quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

..“O VOSSO PAI CELESTIAL SABE” - JOEL S. GOLDSMITH -. PARTE III




A Graça de Deus se revela por meios incompreensíveis à mente humana, tomando direções inimagináveis e formas que nunca soubemos existir sobre a terra. 

E mesmo que saibamos, jamais podíamos supor que em algum momento viria fazer parte de nossa experiência. 

Em cada caso a Graça de Deus é uma revelação individual, singular. Não aparecerá para uma pessoa na forma de rosa, se ela não gosta de rosas; nem aparecerá como uma passagem, para uma viagem ao redor do mundo, se ela encontra mais prazer em ficar meditando numa cabana à beira-mar ou no alto de uma montanha. 

A Graça de Deus flui como atividade espiritual, mas governa também nossos afazeres humanos, orientando-os a caminhos que não poderíamos delinear e nem imaginar. 

À medida que ponderamos este tema, acerca da Graça de Deus, desenvolve-se dentro de nós um senso de independência, em relação aos pensamentos e coisas deste mundo. 

Começamos a sentir que, mesmo que não haja uma pessoa em nossa vida que nos traga algo, ainda assim, pela manhã, todas as coisas necessárias serão providas, quando conscientizamos a realidade da Graça de Deus. 

Se alcançamos esta percepção, descobrimos que nada há, senão Deus: Deus aparecendo como flores; Deus aparecendo como alimento em nossa mesa; Deus aparecendo como vestuário em nosso corpo; Deus aparecendo como relacionamentos harmoniosos; Deus aparecendo como lucidez mental e harmonia corporal. Não é lutando ou competindo que se realiza isto. O que é necessário é permanecer quieto; é guardar a espada e testemunhar a salvação do Senhor. 

Não há, na terra, meta mais elevada a atingir do que a sintonia interna com essa Presença que jamais nos abandona e nem nos desampara. 

Essa Presença não nos envia dinheiro, alimento, roupa ou habitação. Ela É o dinheiro, o alimento, a roupa, a habitação. Ela não nos leva a uma torre alta ou a uma fortaleza. Ela É a torre alta e a fortaleza inexpugnável. Ela não dá e nem envia coisa alguma. Ela SE DOA inteira. 


terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

O VOSSO PAI CELESTIAL SABE” - JOEL S. GOLDSMITH . PARTE II .






Onde Deus está, ali há abundância. Pela compreensão de Sua onipresença, todas as coisas já existem. 

Deus está continuamente atuando para manter a natureza infinita e eterna deste universo, aparecendo como tudo. 

Deus aparece como o maná diário: Eu sou o pão da vida – não Eu o terei ou o deveria ter ou o demonstrarei, mas Eu o sou. 

Este Eu interno aparece em nossa mesa como o pão diário. Aparece externamente como transporte, como vestuário. 

No princípio, antes que o tempo começasse, Deus deu a Si mesmo para nós e, nessa doação, a Sua infinitude foi infundida em todos nós.

Admitimos que, por causa das condições materiais da existência, o ser humano aceitou erroneamente a crença de que deve ganhar a sua vida com o suor do rosto; que depende do próprio esforço e deve competir com seus semelhantes. 

Em outras palavras, tornou-se materialista: uma pessoa que deseja obter coisas; acumular como garantia. 

Já uma pessoa devotada ao caminho espiritual, tem pouco ou nenhum interesse em acumular coisas, sejam elas a fama, o poder, ou bens – porque sabe que tudo que o Pai tem já é dela. 

O mundo material é construído sobre o instável fundamento das esperanças e medos humanos, mas todo templo material se dissolve quando reconhecemos: “O Senhor é meu Pastor”. 

Então não necessitamos de buscar nada, a não ser a Verdade: que nosso ser individual, na terra, é a plenificação de Deus que está aparecendo como nós … Sim, Deus é Espírito e, quando nossa prece e nosso interesse são pela realização espiritual, abandonamos o conceito material e começamos a compreender que o mundo do Espírito é um mundo diferente, um mundo novo, no qual a Graça de Deus é nossa suficiência em todas as coisas. 

Como devemos compreender a Graça? Ela tem sido chamada a “dádiva de Deus”. 

Mas Deus tem apenas uma dádiva: a dádiva de Si mesmo, a nós. Com nossa sabedoria humana, intelectual, não podemos saber o que seja a Graça de Deus. E se tentamos exprimi-la ou moldá-la à linguagem humana, aos significados humanos, jamais poderemos compreender a inadulterável Graça espiritual de Deus. 





Continua..>

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

,, “O VOSSO PAI CELESTIAL SABE“ JOEL S. GOLDSMITH - PARTE I




Há um modo de viver, que não é pela força e nem pelo poder, mas pela Graça de Deus… 

Quando é a nossa parte humana que decide o que quer e como quer, então estamos procurando educar Deus e dizer-Lhe como deveria agir. 

Neste caso consideramo-nos como possuidores de uma sabedoria superior à dEle e nos fechamos ao fluir de Sua Graça. 

Quando compreendemos a natureza de Deus, jamais procuraremos lembrar-Lhe qualquer coisa sobre nós, ou sobre nossos negócios. 

