O bem verdadeiro é sempre invisível – nunca pode ser visto, ouvido, tocado, saboreado ou cheirado e, por isso,é inatingível pelos sentidos humanos.
Aquelas flores à sua frente são apenas flores – bonitas sim, agradáveis ao olhar, coloridas e fragrantes; mas quem disse que são? Quem disse são coloridas e cheirosas? Pergunte a si mesmo: Elas são bonitas?
“Espere então até começar a perceber que “não havia registro de cor até que essas vibrações tocassem meus olhos e que minha mente as interpretasse e eu soubesse então que as flores são amarelas; não há beleza ou fragrância até que minha mente decodifique tais vibrações como beleza, cor e perfume”.
Ao ponderar assim, você achará que mesmo a forma das flores não é bonita por si mesma, mas o é por causa da sua interpretação. E ao contemplá-las, já convencido de que não são nem bonitas nem feias, de repente, no vazio que se criou, lhe virá a percepção do que está olhando, e achando que é muito mais que um vaso de flores e será levado a esta conclusão: “Rosas, vocês não são nada; usando minha mente incondicionada como instrumento, Eu criei vocês à minha imagem e semelhança; Eu lhes dei a cor e a forma, a beleza e o perfume”.
Note, contudo, que este Eu não é o sentido pessoal de eu, que nunca poderia fazer tais coisas, mas o Eu que é Deus, aquela parte de nós que é nossa verdadeira identidade, e que é o Eu que criou as rosas à sua imagem e semelhança, e, dessa forma, as flores não são nem boas nem más – elas são perfeitas.
Por si sós, elas não são nada, mas pela virtude e Graça de Deus elas são perfeitas.
Aos poucos ser-lhe-á revelado que tais flores são a verdadeira forma de Deus em si mesmo, colocadas ali no seu quarto com alguma finalidade milagrosa, não só para serem admiradas por um dia, mas como parte da totalidade, da plenitude e da completitude de Deus em Sua beleza e essência.
Tudo neste mundo tem significado espiritual, mas você nunca descobrirá qual é esse significado consultando dicionários ou enciclopédias.
Você só chegará a ter consciência da função e do significado espiritual de qualquer coisa se se voltar para dentro do vazio criado por esta reflexão: “Isto não é o que parecer ser, e eu, por mim mesmo, não posso interpretar essa aparências. Só Deus pode interpretar corretamente. E agora, Pai, o que é isto"?
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