma alteração no quadro humano. Meditação não é tentativa de transformar doença em saúde, carência em abundância.
A nossa visão deve sempre se manter no Cristo Invisível que habita no centro do nosso ser, aqui e agora. Qualquer meditação que inclua qualquer desejo de alcançar alguma coisa de Deus não é meditação.
O bem tem que ser realizado e não conquistado. A infinitude do bem já está onde eu estou, pois o Reino de Deus está dentro de mim.
A presença e o poder de Deus interpenetram o nosso ser como o perfume na flor, quando desabrochamos espalha-se a fragrância. Cada um de nós tem dentro do próprio ser a totalidade de Deus, não apenas uma parte Dele que é Infinito, Indivisível.
A totalidade de Deus está tanto em uma folhinha como em todos os seres na face da terra. Se não fosse assim, teria havido menos de Deus, no globo terrestre, quando sua população era somente 10% da atual e pelo mesmo motivo teria de aumentar a população.
Havia tanto de Deus há milhões de anos como continuará a haver daqui a muitos milhões. A infinitude de Deus está no indivíduo, por isso se diz que um Cristo pode conduzir aos céus milhões de pessoas. Um Cristo é um filho individual, Infinito de Deus, manifestando tudo o que Deus é. “Filho, tu estás sempre comigo e tudo o que tenho é teu”, estas palavras não são dirigidas a um grupo, mas a um indivíduo, Deus em sua Infinita totalidade está encarnado no Filho de Deus, manifestação de nossa identidade espiritual.
Inicialmente, aprendemos pelo autoconhecimento, a interiorização no Centro Divino, depois permitimos que o perfume que jaz latente se evole, se exteriorize como transbordamento visível do Cristo interno invisível. É a magnitude de Deus que aparece individualizada.
Quando não mais estivermos interessados na paz que o mundo não pode dar, mas buscarmos, tão somente nossa paz, abrir-se-ão as janelas da consciência espiritual e por elas irá penetrar a luz que se tornará a vida de nosso corpo, de todo nosso ser.
Muitas pessoas desejam a vida espiritual para alcançar poderes, fenômenos, experiências. Como compensação pela busca de Deus pretendem gozar mais e melhor as coisas terrenas, apanhar em suas redes maiores e melhores peixes. Porém, o fundamento de nosso trabalho deve ser: “abandonar as redes”, desprezar esse tipo de busca e abrir a consciência para a realidade espiritual.
Então, os objetos externos nos acontecem porque eles são o fruto da Graça interior e esta só pode ser alcançada no silêncio, em estado de grande receptividade. Compete a cada um preparar-se devidamente para o advento dessa experiência – o reconhecimento da Graça. Esse é, na íntegra, o propósito da meditação.
A intensidade da força e poder que fluem através de nós é uma conseqüência da Graça Divina. O alvo final é a iluminação que só alcançamos pela Graça, não por esforço próprio.
Assim, alguns lutarão até esgotarem as forças e não obterão; outros poderão alcançá-la fácil e rapidamente e uns poucos, ainda romperão todas as cadeias com o advento da consciência crística. Essa experiência, porém, só é alcançada através da Graça – seja qual for o grau em que ela aconteça, nada mais do que uma manifestação da dádiva divina. Ela não vem porque a conquistamos, não vem porque a merecemos nem porque somos humanamente bons.
Na verdade, muitas vezes ela visita um pecador, pois sua luta íntima, o anseio interior pode ser mais ardente do que a de um indivíduo, apenas humanamente bom (bondoso) e o vácuo do pecador poderá atrair a plenitude divina e ele será, quem sabe, altamente compreendido.
A única coisa pela qual somos responsáveis é a alimentar constantemente o desejo de alcançar a experiência crística e que esse desejo se expresse na sinceridade do nosso estudo, no aprofundamento de nossa meditação e devoção. Essa é a parte sob nossa responsabilidade.
A experiência Crística é exclusivamente, dádiva de Deus, ninguém a merece e ninguém sabe também por que uns a recebem e outros não.
Há um período na senda espiritual em que o devoto percebe que a alma se abre na experiência da iniciação. Pode ser provocado por algo que se ouviu ou leu, pelo contato direto com a consciência de um mestre espiritual.
