domingo, 31 de dezembro de 2017

O Novo Ano espiritual -JOEL GOLDSMITH




O Novo Ano espiritual

Se o início de um ano novo é encarado apenas como o começo de um calendário, não tem qualquer significado e nem suscita qualquer esperança ou boa expectativa, para mim para você ou qualquer outra pessoa. Nesta época sempre se trocam as tradicionais saudações de "Feliz Ano Novo".

Todavia, por bons que sejam os desejos que damos e recebemos, eles não tem o poder de atrair felicidade, paz, harmonia, prosperidade ou vida nova, naquele ano que começa.

No dia de ano novo os jornais vêm cheios de predições para a ano vindouro: horóscopos, estatísticas, opiniões de homens públicos, na tentativa de predizer o que acontecerá. Sabemos que tais prognósticos são muito pessoais e, por isso, cada um chega a conclusões diferentes.

Seria interessante reler as predições feitas no ano anterior para ver quão pouco dessas previsões aconteceram. As predições e desejos não têm poder para trazer qualquer coisa nova à nossa experiência. Não queremos com isto, desanimar vocês. Ao contrário, desejamos encorajá-los, mostrando-lhes que as predições não tem qualquer influência em seu novo ano individual. Queremos que saibam que os resultados do ano vão depender do modo como vocês vão encarar e agir, por vocês mesmos. Vocês é que vão determinar o que será o novo ano!

O Poder de um Indivíduo

Cada pessoa tem uma influência tremenda, não apenas sobre a sua própria vida, como sobre a vida dos que lhe são próximos e queridos. Mais ainda: cada pessoa tem a possibilidade de influenciar o mundo Inteiro. De fato, o curso da história muitas vezes tem sido alterado por uma pessoa.

A eleição de 1960 nos Estados Unidos é um bom exemplo do grande poder que um indivíduo pode exercer. Uns poucos votos mudaram os resultados em alguns Estados e, menos de um por cento determinou o resultado da Nação inteira. Não pensemos, pois, que temos pouco poder para mudar o curso da história de uma nação ou do mundo. Um voto ou uma dúzia de votos pode mudar o curso dos acontecimentos. Não precisamos citar os exemplos mais expressivos, de homens como Moisés, Buda Lao-Tsé, Jesus – para mostrar a enorme influência que exerceram em seu tempo e sobre a posteridade. Ninguém pode prever como, num único ano, uma pessoa ou um grupo de pessoas pode provocar mudanças expressivas num país ou no mundo. Seja qual for a transformação provocada, ela começa com o indivíduo e depois se amplia, afetando a experiência dos outros. Portanto, comecemos individualmente, com você ou comigo. Saibamos que o Novo Ano não tem, em si mesmo, qualquer poder para ser diferente do ano anterior. 

Em outras palavras, neste ano que começa, à semelhança de todos os anos anteriores, alguns virão a ser mais sadios; outros adoecerão; alguns prosperarão; outros empobrecerão. Terá bênçãos e problemas, mas estes não poderão perturbar igualmente todas as pessoas, nem todas as cidades nem todas as comunidades.

A Consciência é o Segredo

Qual a causa de o novo ano ser diferente para cada pessoa? A resposta, como sempre, pode ser encontrada numa só palavra: "CONSCIÊNCIA". 

Em nossa natureza, cada qual atinge um estado ou grau de consciência. Seja qual for a nossa experiência externa, ela é sempre determinada por nosso estado de consciência.

A palavra "consciência" encerra, portanto, o inteiro segredo da vida individual e coletiva; o segredo da harmonia ou da discórdia.

Em nossos tempos de moço temos pouco ou nenhum controle sobre a nossa consciência, devido ao controle e domínio que nossos parentes mais velhos tiveram sobre nós. Eles nos determinaram um padrão em nossa consciência. 

Na realidade, nesse tempo fomos um prolongamento da consciência deles – de suas atitudes e defeitos. Além disso, alguns nascem cheios de esperança, paz, alegria e segurança, enquanto outros vêem o mundo com dúvidas, medos e ansiedades.

Todos conhecemos crianças que eram realmente bonitas em seus primeiros anos de vida – um reflexo da consciência de seus pais. Mais tarde, quando passaram a exercer a própria consciência, muitas vezes perdem esta beleza, este atrativo que tiveram em criança: tinham nível inferior de consciência em relação aos pais. Mas quando tem o, mesmo nível, conservam a mesma aparência da infância. 

Por outro lado, ha também "patinhos feios": pessoas que, ao atingir a fase adulta e assumir sua própria consciência individual, bem superior a dos pais, desabrocham em beleza quando se libertam da influência deles.

Complexos de inferioridade e de pobreza são também muitas vezes impingidos às crianças, pelos pais e, somente quando se libertem dessa influência é que podem florescer e expandir-se.

Como crianças, não somos responsáveis, uma vez que sofremos a influência dos adultos. Só quando adquirimos a idade para tomar as próprias decisões e viver as nossas vidas, libertando-nos das influências da infância (as inconvenientes) ou aproveitando-as (as que foram sadias) é que assumimos a consciência individual e a desabrochamos a nosso modo.

A educação, a formação, é necessária, mas devemos depois adquirir um padrão sadio de pensar, revendo as influências que sofremos na infância e recolhendo apenas a que nos seja edificante.

