sábado, 31 de março de 2018

SIGNIFICADO ESPIRITUAL DA PÁSCOA-1









A época pascal rememora a crucifixão, ressurreição e ascensão de Jesus, ocorridas há 2000 anos. 



De acordo com os ensinamentos cristãos, o Mestre se submeteu à crucifixão para provar a veracidade de seus ensinamentos e mostrar que, mesmo destruído o corpo, Ele ressurgiria três dias depois. 

É ensinado que, submetendo-se à morte do corpo, Ele tomou sobre si os pecados do mundo e, dessa forma, morreu para salvar-nos. 

A páscoa é, pois, a rememoração desses eventos, oportunidade em que se lembra e louva o mais elevado dos homens – Jesus – que se submeteu voluntariamente a esse sacrifício, para que o mundo vivesse.

Nós, estudantes da Verdade, devemos juntar-nos ao mundo cristão inteiro, para entoar hinos de louvor e honrar Aquele que, pela magnitude de seu amor, subida compreensão de Deus e do homem, demonstrou, através da crucifixão, a capacidade de vencer o último inimigo – a morte – ressurgindo do túmulo e sobrepondo-se a toda crença humana. 

O estudante da Verdade compreende que na experiência da crucifixão, o Mestre demonstrou poder sobre as leis materiais da vida – as crenças mortais que dão poder de vida ao corpo, em vez de reconhecer que a Vida mesma, divina, eterna, é que governa o corpo. 

Portanto, a crucifixão simboliza a destruição dos pecados do mundo.

Quanto mais estudamos o Novo Testamento, a mensagem e missão de Jesus Cristo, que culminaram nos dramáticos eventos comemorados na páscoa, tanto mais se aprofunda e amplia nosso amor pelo Mestre e Sua obra. 

E esse amor nos suscita um grande desejo de compreender o princípio da vida, a missão, a mensagem e demonstração final de Jesus. Nenhum outro homem teve maior amor do que ele, que deu a vida por seus amigos. 

Qual a resposta que se levanta dentro de nós ao penetrar a profundeza do amor que essa grande alma exprimiu ao mundo, em sua demonstração no calvário e na revelação posterior, com os apóstolos?











sexta-feira, 30 de março de 2018

O SENTIDO DA CRUCIFICAÇÃO: ELEVAR-SE ACIMA DO SENTIDO DA PERSONALIDADE OU SEJA ACIMA DO EU PESSOAL




Tomar uma atitude dessas, é eliminar o sentido pessoal do eu, morrendo diariamente ao sentido personal do ser, você não mais reage, aos medos, crenças, condenações e irritações do mundo; e por conseguinte, você se situa muito acima deles, e eles não se projetam sobre você. 

Qualquer exigência que lhe for feita, não é feita sobre você, mas sobre o Cristo do seu ser - A SUA REAL IDENTIDADE, portanto, o você - carnal- ILUSÓRIO não tem direito de reagir.

Lembre-se sempre que as provações e as tribulações do mundo nunca chegam perto da morada da pessoal que mora no lugar secreto do Altíssimo, que vive, e se move e tem o seu ser na consciência-de-Deus (na percepção consciente da Presença de Deus). 

Estar fixado, estabelecido na consciência-de-Deus, significa compreender, em primeiro lugar, que Deus é a sua Consciência, e por conseguinte, você nada aceita, nunca, como sendo pessoal, para você, mas deixa que a consciência-de-Deus tome conta; e, em segundo lugar, significa que Deus é a consciência do que existe e, assim, se qualquer discórdia ou desarmonia parece vir em sua experiência, você compreenderá que não parte de qualquer pessoa, mas de um sentido ilusório daquele a quem chamamos o homem, cujo alento está nas narinas.

Atingir um nível, um sentido, mais elevado da vida, significa superar o sentido personalista da vida. 

Em outras palavras, significa elevar-se a um lugar, na consciência, na percepção, onde os dardos inflamados do maligno (Efésio 6:16) já não atingem a você. 

Ainda assim, não há garantia de que o mundo deixe de sua maledicência, ou de espalhar falsos rumores a seu respeito, ou que se abstenha de fazer de você o alvo de suas armas de fogo. 

Poderão acontecer todas essas coisas, mas a resposta é sempre a mesma: Que diferença faz, desde que o EU de mim é Deus, e esse EU jamais poderá ser atingido e ferido? Enquanto você vive no sentido de que somente as qualidades e atividades de Deus podem fluir para fora de você, que importa que o mundo faça a você, ou a mim?

Toda a experiência da Crucificação serviu de prova de que nem mesmo os pregos, a cruz, e a espada tinham poder. Além disso, provou que nem a oposição, nem o ódio da igreja organizada, nem a pompa temporal e a glória de Roma eram poder. 

A ressurreição celebrada na páscoa simboliza que o ódio humano contra a verdade não é poder, que as armas deste mundo – seus pregos e suas espadas – não são poder, e que a lei humana não é poder. 

Essa é a grande lição a ser tirada da Crucificação e da Ressurreição. 

A Ressurreição provou que qualquer que seja a forma maléfica que é lançada contra nós, em três dias, podemos superá-la. 

