domingo, 5 de agosto de 2018

O Eu Sem Nascimento e Sem Morte!







Há uma passagem no Bhagavad-Gita que raramente é compreendida e às vezes muito duramente criticada: "Aquele que diz: 'eis que eu matei um homem!' e aquele que pensa: 'eis que estou morto!', nenhum dos dois sabe nada. 

A vida não pode matar. A vida não está morta! Nunca o Espírito nasceu; o Espírito nunca deixará de ser; nunca houve tempo dele não ser; fim e começo são apenas sonhos!"


Pode parecer que Krishna, que está falando, estivesse tolerando o assassinato; mas não é esse o significado.

Ele quer dizer que Eu não posso ser morto, e Eu não posso matar. Então, o que pensar sobre a pessoa que morre ou mata? Ah, não! A vida nunca é morta, e é aí que a verdade da identidade entra: Eu não sou o corpo que está enterrado. Eu sou a vida contínua, e a Vida que Eu Sou nunca pode ser morta. Aquela vida que Eu Sou, assim como a vida daquele que eu mato, não está morta. Olhamos para o corpo caído e esquecemos que Eu não sou o corpo e o corpo não sou Eu. Eu sou um ser espiritual infinito, incorpóreo. Independentemente do que você faz ou não faz para o corpo, Eu permanecerei para sempre e sempre. Não há fim para o Eu que eu sou.

"Eu nunca te deixarei, nem te desampararei ... Eu estou convosco todos os dias, até o fim do mundo ", e esse é o Eu que você declara ser.



Se você pensa por um minuto que Jesus ou qualquer outro místico está se referindo a si mesmo quando ele fala de "Eu", você está errado, porque quando o Mestre diz "Eu", ele quer dizer Eu, o Eu que é o Eu dentro de você. 

E isso dá sentido a uma das maiores passagens das Escrituras: "Eu vim para que todos tenham vida, que todos tenham vida plenamente". 

Se você entender que essa passagem se refere ao Eu sou que você É,  nunca mais você temerá por sua vida novamente, nem temerá pelo seu sustento, por sua felicidade ou por sua segurança. 

É a este Eu que está em você e É Você, que você deve sempre olhar – e para nenhum outro. 

Deixe que o Divino Eu viva a sua vida, vivendo conscientemente no Eu dentro de você, o Eu que você declara que veio para que você possa ter vida infinita, abundante, imortal e eterna.
















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