Nunca deveremos ser tentados a usurpar as prerrogativas da Inteligência ou do Amor, que tudo sabe “sobre as coisas de que temos necessidade”. 

Que compreensão temos de Deus, quando Lhe pedimos coisas? Consideramo-Lo como suprema Inteligência e Amor? Ou acreditamos que Ele nos esteja retendo e negando alguma coisa? 

Ficaríamos preocupados com o que temos de comer ou vestir, ou com qualquer outra coisa, se tivéssemos a certeza de que nosso Pai celestial sabe que temos necessidade de todas estas coisas?

Jesus não deixou bem claro que não nos devemos nos preocupar com a nossa vida, com o que havemos de comer, de beber e nem com nosso corpo, sobre como nos haveremos de vestir? 

Por que buscamos pão, água, vestuário, companheirismo, dinheiro, capital, quando a promessa é de que “em presença de Deus há plenitude de Vida e que é de Seu agrado partilhar conosco as Suas riquezas”?  Sabendo da Infinitude de Deus, tudo o que é, já é onipresente. 

É impossível a Deus dar o que já é. Deus não dá uma maçã, ou um automóvel. Deus é a maçã. Deus é o automóvel: Deus aparece como tudo o de que temos mister. Não separemos Deus. Não há Deus de um lado e a coisa de outro. Por isso, a verdade que devemos demonstrar é reconhecer a presença de Deus. 

Ao demonstrar a presença de Deus, demonstramos a vida eterna, suprimento infinito, fraternidade, paz, alegria, proteção e segurança. 

Em Sua presença há plenitude de vida. Nada está ausente.

Quando temos a presença de Deus, temos Deus aparecendo como o nosso bem, como vestuário, como habitação. 

A condição única é: ter a Sua presença. Não bastam afirmações inócuas nem verbalização das profundas verdades das Escrituras. Devemos conscientizar a Sua presença com CONVICÇÃO.








Continua..> 


domingo, 25 de fevereiro de 2018

A LEI DA SEMEADURA É LEI DA MENTE HUMANA: NÃO É DEUS- 2




A parte que a Bíblia fala acerca de Deus - relacionado à ira e a vingança, não é Deus; é a lei, é o Deus-lei, a lei cármica, a lei de causa e efeito, a lei da mente : “O que semeares, colherás.”

Isto não é Deus: o que “tu” semeares, “tu” colherás. Não se faz menção a Deus. Apenas nos avisa que, quando fizermos o certo ou errado ao semear, teremos o certo ou errado ao colher, mas certamente está claro que Deus nada tem a ver com a semeadura ou com a colheita. E, pois, nada disso guarda referência com Deus. Refere-se, sim, à lei cármica, à lei de causa e efeito encontrada ao longo da Bíblia. 

Mas, como acreditou-se que isso fosse Deus, essa ideia foi perpetuada pelas pessoas que ousaram ler a Bíblia com objetividade. 

Tentemos agora ver o que seja realmente Deus, se é que o podemos, já que desse ponto depende toda a nossa experiência.

É justo e correto ser um bom hebreu, isto é, obedecer aos Dez Mandamentos. 

É justo e correto ser um homem de negócios honesto ao invés de desonesto, e um ser humano saudável ao invés de doente.

Tudo isso porém não tem relação alguma com o caminho espiritual nem com nosso destino final, que é retornar à casa do Pai, para a Teo-consciência, ou seja para a Consciência Divina que somos. 

Para alcançarmos nosso intuito final, devemos compreender a natureza divina; e assim certamente surgirá uma pergunta em nossa mente: que é Deus?

Antes de mais nada, temos de saber que nossas orações e meditações não influenciam Deus para que faça ou não o bem para nós – e que nós não podemos trazer a Glória de Deus para nós mesmos e nem para qualquer outro. 

Tudo o que podemos fazer é reconhecer que Deus, que está em nós, é poderoso, e não por nossa causa, mas exatamente porque nos foi dada a Graça de reconhecer que É aquele que sempre É. 

Eis por que Jesus disse aos discípulos para não se glorificarem por terem subjugado os demônios, mas por terem os seus nomes escritos nos Céus. 

Eis por que ninguém deve ousar se glorificar por causa de uma cura – nenhum ser humano jamais efetuou uma cura -, ela é trazida por um estado divino do ser espiritual que atua, e só pode atuar, por meio e como a consciência de alguém que conheça a natureza de Deus,e possa assim trazer a cura para a esfera da manifestação visível. Esse é o nosso papel nesse glorioso trabalho espiritual. Apenas esse é nosso papel – conhecer Deus e conhecê-lo corretamente, como Vida Eterna.

Quando conhecermos a natureza de Deus como Amor e Vida Eterna, nunca mais nos ocuparemos com a morte, a velhice ou a doença, como se houvesse uma realidade que pudéssemos mudar, trazendo Deus para ela.

Compreendamos que não há nada a fazer quanto a Deus: há o que fazer quanto ao “o que semeares colherás”. 

Se acreditamos numa lei de pecado, de matéria, de doença ou numa lei punitiva, será essa a marca que iremos imprimir à nossa vida e à vida dos que esperam de nós uma orientação espiritual.