Num curto espaço de tempo, podemos sobrepor-nos acima de toda e qualquer forma de discórdia e desarmonia, se, não só nos recusamos a aceitá-la como um poder real, mas, ainda, não a aceitarmos como se fosse dirigida a nós, como pessoa, mas realmente dirigida ao Cristo do nosso ser, e estivermos, então, dispostos a contemplar o Cristo aniquilá-la.

Seja onde for, ou quando for, que haja alguém nutrindo ressentimentos contra nós, manifestando inveja, ciúmes, ou malícia, empenhado em nos fazer uma competição sem trégua, ou onde quer que haja ameaça do poder temporal, ou falta de apreciação, ingratidão, diz-que, diz-ques, maledicência, ou rumores, a resposta deve ser sempre a mesma: Nada importa. 

O homem, cujo alento está nas suas narinas, não tem poder algum para fazer algo, ou ser algo! 

Visto que Deus é a mente do homem, e todo o poder está centralizado, e emana em Deus e de Deus, nenhum dos pilatos deste mundo tem poder sobre mim, a não ser que provenha do Pai que está nos céus.

Não seria estranho, ter o poder de Deus, e não obstante, ter medo do que o homem lhe possa fazer? 

Foi-nos dito que não devemos temer o que o homem mortal possa fazer: O Senhor está ao lado, não terei medo: que poderá o homem fazer contra mim? (Salmos 118:6) 

Isso não deverá ser interpretado como significando que estamos sentado aqui com Deus, mas que o inimigo não tem Deus; não significa que nós temos um Deus aqui para nos defender de algum poder maléfico, ou alguém, lá fora. 

Não. Significa que Deus é o único poder; e com a compreensão de Deus como o único poder, Deus torna-se, então, a única voz que pode ser ouvida.

Não existe do mundo nenhuma maneira pela qual possamos ser convencidos de que o mal não é poder, a não ser que possamos ver que existe um Deus, que Deus é, e que este Deus que é, é o único poder, e que este Deus é realmente a lei, o princípio, a substância do ser individual.

Só depois de você reconhecer Deus como ser individual, só depois que você possa ver Deus não só como bem universal, mas o bem universal individualmente manifestado, não só Deus como poder infinito universal, mas o poder infinito universal individualmente manifestado, só então poderá você olhar para toda e qualquer pessoa, e saber: o único poder que você tem é o de expressar a Deus, ou deixar que Deus se manifeste através de você.





quinta-feira, 29 de março de 2018

SUPRIMENTO E LEIS





Por nenhum momento iríamos pensar em construir uma casa sem termos compreendido as leis de projeto, escavação, edificação, etc., bem como as leis locais de zoneamento e de saúde. 

Não tentaríamos ganhar uma causa no tribunal, a menos que conhecêssemos a lei que a regula; e, tampouco iríamos tentar navegar sem o conhecimento das leis de navegação. 

Entretanto, tentamos resolver nossos problemas de suprimento individual; tentamos demonstrar a disponibilidade e abundância de suprimento sem o devido conhecimento das leis que o governam. 


Muitos ignoram a existência destas leis e creem ser suficiente uma fé cega em algum Deus, ou Poder, para terem a manifestação do bem em sua experiência individual. 

No plano do Absoluto não há necessidade alguma de se resolver o problema do suprimento. Nele nada é requerido, pois a substância espiritual é onipresente e inexistem tempo e espaço em que o suprimento estivesse ausente. 

Enquanto não atingirmos esta Consciência- a Consciência crística, teremos de preparar o nosso destino em conformidade com a lei das Escrituras, encontrada nos textos sagrados de todos os povos.

Nosso primeiro passo é o reconhecimento de nosso ser verdadeiro—nosso relacionamento com Deus. 

Compreendendo Deus como a Consciência divina única universal, e o homem como a expressão individual desta Consciência, descobrimos que TUDO QUE É DO PAI É MEU, isto é, tudo o que está incorporado na Consciência universal está incorporado na consciência individual, por elas serem uma. 

Assim, quaisquer coisas ou ideias de que necessitemos já são parte integrante de nossa consciência, e se desdobrarão à percepção humana tão logo nos familiarizemos com a lei e passemos a aplicá-la.

“Conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará” , ou seja, a Verdade vós libertará desta ilusão de que o que você busca, encontra-se separado e apartado de você. 

Um negócio ou uma posição podem parecer constituir o presente canal de nosso suprimento. 

Nossos alunos ou pacientes podem aparentar ser nossos únicos canais. 

Donas-de-casa podem acreditar que seus maridos ou filhos sejam seus canais de suprimento. 

MAS NADA DISSO É VERDADEIRO. 

Como Deus, a Consciência divina, é a FONTE, então esta exata Consciência é o canal de suprimento; e, de fato, é o SUPRIMENTO EM SI.


Procure sempre se afastar de suas noções pré-concebidas sobre este assunto. 

Reconheça que todas as coisas estão incorporadas na infinita Consciência eterna; e então, SAIBA QUE ESTA CONSCIÊNCIA É A SUA! 

Tendo se libertado de toda dependência a fontes e recursos materiais e humanos, você perceberá o bem continuamente se desdobrando em sua experiência humana, na forma de bem que a cada momento lhe estiver sendo requerido.

