segunda-feira, 31 de julho de 2017

Impersonalizando o Erro Joel S. Goldsmith - Cap. VII de O Eu Místico



A história do mundo registra centenas de místicos que se elevaram tão alto em consciência a ponto de conscientizarem o Eu; no entanto, muitos jamais conseguiram desfrutar uma vida feliz, saudável e bem-sucedida, nem formaram um corpo de alunos capazes de revelar ao mundo a harmonia divina aqui disponível para todos. Por quê? 
Por quê, apesar de terem atingido tamanha elevação, continuaram às voltas com as discórdias deste mundo? Eis o motivo: não captaram a importância e o significado da natureza do erro.


Sem uma compreensão da natureza do erro, este mundo não será, na próxima geração, diferente do atual. 

Todos sabemos que tem havido várias revelações do Eu, mas, igualmente, sabemos que estas revelações não salvaram o mundo. A revelação da natureza do erro, combinada com a revelação do Eu, poderá cumprir este objetivo e irá fazê-lo.

Uma compreensão do não-poder do efeito é essencial

É verdade que a natureza do erro foi ensinada, em certa escala, nos primeiros anos de ensino e cura metafísicos, mas o real significado do princípio da nulidade e não-poder da doença não foi entendido. Acreditou-se que a mente, que foi tornada um sinônimo de Deus, era o poder que curava a doença; em resumo, que Deus era o poder que a removia. 

Contudo, se você aceitar a Verdade de que Deus é onipotente, logicamente concluirá o seguinte: “Ora, então nada, senão Deus, é Poder”. Isto implica a impotência de toda e qualquer coisa que se lhe apresente como poder, seja ela pessoa, circunstância, coisa ou condição. Poderá encará-la objetivamente e perceber quão impossível é ela ser um poder ou possuir um poder, sendo que Deus é onipresente e onipotente, a única Presença e o único Poder.

Quanto mais conscientes ficamos da natureza de Deus como Onisciência, Onipotência e Onipresença, mais nos tornamos conscientes do não-poder deste mundo do efeito. 

Talvez você fique imaginando qual seria o motivo que provocou a não-descoberta deste princípio pelos antigos místicos, e a resposta é que suas mentes estavam condicionadas, assim como alguns dos místicos atuais estão condicionados. Eles acreditavam que o “karma” é poder, mais poderoso até que Deus, ou acreditavam que Deus se utiliza do mal para alcançar Seus intentos. Estavam tão condicionados, que não podiam abrir mão de sua crença no poder do pecado, doença, falsos desejos, carência e limitação. 

Isto é o que dificulta explicar este princípio àqueles que não se deixaram conduzir internamente a este ensinamento. Os que conseguiram fazê-lo, puderam logo aceitá-lo e compreendê-lo, certamente por já terem tido a oportunidade de comprovar o não-poder do erro de uma forma ou de outra. Contudo, seja qual for esta experiência, isto é somente um começo.

Os poderes deste mundo não são poder na Presença de Deus

Como fazem milhares de pessoas da atualidade, séculos atrás, também os hebreus oravam a Deus pela destruição dos males de seu mundo, mas nunca eles eram destruídos. 

Desde o advento do Cristianismo, os cristãos têm orado a Deus para vencer os males de seu mundo, e estas preces, igualmente, nunca foram bem-sucedidas. Pessoas de outras religiões e ensinamentos têm feito preces para dominar os males de seu mundo, mas estes não foram dominados. E isto jamais ocorrerá, a menos que haja o reconhecimento de que estamos todos perdendo tempo enfrentando o mal. Se Deus pudesse combater o mal, não precisaríamos orar a Ele para que assim o fizesse. Deus faria isto sem necessitar de nossas súplicas.

Não comece falando a Deus sobre algo que Ele não esteja já fazendo. A sabedoria de Deus é infinita – não a sua, mas a sabedoria de Deus. 

A sua sabedoria passa a ser infinita quando você “morre” o suficiente para as suas teorias, suas crenças, seus conceitos, e, em meditação, você se abre em consciência para receber a sabedoria de Deus. Somente assim, a sua sabedoria será infinita, por já não ser mais sua, mas a sabedoria de Deus.

Em suas meditações, eventualmente, você chegará a uma profunda comunhão com Deus, entrando em tabernáculo com Ele. Esta Presença é tão real e tangível quanto qualquer coisa que você tenha conhecido, ou até mesmo muito mais real; e, ao começar a comungar com este Espírito, através de suas meditações, Ele, em seu íntimo, logo o convencerá de que os poderes do mundo não são poder, e mais especialmente, de que os poderes malignos do mundo não são mal algum. 

De fato, nada é mal, exceto quando o pensar o torna assim. Aceitá-lo o torna assim; porém, em si e de si mesmo, o mal não existe.

Em qualquer grau de cura espiritual que você tenha experienciado, você já obteve a prova desta Verdade. 

Em outras palavras, se esteve com um resfriado, que supostamente era um poder, e obteve uma cura espiritual, então irá saber que isto provou que o resfriado não era o poder que ele alegava ser.

Se você teve uma doença mais séria, e através de sua própria consciência, ou consciência espiritual de alguém, pôde observar o sumiço da dor e dos sintomas, e a conseqüente restauração da harmonia, tudo o que realmente você experienciou foi a nulidade daquilo que estava surgindo como uma doença, porque se ela fosse alguma coisa, continuaria existindo como essa coisa. O próprio fato de ela ter desaparecido sem o uso de medicamentos materiais, cirurgia, ou outras aplicações de qualquer tipo, significa que não era, de fato, aquilo que alegava ser.

Mal, um hipnotismo universal

Todo mal, de qualquer nome ou natureza, é produto de um hipnotismo, ou má-prática universal, baseada na crença em dois poderes, e descrita por Paulo como mente carnal. Qualquer discórdia à nossa frente nada mais é que este senso mesmérico. Não se trata de uma crença minha ou sua: trata-se de uma crença universal, sob a qual nos colocamos, em virtude da nossa ignorância da Verdade.

