Toda aparência que vem a nós, de manhã à noite ou da noite ao amanhecer, referente ao cenário humano,necessita de tratamento.
Mesmo que a aparência seja boa é preciso que haja o tratamento. Uma pessoa poderá estar em perfeita saúde neste momento e, amanhã, o quadro todo estaria modificado.
Poderíamos conhecer hoje, no cenário humano, alguém de caráter moral impecável e encontrar amanhã toda a situação invertida. Portanto, não se satisfaça por aceitar mesmo uma boa aparência humana; traduza-a, também, pelo que é espiritualmente real, e cujo bem constitui apenas a forma.
Compreenda que onde está a boa aparência humana,realmente Deus está presente. Este reconhecimento é o tratamento.
Todo senso de bondade não se trata de bondade pessoal; todo senso de saúde não se trata de saúde pessoal, pois Deus é realmente a bondade e Deus é realmente a saúde. A menos que isso seja reconhecido, você ficará vulnerável ao ponto mais fraco que temos,ou seja, estar satisfeito com riqueza humana ou saúde humana – as boas aparências humanas.
Qualquer pessoa tem períodos em que está saudável, mas isto não evita que ela adoeça em outra época.Portanto, o tratamento real não deve estar reservado apenas para aparências tais como pecado, doença, alcoolismo ou acidentes, mas deve também ser considerado de forma que não sejamos enganados pelas aparências mesmo de bem ou de saúde humanos.
Se a aparência for de bem, o tratamento poderá ser: “Eu não sou enganado nem por aquela aparência. Deus é a saúde real e o bem real, e Deus é a saúde e o bem permanentes.”
No mundo metafísico, a maioria dos tratamentos é reservada para o pecado, doença, falta, limitação e morte; mas em nosso trabalho, o tratamento é necessário para as aparências de saúde e riqueza.
A saúde e riqueza humanas presentes aqui hoje, poderiam estar ausentes amanhã.
O tratamento é a conscientização de que a saúde e a riqueza humanas não são a realidade, mas que exatamente aqui encontram-se a saúde e a riqueza da Vida Única, Deus – permanente, infinito, onipotente e onipresente.
Este é o tratamento para toda aparência humana.
O tratamento para todas as aparência é necessário até nos tornarmos tão firmes em nossa consciência da realidade de Deus, que mesmo quando estivermos olhando para pessoas saudáveis, estaremos tratando.Não tratamos a elas, mas tratamos o nosso conceito do que vemos nelas.
No momento em que observamos alguma necessidade, é quando somos chamados para o tratamento. Por que?
Nosso tratamento não visa uma pessoa; tratamos o nosso conceito do que está aparecendo. Deus é infinito e é tudo; portanto. Tudo que existe é Deus, e nós nunca damos tratamento a Deus.
Mas suponhamos estarmos vendo lá fora uma humanidade doente e pecadora. Ela realmente estará lá fora para ser tratada, ou estará em nosso conceito daquilo que está aparecendo?
Neste ponto nós diferimos da maioria dos ensinamentos metafísicos, onde os estudantes são instruídos a dar tratamento somente se for solicitado a eles. Em O Caminho Infinito isto não é aplicado. Nós não podemos aceitar e não aceitamos as aparências.
Em todo momento que alguma fase de ilusão é apresentada a mim, mesmo se for boa, eu a traduzo conscientemente e percebo que exatamente ali encontra-se Deus manifesto.
Se o indivíduo for receptivo ele será curado, sabendo ou não que o tratamento está sendo ministrado. Existindo ou não receptividade por parte dele, a coisa mais importante, a meu ver, é que eu não tenha tomado a aparência por realidade.
Desta forma, o tratamento é o mesmo, não importando o fato de a pessoa ter ou não solicitado ajuda. A verdade permanece a mesma.
Não existe uma verdade para uma pessoa com conhecimento suficiente para solicitar ajuda e outra verdade diferente, para a pessoa sem aquele conhecimento.
Há somente uma verdade, e esta é a verdade que devemos conhecer para que possamos ser livres.
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