Enquanto caminha rumo a esta Consciência superior, obedeça a duas recomendações importantes dadas pelas Escrituras: “Levarás à casa do Senhor, teu Deus, as primícias dos frutos da tua terra.” ( Exodus 23:19.) A forma disso ser feito deverá ser como nos ensinou o Profeta Hebreu: “E esta pedra, que erigi em padrão, será chamada casa de Deus; e de todas as coisas que me deres te oferecerei ( ó Senhor ) o dízimo.” ( Gen. 28:22.) 

Após reconhecermos que tudo que existe pertence a Deus, a Mente universal, pomos de lado uma pequena, mas definida parte de tudo recebido individualmente, recirculando-a no Universal, ou seja, fazemos uso desta parcela sem a vincularmos com as despesas usuais ou pessoais. Podemos doá-la a alguma causa comunitária ou de caridade, podemos exprimir gratidão a um instrutor ou praticista espiritual, mas, seja como for, esta parcela deverá ser dedicada a serviço de Deus, o bem, independente da manutenção própria ou familiar. 

E ela deverá se constituir das “primícias” dos frutos—e não uma parte daquilo que "sobra" de nossa receita.Deverá ser tirada da mesma tão logo a recebamos, de modo que possamos, nós mesmos, fazer o equilíbrio e confiar que “Deus dará o aumento”. 


Nossa obediência a estes princípios nos dará condição de provar que “quando todas as fontes materiais estão secas, Tua plenitude permanece a mesma.” 

Quando relaxamos a mente consciente das tensões e lutas, e permitimos que o bem flua através de nossa consciência espiritual, descobrimos que não precisamos temer o que o homem mortal possa nos dar ou sonegar. 

Repousamos na firme convicção de que “Do Senhor é a terra e a sua plenitude”, e de que TUDO que é do Pai é MEU; tudo o que existe no Universal está se desdobrando para o individual. 


Chegamos agora àquela que talvez seja a suprema lei espiritual da Bíblia, revelada por Jesus Cristo. Na Oração do Senhor, podemos ler: “E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores.” Eis o ponto em que você pode pôr suas próprias limitações em suas demonstrações do bem. Na proporção em que você perdoa, receberá as bênçãos do Infinito. 

Podemos perdoar aos que nos devem somas de dinheiro, e àqueles que têm para conosco dívidas de amor, gratidão, reconhecimento, ou mesmo dívidas de cortesia de família ou amigos. Mas devemos perdoar. Devemos viver num constante estado de bênçãos. Este é o perdão verdadeiro, que nos liberta das obrigações mortais e materiais. 


Há algum tempo, fui procurado por um homem muito necessitado de dinheiro, sem emprego e sem fonte de renda Contou-me que um de seus amigos lhe devia uma soma de dinheiro que o tiraria da dificuldade, e perguntou-me: “Como fará para que eu possa receber esta dívida?” 

Disse-lhe que perdoasse tanto ao homem como à dívida. Não que lhe escrevesse cancelando a dívida, já que esta era problema de seu amigo, mas que o perdoasse mentalmente, e caso ela nunca fosse paga, que não pensasse mais nela, nem pensasse maldosamente a respeito do chamado devedor. 

“Tire-o de seu pensamento como se ele não existisse, e deixe o Princípio Divino abrir seus canais de suprimento.” 

Ele percebeu o ponto e se voltou deste único canal visível possível de suprimento para o Não-visto infinito. Exatamente na semana seguinte, ele recebeu dinheiro suficiente para mantê-lo por duas semanas, e, ao término da segunda semana, foi novamente chamado ao seu próprio emprego, de que havia sido desligado por vários anos.



quarta-feira, 28 de março de 2018

DEUS APARECE COMO SAÚDE, DEUS APARECE COMO SUPRIMENTO, DEUS APARECE COMO HABITAÇÃO




Deus é a minha saúde. Se isto é verdade, não devemos andar em busca de um deus que seja grande poder para eliminar doenças. 


Quando nos identificamos conscientemente com DEUS - A DIMENSÃO ESPIRITUAL INFINITA E ÚNICA, então Sua Presença, realizada em nós, já é a nossa saúde. Essa Presença não restabelece a saúde, não contribui para a saúde: Ela é saúde. Deus é saúde, e além d’Ele não há outra saúde. 

É sempre inútil tentar obter saúde. Mas, ao entrarmos em contato com Deus, constatamos que Ele é a nossa saúde.

Apesar de todos os ensinamentos em contrário, Deus não dá suprimento
, não envia suprimento, não traz suprimento a ninguém: Deus é suprimento. 

Quando sentimos a presença de Deus, estamos em posse de todo o suprimento que existe, porque não há outro além dessa Presença. 

A Presença de Deus, que é o verdadeiro suprimento, é tudo o que devemos querer ou desejar porque quando a sentimos, constatamos que todas as coisas estão nela incluídas. 

Não há tais coisas como Deus e suprimento. Deus é suprimento e, quando temos Deus, possuímos suprimento ilimitado.

Jamais devemos crer que Deus irá conseguir uma casa bonita e confortável para residirmos. Deus á a nossa morada. 

Não devemos desejar uma casa ou que Deus a obtenha para nós. Tudo o que devemos desejar é o próprio Deus. 

Constataremos que quando temos Deus teremos onde morar, uma casa que, aos olhos dos nossos amigos e vizinhos, aparecerá como uma casa bonita, uma habitação prática, útil e muito bem situada.