Poucos indivíduos atingem a liberdade interna suficiente para viver suas próprias vidas, ao atingir sua faze adulta. Usualmente, enquanto estão na terra, continuam a viver a vida dos outros, condicionados pelos padrões de sua comunidade, de sua família, de seus amigos. São incapazes de superar tais influências ambientais porque não foram orientadas no sentido de que cada indivíduo é uma consciência individual, com capacidades próprias, características singulares, dirigido por uma Consciência divina interna, para livrar-se de todas as influências externas, ambientais, da época, da propaganda e começar a viver "na liberdade com que Cristo nos libertou".

A nós, que tivemos a ventura de ser dirigidos a um ensinamento metafísico ou espiritual, é dada a oportunidade de "sair dessas influências" para tornar-nos nós mesmos. Já nas primeiras experiências com os ensinamentos espirituais, aprendemos que existimos como consciências e que Deus é a substância primordial, a Essência e a Lei desta consciência nossa. 

Portanto, podemos e devemos demonstrar a Graça de Deus, em vez de ficarmos restringidos e condicionados pelas influências físicas, mentais, morais ou financeiras sob as quais nascemos.

Em verdade vivemos pela Graça de Deus. Podemos ficar acima de tudo o que se passa no mundo. Nosso bem não deve depender das condições externas favoráveis e nem pode ser despojado pelas circunstâncias adversas ou negativas. Devemos ficar acima da consciência das massas e começar a viver as nossas vidas como indivíduos.

Só então é que chegamos ao novo ano. É inútil nutrir a esperança de que os meses vindouros nos tragam algo de novo, simplesmente porque ainda não os vivemos. 

Nossa grande e única esperança está na transformação da consciência, que nos trará uma mudança interna. Esta melhora de consciência é que pode tornar o ano NOVO, melhor que no passado, mais rico, mais profundo, mais harmonioso e mais saudável. 

O novo, em nós, suscita o novo, fora: nas circunstâncias e nas pessoas!

- "A carne milita contra o Espírito e o Espírito contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que porventura seja de vosso querer" (Gálatas 5:17).

- "Sois o santuário de Deus. Retirai-vos dos ídolos e não toqueis em cousas impuras, e Eu vos receberei". (II Coríntios 6:16.17).

Reconheça a Presença interna

Concordando com a necessidade de transformação de consciência, para tornar o ANO NOVO melhor em todos os sentidos, cabe-nos determinar: “Qual deve ser esse novo estado de consciência?”.

Nossos estudantes sabem que uma consciência imbuída da Verdade sempre expressará condições harmoniosas em sua vida. Sabem que nossa vida é um reflexo do grau de Verdade imbuída em nossa consciência, isto é, a qualidade da Verdade com que nossa consciência está construída.

Se bem que seja verdade que Deus constitui a nossa consciência e, portanto, já possuamos a plena, completa e perfeita consciência espiritual, devemos compreender que essa perfeição é potencial, disponível, demonstrável. Cabe a cada um de nós revelar aos poucos essa perfeição, por um trabalho individual na Verdade; pelo empenho em nossos deveres, até que a Presença seja realizada em plenitude à nossa consciência.

Sem um contínuo reconhecimento desta Presença Interna, ficamos hipnotizados pela consciência de massa e sujeitos a ela. Ficamos sob a lei de acidente: se coincidir de ser um novo ano progressista, de boa saúde, talvez partilhemos disso. Mas se acontecer um ano economicamente depressivo, de epidemia, também disso partilharemos.

O modo de evitar fazer parte da consciência de massa – esse viver robotizado, movido pelas crenças mundanas – é começar e terminar nosso dia em estado de oração. É manter-nos vigilantes na consciência de nossa real identidade, como filhos de Deus, vivendo uma própria vida e não a vida dos outros, assim como não buscamos que os outros vivam nossa vida. Deus é que deve viver em ou como nós.

“Deus, no meio de mim, é poderoso”. Há uma Presença divina que vai diante de mim “para endireitar os caminhos tortuosos” (Is.45:2). Há um Poder e uma Presença espirituais dentro de mim, que é a lei de ressurreição sobre toda a experiência humana, sobre os meus negócios e meu corpo; sobre minha profissão e minha saúde. Há uma influência espiritual que restaura até mesmo “os anos perdidos do gafanhoto”.

Devemos aprender a conscientizar a Presença divina em nós, muitas vezes ao dia – até que se torne uma constante. É isto que nos sobreleva a consciência da massa e nos capacita a viver sob a orientação de Deus, pela Graça.

A Lei, a substância, o poder de Deus nos suprem, quando O reconhecemos em todos os nossos caminhos e conservamos nossas mentes focadas nEle. Só isto nos separa da influência da massa e salva-nos da experiência coletiva, capacitando-nos a ser uma Lei em nós mesmos.

Portanto, Sede Vós Perfeitos

Vimos a ser uma Lei sobre nós mesmos a partir do momento em que conscientizamos Deus em nosso íntimo e aceitamos que Ele nos dirija; do momento em que reconhecemos nosso relacionamento como Filhos e Herdeiros dEle, em usufruto de todas as riquezas celestiais. 

Só pela consciente e compreensiva aceitação desta Verdade é que nos colocamos sob a Lei de Deus. Estamos sob às leis da humanidade, sob a Lei do Karma, sob a Lei de Causa e Efeito.

Todas as leis que operam sobre a consciência humana, produzem seus efeitos sobre nós, individualmente, enquanto não atingirmos a realização espiritual e não demonstrarmos a plenitude da harmonia pela Graça.

O mandamento é: “Portanto, sede vós perfeitos como é perfeito a vosso Pai celestial”. Elevando-nos gradualmente à perfeição é que nos separamos das leis e crenças que governam o mundo. Não há meio de um ser humano chegar a ser perfeito enquanto não reconhecer a perfeição potencial de Deus em seu íntimo, como possibilidade de alçar-se de “gloria em glória”, sob a orientação divina, sob Seu Reino e Sua Lei. Só podemos ser perfeitos pela realização da perfeição divina que já está em nós. Este reconhecimento é importante para estímulo e esforço consciente de superação da influencia de massa.