Através da atividade da mente carnal, operando universalmente, submetemo-nos a este hipnotismo desde o momento da concepção; e, se estivermos vivendo sob a lei do bem e do mal, tudo poderá acontecer. Ou nos sujeitamos à mente carnal universal, às suas crenças e atividades, ou atenderemos mais e mais ao impulso espiritual.

Exemplificando, quando no outono caem as primeiras chuvas frias, provavelmente três ou quatro, dentre dez pessoas, pegam resfriado, não por causa de seus pensamentos errados, mas devido ao hipnotismo universal oriundo desta crença em dois poderes. Tal hipnotismo pode ser quebrado pela conscientização de que não é preciso nos sujeitar ao mesmerismo do mundo, e pela compreensão de que o hipnotismo, ou mente carnal, não é de Deus; não é espiritualmente ordenado, não é sustentado por nenhuma lei espiritual. Concluindo: ele não é poder.

Nós não lutamos contra o hipnotismo ou mente carnal; não discutimos com ele; não tentamos destruí-lo nem nos elevarmos acima dele. Para nós, o hipnotismo e a “mente carnal” são meramente nomes que identificam o bem e o mal como a essência de toda limitação, mas tão logo sobrepujemos a crença nos poderes do bem e do mal, iniciamos a dissolução da origem de nossas discórdias e desarmonias.

Quanto mais vivermos na conscientização de que não precisamos de nos sujeitar ao hipnotismo universal da crença mundial em dois poderes, mais nos libertaremos daquela influência para vivermos sob a Graça e não sob a lei. 

Quando compreendermos a Deus como Onipotência, poderemos, então, perceber que o hipnotismo, o mesmerismo, a mente universal, ou a crença universal em dois poderes, não são poder; e, à medida que percebermos isto, proporcionalmente nos libertaremos.

Esta crença universal da mente humana ou carnal somente pode atuar como poder por causa da nossa aceitação da mesma; mas, em si e de si mesma, inexiste qualquer poder na sugestão de um ser apartado de Deus ou de uma presença ou poder apartados de Deus. 

A única presença é Onipresença. Embora possamos acreditar que vemos um fantasma, embora possamos ver pecado, doença, ou morte, a única presença é a Onipresença.

Deus é o único poder, a despeito das aparências, e Deus é onisciência, todo-sabedoria. 

Portanto, não temos de conhecer coisa alguma sobre a atividade da mente ou do corpo; tudo que nos cabe fazer é descansar na onisciência de Deus, repousar em Sua sabedoria infinita. Ao permanecermos na Onisciência, Onipotência e Onipresença, poderemos convictamente afirmar: “Ah, sim! Não há presença alguma nem poder algum ao lado de Deus, e isto a que chamamos de crença em dois poderes – a mente carnal – não é poder. Isto não pode atuar sobre o homem nem através dele,”

O mal é impessoal

Todo mal é impessoal: não há pessoa em quem, sobre quem, ou através de quem ele possa operar. Seja uma alegação de tempo, de doença, ou de carência – seja qual for o nome ou a natureza do mal – o mal é impessoal. Não teve sua origem em mim, em você ou em qualquer pessoa, lugar, coisa ou condição. 

A raiz do mal é a mente carnal, ou a crença em dois poderes; e a crença de que existe poder na doença, no pecado, na carência, é o hipnotismo causador de toda a discórdia no mundo.

Ficaremos sem “mente carnal” à medida que conscientizarmos que, neste mundo todo, o bem e o mal não existem como entidades. 

Portanto, mesmo pensar ou dizer que tal pessoa, coisa ou condição sejam boas, significa permitir que a mente carnal nos controle. Há somente um Ser, uma Essência, um Poder, e este é Consciência – Deus. A Consciência não é boa nem má: Ela simplesmente É.

Para ser boa ou má, a Consciência teria que ter um oposto, e Ela teria que possuir graduações. Não há opostos em Deus; não há graduações em Deus: Deus é infinito; Deus é onipresente, onipotente, onisciente, o que impede que haja espaço para oposição, opostos, limitações ou finidade. 

Ao permitirmos que limitação e finidade operem em nossa consciência, estaremos trazendo a mente carnal à nossa experiência. A mente carnal não é sobrepujada através de lutas contra ela, mas através do reconhecimento de que ela se compõe de uma crença no bem e no mal.

Nós reconhecemos o bem e o mal na experiência humana

O que vimos não quer dizer que deixaremos de reconhecer o bem e o mal em nossa vivência cotidiana. Naturalmente, nós reconhecemos que uma condição de saúde é uma experiência melhor em nossa vida do que a de doença, e um dos frutos da vivência espiritual é um senso máximo de saúde que podemos estar agora desfrutando. 

Assim, enquanto é verdadeiro que humanamente aparentemos ser compelidos a reconhecer as limitações do bem e do mal, deveremos reconhecer que a Consciência não incorpora dentro de Si mesma quantidades ou qualidades de bem e mal, ou de limitação.

Ao nos envolvermos com a rotina das atividades diárias, internamente manteremos nossa percepção espiritual do Eu como consciência individual e o reconhecimento de que tudo que surgir em nossa experiência como pecado, doença, morte ou limitação é a mente carnal, o “braço de carne”, ou seja, nenhuma mente.

Não negaremos que haja maus motoristas, motoristas alcoolizados, descuidados ou incompetentes nas estradas. 

Enquanto o quadro humano for considerado, os trajetos estarão cheios de pessoas boas e más; mas, ao assim reconhecermos, assumiremos nossa postura espiritual: “Sim, esta é a aparência decorrente da crença no bem e no mal –mente carnal--, mas ela não é poder: não é ordenada ou mantida por Deus. Simplesmente é o “braço de carne”.