Quando a consciência espiritual sobrevém, o aspirante já não precisa de outras fontes fora dele mesmo; todo seu aprendizado, sua iluminação, seu poder curador, passam a fluir dentro dele mesmo. A partir desse instante, ao longo do caminho, ele é uma benção para os outros, distribuindo cura e conforto.
Quanto mais ele submerge no Espírito, tanto mais pode despertar nos outros qualidades messiânicas – Se eu me elevo arrasto comigo os que me cercam. Na proporção que um indivíduo recebe luz espiritual, essa luz se torna lei para todos que se encontrem dentro de sua órbita.
Assim, seja qual for o grau, tornamo-nos luz para todos os que se ponham em contato com a nossa consciência. E para o curador espiritual é essa luz em sua consciência que acarreta a cura. É esse o propósito da meditação; oxalá cada um consiga alcançar essa luz através da experiência crística. Uma vez conseguido o contato com nosso íntimo Ser, já não poderá haver homens, condições ou circunstâncias que nos escravizem. Somos livres em Cristo e podemos dizer: Cristo vive em mim. Que diferença faz haja períodos de prosperidade, de aridez, de secas ou inundações? Cristo vive em mim. Ele me guia através das águas tranqüilas; escolheu-me para repousar em verdes campinas. Poderão mil cair à minha direita, dez à minha esquerda; a mim nada sucederá. Eu sintonizo com o Cristo e todos os dias morro para minha personalidade; estou renascendo pelo espírito, sendo guiado, dirigido, alimentado, mantido, sustentado e salvo por esta luz íntima de iluminação interior. Todo o segredo consiste em despertar o Cristo dormente dentro de nós e esta é a finalidade da meditação.
A meditação jamais deverá ser praticada com o propósito de obter resultados, seja um automóvel, mais dinheiro, ou, melhor situação. Sua única finalidade deve ser a conscientização da presença de Deus.
Na meditação Deus se revela como vida individual. Ele é a fonte da qual derivam todos os bens e, desde que seja alcançada a experiência da sua presença, onde houver necessidade surgirá suprimento. Falharemos sempre que estivermos visando conseguir algo à parte, separado de Deus. Deus é o próprio bem. Orar ou meditar por pessoas ou coisas materiais anula o propósito da meditação. Diz a Escritura que o homem comum recebe as coisas de Deus. Quem é o homem comum senão o ser humano, o filho pródigo, mergulhado ainda na ilusão das facticidades, a orar por coisas materiais, pessoais? Rezamos para pedir dinheiro, mais bens, não oramos para diminuir o que já temos, essa, de fato, seria uma oração espiritual. Deus não toma conhecimento dos rogos feitos para aumento da materialidade. Comumente, nossos desejos humanos, mesmo quando realizados, nos deixam insatisfeitos, porque como seres humanos falta-nos sabedoria para conhecer as coisas que realmente nos são necessárias. Só o Pai dentro de nós é plena sabedoria e amor. Oração eficiente é aquela dirigida a Deus em espírito, deve, portanto ser de natureza espiritual aquilo por que oramos.
Lembremo-nos disso toda vez que nos dirigimos a Deus na meditação, avaliando a qualidade de nossa meditação pelo grau de iluminação espiritual de que ela se reveste. “Eu vim para que eles possam ter vida e a tenham em maior abundância”. É uma promessa de realização; certifiquemo-nos, porém, de que aquilo que estamos pedindo é de ordem espiritual, não devemos orar a um Deus espiritual para cultivar o nosso aspecto humano.
Devemos obedecer à orientação do Evangelho e deixar que o espírito dentro de nós testemunhe, “pois não sabemos o que devemos pedir para nossas necessidades, mas o Espírito intercede por nós...”
Realmente, não somos nós que oramos ou meditamos, cabe-nos, apenas, abrir a consciência para que o Espírito, dentro de nós, revele nossa necessidade e providencie o suprimento. Aí está o segredo, muito diferente do trabalho mental de declarar ou afirmar que isso ou aquilo deve ocorrer agora, nesse minuto. Ao contrário, meditando, nossa atitude deve ser aquela do humilde hebreu: “Fala Senhor, para que seu filho ouça”. Esta é a verdadeira atitude para a prática da meditação. Alargar a consciência e permitir que Deus cumpra Sua palavra dentro de nós, não a nossa palavra, mas a Palavra de Deus, viva aguda, poderosa. Ela não ecoará em vão, no vazio.