Como dissemos, esta perfeição não se ganha num instante. Devemos começar no ponto em que nós estamos, sem reclamar essa perfeição a nós mesmos, mas “esquecendo-nos das coisas que ficam para trás” e conscientizando que “Eu e o meu Pai somos Um”. Esta unidade governa nossa vida com harmonia.

É uma benção, mesmo na pequena medida inicial de nossa capacidade. Ninguém, neste momento, está exprimindo a plenitude de Deus. Mas podemos regozijar-nos se, em alguma medida, já podemos demonstrar a capacidade de separar-nos da consciência de massa; se, em alguma proporção podemos apartar-nos dos erros, doenças e limitações a que estaríamos sujeitos num viver comum.

Não caiamos no mesmo erro de alguns estudantes metafísicos que desanimaram e desistiram do esforço, por não haverem demonstrado harmonia e liberdade interior completas.

Ao contrário, alegremo-nos a cada pequeno avanço neste sentido, em nossa experiência, pois é prova de que estamos nos aproximando da mais alta realização, que será seguramente alcançada, se persistirmos neste caminho.

De nada nos vale saber, ler, pensar, que a sintonia com o Divino interno é benéfico. É preciso praticar! É indispensável buscar essa sintonia, para conquistá-la aos poucos. Se não a buscamos, quando a realizaremos?

Nossa vida, neste ano, pode ficar sob a orientação e governo amorosos de Deus, na medida em que aceitarmos e praticarmos esta verdade e nela persistirmos. Não há meio de a Lei ou a Verdade espiritual tocar-nos com a Graça, se não as aceitamos e não as buscamos conscientemente. Depende só de nós: é algo intransferível; ninguém pode fazer por nós, por mais que nos ame e por mais estreitos que sejam os laços que nos unam.

Lembremos: mesmo depois de três anos de íntimo convívio com o Mestre, Judas O traiu; os demais discípulos (com exceção de João) O abandonaram, quando Ele mais precisava deles. Isso mostra do quão convictos devemos estar da Verdade, para abraçá-la e demonstrá-la em todas as circunstâncias.


Passos no Desenvolvimento da Consciência Espiritual

Quando o estudante deste caminho se põe sob a orientação de um Instrutor, é-lhe ensinado que o primeiro e importante passo que deve dar, é o do RECONHECIMENTO CONSCIENTE do governo de Deus; é submeter-se, sincera e voluntariamente à orientação do Divino interno, como Sua Lei e Substância. Deve praticar diariamente a conscientização da Presença interna, recordando-se constantemente dela como inspiração e ajuda; como poder que supera qualquer problema ou desafio na vida exterior.

Com esta prática ele chegará à firme convicção do que disse o Mestre: "Eu venci o mundo". Que desejou o Mestre significar com isto? Que havia alcançado um alto nível de consciência, onde não mais podia ser afetado pela consciência de massa, ou leis mentais e materiais. O comportamento dos governos, a segurança do mundo, o clima, as flutuações econômicas, os alimentos, as crenças reinantes, os eventos todos – nada disso já o podia afetar. Ele havia atingido tal alto nível de consciência que lá só podiam funcionar as leis espirituais.

Os primeiros passos para o alcance desse elevado estado de consciência são:

a) o reconhecimento da Presença interna;
b) o reconhecimento de que esse Espírito interno é o único poder, a única Lei e a única Realidade.

Desde manhã, através do dia, até à noite, somos bombardeados pelas crenças mundanas em poderes materiais, mentais e legais. Devemos estar alertas para não nos deixarmos afetar por elas. 

Cada um de nós deve conquistar algum grau de reconhecimento de que o único poder real é o espiritual: a Lei, a Vida espiritual, onipresente. As leis materiais e mentais não têm poder – a não ser o poder que lhes damos quando nelas acreditamos.

Eis a Verdade que liberta os homens das restrições deste mundo. Este é o principio básico; a serena e firme convicção de que devemos chegar: o poder espiritual é a única realidade!

Deste modo podemos começar a compreender, ainda que em pequena medida, o que disse o Mestre: "levanta-te, toma o teu leito e anda!", "Estende a tua mão!" Jesus quis dizer: Qual o poder que pode existir fora de Deus? Há outro poder que não seja Deus? O erro será um poder? Ou a doença? Ou o dinheiro? Será que existe realmente um poder fora de Deus e de seu amoroso governo? Gradual e seguramente também chegaremos àquele ponto em que podemos dizer: "Levanta-te, toma o teu leito e anda!" – porque aquilo que reconhecíamos como poder ou limitação, fora de nós (em virtude de nossas crenças em dois poderes: o bem e o mal) – já não representam poder e nem limitação para nós. Enquanto aceitamos dois poderes, ficamos sujeitos a eles. Logo, o primeiro passo de realização que devemos fortalecer, é de que há somente uma Presença e um Poder internos, que governam nossa vida e circunstanciais. E esse poder é espiritual. Essa Lei é espiritual. Essa atividade é espiritual. Tudo o mais é desprovido de poder, de presença, de continuidade, de causa e de efeito – porque não tem lei que o sustente. A única Lei é Deus e Deus é amor!