Quando compreendemos que a natureza de Deus é amor, compreendemos também a palavra Graça. Compreendemos que o nosso bem nos vem pela Graça, e não por sermos merecedores ou dignos dela. Qual ser humano pode ser bom o bastante para merecer Deus?

Em relação a isso, quanto mais qualidades humanas tivermos, mais teremos o que varrer de nós antes de podermos perceber Deus. 

Não podemos chegar ao ponto de merecer Deus: só podemos galgar o ponto em que a parte de nós que quer ser meritória, ou parece não sê-lo, seja removida do caminho e o nosso verdadeiro Eu seja revelado.

Nosso bem – físico, mental, moral ou financeiro – é nosso pela Graça divina, como um presente de Deus.

Não podemos ganhá-lo ou merecê-lo; não podemos influenciar Deus para que nô-lo dê, e nenhum ato, fato ou pensamento nosso é poderoso o bastante para impedir Deus de agir e de continuar operando.

Ainda que acreditemos que nossos pecados sejam escarlates, no momento exato em que percebemos nossa verdadeira identidade tornamo-nos brancos como a neve.

De fato, enquanto aceitarmos o Carma, isto é, enquanto aceitarmos a nós mesmos como apenas seres humanos,teremos a lei de Carma agindo em nossa vida, mas a lei pára de atuar tão logo assim meditemos: “Eu estou saindo, me separo, e agora vou viver sob a Graça”. E, no momento em que realmente estivermos vivendo sob a Graça, cairá em desuso a palavra “eu”.

Paramos de nos vangloriar de que o “eu” é bom e meritório, e paramos de nos condenar por ser o “eu” mau e indigno. Esquecemos mesmo o passado e reconhecemos que não vivíamos, uma hora atrás, e que não podemos viver daqui a uma hora. 

O único momento em que podemos viver é AGORA, e agora estamos vivendo na Graça. 

Agora não há pecado, doença, morte ou iniquidade –nada age em nossa consciência a não ser o Amor, o Amor de Deus, não o seu ou o meu amor, não um amor humano, mas o amor divino que é pura luz e nele não há trevas alguma.












  

sábado, 24 de fevereiro de 2018

A LEI DA SEMEADURA É LEI DA MENTE HUMANA - NÃO É DEUS- 1




Todos os sofrimentos que o mundo vivencia vêm da ideia de separação de Deus, por não aceitar um Deus que está “tão perto quanto o fôlego, mais próximo que as mãos e os pés”, um Deus que deseja que frutifiquemos com abundância.

No tempo do paganismo, afora talvez um sentido de gratidão, as pessoas adoravam tudo aquilo que parecesse poder aniquilá-las, e começaram a atribuir a tais coisas o poder da Divindade. 

À medida que a consciência humana evoluiu, apareceu a ideia de um Deus único, mas, aparentemente, o homem não estava preparado para perceber Deus como realmente é, e assim encontramos um tipo estranho de Deus na Escritura hebraica. 

Assim como sabemos que o sol, a lua e as estrelas não são Deus, sabemos hoje que Jeová, o Deus da ira e da vingança, não é Deus. 

O Deus do Velho Testamento -  que se refere a ira e à vingança -  não é Deus: é a lei de Carma ou da mente humana/pensamento humanos. É a lei que diz que “o que você semear, colherá”. E a lei que diz que, se fizermos o bem, o bem virá até nós; por outro lado, se fizermos o mal, este recairá sobre nós. “Como o homem pensa em seu coração, assim ele é”. 

Essa definição não corresponde ao que é Deus: é a lei cármica que foi reconhecida como Deus. 

A lei nunca foi Deus, como João nos esclareceu ao revelar que “a lei foi-nos dada por Moisés, mas a Graça e a Verdade nos vêm de Jesus Cristo”. 

Ai está a grande diferença entre a Graça e Verdade de Jesus Cristo e a lei de Moisés. 

Há um mundo de diferenças entre lei cármica - e Deus, e, embora seja necessário que todos conheçam e compreendam a lei cármica/mental, é também necessidade vital que ultrapassemos essa velha lei, rumo ao Reino da Graça.

Nunca conseguiremos esse objetivo violando a lei do Carma - da mente humana, mas compreendendo seu lugar e significado em nossa vida.
 

Os dez mandamentos com que estamos familiarizados são parte dessa lei. 

Por exemplo, vejamos a ordem “honrar o pai e a mãe”. Alguém chamaria e essa ordem de ensinamento espiritual? Qualquer um que tenha sido tocado pelo Espírito de Deus, mesmo no mais leve grau, seria incapaz de fazer outra coisa senão honrar o pai e a mãe, e amar seu próximo como a si mesmo. 

Teria existido alguém que tivesse pretensão, mesmo em sonho, de dizer a Jesus Cristo, ou a João de Patmos, ou Buda ou Lao-Tsé para honrar o pai e a mãe e amar os inimigos como a si próprio? Poderá alguém que tenha sido tocado pelo Espírito de Deus ter manifestado intolerância, parcialidade ou preconceito contra raças ou religiões? 

