sábado, 12 de novembro de 2016

VIVENDO ACIMA DOS PARES DE OPOSTOS - ACIMA DAS APARÊNCIAS DO BEM E DO MAL - 7 - ÚLTIMA PARTE





Tão longe da Luz está o que crê que algum pecado, alguma desgraça temporária ou algum erro por ação ou omissão o separa de Deus, quanto aquele que acredita que sua bondade humana lhe esteja granjeando a graça de Deus. 




Ninguém alcança a graça de Deus apenas por sua bondade humana: a graça de Deus se alcança pela realização de identidade espiritual. 




Em reconhecendo nossa identidade espiritual, seremos espiritualmente bons sob todos os aspectos. 


Não há meios de se saber como essa bondade corresponde à bondade humana, mas a integridade espiritual vem somente através de nossa Unidade com Deus - a Realidade Espiritual Una - indivisível, não como conseqüência de nossas qualidades ou de nossos sacrifícios ou esforços pessoais.


Nossas experiências humanas do passado e do presente, tanto boas como más, constituem o sonho mortal, mas, em nossa Alma, somos Luz interna, somos o Ser-de-Deus, isto é, somos criaturas divinas; em nossa Luz interna, somos filhos de Deus; nas profundezas de nosso ser interno, somos um com Deus; e temos um manjar que, embora possamos não ter conquistado ou merecido, recebemos por herança divina. 


Sabemos em nosso íntimo que muitos de nós temos recebido ou recebemos mais do que merecemos. E ainda receberemos muito mais em nossa vida espiritual, quando virmos a bondade de Deus derramar-se sobre nós mais depressa do que podemos reconhecê-la, e compreendermos que nada em nossa vida nos dá direito a isto, que nos vem como graça de Deus, da qual nem a vida nem a morte nos pode separar.

Em lugar algum onde possamos ir, estaremos privados da proteção de Deus, fora de Sua jurisdição, de Sua vida ou de Sua lei. 

Tanto faz vivermos neste ou no outro lado do véu, isso é de importância secundária, exceto para aquelas poucas pessoas que acharão falta de nossa presença física. Mas logo que esse estado emocional desaparece, tudo volta ao normal, porque, na verdade, nada muda, nada de perde, ninguém foi ferido; pois em Deus, vida e morte são a mesma coisa.  


Vida humana e morte física são meras aparências mortais, ilusões humanas. A compreensão de que ambas são da mesma substância, urdidura feita do nada, e que não há diferença entre uma e outra, nos permite discernir o significado da imortalidade.


A imortalidade nada tem a ver com a vida ou morte físicas, porque vida e morte são quadros ilusórios, enquanto que a imortalidade, ou qualidade do que é eterno, incorpóreo, é o espiritualmente real. 


Vida e morte são duas fases características da ilusão humana, assim como doença e saúde, pobreza e riqueza, pecado e pureza.


No caminho espiritual, temos que superar o mal e o bem, e embora seja verdade que em nosso primeiro estágio procuramos mudar a doença em saúde, à medida que avançamos, nós vamos identificando conscientemente com o reino e a presença de Deus como Espírito; vamos compreendendo que temos de nos elevar acima tanto da doença quanto da saúde. 



Para a consciência iluminada, trevas e luz são a mesma coisa.




                                  FIM








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