“Eu” – o Espírito de Deus – “vim para que eles pudessem ter vida, e para que a pudessem ter em abundância".
Essa vida abundante é nosso quando vivemos, e nos movemos, e temos nosso ser abrigado com Cristo em Deus, onde não podem penetrar as crenças universais “deste mundo” nem penetrar para corromper ou mentir.
Quando conhecemos a verdade, então a verdade pode operar e nos libertar, e a verdade que temos de conhecer é a de que Eu, a presença de Deus, a consciência de Deus, a vida de Deus, vim em meio a nós para que pudéssemos ter vida, e para que a pudéssemos ter mais abundantemente compartilhar com todos aqueles que se encontrem nas trevas espirituais.
Essa verdade não é nossa para que a guardemos; não é nossa par que a ocultemos no alto de uma montanha ou em algum remoto templo ou “ashram”. Podemos nos retirar para um lugar desses durante uma semana ou quarenta dias de contemplação interior, mas depois temos de descer às planícies, à costa, sim, até mesmo ao vale, para compartilhar com as pessoas deste mundo que ainda não tenham esta percepção e, portanto, que ainda não estejam cientes de seu destino de liberdade sob Deus. Com aqueles que acharmos receptivos e suscetíveis, devemos compartilhar esse grande segredo da unicidade de nosso ser individual, e do deles, com a Fonte eterna e infinita.
Façamos jorrar aos borbotões nossas dádivas do Espírito às multidões; mas jamais busquemos multidões.
Não subamos e desçamos pelos caminhos e atalhos, ainda que sejam os da nossa família, tentando encontrar alguém a quem impingir essa dádiva; porque, se dissiparmos a dádiva do Espírito no pensamento despreparado, nos sentiremos esvaziados.
Esperemos que as multidões venham a nós, ainda que as multidões consistam de apenas uma pessoa, devemos esperar que essa pessoa venha a nós. Sentemo-nos calmamente, em casa, na loja ou no escritório, com o dedo sobre os lábios, mantendo escondido do mundo o nosso tesouro.
Os que forem receptivos responderão à nossa luz interior, e reconhecerão o brilho em nossos olhos, ou o sorriso em nosso rosto. E, quando vierem, um a um, aceitemos a cada um como uma multidão. Eles vêm a nós em busca de pão, o qual lhes damos, e de água fresca e de água quente também. Nós lhes damos aquilo que buscam. Damo-lo delicadamente; damo-lo gradualmente; damo-lo com amor, com alegria, e com o poder da autoridade. Podemos haurir da infinidade de nosso ser, de onde tudo fluirá; palavras de verdade, compaixão, amor, cura, graça, finanças, alimento, água, bebida, proteção, carinho, companhia – tudo isto fluirá do Cristo que vive dentro de nós.
“Aquilo que o homem semear, isso também ceifará.”
Na medida em que agora semearmos para o Espírito, assim colheremos a vida eterna.
Se desperdiçarmos nosso tempo semeando para a carne, colheremos corrupção. Mas agora, neste momento, que dever ser o momento contínuo do ano que vem, vamos semear para o Espírito, semear para a verdade, semear para vida eterna, semear para a liberdade sob a graça de Deus. Então, há de vir a colheita e a partilha.
Recordemo-nos todos os dias da natureza espiritual de nosso ser, e pelo menos uma vez por dia cerremos os olhos e, em silêncio, para nós mesmos, repitamos aquela palavra Eu, acompanhada do nosso nome, e façamos a seguir uma pausa para perceber a natureza incorpórea e indestrutível do nosso ser. A natureza incorpórea e invisível do Pai é a natureza incorpórea e invisível do Eu que nós somos, e tudo o que o Pai tem é nosso para toda a eternidade.
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