Assim, o Ano Novo é modelado por aquilo que realizamos em nosso íntimo. É verdade que ainda continuamos com nossas atividades, atendendo aos nossos deveres no mundo, cuidando de nossos negócios ou de nossa profissão - seja ela qual for – mas agora de forma diferente: governados pela Consciência crística interna.












sábado, 30 de dezembro de 2017

O DEUS VERDADEIRO -JOEL GOLDSMITH





Em vez de pensar em Deus de forma finita e limitada, compreendamos que a Vida, a Verdade, a Substância, o Princípio, a Lei, a Alma e o Espírito constituem modos pelos quais Deus Se apresenta a nós; Deus, porém, é maior do que a soma total dessas facetas. 

Não nos preocupemos com o que nos ensinaram sobre Deus; busquemos a visão totalizante. 

Voltemo-nos, com a mente aberta, para a revelação de Deus, para a manifestação de Deus em nossa consciência, ficando preparados para isso, seja qual for a forma pela qual Ele Se apresente. 

A revelação virá de modo diferente para cada um.

Aqueles que tiveram a EXPERIÊNCIA de Deus não serão capazes de descrevê-la para os outros, mas sem dúvida dirão que Deus é diferente de tudo o que esperavam. 

Eu mesmo poderia contar a vocês alguns modos pelos quais tive vislumbres de Deus, porém o meu relato seria incompleto e imperfeito, por eu não saber como explicar a Plenitude. 

A Plenitude apresenta-se a nós de certa forma, num dia, e de forma diferente, em outro. 


















sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

A MEDITAÇÃO É UMA EXPERIÊNCIA CONSCIENTE



A meditação é uma experiência consciente. Aqueles que têm dificuldades em meditar e chegam às vezes a dormir não estão fazendo dela uma experiência consciente. 


Não tente paralisar o processo de pensar durante a meditação. Nada há de errado com o pensamento. Na verdade, até pode ser útil dar início à meditação com alguma pergunta ou ideia específica sobre a qual você deseja alguma luz, e assim, não haverá possibilidade de dormir.


Pode ser que sua meditação tenha por objetivo receber orientação para aquele dia. Nesse caso, aquela questão seria levada à meditação e por ser pronunciada ou pensada, iria deixa-lo consciente do fato de estar meditando para receber orientação. Você não irá conseguir dormir mantendo a mente aberta e a espera de instrução.

Do mesmo modo, se antes da meditação sua mente voltar-se para os seus negócios, ou os negócios de seu marido, você não dormirá. Você estará meditando com a ideia de receber uma revelação de Deus, uma revelação da Sabedoria interior alojada em seu ser. Aquela Sabedoria poderá dar a você ou ao seu marido, pai ou filho, um envolvente sentido de proteção.

Você não poderá sentir sonolência enquanto medita, se compreender que a meditação é uma atividade consciente de sua mente e Alma. 

Não pode ser um sentar de forma indolente que diz: “Muito bem, Deus, siga em frente”. E é o que fazem muitos dos metafísicos que se dizem tentados a dormir. 

Se o estudante dorme enquanto medita, isto se deve ao fato de ele não perceber que deve estar alerta para algo específico, para receber alguma orientação interna, alerta para ouvir a voz de Deus. 

Devemos nos dirigir ao interior com a atenção focalizada em algo específico, em alguma ideia específica sobre a qual Deus tenha algo a nos revelar: “Aqui estou, Pai, alerta e desperto para Tua orientação.”


O SONO COMO UM REPOUSO NA CONSCIÊNCIA


Tenho observado, neste trabalho, que quanto mais próximos estivermos do sentido espiritual da existência,menor será o tempo de sono requerido. 

De minha própria experiência e da experiência de outros que estão há algum tempo nesse caminho, foi notado ser quase impossível dormir continuamente durante oito horas. 

É possível que, dentre as vinte e quatro horas, nós consigamos dormir as oito horas, se houver a oportunidade, mas raramente iremos dormi-las consecutivamente. 

Após duas ou três horas nós despertamos, e, dependendo de como este período em que estamos despertos é tratado, podemos obter algum desenvolvimento, ou algum sentido de paz ou de harmonia. Porém, se esses períodos forem combatidos e forem feitos esforços para voltar a dormir, eles não trarão benefício algum. 

Somente quando aquele acordar for aceito como atividade da Sabedoria divina e houver boa vontade e paciência suficiente para permitir àquela Sabedoria revelar-Se, é que será visto ser aquele período o mais benéfico dentre as vinte e quatro horas.

Outro aspecto interessante é que quando o despertar no meio da noite é proveniente da atividade espiritual da consciência, mesmo que diminuam as horas de sono a que estamos acostumados a ter, no dia seguinte não sentiremos qualquer sinal de fadiga. 

Vim observando isso por muitos anos, em minha experiência e na de homens de negócios, donas de casa e pessoas de diversos ramos de atividade, e sei que quando a consciência espiritual provoca os períodos despertos durante a noite e eles são aceitos alegremente como oportunidades para a manifestação de paz e harmonia, o dia seguinte é preenchido pela consciência do Espírito divino que supera qualquer sensação de fadiga.

Os que se encontram neste caminho necessitam de muito poucas horas de sono para exercerem suas atividades. 

A razão disso é que tais pessoas conseguem obter os benefícios do sono mesmo quando estão despertos. O sono não passa de uma forma suave de morte ou inconsciência; é uma perda de consciência, e esta é uma porta próxima da morte, ou ao menos um degrau a menos rumo a ela.

Do ponto de vista do Espírito, contudo, o sono não é um estado de inconsciência, mas é um repouso na consciência. 

O pensamento é preenchido com o Espírito, com a compreensão espiritual, com um sentido real do Espírito do Cristo, que traz como consequência uma pessoa bem desperta, cheia de vitalidade, quase elétrica. 