Essas leis são para os que se reconhecem como seres humanos que ainda não tem a Percepção Espiritual de sua Real identidade, que ainda precisam ser lembrados de que não podem cobiçar a propriedade do vizinho, sua mulher, sua terra. 

Houve, de fato, nos primórdios da humanidade, a necessidade da lei, quando era necessário que nos dissessem como agir uns com os outros; se porém continuarmos nesse reconhecimento de sermos carnais, nosso caminhar rumo à liberdade espiritual será muito lento.

Todos os que estão na terra um dia estarão no Céu; todo o mundo poderá um dia se elevar acima da doença e do pecado mortal, e aceitar a herança de sua filiação divina; mas ninguém poderá fazê-lo vivendo sob a lei, e nem aprendendo a seu um bom ser humano.

Essa tarefa não poderá ser levada a cabo apenas por alguma forma humana de adoração, nem pelo fato de alguém se tornar honesto e ético. Essas são apenas as primeiras etapas.

Deixando nossos desejos carnais, mortais, egoísticos, apenas provamos que estamos progredindo rumo a um estágio mais alto de humanidade. 

Por fim, virá o dia em que de fato atingiremos a realização do Espírito de Deus que habita em nós, quando estaremos face a face com Ele, quando Ele tocará nosso ombro, nossa cabeça ou nosso coração; quando, de um modo ou de outro, Ele anunciará a sua Presença. 

Até alcançarmos a Percepção Espiritual de nossa identidade Real, não seremos mais que bons homens ou mulheres; até lá, não estaremos muito isentos da lei do prêmio e do castigo e, desse momento até o fim de nossos dias na Terra e pela eternidade afora, estaremos sob a Graça. 

Então já podemos ter os primeiros vislumbres dessa grande verdade, que estivemos vivendo tantos dias de esforço sob a lei de Carma - da mente humana, violando-a ou obedecendo-a, acreditando que, se fôssemos bons hoje, as coisas boas do mundo fluiriam amanhã até nós, e que poderíamos trapacear amanhã, burlando a lei.

Foi-nos dito que se pecássemos Deus nos puniria, mas essa é a versão de Deus do Velho Testamento; nenhum desses ensinamentos, que tenha sido consignado por Jesus Cristo, aparece no Novo Testamento. 

Ao contrário, ficou claro que Deus alegra-se mais com um pecador que alcança a percepção do Pai do que com noventa e nove que passem pela Terra como justos. Não seria pois o caso de imaginar que todos os noventa e nove justos não agradam tanto a Deus quanto um só pecador que “acorde”?


O Deus de muitas pessoas na terra é aquele que pune o mal e recompensa o bem. Essa representação não é de Deus, nem tentar influenciá-lo ou fazer sacrifícios a Ele. Deus é o mesmo, para o santo e para o pecador. Deus é bom; é amor; Deus é eterno, imortal, espiritual, princípio criativo do Universo, princípio que mantém e sustenta a criação. 

E poderá alguém acreditar que Deus seja assim hoje, e amanhã, por termos cometido um erro, seja diferente?

Não é de estranhar que o mundo hebraico tenha reagido com violência ao ouvir de Jesus, o Cristo, que os sacrifícios animais e monetários não agradavam a Deus. Naqueles tempos, as pessoas acreditavam que Deus deveria ser agradado, aplacado, abrandado; acreditavam que de algum modo Deus seria influenciado pela conduta humana. E o mesmo ocorre ainda hoje, quando algum devoto adorador acende uma vela para Deus, paga o dízimo pensando em subornar Deus, ou observa jejuns e dias santos com a ideia subconsciente de que tal conduta possa influenciar favoravelmente Deus em seu próprio benefício.

Deus nunca premia a virtude – e nem pune o pecado. Na verdade o pecado é punido pelo próprio pecado. Noutras palavras, se alguém fizer uma ligação elétrica errada, será queimado, mas não poderá censurar a eletricidade por isso. A eletricidade não quis puni-lo: ele trouxe para si a própria punição, agindo erradamente. A pessoa que entrar na água ficará assustada, se debaterá e quase se afogará, sem poder repreender a água, mas sim a própria ignorância de como se portar dentro d’água.

Ninguém pode violar a lei e não ser punido pela violação, mas ninguém poderá censurar Deus pela conseqüente punição. A culpa disso não está em Deus, mas na conduta individual e na não-compreensão individual da natureza da lei.

Uma vez que tenhamos compreendido que há uma lei cármica, e que quando acreditamos que somos seres humanos  estamos a ela sujeitos, nossa primeira tarefa será nos colocarmos em harmonia com a mencionada lei.

Noutras palavras, se há uma punição para o roubo devemos em primeiro lugar aprender a parar de roubar. 

Se há punição para a mentira, devemos nos treinar a não mentir, mesmo que, no momento, pareça haver alguma vantagem no deslize da falsidade. 

De fato, podemos mentir e enganar em nosso negócios, e talvez ganhar algum proveito provisório; mas, se compreendermos que toda mentira, engano ou trapaça nos fará por fim naufragar, mais que provavelmente começaremos a nos treinar a não indulgir em relação a métodos inescrupulosos de agir na vida, quer pessoal, quer social e comercial.

