No começo de cada ano, são feitos todos os tipos de profecias: profecias sobre se os negócios irão bem ou mal, sobre as possibilidades da paz, sobre como os dirigentes atuarão.
Naturalmente, há aqueles que tentam adivinhar ou profetizar, baseados nos mapas astrológicos. Como uma regra, algumas dessas acontecem, talvez dez, doze ou quinze por cento, mesmo que muito poucas dessas profecias estejam baseadas em alguma coisa que lhes conferiria validade.
Para que uma profecia seja de confiança, deve se basear em uma mudança de consciência. Se não houver mudança de consciência, não pode haver mudança nas condições interiores.
Se, na entrada do ano novo, nossa consciência é a mesma com que entramos no ano anterior, podemos estar certos de repetir a experiência do ano anterior. Mas, se nossa consciência se aprofundou mais e se enriqueceu, o novo ano ficará enriquecido.
Nada acontece senão como uma projeção da consciência. Nem o tempo nem o espaço têm qualquer ação sobre ela.
A ação é projetada pela consciência, individual e coletivamente.
Somos afetados por nossa consciência, que nos devolve a experiência que ocorrer. Por exemplo, o que acontece se eu aceito a revelação metafísica e mística de Deus como consciência individual, constituindo Deus minha consciência, que é equivalente à declaração do Mestre: *“O reino de Deus está entre vós”?*.
Imediatamente, eu começo a perder a fé, a confiança ou a dependência em alguma coisa ou em alguém fora de mim. Começo a compreender que, qualquer que seja o poder que deve ser exercido em mim e em benefício de minha vida, deve fluir de meu íntimo.
_"Meu olhar está agora afastado do mundo e centrado no reino de Deus, o poder, o amor e a Graça dentro de mim. Ao mesmo tempo, meu temor do mundo do exterior — micróbios, pensamento errado e poderes externos de qualquer gênero — é reduzido. Mesmo no meio de uma batalha, eu me sentiria seguro porque o reino de Deus, o reino do verdadeiro poder, está dentro de mim. Ainda que mil devessem tombar à minha esquerda e dez mil à minha direita, eu sei que o mal não poderia se aproximar de minha vivenda, porque tenho confiança na compreensão de Deus — Onipresença, Onipotência, Onisciência — aqui onde estou. Na guerra ou na paz, doente ou são, indiferente às circunstâncias externas, eu estaria ancorado na presença e no poder de Deus que constitui meu verdadeiro ser.”_
Fixado nessa consciência, eu profetizaria que meu ano novo teria menos desacordos com meus vizinhos, menos pecados ou falsos apetites e menos enfermidades, porque nessa consciência da presença e do poder de Deus o mal não pode agir.
Portanto, meu estado de consciência determinaria a natureza de meu ano — não cem por cento, porque eu ainda não alcancei cem por cento da consciência de Deus, mas até onde alcancei qualquer medida da percepção de Deus, seria agir pela harmonia e paz em minha vida individual.
*- Joel Goldsmith*
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