Na realidade, o que estamos a fazer neste trabalho é entrar em contato com o Espírito do Cristo, o Espírito que é Deus e que torna a pessoa vivaz e dinâmica. 


O sono nada tem a ver com a vivacidade, mas o repouso – o repousar na consciência – tem muito a ver com ela. E é como podemos receber o influxo total do repouso mesmo quando estamos acordados.





quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

É DEUS O NOSSO SERVO? É DEUS O NOSSO PAPAI NOEL?







O homem, sendo a coroa da criação, deve testificar Deus no grau mais elevado. 


O homem individual, tu e eu, deve ser o arauto máximo da imortalidade, da eternidade, do infinito, de todo o bem, de saúde, de harmonia, de integridade, da abundância criadora – não dele mesmo, mas de Deus.


A graça de Deus deve transparecer dos teus olhos. 


A harmonia de Deus deve revelar-se através da saúde do corpo humano, teu e meu. 


A inesgotável riqueza de Deus deve expressar-se na prosperidade do teu suprimento econômico, não em virtude de alguma das tuas capacidades – por seres bom e virtuoso – mas porque Deus é amor, e porque a natureza do amor se revela no fato de que tu tens abundância de tudo.


É do agrado de Deus dar-te o reino; que tenha o reino não no suor do teu rosto, com teus trabalhos e tuas canseiras, ou pelo fato de conquistares e mereceres – não! 

O reino virá a ti pela graça de Deus, que opera em ti, e cujo advento tu só impedes quando tentas reduzir Deus a teu servo.

Papai Noel Deus! O motivo de todo desejo ser pecado é que o desejo se fundamenta no conceito de um Deus que dá ou que retém.

O desejo também se baseia na aceitação da ideia de que algo, alguém ou algum lugar não possa ser Deus.

Pouco a pouco se modificará em ti a ideia que tens de Deus; a partir daí, não mais fará orações a Deus como se ele fosse algum Papai Noel. 

Não deixarás de orar, mas a tua oração terá outro caráter e outro sentido. Compreenderás que Deus nada pode dar e nada pode negar, porque Deus é a TOTALIDADE... 

Pode o homem, sim, excluir-se da graça de Deus, mas pode também incluir-se novamente e reatar o seu contato com a Fonte divina, e é este o sentido da oração. 


Então, a oração deixará de ser um ato de pedir e de procurar algo; começará a ser uma atitude de pedir, de bater, de procurar, em demanda de mais Luz, de maior Sabedoria, de uma compreensão mais profunda da Verdade.

Jubilosamente abrirás mão de todas as coisas, contanto que isto te aproxime, por um passo sequer, da tua experiência de Deus, que é a tua auto-realização – tu, que és o filho de Deus e herdeiro do seu reino, expressão da eterna essência divina. 

A essência divina será realizada em tua existência humana. 


A sabedoria de Deus se tornará a tua própria sabedoria. 

A vida divina passará a ser a tua própria vida imortal. E o teu corpo será o templo do Deus vivo. A força, a juventude, a vitalidade de Deus fluirá através de cada um de nós.

Deus é a infinita plenitude do Bem, revelando sem cessar o seu próprio Ser na forma do Universo. 

Deus nada pode acrescentar a isto – nem jamais deduziu alguma coisa disto. Deus não pode aumentar nem diminuir. 

Deus simplesmente é. Isto vale de todos os milênios passados – e isto vale de todos os milênios futuros – DEUS É. E após milhões e milhões de anos e de séculos – DEUS É. 


Quando dizemos que Deus é eterno ou infinito, que Deus é bom, que Deus é vida, ou amor, nada mais afirmamos do que isto – DEUS É. 

É este o limite de todo o nosso conhecimento divino – DEUS É.

Se Deus é, então eu sou. Não posso dizer “Eu sou ontem”, não posso dizer “Eu sou amanhã” – tudo o que posso dizer é isto: “Se Deus é, então eu sou”. 

Não procuro nada, porque tudo que é do Pai é meu; tudo que Deus é isto eu sou. Ele me criou segundo sua imagem e semelhança, e me deu pleno poder e domínio sobre tudo que há no céu, no ar, na terra, na água e debaixo da terra. 

Se Deus me deu pleno poder sobre tudo isto, que poder me poderia ainda fazer mal? Se eu possuo um poder divino, que outro poder me poderia penetrar, fazendo-me doente ou mau?

Quando se sabe que Deus é, torna-se supérfluo querer descobrir um poder divino que algo faça a nosso favor. Deus É; a sua natureza é isto: “ELE É”. Deus nunca “foi” ou “era”. Deus é o eterno “EU SOU”. E isto é a nossa salvação, porque ele é força, amor, vida, sabedoria. Procuremos enxergar a Deus nesta luz – nesse eterno “ELE É”; não como alguém que “era” há 2 mil anos, ou alguém que “será”, quando nós o merecermos.

Leitor, vai a um parque, onde brota capim novo, onde nascem folhas nas árvores; ou, mais tarde, quando aparecem as flores. Contempla aí como “DEUS É”, a cada momento, em folhas, flores e frutos. 

E – coisa maravilhosa! – ninguém pede para que assim seja; ninguém diz a Deus quanto ele necessita destas coisas – das frutas, do verde capim, do gado sobre as colinas. E, no entanto, Deus faz aparecer tudo isto.


Sim, Deus providencia tudo quanto necessitamos sem o nosso concurso, sem a nossa intervenção.

