quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

A GRAÇA ESPIRITUAL NOS MANTÉM E NOS SUSTENTA QUANDO SUPERAMOS A CRENÇA EM APARÊNCIAS DE BEM E MAL





No segundo capítulo do Gênesis, Deus não é mais o Criador, mas ali é chamado de Senhor Deus; e Senhor, está dito, é sinônimo de lei. 

Noutras palavras, o homem do segundo capítulo do Gênesis vive debaixo da lei, ao contrário daquele do primeiro capítulo, criado à imagem e semelhança de Deus e vivendo sob a Graça. 

Como podemos nos tornar esse homem que vive sob a Graça? Como, senão jogando fora a crença em dois poderes? Então a Graça permeará todo o nosso ser, vai nos suportar, manter e sustentar; e a Graça ira à nossa frente aplainando os nossos caminhos. A Graça é tudo à nossa volta, e todavia não temos dela mais consciência do que um peixe tem da água.

Um peixe nada na água, mas nada sabe e esse respeito. Um pássaro não conhece nada a respeito do ar; voa através dele impensadamente. 

Nas palavras de F. Thompson:

“Voara o peixe para achar o oceano?

Mergulhará a águia para achar o ar?

O que perguntamos às estrelas em movimento,

se elas ouviram falar de ti, lá?

E é assim que, quando estamos em estado de saúde espiritual, não só não conhecemos a doença, mas também não conhecemos a saúde – conhecemos apenas o estar em harmonia, normais, livres.

Como pode um homem saudável descrever a saúde? 

Não é possível, pois ele não sabe o que é isso.

Ele só sabe que está nela, o que quer que ela seja, e que é agradável.

Compreendamos que um dia, em algum lugar e de algum modo, nós aceitamos a crença que não faz parte de nós, a crença de que há dois poderes – o poder de Deus que pode fazer algo por nós e não o está fazendo e o poder do mal, que é muito mais ativo.

O poder de Deus está agora mesmo fazendo tudo o que pode, e opera no estado edênico de consciência para toda a criação espiritual, mas não pode operar num mundo de dois poderes. Essa é a razão pela qual, por mais éticos, bons e benevolente que nós ou nossos vizinhos possamos ser, nós e eles - se nos reconhecermos como humanos/carnais estamos debaixo do pecado, da morte, de acidentes e guerras.

E mais e mais surge a pergunta: “Como podem existir tais coisas se há um Deus? E a resposta é estarrecedora:há um Deus, sim há,  mas não no cenário humano; não há Deus no segundo capitulo do Gênesis, mais sim um Senhor Deus, que é a lei de causa e efeito – a lei cármica. 

Quando subimos para além da lei de Carma, não estamos mais sob a lei, mas sob a Graça. 

Em outras palavras, estamos vivendo como no primeiro capítulo do Gênesis, onde não existem tais coisas como o bem e o mal humanos. Aí não há pecado e não há pureza: só há Deus- DIMENSÃO ESPIRITUAL UNICA - ESPÍRITO ÚNICO - SENDO TUDO.

Se tivermos algum problema, quer nosso, quer de alguém da família, de um amigo, paciente ou discípulo, ou se alguém buscar em nós a harmonia, por achar grande a nossa compreensão, devemos praticar este principio de nem bem nem mal em nossa meditação:“Pai, aqui estou, esperando me comunicar com você, mas com qual finalidade? Transformar o mal em bem? Se é isso o que é necessário aqui, Você não o teria feito antes que eu lhe pedisse? 

Todavia não parece que você esteja fazendo qualquer coisa a respeito e, pois, talvez não seja necessário. Onde está o Espírito do Senhor, aí está a liberdade. Onde está o Espírito do Senhor não está o mal. Então, o que será do mal? Ninguém jamais descobriu para onde vai a escuridão quando entra a luz; quando o sol se levanta, aí está a luz, e na sua presença não há escuridão.

Na presença de Deus, não há pecado, não há falsos apetites ou doenças, perdas ou desemprego, insegurança ou perigo, pois todas essa coisas desvanecem na Sua presença.

Onde Deus É, não acho o mal, encontro Deus – Deus como minha torre alta, como minha saúde física, como meu suprimento, Deus como meu todo em tudo.

O que quer que isso seja em si mesmo, não é nem bem nem mal, pois não há bem ou mal presentes em toda parte; há somente Deus preenchendo o espaço todo, assim não há nada a fazer de bem e nada que possa decorrer do bem.

Deus formou este universo de Si mesmo; desse modo, é Deus que é o bem, não a condição ou a coisa; e, mesmo quando as aparências possam testemunhar o bem ou o mal, eu não as aceito.


Deus constitui meu corpo, que é o templo de Deus,

Deus é o meu lugar de moradia e a integridade do meu ser;

Deus é o lugar secreto do Altíssimo no qual vivo, me movo e tenho o meu ser”











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