Se estamos tentando achar uma casa separada de Deus ou tentando encontrar uma casa por meio de Deus, poderemos ficar surpresos com o longo tempo que teremos que esperar para consegui-la. 

Entretanto, quando abandonamos o desejo de um lar ou de uma casa e alimentamos só o desejo de conhecer a Deus corretamente, nosso lar ou nossa casa aparecerá automaticamente, porque Deus é a nossa morada. 

Só existe um lugar onde deveríamos viver, que é em Deus. Devemos viver, nos mover e ter nosso ser em Deus, deixando de desejar residir em lugares, casas, cidades ou povoações, mas enfocando nossa atenção numa única coisa: Deus é a minha habitação, porque ele é o SER que SOU!!

Minha única necessidade é Deus - não um lugar onde morar, mas Deus. Quando tenho Deus, não só tenho onde morar, como também tenho tudo o que é necessário para montar casa e mantê-la.



















terça-feira, 27 de março de 2018

AMOR E SUPRIMENTO ESPIRITUAL




"Eu e o Pai somos um". 

Na percepção desse relacionamento, deixo o Infinito Invisível trazer-me dos céus, das nuvens, do ar, da terra, de toda parte do universo, tudo o que for necessário ao meu desenvolvimento.

Mas, este não seria o "seu" suprimento, ou o "meu", pois isto denotaria limitação. O simples uso de "seu" e "meu" encerraria uma limitação.
Podemos usar a palavra "meu" de início; mas, pela expansão da consciência, perceberemos que a Verdade, por ser universal, faz com que a Autocompleteza seja válida igualmente para todos os homens.

Quando falamos do sol ou da lua, não dizemos "meu" sol ou "minha" lua, "seu" sol ou "sua" lua. Falamos do sol como luz universal a brilhar para o santo ou pecador, para o branco ou negro, oriental ou ocidental, judeu ou gentio.

Por fim, passamos a encarar o suprimento sob este enfoque, sem o rotularmos de "meu" ou "seu", pois, se o considerarmos como pessoal, estaremos tornando-o finito, transformando-o em conceito material, em vez de entendê-lo como verdade espiritual.

Se quisermos falar verdadeiramente sobre suprimento, deveremos abandonar todo e qualquer senso pessoal de posse;deveremos eliminar todo conceito de limitação, deixando de alegar que isto ou aquilo seja "meu" ou "seu".

"Do Senhor é a terra, e tudo que ela encerra"..."Filho, tu estás sempre comigo, e tudo que é meu é teu".

Não devo ser egoísta ao extremo de acreditar que estas palavras sejam dirigidas apenas a Joel.
Devo entender que estão endereçadas aos filhos de Deus.

Se personalizá-las de algum modo, acreditando que Deus as está dirigindo somente a mim, que estarei fazendo de você?

E, se excluísse um de vocês, mesmo o maior pecador, estaria excluindo a mim próprio, pois existe somente o infinito Eu divino, sendo este EU Automantido, além de englobar a totalidade da Existência.

O conceito material de suprimento o personaliza!

Ao falarmos em suprimento como "seu" ou "meu", ele estará sendo visto como limitado; porém, ao pensarmos na totalidade do suprimento como pertencente o Pai, ele será infinito!

Porque há tantas pessoas limitadas?

A resposta é única: o mundo retém um conceito pessoal de suprimento. Enquanto esta ideia perdurar, haverá limitação. De fato, inexiste carência e inexiste abundância. Existe somente esta ou aquela pessoa experienciando individualmente a carência ou a abundância.

Suprimento é espiritual; portanto, é infinito!
Se nos abrirmos à Graça de Deus, todo suprimento necessário nos será acrescentado.

Mesmo quem não tiver sido ensinado a viver espiritualmente, se abrir a consciência para expressar o amor humano, deixando a concha em que vinha vivendo, terá abundância, desde que parta para a doação, aprendendo a compartilhar, a servir e a ser mais amigos.

Nunca duvide do seguinte: quem está sem receber o suprimento está, de algum modo, barrando-o ele próprio. E esta ação difere de pessoa para pessoa.

Certas pessoas adoram se vangloriar, o que é tremendo contra-senso!

Outras jamais entenderam o sentido real da gratidão, desconhecendo o que é dar, compartilhar, amar.

Não falo de doação feita a filhos e familiares, mas da doação impessoal.

Tais pessoas estão barrando o fluxo do suprimento, pois, embora ele esteja encostado rente à porta, é incapacitado de ultrapassá-la, a não ser que a pessoa abra a própria consciência.

De uma maneira ou de outra, aqueles que estão carentes de suprimento, eles próprios se colocaram nessa condição, por terem fechado a porta à consciência infinita. Esta atitude não é tomada premeditadamente, mas sempre ignorantemente.

Muitos casos chegaram ao meu conhecimento de pessoas que concluíram serem elas próprias que estavam barrando seu suprimento por jamais darem ou compartilharem coisa alguma; assim, passaram a praticar o dízimo e mudaram completamente de situação, mesmo sem terem atingido o nível mais elevado de realização espiritual, mas apenas à nível de ajudar e dividir com o próximo.

Não existe uma forma única de se experienciar abundância: há provisão em todo nível de consciência.
 
A demonstração máxima, entretanto, é a conscientização da presença de Deus. Isto é que atende a todas as tuas necessidades.

