sexta-feira, 11 de novembro de 2016

VIVENDO ACIMA DOS PARES DE OPOSTOS - ACIMA DAS APARÊNCIAS DO BEM E DO MAL - 6



É surpreendente como ocorrem milagres quando abandonamos todas as tentativas de transmutar pessoas más em boas ou enfermas em sadias, e começamos a viver nesta conscientização:


Senhor, revela-me Tua Individualidade espiritual; revela-me Teu Filho espiritual; mostra-me o filho de Deus em cada individuo.



Com essa visão, começamos a perceber e sentir a filiação espiritual de todos aqueles com quem convivemos, e eles passam a agir diferentemente com relação a nós, e o mesmo acontece conosco com relação a eles, porque já não os tratamos como julgávamos que merecessem ser tratados. 

A ninguém condenamos, porque então sabemos que o mal que alguém faça será por ignorância quanto à sua divina filiação. 


Os crimes contra a sociedade e o individuo, tais como a mentira, o roubo, o embuste, a fraude, só podem ser cometidos enquanto pensamos que tu és tu e eu sou eu. Tudo isto cessa no momento em que descobrimos que somos todos irmãos, filhos do mesmo Pai, que pertencemos à mesma casa. 


De imediato isso torna o mundo menos real aos nossos olhos, e mais real o "Meu reino", revelando o Universo como um reino espiritual, onde nada precisa ser conseguido pela força.



Eis a vida mística: não nos rejubilemos com a boa aparência humana, mas olhamos para além do bem, e do mal, para além das aparências humanas, e contemplamos a natureza do Cristo.
Podemos fazer isto. Todos podemos fazê-lo. 

É verdade que isto requer alguma disciplina, algum treino, porque o que estamos procurando fazer é superar os efeitos de centenas de gerações daqueles que nos deixaram como herança a crença em dois poderes. 

Estamos pondo de lado tanto o bem como o mal, para contemplar o que é o Espírito; estamos pondo de lado a saúde e a doença, a fim de nos identificarmos com o Cristo – nossa individualidade permanente em Deus.

Somente nossa individualidade espiritual de filhos de Deus nos permite comer do manjar que o mundo não conhece. 


Não é por sermos boas criaturas humanas que qualquer de nós pode proclamar-se co-herdeiro com Cristo, porque as boas qualidades humanas estão tão longe do céu tanto quanto as más. 


Os escribas e fariseus eram o que havia de melhor entre os hebreus, eram os mais religiosos, os maiores adoradores do Deus único, os maiores protetores do templo. Ser bons, era a sua obsessão. Não obstante,  Jesus disse aos seus seguidores que a bondade deles precisava transcender a dos escribas e fariseus. Isso, humanamente, teria sido quase impossível, porque estes, praticamente, já haviam atingido a perfeição.


Verdadeira bondade, depende de nossa capacidade de compreender que o Reino de Deus nos pertence em virtude de nossa identidade espiritual, e não de nossa bondade humana. 


Isso implica em sermos bastante corajosos para lançar fora os pensamentos relacionados com todas as nossas maldades do passado e do presente e, ao mesmo tempo, todos os pensamentos referentes à nossa bondade – e não em condenarmos o mal que tenhamos feito e tomarmos a nosso crédito o bem que tenhamos praticado -, e afirmar somente a nossa identidade espiritual em Deus. 


Nesta ligação com Deus, descobriremos que somos um com Ele, que somos co-herdeiros com Cristo de todas as riquezas celestes. Mas enquanto pensarmos que os nossos maus caminhos estejam nos mantendo afastados dessas riquezas, ou que o bem que pratiquemos esteja nos aproximando delas, estaremos em caminho errado.







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