Através de nossa experiência humana, não poderemos evitar de tomar conhecimento de pecado, doença e pobreza no mundo, condições que no mundo estarão enquanto existir uma raça humana que não tenha se emancipado. 

Enquanto perdurar um mundo fundamentado na crença no bem e no mal, estes quadros estarão aqui para serem vistos: doença por toda parte, morte, insanidade, e todas as demais coisas componentes da mente carnal. 

O que irá determinar a harmonia de nossa experiência é a nossa reação a estes quadros, não por escondermos nossas cabeças na areia, afirmando ou declarando que eles não existem, mas por fazermos o reconhecimento: “Sim, eles são o braço de carne”. Têm poder temporal. Eles são poder para um mundo que crê no bem e no mal, mas não são poder para mim. Eu sei que existe somente um Poder”.

No início e nossa jornada espiritual, meramente saímos de um conceito mortal de mal para um conceito melhorado de vida humana, com mais saúde, mais prosperidade ou felicidade. Contudo, não é este o nosso objetivo final de vida. Este objetivo final é a realização espiritual, que eventualmente erradica a ambos os conceitos de vida humana: o bom e o mau.

A Onipotência do Eu

Ao testemunhar os males do mundo, se eles surgirem em sua vida ou na de seus familiares, vizinhos ou em sua nação, certifique-se de estar cobrindo os dois princípios maiores de O Caminho Infinito: primeiramente, abra a porta de sua consciência e admita o Eu; a seguir, faça o reconhecimento:

Não se atemorize. Eu estou com você. Não tema com relação àquele que está lá fora: Eu sou Ele. Eu estou aqui, e Eu estou lá. Não tema: Eu, em seu âmago, sou poderoso. Eu sou vida eterna. Eu sou o Caminho. Apenas confie em Mim. Não tema perigo algum, pois não há poder algum externo a você. Eu, em seu âmago, sou poder infinito, o poder-total, o único poder.

Viva pela Graça, pois Eu sou o seu alimento, seu vinho, sua água. Eu posso dar-lhe a água que, ao ser bebida, fará com que jamais volte a ter sede. Eu tenho alimento que você não conhece. Eu sou a ressurreição. Eu sou o Caminho para a sua paz; Eu sou o Caminho para a sua abundância; Eu sou o Caminho para a sua segurança.

Eu sou a rocha. Eu sou a fortaleza. Eu sou a muralha. Habite em Mim, e permita-Me habitar em você, e mal algum o atingirá. Nenhuma arma apontada a você irá produzir qualquer efeito. Por quê? Porque elas todas são sombras; não são realidades; não são poder. Eu, em seu âmago, sou onipotência, o único poder. Estas flechas, estes dardos envenenados, estes germes, estas balas, estas bombas: são todos sombras. São crenças num poder apartado de Mim. São a crença universal em dois poderes. Acredite em Mim como Onipotência.

Você não estará na Mística até que tenha aberto a sua consciência e aceito a Verdade de que Eu, em seu âmago, sou Ele, este Cristo encarnado em você, e que a Anunciação significa o nascimento do Cristo em você. 

Mas, quando aceitar isto, não se esqueça de que o trabalho somente estará completo quando você associar a onipotência do Eu, que é o primeiro princípio de O Caminho Infinito, com o segundo, que é o “não-poder” de tudo aquilo que estiver aparecendo como o mundo do efeito.

Reconheça o mal como a mente carnal

Em sua experiência, você estará lidando com pessoas de diferentes níveis de consciência, de várias graduações de bem e mal, e mesmo que elas tenham contato pessoal com você, não fugirá de seu conhecimento o mal em pessoas ativas nas ocupações nacionais e internacionais. Não será o bastante, posso lhe garantir, você apenas testemunhar o fato de que o Cristo está presente nelas. Você terá que dar o segundo passo e também reconhecer que a mente carnal não é poder. Somente assim a sua prece ou meditação estará completa. Uma vez feito o reconhecimento: “Eu, em meu âmago, é Deus; Eu, em seu âmago, é Deus; e a mente carnal, a crença universal em dois poderes, é não-poder”, então, e somente então, seu trabalho estará completo.

Não tente destruir o mal em alguma pessoa. Perceba a natureza universal da mente carnal, e então “anule-a”. Isto pode ser feito, porque jamais Deus criou uma mente carnal. Deus jamais criou dois poderes. Deus jamais criou o mal; portanto, ao realizar a “impersonalização” e a “anulação”, você conduzirá sua prece, tratamento ou realização a uma conclusão. 

Poderá, então, descansar e ficar certo de ter realmente lidado com a situação de forma espiritual e inteligente, por honrar a Deus num reconhecimento de Oniptência. Terá honrado a Deus num reconhecimento da Onipresença, a presença de Deus dentro de você, o próprio Eu de seu ser, e praticamente terá expulso o diabo, pela conscientização de que a mente carnal, a crença universal em dois poderes, não tem nenhuma lei de Deus a mantê-la.

O mal que tenta atingi-lo sempre se personaliza. Ele surge como um pecado, como uma tentação, como um falso desejo seu, ou de alguma outra pessa. Ele sempre se personaliza em “ele”, “ela” ou “você”. Observe como jamais você pensa no alcoolismo, mas pensa em alguém alcoólatra. Você nunca pensa na droga, mas no drogado. Você nunca pensa na mente carnal universal: você pensa no mau sujeito na prisão, porque o mal sempre surge numa forma personalizada. Ele veio a Jesus na forma de diabo. Ele sempre se personaliza, mas quando Jesus voltou-se contra ele, não havia diabo algum ali. Era somente uma tentação em sua mente, e foi em sua mente que ele teve de ser encarado.