O verdadeiro aspirante à Senda espiritual tem um único desejo legítimo: a conscientização da presença de Deus, a experiência do Cristo na própria consciência. “O Pai dentro de mim faz o trabalho”. O Pai está dentro de mim, está dentro de vós; por que então os trabalhos são executados? Há uma condição necessária – a consciência da Onipresença. Dentro de nós está a atividade de Deus, o Poder de Deus. Nós, porém, formamos um estado de consciência ilusório constituído por camadas de facticidades. Não tivemos êxito em transpor essas camadas de materialidade e atingir o Centro Divino no nosso íntimo e enquanto isso não acontecer, falharemos em nossa meditação.
Muitos de nós buscam Deus, conservando da vida uma perspectiva falsa, puramente material. Interessados que o coração pulse tantas vezes por minuto, que os órgãos da função digestiva e eliminatória funcionem devidamente e que nossa provisão de dinheiro seja suficiente, plenamente convictos de que no mundo é possível encontrar-se completa satisfação; para isso corremos atrás de mais dinheiro, acreditam outros que a fama é a resposta aos seus anseios e outros mais, que a sua felicidade reside na boa saúde.
Quantas vezes ouvimos: “Se ao menos eu melhorasse dessa dor... poderia iniciar minha busca de Deus”, ou “se estivesse em melhores condições financeiras sobrar-me-ia paz para fazê-lo”.
Desse modo, fica a conscientização da Presença de Deus dependente de condições físicas ou econômicas. A prova do contrário é verificarmos que muitos possuidores de milhares e milhões ainda não descobriram Deus e muitos que gozam boa saúde também não encontraram paz e felicidade.
Vejamos agora o reverso do quadro: Dedicamo-nos à busca incondicional de Deus, observaremos que ao encontrá-la as dores desaparecem, os pecados se desvanecem e nossos horizontes se ampliam.
Enquanto estivermos empenhados, apenas, em trocar discórdia física por harmonia, física, não teremos idéia do que seja o Reino de Deus, da riqueza Espiritual, da saúde Espiritual.
Devemos iniciar a meditação com a convicção de que nem riqueza, nem saúde são motivos determinantes para nossa busca a Deus. Todo anseio por coisas ou pessoas dificultará, adiará nossa entrada no seu reino.
A firme convicção de que a meta que visamos é a conscientização da Presença de Deus abrirá o caminho e nessa realização “todas as coisas nos serão acrescentadas”, ou melhor, elas já estão incluídas dentro de nós.
O verdadeiro objetivo é a conscientização do Reino para nosso desenvolvimento individual, testemunhando perante o mundo que Deus é o Eu individual e que esse estado de consciência pode ser alcançado por todos aqueles que decidam desapegar-se das coisas terrenas. Isso não quer dizer que devamos isolar-nos em lugares remotos, quer dizer que devemos abandonar os desejos pelos objetos que o mundo oferece. Como aspirantes à sabedoria espiritual cabe indagar qual o melhor caminho e se existe algum para conseguirmos essa realização do verdadeiro Eu. Existe alguma via que conduza à conscientização de Deus aqui na terra? A resposta é Sim. Não só existe um caminho, como existe um caminho curto, simples e ao mesmo tempo difícil. Praticar em nosso próprio corpo um ato de cirurgia mental que elimine todos os desejos por pessoas, lugar, coisa, circunstância ou condição. Com afiado bisturi mental, devem esses desejos, ser extirpados e que apenas um permaneça. “Conhecer a Ti”.
