O Verbo se fez carne, o Verbo – não as palavras de um livro, não as palavras de uma afirmação, mas o Verbo interno.
O Verbo, que é Deus, interno, que o faz carne, torna-se visível, audível, conscientemente tangível em nossa experiência.
É para isto que aos estudantes que iniciam seu estudo do O Caminho do Infinito se recomenda que meditem durante não menos de três períodos todos os dias. Tais períodos podem ser de um a três ou quatro minutos.
Nos primeiros dias convém não ultrapassar esse limite, para evitar que depois de alguns minutos a meditação se converta num exercício mental, e perca o seu valor.
Com a continuação do estudo, este número de períodos irá aumentando para seis, oito, dez ou doze por dia, com a duração de um a três, ou a quatro, ou a cinco minutos cada período.
Daí por diante, a duração dos períodos de meditação tendem a aumentar, podendo o estudante meditar em qualquer lugar, de dois a três, a vinte, ou trinta minutos.
Mas quando a meditação se converte em um exercício mental, já não é mais meditação.
Quando chegar o momento em que a pessoa sinta um relaxamento interno, deve interromper a meditação, e se não conseguir esse estado de relaxamento interno, deverá voltar a meditar uma ou duas horas depois.
Não deverá sentar-se para meditar enquanto sua mente não houver cessado de trabalhar para produzir efeitos ou demonstrar poderes mentais.
Não quero dizer que devas abandonar a prática de refletir, analisar, pensar ou meditar sobre a verdade. Isto é coisa muito diferente da chamada prática mental.
No começo da meditação, todo estudante – exceto aqueles muito avançados -, verificará que a mente está agitada, barulhenta, caótica e não há meios de sossegá-la a ponto de poder ouvir aquela voz silenciosa e suave.
Neste caso, é aconselhável refletir sobre uma passagem das Escrituras ou alguma afirmação da sabedoria espiritual, mas não deverá ficar a repeti-la, como se esperasse obter algum benefício pela vã repetição ou por muitas repetições; más, sim, ponderar seu significado oculto.
Ao leres esta palavra da verdade, estás lançando uma semente dentro de ti, a qual se desenvolverá aparecendo primeiro como um estado de consciência que, depois, se manifestará exteriormente, como a saúde do teu corpo, como a suficiência de tua carteira, como um novo livro, ou como maior suprimento.
Assim é como se deve compreender a carne em que o Verbo se converte. Essa carne, assim que ela se manifesta neste plano terreno, se tornou supérflua para nós. Seca como a erva. Não confies nela, porque isto seria como confiar em príncipes.
Afastai-vos do homem cujo fôlego está no seu nariz; pois em que é ele estimado? (Isaías 2:22).
Se eu não for, o Consolador não virá para vós outros. (João 16:7).
Quando aprenderes a voltar-te para dentro de ti mesmo, e a deixar que a palavra da Verdade se expresse em teu íntimo, constatarás que a Consciência invisível ou Conscientização da Verdade em teu íntimo torna-se exteriorizada como forma.
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