Cerca de meio século atrás correu pelos Estados Unidos a notícia alarmante que, dentro em breve, não haveria mais bastantes cavalos para transportes e montaria de pessoas e mercadorias – mas apareceram os veículos motorizados, e tudo continua normalmente.

Como se o homem fosse responsável pela continuação do mundo!

A graça de Deus é suficiente para hoje, para amanhã e para sempre. A mais alta forma de oração é esta: “Deus É – amém”. O Deus onipresente é o Deus onipotente, onissapiente e onibenevolente – nada mais é necessário.

Quando compreenderes que Deus é o princípio criador do Universo, que sustenta toda a vida e o cosmo, que esse princípio criador é a Inteligencia do Universo, Amor, Vida, o Coração do cosmos, então não mais rezarás a Deus – terás alegria nele, e esta alegria será a tua oração. Terás comunhão com ele, e nada procurarás só para ti; nem pedirás algo para outros, nem jamais atribuirás a Deus o papel de servo que deva cumprir a tua vontade e satisfazer os teus desejos.

Deus manifesta a sua natureza infinita criando, sustentando e governando este esplêndido e grandioso Universo; e nós, que vivemos neste mundo, somos servos do Altíssimo. Nunca espere de Deus que Ele sirva aos homens. 


Compreende que a tarefa do homem consiste em servir e glorificar a Deus – que testifique na terra aquilo que Deus é. 


Modifica a tua oração no sentido de não mais pretenderes desse Deus poderoso e grande que faça favores a um pequenino “ego”.

Muitos agem como se, de fato, pensassem assim, como se se julgassem capazes de induzir Deus a lhes satisfazer os desejos. Importam que compreendam que estão aqui na terra para que Deus se manifeste através deles. Em vez de permitirem a Deus que fale por meio deles, falam a Deus eles mesmos, contam-lhe coisas, fazem-lhe pedidos, determinam o que ele deve fazer, dão-lhe ordens – e esta é a razão por que não são atendidos. 

A resposta só virá quando forem capazes de assumir a atitude de Moisés, que escutou a voz de Deus, e esta voz lhe mostrou o que ele devia fazer e como devia fazer.

Os hebreus, como escravos do faraó do Egito, tinham de sofrer muito. Julgavam adorar o Deus único, e por causa dessa sua crença era escarnecidos pelos soldados do faraó: “Quem é esse Deus? Que faz esse Deus por vós? Continuais a ser os nossos escravos, dos egípcios; continuais a sofrer sob as ordens do nosso faraó. Onde está o vosso Deus? Que poder tem ele?”.

Durante muitos anos, devem os hebreus terem respondido apenas isto: “Este Deus único nada faz por nós; deixa-nos viver e morrer na escravidão”.

E assim continuou – até que um dentre eles se abriu a Deus, em humildade e em verdade. Moisés esperou muito tempo que Deus lhe falasse – e o mesmo nos pode acontecer a nós. 


Mas, depois de ouvirmos pela primeira vez a “voz suave e silenciosa”, ela se manifesta mais vezes e, por fim, ela vem quando dela necessitamos; basta fecharmos os olhos, assumirmos uma atitude receptiva, por alguns momentos – e eis que entra no campo da nossa experiência aquilo de que temos mister! 


A partir do momento em que Moisés se fez servo de Deus, era ele guiado por Deus, era ele mantido e alimentado por Deus. E, desde então, podia Deus agir através de Moisés para libertar o povo hebreu.


Os povos de todas as nações, de todas as raças, de todas as classes poderiam ser salvos se tivessem aprendido a orar e a abrir-se a Deus, de maneira que a voz divina pudesse falar dentro deles, guiando-os, alimentando-os e suprindo todas as suas necessidades.

“Aqui estou, Pai, escutando a tua voz! Aberto está o meu ouvido interno. Estou sem nenhuma preocupação, sem nenhum pedido, sem expectativa, sem ambição alguma. Não te peço que faças algo que não estejas fazendo já. Aguardo a palavra da tua graça. Eu sou servo do Altíssimo.”

Sai do domínio da lei! Entra no regime da graça!


A lei te mantém na zona das doenças – a graça te liberta de todo o mal. 

O regime da graça é saúde, harmonia, paz, prosperidade, abundância de todos os dons de Deus.





quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

A natureza da Verdade e do Erro - JOEL GOLDSMITH



Quando buscamos a Verdade com fervor, o caminho se abre. Tempo e dinheiro aparecem para garantir nosso estudo. O mesmo Espírito que nos aumenta o suprimento também nos liberta de todo tipo de erro. Não faça da crença uma realidade, pensando sobre ela ou condenando-se, ou aos demais: não lute como se ela fosse real. 

Lembre-se: é pura ilusão, mito ou crença. Não uma crença sua, mas sim um pensamento coletivo. Não lute contra ela, não a enfrente; sente-se tranquilamente e volte-se ao Amor divino. Perceba que este espírito do Amor Divino está atendendo agora a cada necessidade humana.


Sempre que dispuser de alguns minutos, volte-se internamente ao Cristo, o Ideal divino, e sinta a Sua proximidade. 

Não pense em erro, pecado, doença ou qualquer outra desarmonia: preencha seu pensamento com a presença de Deus, e isto dissolverá o erro.



Se, às vezes, o problema aparenta se agravar, é porque você o está considerando como algo a ser dominado e destruído! Um erro não é uma coisa ou condição, mas uma simples crença; assim, é claro que se o encarar como sendo alguma coisa, estará tornando real aquilo que é puro nada.

Lembre-se constantemente que você é Espírito, Vida eterna.

Você não necessita de cura.

O homem é a expressão do Ser de Deus, sendo, portanto, integral e harmonioso.