Assim, não há nenhuma pessoa má a confrontá-lo. Não existe nenhuma condição maligna a confrontá-lo. Isto é uma personalização da impessoal mente carnal – não uma crença sua ou minha, mas a crença universal em dois poderes. Feito este reconhecimento e esta impersonalização, o mal sairá da pessoa, seja na forma de pecado, doença, falso desejo, etc. Sua saída é, às vezes, muito rápida; em outras vezes, é lenta, dependendo do grau de receptividade de cada um.

Nenhum poder divino é usado

Quando você aprender a impersonalizar o mal, não terá que apelar a um poder divino. Você poderá aceitar a Deus como Onipotência, mas somente se puder ver as assim-chamadas aparências malignas como maya, ou ilusão, e deixar, em vista disso, de pretender que Deus faça alguma coisa com elas. 

Quando se capacitar a agir assim, estará com a sabedoria espiritual. Poderá, então, dizer ao cego: “Abra seus olhos”. Contudo, no instante em que intencionar que um poder divino faça algo pelo cego, terá perdido a demonstração.

Se puder olhar para o paralítico, e dizer: “Levante-se, tome seu leito e ande”, você conseguirá dar-lhe ajuda; porém, se recorrer a Deus para que Ele faça algo por ele, estará participando do mesmo sonho vivido pelo paralítico. 

Os espiritualmente iluminados sabem que é desnecessário recorrer a Deus por alguma coisa, porque Deus está cuidando sempre de Seus negócios. Ele não precisa ser lembrado, dirigido nem clamado.

Se você deseja realmente honrar a Deus, saiba que Deus está sempre sendo Deus; Deus está sempre mantendo e sustentando Seu universo espiritual. Então, em sua soltura de Deus, irá conscientizar: “Que poder apartado de Deus existe? Que presença apartada de Deus existe? Não devo ser iludido por aparências.” 

Assim, você verá a retidão se revelar. Nenhum poder divino é usado. O poder divino estava presente desde o princípio, mas o reconhecimento da Onipotência e da Onisciência, e o reconhecimento da irreal natureza das aparências trouxeram-no à infinita manifestação.

Desperte da inércia rumo ao Ser

Está em nossas mãos! Dentro de nós reside nosso poder de determinar se valorizamos ou não nossa liberdade o suficiente para rompermos com a inércia mental que nos impediria de percebermos conscientemente a verdade duas, três ou mais vezes por dia.

Cada um possui um destino espiritual. Assim, o que nos impede de vivenciá-lo? A crença em dois poderes, o bem e o mal, que de tal maneira se cristalizou na consciência humana como uma má-prática ou hipnotismo; crença que nos mantém sob a lei e não sob o domínio da Graça! Uma vez conhecida a verdade de que toda forma de discórdia em nossa vida é uma forma de hipnotismo, e, na proporção com que pudermos aceitar que somos um Eu Divino, iremos ficar livres dos pecados, temores e doenças deste mundo. 

Nossa mente não tentará alcançar Deus, não buscará o bem: estaremos completamente livres de buscar qualquer tipo de coisa. Deus é; Eu Sou: nesta verdade permaneceremos repousados.

Minha vida e a vida de Deus estão unidas: somos uma só vida. Minha mente e a mente de Deus são uma só mente. Nada pode nos separar ou dividir. Nem a vida nem a morte podem separar-me da vida de Deus, do amor de Deus e da abundância de Deus, pois Deus está sendo AGORA. Eu não posso criar isto – nem mesmo Deus pode fazê-lo, pois já tem sido assim desde o princípio.

O que Deus uniu, nenhum homem, circunstância ou condição podem separar, e qualquer crença ou poder que eu vinha até aqui aceitando, referente a uma presença ou um poder apartados do Eu que Eu Sou, rejeito conscientemente embasado na Onipotência e Onipresença.

Impersonalize Deus; impersonalize o mal. Conheça a natureza do Eu como sendo universal; vida e existência universais. Não permita que o “véu” que personaliza Deus volte a ser colocado. Não faça nenhuma imagem de Deus: não faça nenhuma representação de madeira, de marfim nem de ouro; não faça sequer alguma imagem mental de Deus. Assim, você não estará personalizando Deus.

No minuto exato em que você retiver uma imagem de Deus em seu pensamento, estará personalizando-O, e ficará na expectativa de que aquele conceito formado é Deus; mas, conceito algum poderá ser Deus. Somente o Eu pode ser Deus, e você não será capaz de formar uma imagem mental do Eu. Esta é uma palavra que carece de descrição. Tente à vontade e verá: não irá conseguir fazer uma imagem mental do Eu.

Quando esta verdade lhe estiver desvelada, jamais ela voltará a ser encoberta para você. Jamais será capaz de retornar à mania de criar conceitos de Deus, ou de esperar de Deus que faça algo quanto à nulidade e impotência – não-poder – deste mundo do efeito. Sempre aquele sorriso lhe virá aos lábios, e a palavra Eu lhe surgirá; e então, você estará em paz, estará repousado. E nesse estado de quietude e confiança, você se tornará um observador de Deus em ação. Não irá impulsioná-Lo; não irá dar-Lhe força; não irá colocá-Lo em expressão: em quietude e confiança, apenas se tornará um observador, vendo-O trabalhar.




domingo, 30 de julho de 2017

Oração - Joel S. Goldsmith - O Caminho Infinito





“Vós pedis, e nada recebeis, pois pedis mal” disse o Apóstolo Tiago. 

Já se deram conta que, por algum tempo oraram e não obtiveram respostas às suas orações? “Pedis errado”. Esta é a razão.


A oração, baseada na crença que há uma necessidade ou um desejo insatisfeitos, nunca será consoante com a verdadeira oração científica. 

Uma oração para que Deus faça alguma coisa, mande ou forneça algo, ou cure alguém, não tem nenhum poder. 

Cremos, por vezes, que Deus precise de um canal através do qual venha a satisfazer nossos pedidos, e isso nos leva a procurar as respostas fora de nós mesmos. 