O primeiro esforço, pois, quando entendemos que há uma lei cármica-  lei da mente, é nos livrar dos males que trariam más conseqüências para nós.

É indubitavelmente melhor viver nesse estado de consciência que num estado inferior, mas devemos atentar para o fato de que tal estágio de vida é o estágio hebraico vivido sob a imposição “tu não podes de Moisés: tu não podes fazer isso, e assim não trarás o castigo sobre ti. Tu não podes cobiçar a casa do teu vizinho, e assim não atrairás problemas para ti. Tu não podes roubar, tu não podes cometer homicídio: deves honrar teu pai e tua mãe, o que significa que não deves esquecê-los, ignorá-los ou maltratá-los.

Não se discute o fato de que, quando obedecemos aos Dez Mandamentos, nos colocamos em harmonia com a lei cármica, ou seja, com a lei mental e nos beneficiamos com isso. 

Não podemos porém esquecer que estamos ainda sob a lei, e que uma próxima violação pode trazer problemas; pelo tempo que vivermos apenas sob os Dez Mandamentos, estaremos todavia vivendo humanamente e sob as leis humanas.


Essa é a maior parte de Deus que a Bíblia revela, mas não é Deus; essa é a lei, é o Deus-Senhor, é o Deus-lei, a lei cármica, a lei de causa e efeito. “O que semeares, colherás.”









sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

A GRAÇA DE DEUS É A NOSSA SUFICIÊNCIA EM TODAS AS CIRCUNSTÃNCIAS.




Nosso relacionamento com Deus, nossa União consciente com Deus constitui a nossa Unidade com todos os seres e ideias espirituais.

No momento em que percebemos isso, o bem começa a fluir até nós, vindo do mundo todo. É sempre a atividade de Deus, não de uma pessoa.

Todos chegam carregados de presentes, porque todos são instrumentos do fluxo de Deus, mas se buscamos nosso bem numa pessoa específica, nós bloqueamos o fluxo.

Mulheres que procuram o bem nos maridos, maridos que buscam o bem nos investimentos, empresários que procuram o bem no público estão todos procurando no lugar errado.

A sabedoria começa quando percebemos que o Reino está dentro de nós e que deve fluir para fora de nós. 

Perdemos toda dependência do mundo quando estamos na letra correta da Verdade e na PERCEPÇÃO de que a Graça de Deus é a nossa suficiência em todas as coisas.

Definitivamente, a letra correta da Verdade se fixa na consciência e o Espírito - PERCEPÇÃO assume.

A vida se tornaria um milagre de alegria incessante e de abundância incomensurável se pudéssemos apenas permanecer na Consciência de que a Graça de Deus nos basta em todas as coisas: Tua Graça é minha suficiência em todas as minhas necessidades, não Tua Graça amanhã, mas tua Graça desde antes que Abraão existisse. Tua Graça é a  Minha suficiência até o fim do mundo. Tua Graça do Passado, presente e futuro é, neste exato momento, minha suficiência em todas as coisas.


Diariamente surgem situações para nos fazer acreditar que precisamos de alguma coisa - alimento, moradia, oportunidade, educação, emprego ou descanso, mas, para todas elas respondemos: "O homem não viverá só de pão, mas de toda palavra que sai da boca de Deus", porque Sua graça é a nossa suficiência em todas as circunstâncias.

As Escrituras nos dão a Consciência da Presença constante do Invisível Infinito e, embora continuemos a desfrutar e apreciar tudo no mundo da forma, isto é , tudo o que existe como efeito, não mais teremos a sensação de que precisamos de alguma coisa.

Tendo em vista que a graça de Deus é a nossa Suficiência, não vivemos apenas pelo efeito, mas por toda palavra da Verdade e de cada passagem da Verdade, incorporadas à  PERCEPÇÃO de que Somos a Essência - a Causa - a Fonte - da qual tudo provém . 





                                 JOEL S. GOLDSMITH



quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Tudo que lhe for necessário, terá que vir como revelação da infinitude da SUA Consciência Espiritual.





Este texto trata da expansão das atividades da Consciência Espiritual, ou seja autorrevelação ou automanifestação de Deus, a Consciência infinita, indivisível, que se revela, desenvolve e manifesta como consciência individual. 

Este trabalho é, portanto, de natureza individual e deve ser realizado pelo esforço próprio de cada um – pelo teu esforço. E teu êxito se revelará quando PERCEBERES SER Consciência Espiritual.

Consciência Espiritual é esse estado de consciência do qual desapareceram as crenças mundanas. 


Consciência Espiritual, ou Consciência Crística, é a Consciência que não mais reages às coisas do mundo externo.

Tu és consciência infinita, Espiritual. És a lei para a tua vida. Nada do que está fora de ti, nada do que existe como efeito, pode ter influência ou autoridade sobre ti. És a lei para todo efeito. 

Quando amas, odeias ou temes alguma coisa do mundo externo, é porque estás hipnotizado, num estado de consciência mortal/humana.

O que os seres humanos mais procuram neste mundo é ganhar dinheiro – primeiro o dinheiro, depois o sexo. Estas são as coisas que a humanidade busca com mais empenho. 