No nível místico de consciência, jamais devemos permitir que a mente se prenda ao suprimento como sendo ele algo a ser buscado, conquistado ou merecido. 

Suprimento é a conscientização de que o Eu, em vosso interior,"veio para que tivéssemos vida, e vida em abundância".

Começaram a notar a diferença entre os dois mundos?

O mundo exterior, em que parece que vivemos em coisas que são externas, e o mundo interior, em que mesmo as coisas que parecem vir de fora são, realmente, expressadas pelo Espírito que está dentro de nós?

Permaneçamos na Verdade de que a nossa vida invisível é que nos atrai do exterior o que for necessário à nossa experiência individual.

Seja qual for o segmento da vida que estivermos considerando, jamais deveremos esquecer o grande princípio da IMPERSONALIZAÇÃO.

Não é certo que cada confusão em que temos entrado se foi causada por termos personalizando Deus ou o erro?

Agora, deveremos dar outro passo e impersonalizar o suprimento, de tal forma que desapareça a ideia de "meu" ou "seu" suprimento: existe a Autocompleteza, Autodesdobramento, Autocorporificação da totalidade.

Na percepção de nosso relacionamento de unicidade, são encontradas completeza e totalidade.

Esta unicidade com o Pai é minha plenitude, minha completeza, mas não implica que seja algum "meu" separado do "seu".

Você possui a mesma plenitude, a mesma completeza, a mesma perfeição.

Apenas terá de despertar para ela, e assim faremos em proporção à nossa capacidade de impersonalizar Deus, impersonalizar o erro, impersonalizar o suprimento e impersonalizar o amor.

A forma única de impersonalizarmos o amor e expressarmos divino amor está em sabermos que não temos poder nem para dar nem para reter qualquer coisa. Podemos meramente ser instrumentos pelos quais a coisa acontece.

Apesar de tudo que conhecemos, humanamente seremos tentados a dar ou a deixar de dar amor em função de preferências pessoais. A dar mais "aqui" do que "ali". Tudo isso torna-se barreira à demonstração da real harmonia em nossas vidas. Cada um precisa reservar um período ao dia para ser uma transparência à ação do Espírito, para que Ele possa abençoar nosso lar, negócio, nação, sem qualquer influência de preferência pessoal.

Humanamente, talvez sintamos mais afeição por uns do que por outros. Mas são os outros os responsáveis pela diferenciação. Eu não poderia dar mais afeição humana àqueles não a dão nem a compartilham, pois seriam eles que estariam deixando de chamá-la para si.

Quem expressa afeição em grau máximo é o que a recebe em maior medida. Sob o ponto de vista humano, a verdade é esta e tenho que admiti-lo.

Este fato, entretanto, não me impede de, ao menos uma vez ao dia, buscar minha quietude interna para perceber que não posso dar amor a alguém ou represá-lo.

Estarei sendo a transparência pela qual a Graça de Deus envolve todas as pessoas de todos os lugares. A receptividade delas lhes trará a vida abundante, e a falta dessa receptividade as excluirá.

Serei responsável somente por "deixar a Luz brilhar". Abrir a porta da consciência para recebê-la será função de cada um.

Nossa maior contribuição ao mundo está não em prestarmos serviços pessoais a familiares.

Nosso maior valor é a medida com que nos sentamos, em quietude, para sermos uma clara transparência para o Amor de Deus fluir em nosso ambiente, negócio e nação. Isto é impersonalizar o amor, e é esse tipo de amor impessoal que atende às necessidades individuais e coletivas.

Em alguns níveis de vida humana, uma pessoa deverá ser humanamente mais amorosa, caridosa, benevolente, pois será este seu único acesso à paz e à harmonia. À medida que der, receberá. Aquilo que semear, ceifará - não, porém, em nível espiritual, onde a experiência máxima é amor divino, e este ninguém é capaz de dar ou de reter. Antes, é Algo que flui através de nós, e atua fora do nível humano.

O Suprimento é infinito; porém, é preciso haver receptividade.Qualquer um diria: "Ora, eu receberei todo suprimento que você me der". Mas não é assim que a coisa funciona! Podemos ter todo suprimento que dermos. Mas a barreira encontra-se aqui: o não desejo de doação. Eis a causa da carência ou da limitação.

O povo faminto do mundo é culpado pela falta de alimento?

Não, não mais que nós mesmos, quando desconhecíamos esta verdade, ou quando nos culpávamos por não estar desfrutando de maior harmonia. 

Os que sofrem carência estão barrando o suprimento com a ignorância espiritual. Alguns se permitiram se tornar desamorosos; e, onde inexiste amor, inexiste abundância. Permitiram-se parar de desenvolver, separados e apartados de seus irmãos humanos. Criaram uma mentalidade de "receber" e não de "dar", inclusive o de receber em troca de nada! 

Esse tipo de ignorância, porém, não é falha deles. Estão hipnotizados! E este hipnotismo durará até que haja um despertar interior que os direcione a algo superior ao sentido material, rompendo de vez com esse hipnotismo universal.

Adquira o hábito de, diariamente, sentar-se quietamente, sem dar amor humano a ninguém, e, por outro lado, sem conservar qualquer emoção negativa como ódio, inveja, ciúme, malícia, vingança ou indiferença. Abandone tudo isso, inclusive o desejo de amar alguém.