Podemos pensar que o suprimento possa vir até nós e, por isso, ficamos aguardando por uma pessoa ou por uma condição através da qual isso aconteça; ou podemos depender de um curador, ou de um mestre, como canal de cura. “Pedis mal”.

Qualquer idéia de que aquilo que buscamos esteja em algum lugar que não denrto de nós, dentro de nossa própria consciência, é a barreira que nos separa da nossa harmonia.

A oração verdadeira nunca é dirigida a um Ser fora de nós mesmos, e tampouco espera por algo vindo de fora de nosso ser. “O reino de Deus está dentro de vós”, e todo o bem deve ser procurado alí. Se reconhecemos que Deus é a realidade do nosso ser, entendemos que todo o bem é inerente a esse Ser, o seu e o meu ser. 

Deus é a substância do nosso ser e, por isso, nós somos eternos e harmoniosos. Deus é a Vida, e esta Vida é auto-sustentada. Ele é a nossa Alma, e nós somos puros e imortais. Deus é a consciência do indivíduo, e isto constitui a inteligência do nosso ser.

Para sermos precisos, não há Deus e você, embora Deus sempre se manifeste como você, e esta é a unidade que nos assegura o bem infinito. Deus é a vida, a mente, o corpo e a substância do ser individual; por isso, nada pode ser acrescentado ao indivíduo, e a oração verdadeira é o reconhecimento constante desta verdade.

A conscientização do nosso verdadeiro ser – da natureza e caráter infinitos do nosso próprio ser – também é oração. Nesse estado de consciência, em vez de buscar, pedir e esperar algo da prece, voltamos nosso pensamento para dentro e ouvimos a “pequena voz silenciosa” que nos assegura que, mesmo antes que pedíssemos, nosso Pai conhecia e preenchia nossa necessidade. 

E aí está o grande segredo da oração: Deus é a Totalidade e é sempre manifesto. Não há pois um bem ou Deus imanifestos. O que cogitamos estar buscando, está sempre presente dentro de nós, já manifesto, e nós temos que ter em mente essa verdade. Todo o bem já é, e é para ser manifesto. O reconhecimento desta verdade é a oração atendida.

Nossa saúde, prosperidade, emprego, lar e harmonia não são pois dependentes de algum Deus longínquo; nunca dependem de um canal, pessoa ou lugar, mas estão continuamente à mão, onipresentes, dentro de nossa própria consciência; e o reconhecimento desse fato é a oração atendida. “Eu e o Pai somos um”, e isto é causa da perfeição do ser individual.

Para sermos precisos, não há Deus e tu. É impossível orar corretamente sem ter compreendido esta verdade; e, sem conhecermos nossa relação com a Divindade, nossa oração seria apenas fé cega ou crença, e não compreensão. 

É a nossa conscientização da unidade do Ser – a unidade da Vida, da Verdade e do Amor – que redunda em oração atendida. É o reconhecimento constante de nossa vida, nossa mente, nossa substância e ação como manifestações do ser divino que constitui a verdadeira oração. Identificando este Ser divino como única realidade de nosso ser individual, podemos compreender a nós mesmos como uma realização de Deus, como arremate e perfeição do ser que tudo abrange, divino e imortal. O reconhecimento da divindade de nosso ser individual é a verdadeira prece, que é sempre ouvida. 
A retificação da falsa crença que sejamos separados e distantes do nosso bem é a essência da prece verdadeira. Aquilo que eu busco, eu sou. Qualquer bem que eu possa ter acreditado ser separado de mim, é de fato uma parte constituinte do meu ser.

Eu incluo, personifico e envolvo dentro da minha própria consciência profunda, a realidade de Deus, que constitui a infinitude da saúde, da prosperidade e da harmonia do meu ser. A conscientização desta verdade é a verdadeira prece.

Apesar desta totalidade de Deus, expressa como seres individuais perfeitos, aparecem constantemente na vida humana aqueles males que solicitam nossa compreensão da prece. Qual é a natureza do erro, do pecado, da doença? Como pode haver tais coisas, sendo Deus a totalidade? Tais coisas não podem ser, e de fato não são, apesar das aparências de dor, de discórdia e de sofrimento.

A Bíblia nos revela a verdade básica do ser, ou seja, que “Deus viu tudo o que tinha feito, e viu que era muito bom”. Nesta perfeição que Deus criou, não há “profanação”… ou algo que seja mentira; e não há outro Princípio criador. Torna-se assim claro que aquilo que tem a aparência do erro, de pecado, doença, dor e discórdia não passa de ilusão, de miragem, nada. 

Lembremos então, na nossa prece, que Deus criou tudo o que foi feito, e nesse universo de Deus existe apenas a Presença Total, o Poder Total de Deus, o Amor divino e, por isso, aquilo que agora nos parece erro é uma falsa representação da realidade.

O tempo virá, em nossa vida, em que a inspiração espiritual revele à consciência individual um estado de ser livre das crenças e condições mortais. Não mais então viveremos uma existência baseada em afirmações ou negações mentais e, no lugar disso, receberemos de nossa Consciência um constante desdobramento da verdade. 

Por vezes isso nos vem do canal de nosso próprio pensamento. Pode nos vir através de um livro, uma leitura ou um serviço solicitado pela divina Consciência, que se revela à consciência individual.

Na medida em que nos tornamos mais e mais conscientes de nossa unidade com o Universo, com o Cristo cósmico, qualquer desejo ou necessidade que se nos apresente, traz consigo o seu preenchimento de pensamentos e desejos justos. E não está pois claro que nossa unidade com a Consciência, tendo sido estabelecida desde o “começo” pela eterna relação entre Deus e Seu ser manifesto, não custou nenhum esforço consciente para existir e ser mantida? A percepção desta verdade é o elo que nos liga à divina Consciência.