O conhecimento que conduz à vida eterna. Empenhemo-nos de todo coração, alma e mente, na realização da Presença de Deus e não na obtenção de alguma forma de bem. Ao alcançá-la, passaremos a gozar de todas as coisas da vida sem a elas nos escravizarmos, sem a elas nos prendermos, sem temor de perdê-las. Jamais alguém que alcançar o contato com o Cristo perderá sua riqueza, sua saúde ou sua vida. Seja esta nossa oração: Uma coisa tenho desejado, poder conhecer-Te. Uma coisa! Brada meu coração: “Deus, revela-Te a mim. Não me preocupa que o faças na riqueza ou na saúde, na pobreza ou na doença. Apenas revela-Te. Em Tua Presença haverá segurança, sossego, paz e alegria”.
Na meditação nada mais buscamos além da Graça de Deus; ela não é encontrada na mente humana nem é encontrada na paz que o mundo oferece (armistício). Simples afirmação e leitura de livros não a produzem. Podem servir de incentivo e nos conduzir a uma esfera de vibração silenciosa em que nos preparamos para receber a Graça de Deus, mas só a meditação nos eleva a um estado de receptividade espiritual no qual advém a Graça Divina. “Se isso acontecer de modo que o Espírito de Deus conscientemente habite em nós”, então tornamo-nos filhos de Deus. Como seres humanos estamos afastados de Deus e por essa razão não obedecemos a Sua Lei nem experimentamos as bênçãos de Sua presença.
Nós nos afastamos do lar Paterno e diluímos nossa filiação divina na manifestação pessoal do ego. Para efetivarmos nossa filiação divina precisamos seguir o caminho de volta à Casa do Pai; aquela mesma jornada feita pelo filho pródigo para que possamos vestir o manto e receber novamente o diadema e o sinete de filho. Como poderemos tornarmo-nos filhos de Deus? Como despertar o Cristo que sempre foi, é e será a nossa verdadeira identidade e que se encontra dormente dentro de nós? Executar essa tarefa requer esforço. Precisamos abandonar todos os velhos conceitos ou preconceitos de vida “por causa de minha reputação”. Devemos nos levantar da mesa do banquete, deixar para traz pensamentos, pessoas e atividades do mundo e retornar ao Pai. É próprio do ser humano ser indulgente consigo mesmo. Bem-estar, conforto, riqueza, intemperança, glutonaria, indolência e sensualidade agem sobre a consciência como sentimentos separatistas de Deus.
Na realidade, essa separação não ocorre, como sucede ao anel de ouro que não pode ser separado do ouro de que é formado. Ouro é o anel, ouro é a substância que o constitui, não há meio de remover o ouro do anel sem destruí-lo, pois não há duas coisas como ouro e anel, mas somente “um anel de ouro”. O mesmo acontece conosco; não podemos nos separar de Deus porque na realidade não há dois: Deus e eu. Não existe no mundo tu e eu como indivíduos isolados. Sendo Deus Infinito, Deus é tudo o que é. Deus é tu e eu, nossa vida, nossa mente, nossa alma, nosso ser; exatamente como o ouro que constitui o anel. Ouro é a substância, anel é a forma; Deus é a substância, o indivíduo é a forma pela qual Ele se manifesta. É a essência do nosso ser – vida, alma, mente, espírito, lei, atividade; Deus é tudo no indivíduo, seja ele santo ou pecador.
A manifestação de santidade apresentada por um indivíduo depende totalmente do grau de conscientização de unidade com o Pai; do mesmo modo, a manifestação de pecado num indivíduo, depende do grau, do senso de separação que ele admite. Não somos, porém, os seres humanos que parecemos ser: somos puros seres espirituais. Não que haja em nós dois seres separados – humano e espiritual; nós não podemos nos separar de Deus, todavia, como homens, podemos manter esse senso de separação. Decrescendo esse senso de separação a filiação divina passa a revelar-se.
A volta do filho pródigo se processa integralmente dentro de nós, dentro de cada um, como atividade da consciência. Entramos na senda espiritual no momento em que dirigimos nossos passos rumo a Deus, a nosso Pai. E ninguém se vanglorie, se não fosse pela Graça de Deus, ninguém atingiria a realização de sua filiação divina.
Na experiência de cada um, chega o momento em que nos sentimos penetrados por um raio de luz divina. Sentimos um toque, um lampejo que descerra uma janela em nossa consciência, não por causa nossa, mas apesar de nós.
