quarta-feira, 12 de abril de 2017

Espírito é ofensa para a mente humana




Muitos dos discípulos de Jesus que o tinham ouvido disseram: “Dura é esta linguagem; quem a pode ouvir?” (João 6:60 e 66).

A mente humana sempre se ofende com a Verdade, porque esta é contrária a tudo o que ela conhece. Imagine que insulto, para ela, dizermos que quando está quieta ou inativa podem realizar-se curas maravilhosas! 

Imagina que afronta para o homem que se orgulha de seus conhecimentos intelectuais, dizermos que todo o seu dinamismo mental não fará tanto por ele quanto o fará um só momento de silêncio!

A mente humana se ofende quando tentamos dispensar seu auxílio.

“O espírito é que vivifica; a carne nada vale. As palavras que acabo de dizer-vos são espírito e são vida. Mas há entre vós alguns que não crêem” (João 6:63, 64).

Em que não acreditavam alguns deles? Que o Espírito vivificasse, e não a carne; isto é, que o silêncio e a paz fizeram realmente o trabalho, não a ginástica mental, não o que se aprende em livros ou por meio do intelecto. Nós, hoje, como outrora os discípulos de Jesus, também não estamos conseguindo muito, não estamos fazendo grande progresso. 

Como no tempo de Jesus, a mente humana se ofende, fica irritada com a ideia de que possa existir um Espírito que trabalha sem palavras ou pensamentos, ou com a ideia de que existe no homem um Espírito que pode levantá-lo, orientá-lo e acalmar-lhe as tempestades da vida, sem que para isto necessite pensar, falar ou recorrer a tratamento.

“O mundo não pode odiar a vós. A mim, porém odeia, porque eu dou testemunho de que as suas obras são más” (João 7:7).

O mundo jamais odiará quem usar as armas ou utilize os métodos de trabalho que ele considera válidos. 

O mundo odeia somente aqueles que dizem que tudo o que ele tanto preza é desnecessário, visto existir um poder mais alto: o poder do Espírito. Daí a perseguição, embora não seja inevitável. 

Atualmente estamos aprendendo a deixar que o Cristo impessoal absorva toda a perseguição que nos movam, ao invés de nos permitirmos tomá-la sobre nós. Aceitamos a perseguição, ou tomamo-la sobre nós, quando cremos que a mensagem que apresentamos seja de nossa propriedade particular. 

Cada um de nós deveria, em vez de aceitar essa perseguição, conscientizar-se do seguinte: “Esta verdade não é minha, mas de Cristo. Se alguém odiar-me por isto, que seu ódio recaia sobre ela (a Verdade), e não sobre mim, porque eu estou apenas mostrando o que o Mestre ensinou sobre a presença de Cristo e o poder d’Aquilo que constitui nosso verdadeiro ser, o Consolador no íntimo de cada um. 
Se o mundo quiser odiar esta verdade, que a odeie”. Este é o segredo do Mestre, o segredo da “paz que excede todo o entendimento” (Filipenses 4:7), o segredo da paz que é poder.









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