Para muitos, orar significa pedir e suplicar a um Deus que mora em um lugar chamado céu. O fato, porém, deste tipo de oração resultar em fracasso universal na obtenção de seus fins, prova que isso não é uma prece verdadeira, e que o Deus a quem suplicam não está lá para ouvir. 

A reflexão dos homens percebeu eventualmente a falta de resposta para tais orações, e se voltou para a busca do Deus verdadeiro e da idéia correta de prece. Isso levou à revelação da verdade como praticada e compreendida por Cristo Jesus e muitos reveladores antigos.

Neste ponto entendemos que “o reino de Deus está dentro de vós” e, por isso, a prece deve ser dirigida para dentro, para o ponto de consciência em que a Vida universal, Deus, se individualizou como você e eu. Aprendemos que Deus criou (originou) o mundo no princípio e que isso “era bom”.

Sendo “bom”, o universo deve ser inevitavelmente completo, harmonioso e perfeito; assim, nossa prece, no lugar de suplicar por algum bem, se torna a percepção da onipresença do bem, e esse conceito mais elevado faz da oração a afirmação do bem e a negação da existência do erro como realidade.

Quando a prece, mesmo afirmativa, resulta do uso de fórmulas, há a tendência a voltar para o velho modelo de reza de fé, e com isso a prece perde a sua força. Quando, contudo, a prece consiste de uma sincera e espontânea afirmação da infinitude de Deus, e de harmonia e perfeição de Sua manifestação, está de fato próxima da oração absoluta, que é a comunhão com Deus.

Antes que recebêssemos o clarão da verdade, orávamos por coisas ou pessoas; noutras palavras, lutávamos por atingir algum fim pessoal. 

Em sua grande visão, R. W. Emerson escreveu: “A oração que anseia por uma vantagem particular, algo menor que o bem total, é viciosa”. E então, esse homem sábio deixa-nos a definição: “A oração é a contemplação das coisas da vida do mais alto ponto de vista. É o solilóquio da alma contemplativa e jubilosa. É o Espírito de Deus proclamando alto Seu trabalho… Tão logo o homem seja um com Deus, ele nada pedirá”. 

A prece não deve ser entendida como um voltar-se para Deus para alguma coisa, pois como completa Emerson, “A prece como meio de atingir fins particulares é sem significado, é um roubo”.

Agora sabemos o que a prece não é, e tivemos um vislumbre de que a prece é a união do nosso Eu, da Alma individual, com Deus, a Alma universal. Na verdade, a alma individual e a Alma universal não são duas, mas uma só, e a conscientização desta verdade constitui a união ou unidade, que é a verdadeira prece.

Jesus disse “Meu reino não é deste mundo”, e temos que lembrar disso quando oramos. Voltarmo-nos para Deus levando algum pedido ou desejo deste mundo, será infrutífero. Quando adentramos no nosso santuário do Espírito, temos de deixar de fora todos os desejos, as necessidades e carências terrenas. 

Temos que deixar “esse mundo” e nos encaminhar para Deus com apenas uma idéia – a comunhão com Deus, a união, a unidade com Deus. Não devemos orar para obter qualquer coisa, ou para mudar ou corrigir algo.

A oração, que é união consciente com Deus, sempre redunda em harmonia, paz, contentamento e sucesso. Estas são as coisas “dadas de acréscimo”. Não é que o Espírito produza, corrija ou cure a matéria ou o universo físico, mas ocorre que nós nos elevamos para um grau de consciência mais alto, onde há menos matéria e, por isso, menos discórdia, menos desarmonia, doença ou carência.

A comunhão com Deus é a verdadeira oração. É o desenvolvimento, na consciência individual, de Sua presença e poder, e isto nos torna “todos completos”. 

A comunhão com Deus é na realidade ouvir a “pequena voz silenciosa”. 

Nesta comunhão, ou oração, não proferimos palavras para Deus, mas a conscientização da presença de Deus é uma comunicação da verdade e do amor que vem de Deus até nós. É um estado de ser abençoado, que jamais nos deixa no ponto em que nos encontrou.






sábado, 29 de julho de 2017

Abrindo a Porta a Deus -Joel S. Goldsmith






"Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo." - Apocalipse 3:20


A Presença espiritual Se mantém sempre à porta de nossa consciência, tentando entrar. 

Por ignorância espiritual, desconhecemos esse fato. Temos vivido fora de nós mesmos, à mercê de toda sorte de influências externas, passando por várias experiências, algumas agradáveis, outras enfadonhas, mesquinhas, pecaminosas, que poderíamos ter evitado, se tivéssemos encontrado o céu na terra. 

Ninguém nos havia dito que o Divino, o Eu em nós, está constantemente à porta de nossa consciência, batendo para que Lhe abramos nossa mente, a fim de que Ele assuma um governo sábio e amoroso em nossa vida. 

Entregues a nós mesmos, lutávamos. Defendíamo-nos. Vivíamos mal, como grande número de pessoas que não se encontraram ainda.

Agora, através desta revelação, chegou o tempo de adquirirmos um novo senso de vida, pela experiência de que nosso corpo é o templo do Deus vivo, ao Qual devemos consagrar nossa vida.

Dedicação

Todos os dias, devemos dispor de um período em que possamos fechar os olhos e nos voltar para dentro de nós mesmos, convidando Deus a entrar.

Em sentido metafísico, porém, Deus não entra e nem sai, pois nada tem de natureza material; não pode limitar-Se a ficar dentro ou fora de coisa alguma, já que é onipresente, isto é, está sempre e ao mesmo tempo fora e dentro, acima e abaixo de tudo, porque permeia tudo.

Portanto, se Deus, como Infinidade, é Onipresente, no momento em que Lhe abrimos a porta --- imagino essa porta como sendo a minha mente --- apercebemo-nos de que Sua Presença e Infinidade inundam nossa consciência e no guiam ao estado da Graça! 

