Depois disto, passou Jesus para a outra margem do lago da Galiléia, chamado lago de Tiberíades.
Seguiu-o grande multidão de povo, porque viam os sinais que fazia aos doentes.
Subiu então Jesus ao monte, onde se sentou em companhia dos seus discípulos. Estava próxima a festa pascal dos judeus.
Erguendo os olhos e vendo que numerosa multidão vinha procurá-lo, disse Jesus a Filipe:
Onde compraremos pão, para que a gente tenha o que comer? Mas isto dizia apenas no intuito de pô-lo à prova; porque bem sabia o que havia de fazer.
Respondeu-lhe Filipe: Duzentos denários de pão não chegariam para que cada um deles recebesse um bocadinho.
Ao que lhe observou um dos discípulos, Andre, irmão de Simão Pedro:
Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes; mas que é isto para tanta gente?
Disse Jesus: Mandai esta gente sentar-se. (Jô 6:-10).
Parecia haver carência e limitações materiais. E a primeira reação da maioria de nós, em tal situação, seria: Tenho somente cinquenta centavos, quando necessito de cinco dólares
É neste ponto que as preocupações materiais começam a provocar o que o mundo chama de ansiedade.
Em nosso ensino, fazemos como fez o Jesus:imediatamente damos as costas ao quadro.
Acaso cinqüenta centavos ou cinco dólares suprem realmente as nossas necessidades? Será isso o que precisamos para atender às nossas necessidades? Ou será a presença de Consciência Divina, que aparece como consciência individual? Não será essa Presença, e nada mais, o que atenderá às nossas necessidades?
Se te lembrares desta lição, nunca mais procurarás pães e peixes ou moedas e cédulas, nem julgarás a profundidade e a vastidão do universo de Deus pela tua visão limitada das coisas. Não descobrimos como multiplicar pães e peixes, mas descobriremos a Lei do amor.
No afã de prover às necessidades de sua vida, o sentido finito começará, digamos com cem dólares e pensará:Quando eu tiver um milhão... Mas não importa quanto aumentes a quantidade de pães e peixes – ou dólares -, porque isto nunca te satisfará. Estarás satisfeito somente quando puderes olhar para o que tens no mundo externo e dizer: Isto não é o que eu necessito.
O que eu necessito é reconhecer que dentro de mim está o reino de Deus; que dentro de minha Consciência está o Universo Espiritual, e que das profundezas de minha consciência flui a riqueza de meu ser. E isto nada tem a ver com pães e peixes.
Para chegares a esse estado de consciência, ou seja, para TERES ESSA PERCEPÇÃO NO AQUI E AGORA é indispensável praticar MEDITAÇÃO, porque frequentemente serás tentado a olhar para os pães e peixes e dizer: Eu tenho... ou tu tens... ou eu não tenho.. eu preciso.
E então, para não caíres nesta tentação, precisarás lembrar-te de desprezar os números, quantidades e qualidades dessas coisa externas e te compenetrares de que Nada preciso do mundo exterior; nenhuma quantidade de coisas poderá atender às minhas necessidades. Estas só poderão ser supridas pela minha compreensão da riqueza de minha própria consciência.
Assim é como cada um de nós poderá morrer diariamente para o sentido mortal, material e renascer para o Espírito.
Em outras palavras: o Espírito tornar-se-á, para nós, a substância tangível de nosso universo; a Consciência se tornará, para nós, substância tangível, isto é, a forma e quantidade de todas as coisas no reino externo. E porque a Consciência é infinita, Sua aparência estará infinitamente manifestada.
A Consciência infinita não pode aparecer como apenas uma, duas ou mil ideias. Ela tem que se manifestar como todas as ideias de que precisares por toda a eternidade.
Não estamos usando a verdade espiritual para multiplicar alguns pedaços disto ou daquilo.
Estamos desprezando a crença de que exista presença e poder no mundo externo e voltando à nossa compreensão de que a Consciência infinita está aparecendo como nossa consciência individual.
A CONSCIÊNCIA ESPIRITUAL QUE SOMOS SEMPRE APARECE COMO PÃES E PEIXES, OU SEJA, SEMPRE APARECE COMO O SUPRIMENTO NECESSÁRIO NO AQUI E NO AGORA.
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