Os
poderes aceitos pela humanidade não são absolutamente poderes só
funcionam como poderes no pensamento humano que os aceita como poder; e,
por esta razão, portanto, qualquer poder que eles pareçam ter é apenas
de natureza temporária, e é um sentido temporário de poder que causa
todo os nossos medos.
Um raciocínio espiritual desta natureza tem por conseqüência elevar o indivíduo acima do domínio do medo.
Essa libertação do medo, contudo, não se atinge instantaneamente. Bem poucos de nós podem chegar imediatamente ao ponto de dizer “Não tenho medo da bomba atômica”.
Temos de começar com coisas que parecem menos poderosas, quem sabe com o tempo ou o clima, com a comida os germes, e ir-lhes retirando o poder por meio da compreensão de que, de si e por si mesmas, essas coisas não podem ter poder, porque todo o poder está na consciência que produz a forma, e não na própria forma.
Para ter esta percepção, ajuda muito praticarmos, em nossa meditação, efeitos, e percebendo que eles, por si sós, não têm poder algum, exceto aquele com o qual os imbuímos.
O poder está em nossa consciência. Shakespeare exprimiu isto sucintamente, ao dizer: “não há nada que seja bom ou mau, mas é sim o pensamento que faz as coisas assim”.
Por outras palavras, o mal não está na coisa, nem no efeito. Seja lá qual for o mal, ele está em nosso sentido daquilo que observamos, ou no poder com o qual imbuímos um indivíduo, um estado ou uma circunstância.
A maioria de nós já demonstrou isto em alguma medida e já provou que muitos dos assim chamados poderes do mundo foram neutralizados pela nossa consciência espiritual.
Já tivemos a experiência – alguns em pequena medida, outros em grande medida – do funcionamento deste princípio em nossa vida, mas até que o incorporamos conscientemente em nosso Eu, em nosso santuário interior, e perseveremos nisso, não conseguimos dar-lhe aplicação pratica em nossa experiência cotidiana.
É verdade que podemos receber benefícios daqueles que atingiram a consciência do não-poder, mas essa é apenas uma ajuda temporária para nós.
Finalmente, devemos levar este tema à nossa meditação, deixar que o nosso pensamento vagueie por toda a extensão da vida humana, e fazer uma checagem mental das coisas, pessoas ou condições por nós temidas, e começar a silenciar esses temores, retirando a força das coisas, pessoas ou condições, pela percepção do seguinte:
Deus é consciência infinita, a consciência de todo o universo. Foi a partir dessa Consciência, que todo o mundo se tornou manifesto.
Deus olhou para o seu Universo e viu que tudo aquilo era bom.
Deus, como Consciência, como a Substância de toda a criação espiritual, só poderia criar e tornar manifesto um mundo à Sua própria imagem e semelhança.
Portanto,
esse universo espiritual está imbuído das qualidades de Deus, e de
nenhuma outra qualidade. Apenas entrou em Seu próprio universo – apenas
as qualidades e atividades de Deus – e, portanto, tudo o que existe está
em e é de Deus.
Não existe na criação nenhum poder do mal, porque não há poder do mal em Deus.
“Nele não há nenhuma escuridão.”
Nada poderia jamais entrar na consciência de Deus “que repugnasse... ou praticasse a mentira”.
Deus é puro demais para contemplar a iniquidade.
A consciência de Deus é pureza absoluta, vida eterna, a própria imortalidade.
Não existe na criação nenhum poder do mal, porque não há poder do mal em Deus.
“Nele não há nenhuma escuridão.”
Nada poderia jamais entrar na consciência de Deus “que repugnasse... ou praticasse a mentira”.
Deus é puro demais para contemplar a iniquidade.
A consciência de Deus é pureza absoluta, vida eterna, a própria imortalidade.
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