A Graça de Deus é o poder, a Presença e a sabedoria que “excede todo o entendimento”. 

A Graça de Deus é o que nos confere, como recompensa por Lhe abrirmos nossa “porta”, a auto-realização, seguida de seus frutos.

Se não negligenciarmos, horas virão em que seremos guiados, intuídos, beneficiados, abençoados. Mas a dedicação a Deus deve ser renovada e realimentada em cada meditação. Para isso, procurem vivenciar a essência destas palavra:

“Eis que estou à porta, e bato (...)”. Abro minha consciência a Deus, imortal e infinito. Ele habita em mim e eu n’Ele. Assim, a Consciência divina me permeia. Minha mente, minhas emoções, meu corpo, meu trabalho, meu lar, minhas recreações, meus relacionamentos, minhas aptidões, são dedicados a Ele. Consagro-Lhe tudo o que sou e tenho. Faço-me um instrumento consciente de Sua vontade, para que Ele realize minha parte em Seu plano”.

A sincera consagração aos desígnios divinos, leva-nos a um estágio mais alto, no qual podemos compreender porque algumas pessoas progridem intensamente em suas atividade espirituais, enquanto outras não. 

Por ignorarem a natureza da dedicação, consideram-na uma qualidade humana, uma virtude de sua personalidade. Ufanam-se de serem consideradas pessoas incomuns e dedicadas. 

A dedicação se converte, pois, em glória pessoal, não numa consagração a Deus. 

Torna-se uma dedicação a si mesmo (personalidade), e nada pode acrescentar ao íntimo como crescimento.

Pela consagração correta, a vida passa a ter um propósito espiritual, que inclui o serviço humilde, amoroso e altruísta ao próximo, por amor a Deus, como foi dito: “Em verdade vos digo, o que fizestes a alguns destes meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizeste” (Mateus 25:40)









sexta-feira, 28 de julho de 2017

Cura Espiritual - Joel S. Goldsmith









A cura espiritual é um tema delicado, facilmente mal interpretado por quem não tem muita prática em curar sem usar argumentos mentais.

É a Consciência espiritual que faz a obra, e esta é cultivada por treino, estudo e comunhão. Resulta de se viver cada momento consciente do Bem Absoluto presente como sendo o todo, e do reconhecimento de que o erro não existe.


A cura espiritual sempre vem da Mente à Sua idéia (o homem), sendo a Palavra de Deus, "rápida, poderosa, mais aguda que uma espada de dois gumes". Pensamentos humanos e argumentos mentais não fazem parte dessa Palavra.

Dois fatores são muito importantes: receptividade e reflexão.



Quando ficamos receptivos à Mente divina, aquietando os sentidos, recebemos as revelações divinas, que podem ser originais ou já registradas na Bíblia; às vezes elas chegam como um "sentimento" ou sensação de elevação de consciência.

Vindo tais revelações, passamos a refletir sobre elas, associando-as com o caso em questão.


O argumento mental. em si, não é para que haja a elevação de consciência. Precisamos saber também que, quando usarmos de argumentação -- afirmações e negações --, o trabalho ainda não estará terminado.


É nesse ponto que devemos nos aquietar e aguardar a resposta que não deverá tardar.


O tratamento não é a declaração, mas o período pós-declaração, quando a "pequenina voz suave" é ouvida. A percepção, a consciência do Bem que vem a seguir, esta é o Cristo, o Curador, a Consciência espiritual.


Precisamos conhecer a Verdade sobre suprimento e gratidão. Enquanto crermos que ambos são coisas que alguém possa nos dar ou tirar, estaremos diante de uma crença falsa.


Suprimento e gratidão são qualidades e atributos da Mente divina. Portanto, estão sempre presentes na consciência individual. Não podemos receber suprimento ou gratidão, porquanto são idéias onipresentes da Mente, incorporadas no homem e expressas continuamente na consciência individual. Toda crença em contrário precisa ser corrigida.


Não podemos olhar para uma pessoa, lugar, coisa, circunstância ou condição na expectativa de obter suprimento ou gratidão. Devemos conscientizar que são onipresentes como idéias. "O homem não tem outra Mente, senão Deus".

Confiando plenamente nesta Verdade, olhemos somente para essa Mente única, a Mente do homem individual, e nEla encontraremos TODO o Bem.










quinta-feira, 27 de julho de 2017

O Tema “Cura Espiritual” - Joel S. Goldsmith



A cura espiritual é um tema delicado, facilmente mal interpretado por quem não tem muita prática em curar sem usar argumentos mentais. 

É a Consciência espiritual que faz a obra, e esta é cultivada por treino, estudo e comunhão. 

Resulta de se viver cada momento consciente do Bem Absoluto presente como sendo o todo, e do reconhecimento de que o erro não existe.

A cura espiritual sempre vem da Mente à Sua ideia (o homem), sendo a Palavra de Deus, "rápida, poderosa, mais aguda que uma espada de dois gumes". 

Pensamentos humanos e argumentos mentais não fazem parte dessa Palavra. Dois fatores são muito importantes: receptividade e reflexão.

Quando ficamos receptivos à Mente divina, aquietando os sentidos, recebemos as revelações divinas, que podem ser originais ou já registradas na Bíblia; às vezes elas chegam como um "sentimento" ou sensação de elevação de consciência. 

Vindo tais revelações, passamos a refletir sobre elas, associando-as com o caso em questão. O argumento mental. em si, não é para que haja a elevação de consciência. 

Precisamos saber também que, quando usarmos de argumentação -- afirmações e negações -- o trabalho ainda não estará terminado. 

É nesse ponto que devemos nos aquietar e aguardar a resposta que não deverá tardar. O tratamento não é a declaração, mas o período pós-declaração, quando a "pequenina voz suave" é ouvida. 

A percepção, a consciência do Bem que vem a seguir, esta é o Cristo, o Curador, a Consciência espiritual.