Quando isso acontece, o próximo passo é inevitável – encontramos o caminho reto que conduz ao trono de Deus. Para o homem comum parece algo impraticável, na vida efêmera, intangível.
Na realidade, porém, o Espírito de Deus é o que há de mais tangível no mundo. Uma vez conscientizada a Sua presença, as contas bancárias, os nossos negócios, os bens que possuímos, nossas próprias relações colocam-se em seu lugar certo como símbolos externos da Graça, como efeitos do Espírito. São esses símbolos ou efeitos que mudam; enquanto os homens viverem somente pelo pão, imersos na simples atividade humana, enquanto dependerem exclusivamente de símbolos.
Um dia descobrirão que as posses humanas rápidas se esvaem, se consomem, se tornam nada. Observamos os resultados da dependência às coisas materiais quando olhamos as faces das pessoas que vivem a elas apegadas, pondo sua segurança na saúde de seus corpos, na riqueza de seus talões de cheques, nas coisas deste mundo. Contrastando com essas figuras, outras existem aqui e ali, cujas vidas esperançosas decorrem iluminadas por uma luz interior, espiritual, facilmente percebida; vemo-las nos olhos, ouvimo-la na voz, observamo-la na vitalidade, no vigor do corpo. Ainda que invisível essa presença está dentro de cada um de nós, não há coisa alguma fora dela. Essa Presença pode ser percebida por aqueles que têm olhos para ver, ouvidos para ouvir, isto é, os que estejam receptivos à Graça Divina.
O propósito único de nossa existência é tornarmo-nos instrumentos através dos quais possa expressar-se a Glória de Deus. Jamais devemos ficar preocupados na tentativa de expressar nossa individualidade.
Nosso empenho deve consistir na atitude permanente de permitir que através de nós se manifeste o Infinito Invisível. Não vacilemos no esforço de buscar essa glória e cada vez que meditarmos, digamos assim: Pai, “de mim mesmo nada posso fazer... Minha doutrina não é minha, mas d’Aquele que me enviou”.
Não tenho sabedoria, Pai, não tenho opinião, não tenho saúde, não tenho riqueza.
Aqui estou tranqüilo para permitir que dentro de mim flua o Infinito. Nossa função consiste em habitar nessa zona de realização interior e nos empenhar que surja a harmonia pela conscientização da presença do Cristo dentro de nós. Ele, então, se exterioriza como um ser humano mais rico, mais sadio, melhor. Mas não nos iludamos com as aparências, pois não estamos à procura de uma alteração no quadro humano. Meditação não é tentativa de transformar doença em saúde, carência em abundância.
A nossa visão deve sempre se manter no Cristo Invisível que habita no centro do nosso ser, aqui e agora. Qualquer meditação que inclua qualquer desejo de alcançar alguma coisa de Deus não é meditação.
O bem tem que ser realizado e não conquistado. A infinitude do bem já está onde eu estou, pois o Reino de Deus está dentro de mim.
A presença e o poder de Deus interpenetram o nosso ser como o perfume na flor, quando desabrochamos espalha-se a fragrância. Cada um de nós tem dentro do próprio ser a totalidade de Deus, não apenas uma parte Dele que é Infinito, Indivisível.
A totalidade de Deus está tanto em uma folhinha como em todos os seres na face da terra. Se não fosse assim, teria havido menos de Deus, no globo terrestre, quando sua população era somente 10% da atual e pelo mesmo motivo teria de aumentar a população.
Havia tanto de Deus há milhões de anos como continuará a haver daqui a muitos milhões. A infinitude de Deus está no indivíduo, por isso se diz que um Cristo pode conduzir aos céus milhões de pessoas. Um Cristo é um filho individual, Infinito de Deus, manifestando tudo o que Deus é. “Filho, tu estás sempre comigo e tudo o que tenho é teu”, estas palavras não são dirigidas a um grupo, mas a um indivíduo, Deus em sua Infinita totalidade está encarnado no Filho de Deus, manifestação de nossa identidade espiritual.
Inicialmente, aprendemos pelo autoconhecimento, a interiorização no Centro Divino, depois permitimos que o perfume que jaz latente se evole, se exteriorize como transbordamento visível do Cristo interno invisível. É a magnitude de Deus que aparece individualizada.