A consciência mortal/humana valoriza o dinheiro e diz: Isto me ajudará muito! Mas a Consciência Espiritual não confia nele. 

A Consciência Espiritual conhece a verdadeira natureza do suprimento aparentemente material: O suprimento é a minha Consciência individual, é a Consciência-Deus individualizada como sendo eu. 

Seja lá o que for que pareça necessário à minha vida, terá que vir como revelação da infinitude da minha Consciência Espiritual. Por isso não me preocupo com a aquisição de um dólar ou de um iate.

Esta é a atitude que precisas aprender a tomar, que precisas praticar até que se torne uma realidade em tua vida. Humanamente, esta atitude não é natural para os adultos, mas o é inteiramente para as crianças. 

A criança, que ainda não aprendeu a valorizar o dinheiro, é capaz de lançar fora uma moeda de ouro de vinte dólares. Seu senso de valor é o afeto, o amor que sente aos pais e o que estes têm por ela. Este amor é o seu suprimento, e ela o sabe. Enquanto existir esse afeto entre a criança e seus pais, o alimento diário, a roupa e o lar se lhe apresentarão naturalmente. 

O amor é o senso de suprimento da criança. Somente quando perde este senso de amor é que o seu senso de suprimento muda e passa a representar-lhe cinqüenta centavos ou um milhão de dólares.

Precisamos voltar a ter essa mesma confiança que tínhamos nos dias de nossa infância. 

Jesus nos disse que temos de nos tornar como uma criança. 


Procuremos pois, voltar a esse estado em que não se toma dinheiro por suprimento. 

Comecemos a compreender que o nosso suprimento é o Amor, a Consciência, ou a Espiritualidade, e que enquanto tivermos a presença do Amor, ou seja, a Consciência de que Deus - Espírito é o nosso SER, tudo o que precisarmos chegará até nós por desdobramento natural de Sua Presença. Isso representa uma etapa no desdobramento natural e Revelação de Deus, a Divina Consciência, que aparece como Amor, suprindo as nossas necessidades humanas. 

É fácil compreender que por algum tempo precisas-te lembrar, toda vez que lidares com dinheiro, de que este não é suprimento, mas sim, o efeito do Amor, o resultado da Presença de Deus, que aparece como tua Consciência.


Deste modo desenvolverás, pouco a pouco, dentro de ti mesmo, uma atitude na qual não reconhecerás o dinheiro como teu verdadeiro suprimento.


Como exemplo disto, cito o caso do casal de hindus que se iniciou na vida espiritual e se pôs a caminho com suas tigelas de pedintes: 

Certo dia, quando andavam por uma estrada, o marido à frente, e bem perto da mulher, inclinou-se e apanhou algo do chão, esfregou-o no manto e meteu no bolso. A mulher perguntou-lhe o que havia encontrado. Quando ele mostrou um diamante, ela de imediato o repreendeu com severidade: Estamos vivendo uma vida espiritual. Como poderá esse diamante ter mais valor que o lodo que tirastes? O valor não está no diamante. O valor está em nossa Consciência. O valor é a nossa Consciência, que é a Substância, a Forma, o Princípio e a Lei para o diamante.

Enquanto Eu existir – e o Eu é Deus – serei a Lei que produzirá aquilo que eu precisar, sob a forma necessária, seja ela qual for. 




















quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

QUEM TE DISSE?



O primeiro passo é feito pelo conhecimento do fato de não haver bem ou mal no corpo, de que o corpo como tal não tem qualidades por si mesmo: ele apenas expressa aquilo que lhe é imposto. 

Essa inversão, ou mudança de atitude em relação ao corpo e às condições que lhe são impostas, começa com a seguinte descoberta consciente: “Não há bem ou mal no meu corpo, não há nele velhice ou juventude, vigor ou fraqueza. Meu corpo é apenas um instrumento do Eu, o Deus em mim, que é o Principio criador e conservador do meu ser”. 

Pense por alguns instantes no problema vital que incomoda você – seu mesmo, de seus filhos ou de seus netos. Assim que tiver pensado nele, pergunte a si mesmo: “Tais condições são boas ou más? Quem disse isto? Quem decretou que são boas ou más?” E pergunte-se então: “Teria Deus criado o mal?” Creio que saberá melhor perguntado do que afirmando. 

Se Deus criou a eternidade e a imortalidade, se não há n’Ele “mancha ou mentira”, certamente não foi Ele quem criou o mal. Mas, se Deus não criou o mal, quem o criou?Alguém, ou você mesmo, teria concebido a crença no bem ou no mal? De onde ela veio? 

Você pode não saber as repostas para tais perguntas agora, mas, se você trabalhar com o princípio que é o tema destas mensagens, a resposta para isso, assim como para muitas outras perguntas, lhe será revelada.Neste momento, contudo, por que não aceitar a premissa de que não há, na realidade, nem bem nem mal?