Sente-se quietamente, por um momento, e deixe que o Espírito de Deus, o Amor divino, flua através da sua consciência para a seu lar, família, vizinhos, cidade, estado, comunidade, nação e, finalmente, o mundo.

"Tua Graça é a suficiência deste mundo. Deixo Tua Graça estar sobre o mundo e ser realizada em toda consciência humana. Deixo Tua Graça ser estabelecida assim na terra como o é no céu".
 
Depois, permaneça silencioso por alguns momentos, enquanto há o fluxo do Espírito. Você não terá dado amor algum; não terá retido amor algum; não terá sido desamoroso: terá simplesmente permanecido quieto, permitindo à "suave e pequenina Voz" ser ouvida por toda consciência humana a Ela receptiva.




segunda-feira, 26 de março de 2018

LEI DO SUPRIMENTO



Por nenhum momento iríamos pensar em construir uma casa sem termos compreendido: As leis de projeto, escavação, edificação, etc., bem como as leis locais de zoneamento e de saúde. 


Não tentaríamos ganhar uma causa no tribunal, a menos que conhecêssemos a lei que a regula; e, tampouco iríamos tentar navegar sem o conhecimento das leis de navegação. 

Entretanto, tentamos resolver nossos problemas de suprimento individual; tentamos demonstrar a disponibilidade e abundância de suprimento sem o devido reconhecimento das leis que o governam.

Muitos ignoram a existência dessas leis e creem que uma cega fé em algum Deus ou Poder é suficiente para manifestar a operação do bem na experiência individual. 

No plano do Absoluto não há nenhuma necessidade de se resolver o problema do suprimento. Nele nada é requerido, pois a substância espiritual é onipresente e inexistem tempo e espaço em que o suprimento esteja ausente. 

Enquanto não atingirmos esta Consciência, a Consciência crística, teremos de preparar o nosso destino em conformidade com a lei das escrituras, encontrada nos textos sagrados de todos os povos. Nosso primeiro passo é o reconhecimento de nosso ser verdadeiro-nosso relacionamento com Deus.

Compreendendo Deus como a Consciência divina única universal, e o homem como a expressão individual desta Consciência, descobrimos que TUDO QUE É DO PAI É MEU, isto é, tudo o que está incorporado a Consciência universal está incorporado à consciência individual, por elas serem uma. 

Assim, quaisquer coisas ou ideias de que necessitemos já são partes integrantes de nossa consciência, e se desdobrarão à percepção humana tão logo nos familiarizemos com a lei e passemos a aplicá-la. 

"Conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará", libertará desta ilusão de que o que você busca encontra-se separado e apartado de você. 

Deverá haver o entendimento de que o universo inteiro está incorporado à Mente divina; e, em vista de esta ser a nossa única mente, todas as coisas já estão dentro de nós. 

Em consequência, jamais somos dependentes de alguma pessoa, lugar ou condição para coisa alguma! Portanto, nosso passo seguinte é abandonar toda dependência a pessoas, posições ou investimentos para o nosso suprimento.

A princípio, isto parece ser um disparate, já que as coisas do Espírito são loucuras para os homens. "Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus porque lhe parece loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente." (I Cor. 2:14).

Um negócio ou uma posição podem parecer constituir o presente canal de nosso suprimento. Nossos alunos ou pacientes podem aparentar ser nossos únicos canais. Donas-de-casa podem acreditar que seus maridos ou filhos sejam seus canais de suprimento. MAS NADA DISSO É VERDADEIRO. 

Como Deus, a Consciência divina, é a FONTE, então esta exata Consciência é o canal de suprimento; e, de fato, é o SUPRIMENTO em si. Procure sempre se afastar de suas noções pré-concebidas sobre este assunto, Reconheça que todas as coisas estão incorporadas à infinita Consciência eterna; e então, SAIBA QUE ESTA CONSCIÊNCIA É A SUA!

Tendo se libertado de toda dependência a fontes e recursos materiais e humanos, você perceberá o bem continuamente se desdobrando em sua experiência humana, na forma de bem que a cada momento lhe estiver sendo requerido. 

Enquanto caminha rumo a esta Consciência superior, obedeça a duas recomendações importantes dadas pelas Escrituras : "Levarás à casa do Senhor, teu Deus, as primícias dos frutos da tua terra." (Exodus 23:19). 

A forma disso ser feito deverá ser como nos ensinou o Profeta Hebreu:"E esta pedra, que erigi em padrão, será chamada casa de Deus; e de todas as coisas que me deres te oferecerei ( ó Senhor ) o dízimo."(Gen. 28:22). 


Após reconhecermos que tudo que existe pertence a Deus, a Mente universal, pomos de lado uma pequena mas definida parte de tudo recebido individualmente, recirculando-a no Universal, ou seja, fazemos uso desta parcela sem a vincularmos com as despesas usuais ou pessoais. Podemos doá-la a alguma causa comunitária ou de caridade, podemos exprimir gratidão a um instrutor ou praticista espiritual, mas, seja como for, esta parcela deverá ser dedicada a serviço de Deus, o bem, independente da manutenção própria ou familiar. E ela deverá se constituir das "primícias" dos frutos - e não uma parte daquilo que sobrou de nossa receita. Deverá ser tirada da mesma tão logo a recebamos, de modo que possamos, nós mesmos, fazer o equilíbrio e confiar que "Deus dará o aumento".

