quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

A NATUREZA DO ERRO OU FALSAS APARÊNCIAS -JOEL GOLDMITH




A história do mundo registra centenas de místicos que se elevaram tão alto em consciência a ponto de conscientizarem o Eu; no entanto, muitos jamais conseguiram desfrutar uma vida feliz, saudável e bem-sucedida, nem formaram um corpo de alunos capaz de revelar ao mundo a harmonia divina aqui disponível para todos. Por quê?

Por quê, apesar de terem atingido tamanha elevação, continuaram às voltas com as discórdias deste mundo?
Eis o motivo: não captaram a importância e o significado da natureza do erro.

Sem uma compreensão da natureza do erro, este mundo não será, na próxima geração, diferente do atual.

Todos sabemos que tem havido várias revelações do Eu, mas, igualmente, sabemos que estas revelações não salvaram o mundo.

A revelação da natureza do erro, combinada com a revelação do Eu, poderá cumprir este objetivo e irá fazê-lo.

Uma compreensão do não-poder do efeito é essencial

É verdade que a natureza do erro foi ensinada, em certa escala, nos primeiros anos de ensino e cura metafísicos, mas o real significado do princípio da nulidade e não-poder da doença não foi entendido.

Acreditou-se que a mente, que foi tornada um sinônimo de Deus, era o poder que curava a doença; em resumo, que Deus era o poder que a removia.

Contudo, se você aceitar a Verdade de que Deus é onipotente, logicamente concluirá o seguinte: “Ora, então nada, senão Deus, é Poder”.

Isto implica a impotência de toda e qualquer coisa que se lhe apresente como poder, seja ela pessoa, circunstância, coisa ou condição. Poderá encará-la objetivamente e perceber quão impossível seria ela ser um poder ou possuir um poder, sendo que Deus é onipresente e onipotente, a única Presença e o único Poder.

Quanto mais conscientes ficamos da natureza de Deus como Onisciência, Onipotência e Onipresença, mais nos tornamos conscientes do não-poder deste mundo do efeito.

Talvez você fique imaginando qual seria o motivo que provocou a não-descoberta deste princípio pelos antigos místicos, e a resposta é que suas mentes estavam condicionadas, assim como alguns dos místicos atuais estão condicionados.

Eles acreditavam que o “karma” é poder, mais poderoso até que Deus, ou acreditavam que Deus se utiliza do mal para alcançar Seus intentos.

Estavam tão condicionados,que não podiam abrir mão de sua crença no poder do pecado, doença, falsos desejos, carência e limitação. Isto é o que dificulta explicar este princípio àqueles que não se deixaram conduzir internamente a este ensinamento.

Os que conseguiram fazê-lo, puderam logo aceitá-lo e compreendê-lo, certamente por já terem tido a oportunidade de comprovar o não-poder do erro de uma forma ou de outra. Contudo, seja qual for esta experiência, isto é somente um começo.

Os poderes deste mundo não são poder na Presença de Deus

Como fazem milhares de pessoas da atualidade, séculos atrás, também os hebreus oravam a Deus pela destruição dos males de seu mundo, mas nunca eles eram destruídos.

Desde o advento do Cristianismo, os cristãos têm orado a Deus para vencer os males de seu mundo, e estas preces, igualmente, nunca foram bem-sucedidas. Pessoas de outras religiões e ensinamentos têm feito preces para dominar os males de seu mundo, mas estes não foram dominados. E isto jamais ocorrerá, a menos que haja o reconhecimento de que estamos todos perdendo tempo enfrentando o mal.

Se Deus pudesse combater o mal, não precisaríamos orar a Ele para que assim o fizesse. Deus faria isto sem necessitar de nossas súplicas.

Não comece falando a Deus sobre algo que Ele não esteja já fazendo.

A sabedoria de Deus é infinita – não a sua, mas a sabedoria de Deus.

A sua sabedoria passa a ser infinita quando você “morre” o suficiente para as suas teorias, suas crenças, seus conceitos, e, em meditação, você se abre em consciência para receber a sabedoria de Deus.

Somente assim, a sua sabedoria será infinita, por já não ser mais sua, mas a sabedoria de Deus.

Em suas meditações, eventualmente, você chegará a uma profunda comunhão com Deus, entrando em tabernáculo com Ele.

Esta Presença é tão real e tangível quanto qualquer coisa que você tenha conhecido, ou até mesmo muito mais real; e, ao começar a comungar com este Espírito, através de suas meditações, Ele, em seu íntimo, logo o convencerá de que os poderes do mundo não são poder,e mais especialmente, de que os poderes malignos do mundo não são mal algum.

De fato, nada é mal, exceto quando o pensar o torna assim. Aceitá-lo o torna assim; porém, em si e de si mesmo, o mal não existe.

Em qualquer grau de cura espiritual que você tenha experienciado, você já obteve a prova desta Verdade.

Em outras palavras, se esteve com um resfriado, que supostamente era um poder, e obteve uma cura espiritual, então irá saber que isto provou que o resfriado não era o poder que ele alegava ser.

Se você teve uma doença mais séria, e através de sua própria consciência, ou consciência espiritual de alguém, pôde observar o sumiço da dor e dos sintomas, e a conseqüente restauração da harmonia, tudo o que realmente você experienciou foi a nulidade daquilo que estava surgindo como uma doença, porque se ela fosse alguma coisa, continuaria existindo como essa coisa.

O próprio fato de ela ter desaparecido sem o uso de medicamentos materiais, cirurgia, ou outras aplicações de qualquer tipo, significa que não era, de fato, aquilo que alegava ser.









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