Quando você atingir o ponto de onde se pode compreender que toda condição humana, de qualquer nome ou natureza, existe apenas como “uma crença dentro da mente humana”, crença essa que resultou na expulsão do homem do Jardim do Éden, e quando no mais profundo do seu coração ficar convencido de que, por ser Deus infinito, não há n’Ele pares de opostos, poderá afirmar com o Mestre: 
“Eu venci o mundo”. E estará de volta ao Reino dos Céus, onde ninguém sabe o que é saúde, pois não sabe o que é doença, lá são se conhece dor e portanto ninguém sabe o que é a não-dor; ninguém conhece riqueza ou pobreza; e, se alguém não sabe o que é alguma coisa, como pode conhecer seu oposto? Não há nada com que se possa fazer comparações: apenas há Deus, só o Ser espiritual, a perfeição".

Quando abordamos um trabalho de cura, não devemos ter na mente a ideia de um mal a ser removido ou superado: contudo, por  ainda nos reconhecermos como humanos, ou seja, como seres carnais, reconheceremos que o que está à nossa frente é a aparência do mal em forma de pecado, doença, morte, perda ou limitações e enquanto nos defrontarmos com essas aparências não poderemos ser radicais e, como uma ostra, ignorá-las repetindo sempre: “Deus é tudo, não há erros”. Isso é loucura, e não é pratico. 

Nós não devemos fazer isso; devemos deixar que Deus diga isso para nós; e quando ouvirmos a “pequena voz silenciosa”, ou percebermos que se agita dentro de nós,saberemos com certeza que qualquer aparência de pecado, doença, morte, perda ou limitações à nossa frente desvanecerá. 

Não pense porém que você, humanamente, possa ser alguém dia tão sábio para realizar isso.

Por sabermos as palavras e podermos dizer silenciosa ou audivelmente “não há nem bem nem mal”, não pense que tal repetição vá fazer milagres na sua vida, pois não os fará.

Você tem de vivenciar essa verdade até que transborde de você; tem de prová-la mais e mais dentro de você mesmo. E, mais ainda, não esqueça que se for tentado a dizer isso para quem quer que seja, antes que se torne tão evidente, transbordante, como se o mundo visse isso em você, perderá o que recebeu, e, o que é pior, poderá perder até a possibilidade de demonstrar isso neste momento. 

Ninguém pode desperdiçar a palavra de Deus, ninguém pode dela se gabar, jogar com ela e pensar que possa conservá-la consigo.

Você apenas pode provar esse princípio na medida em que o abraçar fortemente dentro de você, mantendo-o sagrado, mantendo-o secreto, mas usando-o. Use-o a qualquer hora, com qualquer parcela de erro com que se deparar, nos jornais, no rádio, na sua família, na rua. Em qualquer momento e lugar em que se defrontar com o erro, volte-se para dentro e pergunte-se: “Poderá isso me fazer acreditar no bem e no mal? Poderá fazer-me aceitar dois poderes?” 

Se puder fazer isso, abster-se de aceitar ou julgar pela aparências, não será tentado a sanar alguma coisa ou alguém, mas ficará dentro de si mesmo e fará o julgamento correto, estando dentro do Jardim do Éden,que representa o seu domínio espiritual, o seu estado de harmonia divina.

O reto julgar sabe que “no princípio era Deus. Deus criou tudo o que foi feito; e Deus olhou para aquilo que tinha feito e achou muito bom”. 

Será você capaz de ser fiel a essa verdade? Se as feias aparências mostram sua cabeça, será capaz de superar a tentação de ser por elas enganado? 

Será você capaz de declarar e saber dentro de você mesmo: “Eu aceito somente Deus como a verdadeira substância de toda a Vida. Não posso ser induzido a aceitar bem e mal, pois há só Espírito, há apenas uma Vida”?

A cura espiritual não pode acontecer no plano humano. Ela só pode acontecer quando você parar de pensar nas pessoas, nas doenças, nas condições, nas crenças e nas pretensões e tiver voltado para o Éden, onde só há Deus, o Espírito, a Totalidade e Perfeição. 

Ninguém pode mesmo ser um curador espiritual, que trabalhe a partir dos efeitos-aparências ou que ore a partir da tentativa de corrigir algo do mundo de Adão, pois, se isso viesse a ocorrer, ele só teria trocado um sonho desagradável por outro sonho agradável. Se conseguisse melhorar o quadro humano, teria só uma materialidade ao invés de uma materialidade ruim. Não estaria por isso mais próximo do reino de Deus.

Certa vez estava eu sentado numa sala com uma pessoa que estava, em todos os sentidos, muito próxima da morte, e sentia o mesmo desconforto que qualquer um sentiria em tais circunstâncias; percebera eu que não havia nada que pudesse fazer para evitar o passamento. Eu não tinha dons ou palavras milagrosas que pudessem impedir o que parecia inevitável. Teria de vir algo das profundezas internas, ou iríamos ter um funeral.

Tudo o que pude fazer foi me voltar para dentro, para a “pequena voz silenciosa” de esperar, esperar, e por vezes suplicar e pedir. Finalmente veio algo, e as palavras foram estas: “Este é o meu filho bem-amado, no qual me comprazi”

Ninguém teria acreditado nisso se o tivesse visto. Aí estava a doença em sua forma terminal; aí estava uma pessoa morrendo e, apesar das aparências, a Voz disse: “Este é o meu filho bem-amado no qual me comprazi”. 