Nossa obediência a estes princípios nos dará condição de provar que"quando todas as fontes materiais estão secas, Tua plenitude permanece a mesma." 

Quando relaxamos a mente consciente das tensões e lutas, e permitimos que o bem flua através de nossa consciência espiritual,descobrimos que não precisamos temer o que o homem mortal possa nos dar ou sonegar. 

Repousamos na firme convicção de que "Do Senhor é a terra e a sua plenitude", e de que TUDO que é do Pai é MEU; tudo o que existe no Universal está se desdobrando para o individual. Chegamos agora àquela que talvez seja a suprema lei espiritual da Bíblia, a nós revelada por Jesus Cristo. 

Na Oração do Senhor, podemos ler: "E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores." Eis o ponto em que você pode pôr suas próprias limitações em suas demonstrações do bem. Na proporção em que você perdoa, receberá as bênçãos do Infinito. Podemos perdoar aos que nos devem somas de dinheiro, e àqueles que têm para conosco dívidas de amor, gratidão, reconhecimento, ou mesmo dívidas de cortesia de família ou amigos. Mas devemos perdoar. Devemos viver num constante estado de bênçãos. Este é o perdão verdadeiro que nos liberta das obrigações mortais e materiais.

Há algum tempo, fui procurado por um homem muito necessitado de dinheiro, sem emprego e sem fonte de renda. Contou-me que um de seus amigos lhe devia uma soma de dinheiro que o tiraria da dificuldade, e perguntou-me: "Como fará para que eu possa receber esta dívida?" Disse-lhe que perdoasse tanto o homem como a dívida. Não que lhe escrevesse cancelando a dívida, já que esta era problema de seu amigo, mas que o perdoasse mentalmente, e caso ela nunca fosse paga, que não pensasse mais nela, nem pensasse maldosamente a respeito do chamado devedor. 

"Tire-o de seu pensamento como se ele não existisse, e deixe o Princípio divino abrir seus canais de suprimento." 

Ele percebeu o ponto e se voltou deste único canal visível possível de suprimento para o Não-Visto Infinito. Exatamente na semana seguinte, ele recebeu dinheiro suficiente para mantê-lo por duas semanas, e, ao término da segunda semana, foi novamente chamado ao seu próprio emprego, de que havia sido desligado por vários anos. 








domingo, 25 de março de 2018

O SUPRIMENTO - PARTE 2


Em certo momento dizemos que não devemos nos preocupar quanto ao nosso suprimento ou a nossa saúde e, no momento seguinte, dizemos que precisamos "orar sem cessar" e "conhecereis a verdade e a verdade-vos libertará". Embora isso pareça contraditório, ambas as afirmações estão corretas, mas elas têm de ser compreendidas.

Há sempre uma crença de "bem humano" em operação — uma lei de estatísticas, e dela nós extraímos nosso benefício material. 

Nas vendas de porta em porta, há geralmente uma média de uma venda a cada vinte visitas; nas propagandas de mala-direta, há um retorno médio de dois por cento; no dirigir veículos, é dito que a regra estipula uma certa porcentagem de acidentes; as companhias de seguro de vida possuem uma tabela de expectativa de vida, e, baseando-se nessas médias, elas podem lhe informar a cada instante quantos anos de vida ainda lhe restam.

Viver humanamente, isto é, seguir ao longo do dia-a-dia permitindo que estas médias nos afetem, permitindo que crenças humanas operem sobre nós, não é um modo de vida científico. Isso tudo faz parte dacrença em existência humana, e, a menos que façamos algo especificamente a esse respeito, ficaremos expostos a estas chamadas leis de saúde ou econômicas.

Estas sugestões, que realmente não passam de crenças, são tão universais que agem de modo hipnótico, e tendem a produzir efeito sobre os menos avisados, trazendo-lhes limitações.

 
O que nós podemos fazer para nos manter livres de tais sugestões e vivermos acima delas? Em primeiro lugar temos de viver em um plano de consciência mais elevado. Tanto quanto possível, temos de nos exercitar no conhecimento de que qualquer coisa que exista no campo do efeito, não é uma causa, não é criativo, e não tem poder sobre nós. E isso nos leva ao importante ponto da sabedoria espiritual: eu sou a lei, eu sou a verdade, eu sou a vida eterna. Ora, uma vez que eu sou consciência infinita e a lei, nada do mundo exterior pode agir sobre mim e se tornar uma lei para mim. Não há nada que nos possa infligir sofrimento, a não ser a aceitação da ilusão como realidade.

As coisas chamadas pecado e a doença não são coisas pelas quais temos de sofrer: são formas assumidas pelo erro. Independentemente do nome que lhe dermos, elas são só hipnotismo, sugestões, ilusões se apresentando como pessoas, lugares ou coisas — se mostrando como pecado, doença, necessidade ou limitação.

 
Não devemos viver como se fôssemos "efeito", com alguma coisa operando sobre nós. Lembremos de viver como a Lei, como o Princípio do nosso ser. Podemos assumir os nossos negócios só na medida de nossa percepção consciente de que estes são efeitos de nossa própria consciência, a imagem e semelhança de nosso próprio ser, a manifestação ou expressão do nosso Eu divino — e só então seremos a lei que os governa.

