Antes que possamos entrar na vida mística, o hábito de pensar e falar continuamente deve ser transformado no hábito de ouvir continuamente.
Nosso Mestre passou muito do seu tempo em silêncio, em meditação e comunhão, e podemos ter a certeza de que ele não estava pedindo a Deus por qualquer coisa de natureza material. Ele não estava falando; ele estava ouvindo. Ele estava ouvindo a orientação e direção de Deus, seu amparo e seu suporte.
É no desenvolvimento dessa receptividade e capacidade de escuta que a mente humana acalma-se e torna-se quieta a tal ponto de tornar-se uma via ou instrumento através do qual Deus se manifesta e se expressa.
Esta mente humana, este raciocínio, mente pensante, não deve ser rejeitada ou destruída, ela tem o seu lugar. Ela não é consciência, mas é uma faceta da consciência, uma via da consciência, através da qual nós recebemos conhecimento e sabedoria da consciência.
Pensar é um passo inicial que leva a meditação. Vamos supor que ainda não avançamos para o nível em que vivemos em um estado constante de receptividade.
É verdade que Deus está sempre expressando Sua Voz, mas nem sempre nós estamos ouvindo.
É verdade que Deus está sempre expressando Sua Voz, mas nem sempre nós estamos ouvindo.
O pensamento pode nos ajudar a alcançar esse exaltado estado de consciência que escuta, mas em meditação, nenhum pensamento deve ser usado no sentido de uma afirmação ou negação.
Vamos supor que desejamos meditar, mas a mente humana está em tal turbilhão que não conseguimos entrar imediatamente em um estado de calma e de paz.
Em vez de tentarmos anular a mente e apagar esses pensamentos perturbadores, usamos a mente e nos voltamos para a Escritura ou para algum outro livro que nos inspire.
Agora vejamos como isso opera no uso de uma citação como "Aquiete-se e saiba que Eu sou Deus".
O aluno que aprendeu a confiar em afirmações iria repetir uma, outra e mais outra vez: "aquiete-se e saiba que eu sou Deus, aquiete-se e saiba que eu sou Deus, aquiete-se e saiba que eu sou Deus...”, até chegar ao ponto da auto-hipnose; e, nesse estado, descobre-se ainda repetindo continuamente "aquiete-se e saiba que eu sou Deus"... Isso não é senão terapia de sugestão, nada além de afirmação ou negação usada para hipnotizar a si mesmo. Isso não é prática espiritual, não é poder espiritual.
Algumas pessoas tornam-se tão hipnotizadas através do uso de tal afirmação que eles realmente acabam por acreditar que eles, como seres humanos, são Deus.
Agora vamos tomar essa mesma declaração, mas em vez de usá-la como uma afirmação, vamos descobrir o seu verdadeiro significado através da meditação: "aquiete-se e saiba que Eu sou Deus"... o que isso significa?
Claro, você sabe, Joel, que você não é Deus. E daí, o que isso significa? Diz: "Eu sou Deus", não diz que Joel é Deus. Isso é bem diferente. Eu, sim, "Eu e o Pai somos Um". “Deus no meio de mim é poderoso. . . Eu e o Pai somos Um". Ah sim, Joel e Eu, o Pai, somos Um. O Pai e Joel somos Um; exatamente onde Eu estou, Deus está mais perto do que minha respiração, mais perto do que minhas mãos ou pés. Aquiete-se, Joel, porque o Eu em você é Deus. Você não tem que procurar proteção, ajuda ou cura em qualquer lugar. Eu estou com você. Aquiete-se e saiba que esse Eu é sua proteção, sua salvação, sua segurança.
Claro, você sabe, Joel, que você não é Deus. E daí, o que isso significa? Diz: "Eu sou Deus", não diz que Joel é Deus. Isso é bem diferente. Eu, sim, "Eu e o Pai somos Um". “Deus no meio de mim é poderoso. . . Eu e o Pai somos Um". Ah sim, Joel e Eu, o Pai, somos Um. O Pai e Joel somos Um; exatamente onde Eu estou, Deus está mais perto do que minha respiração, mais perto do que minhas mãos ou pés. Aquiete-se, Joel, porque o Eu em você é Deus. Você não tem que procurar proteção, ajuda ou cura em qualquer lugar. Eu estou com você. Aquiete-se e saiba que esse Eu é sua proteção, sua salvação, sua segurança.
Na contemplação desta passagem da Escritura , a Paz nos envolve e entramos em repouso numa quietude divina.
Alguns no caminho espiritual conseguem essa quietude rápida e facilmente, mas para a maioria, o caminho é longo e difícil.
Não é para qualquer um de nós, no entanto, se vangloriar pela rapidez de seu progresso, nem para condenar a sua lentidão, mas sim para prosseguir o caminho com firmeza e propósito inabaláveis.
A maioria de nós tem períodos de gradual progressão, pontuada por interlúdios de desolação, quando sentimos que perdemos o caminho e estamos vagando em um labirinto de conflito e contradição.
Frequentemente nós descobrimos que, depois dessas experiências depressivas, vamos em frente para novas alturas, onde vistas insuspeitadas espalham-se diante de nós.
Existem alguns indivíduos adiantados que, por causa de experiências anteriores, foram tão bem preparados que o seu caminho parece ser muito mais fácil do que para outros.
A pureza de consciência que eles desenvolveram faz a ascensão da consciência espiritual uma linda viagem gradual e harmoniosa, com muito poucos problemas.
Para a maioria de nós, o caminho é cheio de altos e baixos, mas depois de um ano ou dois, geralmente há uma sensação de que estamos um passo à frente de onde estávamos no ano passado.
O pré-requisito para ouvir a Voz pequena e silenciosa, para a real experiência do Cristo, é preparar a nós mesmos pelo estudo e meditação, convivendo, se possível, com os outros do caminho espiritual.
Quando ouvimos a voz pequena e silenciosa dentro de nós, recebemos a Graça, e então o propósito da meditação está sendo alcançado.
Não ousamos ficar satisfeitos com nada menos do que a experiência do próprio Deus. Esta é a pérola de grande valor. Fica por nossa conta decidir quanto tempo e esforço será dado à meditação, determinar se vamos gastar alguns minutos agora e depois, ou se vamos organizar nossas vidas para termos prolongados períodos de silêncio ininterrupto para entrar em contato com a Presença e o Poder internos.
Os anos necessários para o estudo e prática de meditação não são anos de sacrifício para o aspirante; são anos de devoção àquilo que é o seu objetivo na vida. Requer paciência, persistência e determinação, mas se a realização de Deus for a força motivadora em nossas vidas, o que o mundo chama de sacrifício de tempo ou esforço não será um sacrifício, mas a mais intensa alegria.
"A Arte de Meditar"
Joel Goldsmith
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