Por outro lado, o erro alega ser o homem; alega usá-lo como canal de sua expressão; apesar disso, ele não é pessoa, lugar nem coisa.

O erro não é identidade nem entidade. É desprovido de vítima, canal, saída, alvo, lei, causa ou efeito.

Eis um bom motivo para que deixe de temer evidências falsas de doença ou discórdia: a certeza de que “Deus criou o homem à Sua própria imagem”, e, portanto, o homem é espiritual.

O que vem recebendo o nome de matéria, corpo físico, condição física, não tem existência alguma, exceto como argumento mental ou aparência falsa.

Não há órgãos ou funções físicas no Espírito. Deus Se manifesta como Mente; o que surge como materialidade é mero conceito equivocado daquilo que, de fato, é espiritual e eternamente bom.

O erro alega estar se apresentando como pessoa ou como condição física, mas jamais é algo além de mera sugestão mental, aparecendo ao sentido humano como matéria ou condição material. Sendo apenas sugestão, ele está sujeito ao conhecimento da Verdade.

A condição não é modificada, mas o conceito é mudado ou corrigido, dando lugar àquilo que sempre esteve existindo: a perfeição.

“Cristo, ou Ideia espiritual, apareceu à consciência humana como o homem Jesus”, escreve Mary Baker Eddy. Assim, hoje o Cristo aparece ao pensamento humano como você e eu, sendo sempre o Cristo indestrutível, imperecível, o divino Filho, o Ser perfeito.

O erro da crença humana, individual ou coletiva, que alega existir alguma doença, não tem o poder da Verdade. Ele é, portanto, sem causa, e é incapaz de produzir algum efeito como pecado, doença, falta ou limitação.









terça-feira, 26 de dezembro de 2017

PREOCUPAÇÕES EM MOMENTOS DE PRECE - Joel S. Goldsmith


 


Frequentemente as preocupações nos acompanham aos momentos de prece. Ficamos a refletir: 
Como resolver este ou aquele problema? 
Como devo orar para intuir uma solução? 
Posso receber uma compreensão mais elevada de como orar?

Se isto está acontecendo com você, medite sobre o alcance desta frase: “Acaso o Reino de Deus se converteu em meras palavras ou sílabas? Por que devemos ficar limitados ao sentido literal, se somos livres?” 

As Escrituras ensinam que somos livres; que somos filhos de Deus e, se filhos, também herdeiros; como herdeiros, co-herdeiros com o Cristo.

Nós JÁ somos livres. Se não o fôssemos, nem o divino poder nos libertaria. Não precisamos lutar por nossa liberdade, porque já somos livres. 

A síntese da verdade é, precisamente, trazer à luz esta percepção ou revelação de nossa atual liberdade. 

Ante qualquer problema que nos esteja a desafiar, deveríamos ter presente que as soluções não estão nas palavras ou nas declarações da verdade. 

O que resolve, isto sim, é predispormo-nos ao aquietar e, por algum tempo, permanecer em estado de receptividade, deixando que Deus nos revele o Seu plano: isso mesmo, o Seu plano, não o nosso!






segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

MANTENHA A VERDADE ATIVA NA CONSCIÊNCIA



Deus é a única consciência e Ele é infinito. Provenientes desta infinidade são as formas e variedades infinitas deste universo, mas Deus é a consciência individual, o que significa que Deus é a sua consciência.

Portanto, sua consciência individual é infinita. Proveniente dessa consciência deve aparecer sua experiência diária e essa experiência deve ser infinitamente boa, infinitamente harmoniosa, feliz, bem-sucedida e próspera. 

A menos que você possa perceber, reconhecer e reivindicar Deus como a sua consciência, você não pode exigir uma infinidade de coisas boas em sua experiência. 

A menos que você seja capaz de entender que Deus aparece como a sua consciência individual,você nunca pode causar a plenitude da eternidade e da imortalidade ou a infinidade do Ser divino.

Proveniente de sua consciência,origina-se o seu universo. E já que Deus é a sua consciência, o seu universo é infinito; e é infinitamente bom. 

Torna-se um dever e um privilégio lembrar-se desta verdade a cada dia. 

É necessário que você reconheça a cada dia que, por causa da natureza infinita de sua consciência, não há nenhuma lei fora dela. 

Não existe nenhuma crença falsa fora da sua consciência que nela possa entrar para corromper ou fazer uma lei.

Nada pode agir sobre você, para o bem ou para o mal, exceto Deus, Deus aparecendo como a sua consciência individual, e isso se torna uma lei para o seu universo. Isso torna você o mestre do seu destino através de um domínio dado por Deus.














domingo, 24 de dezembro de 2017

.A ATIVIDADE DA VERDADE NA CONSCIÊNCIA INDIVIDUAL REVELA O CRISTO - JOEL S. GOLDSMITH


A atividade do Cristo é possível a você e a mim, na medida em que podemos captá-la e vivenciá-la, mas só é proveitosa àquele que, no mundo, está decidido a devotar tempo, esforço, pensamento e dinheiro a esta Meta. São necessários todos estes requisitos. 

Exige-se a consagração, porque a Consciência Crística não é apenas uma conquista de conhecimento, senão o desabrochar de um estado de consciência.

A compreensão da Verdade é a única base para o desenvolvimento dessa consciência. 

Embora fosse possível reduzir esse ensinamento a mais ou menos doze princípios, o mero conhecimento deles nada resolveria, porque também conhecemos outras setenta e cinco coisas que absorvemos da vida e às quais damos crédito, concedendo-lhes poder de influenciar-nos. 

