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Tão logo nos tornemos mais e mais conscientemente unos com a Mente Crística ou universal, todas as nossas necessidades e desejos nos chegam juntamente com o suprimento correspondente.
De fato, somos unos eternamente com esta Mente divina e precisamos apenas tomar consciência desta Verdade para podermos testemunhar o atendimento de cada vontade ou pensamento justo.
Fica assim claro que esta percepção de unidade do homem com a Mente, estabelecida “no princípio” pelo relacionamento sempre existente entre Deus e Sua ideia, o homem, dispensa todo esforço consciente para ocorrer e ser mantida. A Percepção desta Verdade é o fio conector com a Consciência divina.
Por ser através da prece que todo bem é alcançado, precisamos compreender amplamente o que é a prece e de que modo devemos orar.
Na maioria das igrejas ortodoxas, orar é suplicar, pedir a um Deus presente em alguma parte do céu que atenda a algum mortal, doente ou pecador, presente em alguma parte da terra.
A comprovação universal do fracasso desse tipo de prece nos serve para concluirmos não ser ela a prece verdadeira, e que o Deus, a quem ela se destinava não chegou a ouvi-la.
O intelecto humano observou que tais preces não obtinham respostas, e passou a procurar pelo verdadeiro Deus e pelo correto conceito de prece.
Jesus nos ensinou que “o reino de Deus está dentro de nós”.
Portanto, é para dentro que a prece deve ser dirigida, ao ponto da Consciência em que a Vida universal Se manifesta individualizada como o nosso ser.
Aprendemos que “no princípio criou Deus o céu e a terra… e Deus viu tudo quanto fizera e achou bom”. Sendo “bom”, o universo deve inevitavelmente ser completo, harmônico e perfeito, de forma que, em vez de orarmos para que o bem nos ocorra, devemos fazer de nossas preces um reconhecimento da onipresença do Bem.
O conceito mais elevado, então, revela a prece como afirmação do bem e negação da existência do erro.
Quando a prece resulta no emprego de fórmulas, a tendência é nos fazer voltar à antiga prece ortodoxa, o que acarretaria enorme redução de seu poder.
Entretanto, se a prece utilizar afirmações espontâneas e sinceras da natureza infinita e eterna de Deus, o Bem, e da harmonia e perfeição de Sua criação, o homem e o universo, verdadeiramente quem estiver assim orando estará se aproximando da prece absoluta, que é a comunhão com Deus.
A comunhão com Deus é a prece verdadeiramente eficaz. É o desenvolvimento da Presença e do Poder de Deus na Consciência individual.
Estar em “comunhão com Deus” é, na verdade, estar ouvindo a “pequenina Voz suave”.
Nesta comunhão, ou prece, não há palavras passadas de um homem a Deus: há a consciência da Presença de Deus percebida como revelação da Verdade e do Amor divinos, vindos interiormente ao homem. Esta é uma sagrada condição de ser, que nunca deixa o homem na mesma condição em que o havia encontrado.
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