Quando entramos em meditação, não podemos levar conosco qualquer pensamento sobre o problema. Isso aplica-se a qualquer pessoa ou situação.
Por exemplo, se tivermos filhos ou netos, e quisermos ser de alguma ajuda para eles, não faremos isso dando-lhes algum conselho ou ensinamento exterior, mas sim mediante a nossa realização interior; e assim devemos compreender que temos de afastá-los do pensamento.
Não consideremos eles em nossos pensamentos como se fôssemos melhorá-los, ou como se fôssemos ajudá-los; ao invés disso, logo ao sentarmos em meditação, perceberemos instantaneamente que:
"Não há nenhum indivíduo tal como eu vejo com os olhos da minha mente.
Não existe um tal 'eu', não há uma tal pessoa, porque aquele conceito que a minha mente está vendo (criando) não é a imagem e semelhança de Deus.
Isso não é criado por Deus; é o falso senso do 'eu' com o qual estou me entretendo ao olhar para essa criança.
A verdade real é que Deus criou este filho à Sua própria imagem e semelhança, como puro Ser Espiritual – a própria manifestação do Ser de Deus expressa como esta criança, a própria Imortalidade sendo expressa como esse ser individual –, ela é a Totalidade de Deus revelada como esse indivíduo, não criado, mas revelado; ela é o Eu de Deus a incorporar apenas as qualidades de Deus, e corporificando todas as quantidades de Deus.
"Filho, tudo o que tenho é teu..." – tudo, e não apenas um pouco dEle.
Deus não pode ser dividido, de modo a ter uma pequena quantidade de Si colocada nesta criança.
Toda a natureza de Deus, toda a natureza espiritual, está sendo expressa como este indivíduo – toda a natureza de Deus, toda a natureza espiritual, toda a natureza incorpórea, toda a natureza eterna e imortal de Deus está agora 'aparecendo como'.
Minha função, então, é familiarizar-me com esta criança do modo como ela realmente é, ao invés de continuar a vê-la como uma identidade humana.
Eu permito a mim mesmo esquecer a imagem (conceito) que criei desta criança, e permito-me conhecê-la. Agora apenas comungo com esta descendente de Deus e a conheço como realmente é.
Eu rejeito todos os meus conceitos prévios sobre esta criança.
Não tenho interesse na opinião do mundo sobre ela, nem mesmo na opinião dela própria sobre si mesma.
O que eu estou procurando agora é que Deus revele a mim o nome e a natureza desta criança, que Ele revele a mim a Verdadeira Identidade desta criança".
Levante o Filho de Deus
Você notará que não nenhum dos problemas da criança foi considerado em nosso pensamento; nenhum pensamento sobre o corpo ou a mente da criança.
Tudo que nós estamos celebrando é a imagem e semelhança de Deus que a criança está manifestando: a natureza espiritual de Deus em toda a Sua plenitude.
Nós não sabemos o que é essa descendência espiritual, ou o como é essa descendência espiritual, mas em nossa meditação, estamos pedindo a Deus para revelar o seu nome, sua natureza e identidade para nós.
"Não estou lidando com uma criança bondosa ou uma criança maldosa; eu não estou a comungar com uma criança inteligente ou uma criança não tão inteligente: eu estou comungado agora com o Filho de Deus, o Santo de Israel, o Eu Perfeito, o Cristo de Deus, com a descendência espiritual de Deus.
Seu corpo não é físico. Não sabeis que o vosso corpo é o Templo de Deus, e que Deus está nesse Templo, espiritual, harmonioso, inteiro? Sois o Perfeito de Israel, o Perfeito da Família de Deus. Este é o Ser que estou conhecendo; e é com Ele que estou me comunicando.
A terra que você deve habitar não é um país com uma bandeira. Teu é o Reino de Deus. Teu é o Reino espiritual, que é povoado com o próprio Ser de Deus, infinitamente manifestado, a Vida de Deus infinitamente vivida.
Tua família não é de pais, irmãos e irmãs humanos. Tua família está na Casa de Deus, no Templo de Deus".
Podemos meditar por nossa esposa ou marido, mãe ou pai, irmã ou irmão, ou para nosso vizinho: o vizinho que habita ao nosso lado, ou o vizinho que mora do outro lado do oceano.
Inicialmente, nossa meditação pode ser para todos os nossos vizinhos amigáveis, e então podemos passar a orar pelos nossos vizinhos hostis.
Mas em qualquer caso não estaremos meditando para mudar a humanidade do mal para o bem, nem para convertê-la de doente em sadia são, ou da pobreza à riqueza.
Em cada caso, estaremos meditando para conhecer verdadeiramente o nosso próximo: o próximo que devemos amar e que, no cenário humano, achamos, às vezes, que é impossível amar.
Em minha verdadeira identidade, Eu sou aquele Cristo, aquele Perfeito que você é.
Mas se eu olhar para mim mesmo da forma como eu pareço ser, eu sei quão rápido eu falharei.
Independentemente de onde eu humanamente possa estar no Caminho Espiritual, "eu" estou muito, muito distante do meu Estado Crístico, e isso eu sei melhor do que ninguém. Se você não sabe isso sobre si mesmo, é hora de acordar e perceber que sua humanidade não é a manifestação e a plenitude do que espiritualmente você realmente é, assim como a noite não é como o dia. Você, de fato, nem conhece a natureza do seu Verdadeiro Ser.
O único guia/parâmetro espiritual que você possui é um estado de boa humanidade, mas isso não é o suficiente, porque nem mesmo a melhor humanidade possível tem sequer um traço espiritual nela.