Após ter recebido tais palavras, não demorou muito para que se tornassem um fato real em demonstração; e a saúde, a harmonia e a totalidade foram restabelecidas.

Noutra ocasião fui chamado ao lado do meu próprio pai, que jazia numa tenda de oxigênio e, de acordo com os médicos atendentes, estava em seu leito de morte. Eu fiquei ali, sem palavras ou discernimento que pudessem mudar essa aparência para a saúde; e ali fiquei eu, como ficaria qualquer um diante do próprio pai em tal situação – mas com uma diferença: eu sabia que, se Deus fizesse ouvir sua voz, a terra se derreteria. Estando eu ali a observar meu pai que respirava pelo aparelho, me vieram as palavras: “Nem só da respiração vive o homem”. Em menos de cinco minutos ele faz sinal para a enfermeira para que retirasse o aparelho, e dois dias depois estava fora do hospital.

Quem decretou que essa condição era ruim? Deus não foi; Ele só disse “nem só da respiração vive o homem”, o que dissipou a crença de que o homem vive do alento, e provou que vive pela vontade de Deus.

Você pode ter dificuldade apenas enquanto retiver a crença em dois poderes. Estará porém livre tão logo comece a olhar para qualquer condição tendo em mente o seguinte: 

“Quem te disse que estás nu? 

Quem te disse que isso é pecado? 

Quem te disse que és mau? 

Quem te disse que isso é doença? 

Quem te disse que isso é perigoso? 

De onde veio? 

Teria Deus dito isso para alguém?”

No momento exato em que perceber que sua função como curador espiritual não é remover ou sanar doenças, ou acreditar que Deus assim o faça, ou que haja algumas fórmulas ou afirmações que possam remover doenças, mas sim que a sua função está em saber a verdade de que toda criação mortal é construída sobre a crença do bem e do mal, você não saberá então nem de saúde nem de doença, de pobreza ou de riqueza, mas apenas de um contínuo transbordamento de harmonia  espiritual – o Jardim do Éden. 

Você nunca será um curador espiritual enquanto acreditar que havia dois poderes – o poder de Deus e o poder do pecado, da doença, ou então que haja poder na astrologia ou nas dietas. 

Você nunca será um curador espiritual até que saiba que não é preciso qualquer poder. 

Deus mantém seu universo espiritual eternamente, e não há nada de errado com ele. o que está errado é a crença universal em dois poderes. 








terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

A GRAÇA DIVINA REVELADA POR JESUS CRISTO




A atuação da Graça não é questão de intelecto. Trata-se realmente de uma questão de percepção direta. 

Ninguém pode conhecer a atuação íntima da Graça por meio de sua mente, porque esta, quando em atividade, não permite tal percepção. 

A Graça é uma atividade de Deus que se conhece por percepção interna. 

A Graça é o segredo que Jesus deu ao mundo. Se conhecêssemos o seu segredo, teríamos que conhecer a Graça. 

Dizem que a letra da lei, isto é, os Mandamentos, os tu-não-deves vieram através de Moisés. Mas a Graça foi revelada por Cristo Jesus.

A contribuição que Cristo Jesus deu ao mundo foi a demonstração da existência de uma Graça divina, que liberta o homem do pecado, da carência, da limitação, da doença; a demonstração de que não existe outro poder senão o desta Graça divina, e que o lugar de Sua atividade é dentro de nós, e que funciona através de amor. 

Então permitimos que o amor, não o nosso amor, mas o amor de Deus, flua através de nós, perdoando setenta vezes sete orando pelos nossos inimigos, orando pelos que nos perseguem.

Demonstra-se amor visitando enfermos. Visitamos doentes, mas nossa visita não consiste em irmos às suas casas e lá ficarmos algum tempo sentados, segurando-lhes as mãos e nos penalizando do seu estado. 

Não, graças à nossa consciência desperta, nós permanecemos fisicamente onde estamos, em nossos lares, e os visitamos, conscientizando a realidade da Graça divina, que os liberta de seus males.

Às vezes visitamos fisicamente aqueles que se encontram encarcerados, mas, na realidade, todas as nossas visitas são espirituais. 

Devido à natureza incorpórea de nosso ser, nós não precisamos fazer fisicamente as coisas que os homens do mundo parecem julgar necessárias. 

Conhecendo-se apenas como seres físicos, eles não sabem como se pode visitar um enfermo ou um prisioneiro a não ser pessoalmente. 

No entanto, compreendendo a natureza da Graça, podemos, sem sair de casa, visitar os pecadores, os doentes e os encarcerados e libertá-los de seus males. 

A natureza incorpórea, ou espiritual, de nosso ser, permite-nos ir em espírito à presença dos enfermos, dos pecadores e dos detentos. O que os liberta de sua enfermidade é o Espírito, e não o nosso corpo físico. 

Levar nosso corpo físico até ao doente ou encarcerado não o liberta. É o que está incorporado em nossa consciência, que o liberta. Esta a razão por que a visita física é o que menos importa. A visita espiritual é uma ocupação de vinte e quatro horas por dia.