Compreendes que para poderes ajudar alguém não deves voltar as costas à tua própria consciência, à Consciência-Deus? Antes, pelo contrário, deves permitir que haja em ti aquela paz e confiança que Jesus demonstrou ao vencer as tentações.
Não deves esquecer essa história das tentações no deserto. Lembra-te que Jesus estava no cume do monte, mas com sua consciência divina. Lembra-te de que ele sabia que sua própria consciência era a fonte de todo bem.
Cada um de nós, uma ou outra vez, será solicitado a ajudar alguém. Alguns serão chamados para ajudar a muitos. Para isso, nenhuma lição será de maior valor que esta que te estou dando agora. Começa hoje, neste momento: Lembra-te de que o que atua em benefício da tua família, dos teus negócios, de teu lar, do teu corpo, é a tua consciência, e não um deus distante. É a tua própria consciência individual, quando em silêncio e paz.
Tudo o que tens ou terás de fazer quando fores chamado, será conseguir esse estado de paz.
Não te preocupes em aprender grandes verdades. Provavelmente não existe verdades maiores do que as que já conheces.
Há, porém, uma coisa que deves conseguir pela prática da meditação: um estado de paz interior ligado à compreensão de que o Cristo que cura é a tua própria consciência.
Quando houver em ti aquela mente que havia em Cristo Jesus, e que é o que cura, tu o saberás. Estarás então nesse estado de paz que resulta da compreensão espiritual de que o erro não é poder, porque não é real. E não o combaterás, não lutarás com ele, não procurarás algemá-lo, nem passarás a noite sentado, de vigília, para teres a certeza de que ele não te vencerá. O que deves fazer é procurar aprender como encontrar a tua paz.
Quando andares pelo mundo com essa sensação de paz – com essa paz que só se pode experimentar quando se compreende que Deus É Tudo e que o erro não é -, quando sentires essa sensação de paz, será porque já terás atingido a Consciência Crística, que é a tua consciência individual, quando já não temes, não odeias nem amas o erro, qualquer que seja seu nome ou natureza.
Não temos feito os trabalhos de cura que deveríamos fazer, e em quase todos os casos a razão é sempre a mesma. É a nossa curiosidade em saber quando a mente de Deus fará alguma coisa em benefício do paciente, ou quando o Amor divino começará o trabalho, ou quando entraremos em contato com o Amor divino, o Espírito que cura.
Deste modo, não podemos e nunca faremos o trabalho que deveríamos, porque, no caso, a curiosidade implica em negar a verdade de que Mente de Deus é a nossa mente individual, de que o Espírito é o nosso espírito individual, e o Amor divino é o amor de que estamos impregnados como consciência individual. E só alcançamos o nível de consciência que faz o trabalho de cura quando nossa mente está em paz.
Se alguém te pedir ajuda, estarás no dever de entrar no estado de paz que excede todo o entendimento humano,e então este estado de paz será para toda crença errônea o mesmo que foi a ordem de Jesus para aquela tempestade no lago Tiberíades.
O praticante de cura espiritual precisa viver, mover-se e ter seu ser nesse estado de paz que produz a cura, nesse estado de harmonia, bem-estar e confiança, nesse estado de transparência espiritual.
Nesse estado de transparência, tua consciência individual (e a minha) é Deus! E Deus, a verdadeira consciência do indivíduo, é o que cura.
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