 
Temos de começar nosso dia com uma reflexão sobre nossa verdadeira identidade. Temos de nos identificar como Espírito, como Princípio, como a Lei que atua em nossas coisas. É coisa muito necessária relembrar que não temos necessidades: somos consciência espiritual, individual, mas infinita, corporificando dentro de nós mesmos a infinitude do bem; por isso, somos o centro, o ponto da Consciência divina que pode alimentar cinco mil pessoas a cada dia, não usando nossa conta bancária, e sim a infinitude do bem que jorra através de nós, assim como o fazia através de Jesus.

 
Não vamos de encontro às pessoas pensando no que podemos delas obter ou no que elas possam fazer por nós — apenas vamos para a vida como para a presença de Deus.

 
Ao longo do dia, quer estejamos fazendo trabalho doméstico, dirigindo o carro, comprando ou vendendo, temos sempre de nos conscientizar que nós somos a lei do nosso universo, o que significa sermos a lei do amor para com todos que fazem contato conosco.

Devemos lembrar conscientemente de que todos os que entram na esfera de nosso pensamento e atividade devem ser abençoados por este contato, pois nós somos a lei do amor; somos a luz do mundo.

Lembremos de que não precisamos de coisa nenhuma, pois que somos a lei do suprimento em ação — podemos alimentar "cinco mil" daqueles que ainda não sabem de sua verdadeira identidade.
 
Existe a crença da separação entre nós e Deus — nosso bem — e nós a corrigimos quando reconhecemos que "Eu e o Pai somos um; tudo o que o Pai tem é meu; o lugar onde eu estou é solo sagrado".

No reconhecimento da infinitude do nosso ser, percebemos as verdades da Bíblia, percebemos a verdade de suas promessas. Já não se trata de citações, mas de afirmações de fatos, e isto nos traz até a linha demarcatória entre "conhecer a verdade" e "não nos preocupar".
 
Percebemos agora a verdade como algo assentado em nossa própria consciência — a realidade do nosso ser. 

Não nos preocupamos em atrair algum bem; não estamos nos dando algum tratamento para que nos aconteça algo, mas percebemos a verdade, a realidade de nossa identidade, de nossa unidade com o Infinito, com nossas infinitas possibilidades.

A razão para perceber e conhecermos esta verdade é que através dos tempos sempre nos reconhecemos apenas como homens — como algo diferente de ser divino — e a menos que, diária e conscientemente, lembremos da verdadeira natureza do nosso ser, recairemos sob a crença geral de que somos algo separado e longe de Deus.
 
Existe uma crença de que estamos separados das pessoas, que na realidade são parte de nosso ser como um todo; ou a ideia de que sejamos separados e distantes de certas idéias espirituais necessárias à nossa auto-realização, idéias que se apresentam como pessoas, textos, lar, amizades ou oportunidades.

Esta crença de separação nós corrigimos com a percepção de que nossa unidade com Deus constitui nossa unidade com cada uma das idéias. Temos um bom exemplo com o telefone. Através do meu telefone eu posso fazer contato com qualquer outro telefone ou lugar do mundo, mas não posso falar nem ao meu vizinho pelo telefone sem que a ligação passe pela central. Se então eu estabelecer meu contato com a central, serei um com todos os telefones. Pelo conhecimento de nossa unidade com Deus, o Princípio infinito, o Amor, encontramos e manifestamos nossa unidade com todas as idéias necessárias à expansão de nossa "completeza".
 
Nunca esqueçamos de que não podemos viver cientificamente como homens ou como idéia, mas que devemos perceber que somos Vida, Verdade e AmorDevemos aceitar a revelação de Jesus sobre o "Eu sou" até que se torne realizada em nós.
 
Paremos de tentar aplicar a Verdade: tal tentativa de aplicar a Verdade nada mais é que uma ação do pensamento humano. 

A Verdade é infinita e, por isso, não há nada a que possamos aplicá-la. Ela é a realidade do ser, e não há nada exterior ou interior sobre o que ela possa agir: a Verdade age e trabalha por si própria, ou seja, é auto-operante.

Estamos todos envolvidos em atividades que aparentemente fazem o suprimento vir até nós. Independentemente de se tratar de um negócio, uma profissão ou uma arte, o que está em atividade é Consciência

Vista desse modo, nossa atividade é amorosa e inteligentemente dirigida e amparada. E mesmo mais do que isso: como uma emanação da Consciência, é a Consciência em Si mesma manifestando individualmente o próprio ser, natureza e caráter. 

A direção está a Seu cargo, e só a Consciência é responsável. Aprendemos a não nos envolver e a deixar que Deus, a Consciência, assuma Suas responsabilidades.
 
Lemos na Bíblia sobre os esforços e atribulações de Elias. Se o acompanharmos pelo capítulo dezoito de I Reis, compreenderemos que apenas a consciência da presença de Deus, do Espírito dentro dele, poderia ter feito aquelas grandes coisas. Nenhum poder humano poderia tê-lo conseguido.
 
No capítulo dezenove encontramos o desânimo despontar naquilo que aparece como o fracasso do ministério de Elias. Na realidade, esta foi uma oportunidade dada a Elias para que comprovasse que o poder não era de um ser humano, mas que era de fato o poder de Deus se manifestando como em homem, Deus se mostrando como ser individual.