Precisamos conhecer a Verdade sobre suprimento e gratidão. 

Enquanto crermos que ambos são coisas que alguém possa nos dar ou tirar, estaremos diante de uma crença falsa.

Suprimento e gratidão são qualidades e atributos da Mente divina. 

Portanto, estão sempre presentes na consciência individual. Não podemos receber suprimento ou gratidão, porquanto são idéias onipresentes da Mente, incorporadas no homem e expressas continuamente na consciência individual. Toda crença em contrário precisa ser corrigida.

Não podemos olhar para uma pessoa, lugar, coisa, circunstância ou condição na expectativa de obter suprimento ou gratidão. 

Devemos conscientizar que são onipresentes como idéias. "O homem não tem outra Mente, senão Deus". Confiando plenamente nesta Verdade, olhemos somente para essa Mente única, a Mente do homem individual, e nEla encontraremos TODO o Bem.






quarta-feira, 26 de julho de 2017

Conscientize Deus Como Ser Individual - Joel S. Goldsmith



Os milagres ocorrem quando nenhum "eu" é admitido no processo. 

Quando alguém nos solicita ajuda, e somos capazes de conscientizar que tal pessoa não existe, o processo de cura é iniciado. 

Porém, se olharmos para alguma pessoa como sendo um "eu", alimentando pensamentos do tipo: "Como poderei curá-la, ou melhorá-la, ou enriquecê-la", teremos destruído nossa capacidade como praticista, pois, um "eu" desse tipo jamais existe! 

O único "Eu" em existência é Deus, e Deus jamais está necessitado de cura, melhoria ou enriquecimento.

Se alguém nos disser: "Estou doente", e nossa resposta for: "Bem, vamos ver o que seremos capazes de fazer para torná-lo saudável", seremos o "cego guiando outro cego". 

O paciente acredita ser alguém separado de Deus, e, se também nós estivermos nutrindo a mesma idéia de separatividade de Deus, estaremos caindo no mesmo buraco. 

O Único modo de experienciarmos um ministério de cura, a partir de elevado nível espiritual, será nos mantendo convictos de que não existe nenhum "eu" apartado de Deus. Se existisse, Deus não existiria. É impossível haver Deus e um ser mortal doente, pecando e morrendo.

Não apenas varremos a crença em doença física, ou em causa mental para ela, mas também a crença de que haja alguma pessoa dela padecendo; assim, chegamos à percepção de sua verdadeira identidade. 

Não partimos de alguma pessoa para torná-la mais saudável, mais rica ou mais sábia: nós revelamos Deus como Ser individual, infinito. 

Estamos interessados em contemplar o Deus de seu ser vindo em permanente manifestação. 

O modo de fazer isto está no ”morrer diário" para a humanidade, renascer em nossa identidade espiritual, e conscientizar que, se alguém nos clama por auxílio, no reino inteiro de Deus não há tal pessoa, nem tampouco tal condição. Nossa permanência nesta atitude faz com que a harmonia passe a surgir visivelmente.

Quando alguém de nossa família ou círculo de amizades, envolvido em algum conceito de discórdia, surge em nosso pensamento, em vez de nos preocuparmos sobre de que modo poderíamos prestar-lhe ajuda, sentamo-nos com a seguinte idéia: "Ah, eu não vou acreditar que exista tal pessoa. Deus é individualidade infinita. Deus é pessoa infinita. Deus é o Um infinito, e, ao lado de Deus não há nenhum outro".

A real maneira de prestarmos ajuda está neste "morrer diário", e a única forma de aprendermos a assim agir, é começarmos com uma disciplina que eu chamo "Sem-eu": Sem "eu"! Não, esta pessoa não me interessa. Ela nada tem a ver comigo. O Eu real e único está tomando conta dela.








terça-feira, 25 de julho de 2017

Não Resistir ao Mal - Joel S. Goldsmith




Ao combater a chamada mente mortal ou qualquer das suas formas e expressões individuais, criamos um inimigo mais poderoso do que nós mesmos. Quanto mais lutarmos contra ele, mais seremos derrotados no final, porque Deus, "puro demais para ver a iniqüidade", dela não tem conhecimento e não pode ajudar nessa questão.




Os antigos hebreus imploravam: "Deus, derrota os meus inimigos, destroça-os; vai adiante de mim e aniquila essa gente horrível!" Isso não são preces cristãs! Elas não foram ensinadas por Jesus Cristo! No entanto, toleramo-las, e mesmo na metafísica esperamos que Deus derrote a mente mortal, o pecado ou a doença.

A superação da mente mortal tem de ocorrer dentro de nós mesmos, pelo reconhecimento da Verdade: "Eu jamais os abandonarei nem esquecerei. Se atravessarem as águas, não soçobrarão. Se cruzarem o fogo, as chamas não os devorarão." Por quê? Porque não têm poder. 

Quando compreenderem isso, quando compreenderem a missão e a mensagem de Cristo Jesus, perceberão como pôde perdoar a mulher adúltera, o ladrão crucificado, ou Judas, que O traiu. Jesus sabia, graças à Revelação divina, que essas coisas não tinham poder algum.

Bem sei eu como é difícil contemplar os pecados, as doenças e os horrores do mundo e acreditar realmente que não disponham de poder. 

Todavia, se conseguirem aceitar e praticar estes princípios espirituais até que eles se transformem numa força viva dentro do seu próprio ser, então, ao testemunhar a sua primeira cura, compreenderão ter visto esses princípios em ação. 

Em outras palavras, na primeira vez em que forem instrumentos de cura de si mesmos ou de outra pessoa, sem pedir a Deus que faça alguma coisa ou esperar que a Verdade elimine o erro, mas apenas aceitando que Deus é o único Poder e que "não terás poder sobre mim, a menos que esse poder tenha sido dado do Alto", então se sentirão confiantes para ir sempre em frente, até conseguirem realizar grandes coisas.