Quando não mais estivermos interessados na paz que o mundo não pode dar, mas buscarmos, tão somente nossa paz, abrir-se-ão as janelas da consciência espiritual e por elas irá penetrar a luz que se tornará a vida de nosso corpo, de todo nosso ser.
Muitas pessoas desejam a vida espiritual para alcançar poderes, fenômenos, experiências. Como compensação pela busca de Deus pretendem gozar mais e melhor as coisas terrenas, apanhar em suas redes maiores e melhores peixes. Porém, o fundamento de nosso trabalho deve ser: “abandonar as redes”, desprezar esse tipo de busca e abrir a consciência para a realidade espiritual.
Então, os objetos externos nos acontecem porque eles são o fruto da Graça interior e esta só pode ser alcançada no silêncio, em estado de grande receptividade. Compete a cada um preparar-se devidamente para o advento dessa experiência – o reconhecimento da Graça. Esse é, na íntegra, o propósito da meditação.
A intensidade da força e poder que fluem através de nós é uma conseqüência da Graça Divina. O alvo final é a iluminação que só alcançamos pela Graça, não por esforço próprio.
Assim, alguns lutarão até esgotarem as forças e não obterão; outros poderão alcançá-la fácil e rapidamente e uns poucos, ainda romperão todas as cadeias com o advento da consciência crística. Essa experiência, porém, só é alcançada através da Graça – seja qual for o grau em que ela aconteça, nada mais do que uma manifestação da dádiva divina. Ela não vem porque a conquistamos, não vem porque a merecemos nem porque somos humanamente bons.
Na verdade, muitas vezes ela visita um pecador, pois sua luta íntima, o anseio interior pode ser mais ardente do que a de um indivíduo, apenas humanamente bom (bondoso) e o vácuo do pecador poderá atrair a plenitude divina e ele será, quem sabe, altamente compreendido.
A única coisa pela qual somos responsáveis é a alimentar constantemente o desejo de alcançar a experiência crística e que esse desejo se expresse na sinceridade do nosso estudo, no aprofundamento de nossa meditação e devoção. Essa é a parte sob nossa responsabilidade.
A experiência Crística é exclusivamente, dádiva de Deus, ninguém a merece e ninguém sabe também por que uns a recebem e outros não.
Há um período na senda espiritual em que o devoto percebe que a alma se abre na experiência da iniciação. Pode ser provocado por algo que se ouviu ou leu, pelo contato direto com a consciência de um mestre espiritual.
Quando a consciência espiritual sobrevém, o aspirante já não precisa de outras fontes fora dele mesmo; todo seu aprendizado, sua iluminação, seu poder curador, passam a fluir dentro dele mesmo. A partir desse instante, ao longo do caminho, ele é uma benção para os outros, distribuindo cura e conforto.
Quanto mais ele submerge no Espírito, tanto mais pode despertar nos outros qualidades messiânicas – Se eu me elevo arrasto comigo os que me cercam. Na proporção que um indivíduo recebe luz espiritual, essa luz se torna lei para todos que se encontrem dentro de sua órbita.
Assim, seja qual for o grau, tornamo-nos luz para todos os que se ponham em contato com a nossa consciência. E para o curador espiritual é essa luz em sua consciência que acarreta a cura. É esse o propósito da meditação; oxalá cada um consiga alcançar essa luz através da experiência crística. Uma vez conseguido o contato com nosso íntimo Ser, já não poderá haver homens, condições ou circunstâncias que nos escravizem. Somos livres em Cristo e podemos dizer: Cristo vive em mim. Que diferença faz haja períodos de prosperidade, de aridez, de secas ou inundações? Cristo vive em mim. Ele me guia através das águas tranqüilas; escolheu-me para repousar em verdes campinas. Poderão mil cair à minha direita, dez à minha esquerda; a mim nada sucederá. Eu sintonizo com o Cristo e todos os dias morro para minha personalidade; estou renascendo pelo espírito, sendo guiado, dirigido, alimentado, mantido, sustentado e salvo por esta luz íntima de iluminação interior. Todo o segredo consiste em despertar o Cristo dormente dentro de nós e esta é a finalidade da meditação.
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