segunda-feira, 13 de março de 2017

LIBERTANDO-SE DO DESEJO - JOEL GOLDSMITH





As barreiras ao nosso progresso espiritual são representadas por nossas esperanças, ambições e desejos, mesmo quando bons. 

Alguns de nós não conseguem libertar-se da procura da saúde, e outros não conseguem libertar-se da busca ao rendimento, à comida, roupa ou companhia. Sempre, uma dessa necessidades ou desejos é a coisa que achamos que tem de ser resolvida em primeiro lugar. 


Acreditamos que, se pudéssemos nos livrar da dor, e só então, poderíamos ir em busca de Deus; ou que, se pudéssemos ser mais bem providos, então poderíamos pensar em Deus. 


Não, a coisa funciona ao contrário: se pensarmos primeiro em Deus, teremos todas essas outras coisas. 


“O homem, cujo fôlego está nas narinas” tem sempre de querer coisas, condições ou pessoas, por achar que estas lhe faltam; e, portanto, ele nunca está livre para buscar o reino de Deus e sua virtude.

Podemos desejar que nos seja dado um pensamento com o qual possamos operar a obra da cura, mas isso é um efeito. 

Podemos querer que nos seja dada uma verdade sobre a posse de bens ou companhia, mas isso, também, é um efeito. Até mesmo desejar bons pensamentos é desejar efeitos. Não desejamos bons pensamentos; desejamos apenas uma coisa: PAZ - QUE NADA MAIS É QUE A PERCEPÇÃO DE QUE O ESPÍRITO DE DEUS É O NOSSO!

O desejo em sempre uma barreira ao nosso progresso, e certamente, uma barreira no caminho da meditação. 

Quando chegamos a um ponto em que não há nada que desejemos obter da meditação, quando não estivermos nos empenhando na meditação por um propósito qualquer, mas simplesmente devotando-nos a estar em quietude, é fácil chegar à meditação. 

É só quando levamos para nossa meditação o nosso desejo por alguma coisa, e esse desejo é o desejo de um efeito, que essa PERCEPÇÃO, quietude e paz interior fogem de nós.

Trabalhar com os princípios que constituem a letra da verdade desenvolve o espírito ou Consciência da verdade. 

Finalmente, estamos vivendo na consciência de Cristo, onde é muito fácil meditar, porque não temos nem ódio, nem medo, nem amor por nada que pertença ao domínio exterior. 

Até o nosso amor pelos amigos e pela família adquire uma natureza espiritual, o que desencadeia neles uma mudança em relação a nós, de forma que eles passam a não se agarrar a nós como faziam antes, ou depender de nós, ou confiar cegamente em nós.

A conscientização de que Deus é a realização do nosso ser liberta-os e liberta-nos para o amor, porque estamos agora livres para dar e receber sem apego ou ligação. 

Podemos amar nossas famílias sem acreditar que elas nos devam algo, e sem achar que lhes devamos algo: apenas amá-las. 

Nossos familiares têm o mesmo Deus que nós temos, ou seja, o Espírito de Deus é o mesmo em todos nós, e agora estamos unidos nesse laço de amor que pode dar e receber livremente, e nunca achar que, ao dar, privamo-nos de algo, ou que, ao receber, privamos outrem de algo, isso porque sabemos que estamos sempre dando ou recebendo de NÓS MESMOS.

Chegar à percepção de nossa unicidade com Deus é a experiência mas libertadora do mundo. 

Mas chegamos a ela através de muita e muita prática, e atendo-nos a esta verdade até que, a pouco e pouco, toda a nossa consciência muda. 

Quando isso acontece, e este mundo aparentemente material “morre” para nós, ganhamos todo o mundo: ele é então todo nosso cada pedacinho. Era apenas o desejo do mundo que o mantinha longe de nós. 

Agora não há nada a ser alcançado, nada a ser ganho, nada a ser conquistado. Tudo já o foi. 

O Senhor já é nosso pastor, não porque o tenhamos ganho ou o mereçamos, nem porque façamos jus a isso, não porque vamos fazer qualquer coisa, mas simplesmente porque o Senhor é nosso pastor, o SENHOR É O NOSSO ESPÍRITO e não ficaremos em necessidade. 


Adquira a percepção consciente da presença e do poder de Deus dentro do seu próprio ser. 

Independentemente do nome ou da natureza do problema ou da necessidade, não tente resolvê-lo ao nível do problema. 

Não tente resolver a necessidade de bens materiais como tal, nem tampouco as relações de família como relações de família. 

Abandone todo e qualquer pensamento relativo a essas coisas. 

Penetre em si mesmo até alcançar aquele lugar interior que lhe fornece a resposta divina. 

Então, o seu problema se solucionará. Uma vez que você tenha tocado o Cristo dentro de você, dentro do seu próprio ser, terá tocado a fonte da vida em maior abundância.



A unicidade consciente com Deus! 

Esta constitui a unicidade consciente com todo o ser espiritual e com cada ideia espiritual.














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