Por isso é necessário um período de autodisciplina e treinamento, para chegar ao ponto em que não apenas conheçamos tais princípios reais, senão que também rejeitemos os falsos. Temos de alijar de nossa consciência todas as crenças e superstições relacionadas com poderes físicos e mentais. É preciso superá-los para chegar-se a este alto nível de consciência. Ainda que seja verdade que o poder de Deus seja manifestado como consciência individual – como o Filho – também é certo que, para manifestar-se, é preciso que Ele seja primeiramente concebido em nossa consciência. 

Esta revelação do Cristo, o Filho e o Pai feitos UM, foi dada a todos os povos, através do mundo inteiro. 

Com a propagação da doutrina cristã a todas as terras e raças, o mundo deverá chegar a um ponto em que a revelação do Cristo não mais se confinará a nenhuma denominação ou seita. Ela não mais será rotulada e nem apresentará qualquer sentido sectário, admitindo, pois, todas as pessoas que aceitem a ideia da integralidade, ou seja, Deus expresso individualmente em cada indivíduo. 

O que conta é a aceitação do poder espiritual na consciência individual. E essa consciência é o Cristo. E o que é esse poder espiritual? Será um poder acima de outros poderes? Não: é o reconhecimento de um só poder! 

A menos que reconheçamos Deus como Poder único, estaremos continuamente combatendo germes, aqui, carência e resfriados, ali. 

O ser impregnado da Cristo-consciência não se debate nas lutas com o mundo. Simplesmente deixa que a Luz nele brilhe, de tal modo que, aquele que a perceber e se aproximar e pedir um pouco dela, recebê-la-á. 

A Bíblia é uma revelação do Cristo; uma revelação da natureza infinita de Deus. Individualmente demonstrada. 

Essa demonstração individual depende apenas de ativar-se a verdade na consciência individual, para que ela, latente que era, se torne dinâmica e possa expressar-se em nossa experiência. 

Então compreendemos que Deus não está sentado lá em cima, no céu, e o homem aqui em baixo, esperando que mande paz à Terra. 

A paz na Terra advirá como consequência da atividade da verdade e do amor na consciência. Começa na consciência de um indivíduo que a espalha num grupo de pessoas. Esse grupo a espalha a uma comunidade e esta, por sua vez, a espalha ao mundo. 

Quando as pessoas superam as desinteligências nas relações humanas (não só porque acham os outros bons ou incapazes de prejudicar os demais, mas porque compreendem e aceitam-lhes a parte humana, realizando também que o Cristo é o verdadeiro ser individual), a paz é estabelecida. 

Sim, só quando os indivíduos, em escala mais ampla, começam a reconhecer Deus como a Fonte de todos os seres, é que podem estabelecer a paz em sua consciência. 

Então poderão exteriorizá-la, tornando-a realidade numa sala cheia de pessoas. Deste modo, em progressão geométrica, esta paz se espalhará, para que o mundo inteiro a expresse. 








sábado, 23 de dezembro de 2017

A GRAÇA REVELADA POR CRISTO JESUS




A atuação da Graça não é questão de intelecto. Trata-se realmente de uma questão de percepção direta. 


Ninguém pode conhecer a atuação íntima da Graça por meio de sua mente, porque esta, quando em atividade, não permite tal percepção. 

A Graça é uma atividade de Deus que se conhece por percepção interna. 

A Graça é o segredo que Jesus deu ao mundo. 

Se conhecêssemos o seu segredo, teríamos que conhecer a Graça. Dizem que a letra da lei, isto é, os Mandamentos, os tu-não-deves vieram através de Moisés. Mas a Graça foi revelada por Cristo Jesus.

A contribuição que Cristo Jesus deu ao mundo foi a demonstração da existência de uma Graça divina, que liberta o homem do pecado, da carência, da limitação, da doença; a demonstração de que não existe outro poder senão o desta Graça divina, e que o lugar de Sua atividade é dentro de nós, e que funciona através de amor. 

Então permitimos que o amor, não o nosso amor, mas o amor de Deus, flua através de nós, perdoando setenta vezes sete orando pelos nossos inimigos, orando pelos que nos perseguem.

Demonstra-se amor visitando enfermos. Visitamos doentes, mas nossa visita não consiste em irmos às suas casas e lá ficarmos algum tempo sentados, segurando-lhes as mãos e nos penalizando do seu estado. Não, graças à nossa consciência desperta, nós permanecemos fisicamente onde estamos, em nossos lares, e os visitamos, conscientizando a realidade da Graça divina, que os liberta de seus males.

Às vezes visitamos fisicamente aqueles que se encontram encarcerados, mas, na realidade, todas as nossas visitas são espirituais. Devido à natureza incorpórea de nosso ser, nós não precisamos fazer fisicamente as coisas que os homens do mundo parecem julgar necessárias. Conhecendo-se apenas como seres físicos, eles não sabem como se pode visitar um enfermo ou um prisioneiro a não ser pessoalmente.  

No entanto, compreendendo a natureza da Graça, podemos, sem sair de casa, visitar os pecadores, os doentes e os encarcerados e libertá-los de seus males. 



A natureza incorpórea, ou espiritual, de nosso ser, permite-nos ir em espírito à presença dos enfermos, dos pecadores e dos detentos. O que os liberta de sua enfermidade é o Espírito, e não o nosso corpo físico.  

Levar nosso corpo físico até ao doente ou encarcerado não o liberta. É o que está incorporado em nossa consciência, que o liberta. Esta a razão por que a visita física é o que menos importa. A visita espiritual é uma ocupação de vinte e quatro horas por dia.