sexta-feira, 12 de outubro de 2018

ESTAR NO MUNDO SEM PERTENCER-LHE




Há, em algum lugar da consciência, uma terra não descoberta, uma terra ainda não revelada pela religião, filosofia ou ciência. 

Eu sei que ela existe, porque continuamente se impõe à minha consciência. 

Eu sei que, quando ela se revelar, mudará a natureza da  humanidade: guerras cessarão e o cordeiro se deitará com o leão. 

Eu sei seu nome, porque ela é revelada como Meu Reino, ou Minha Graça. 

O Cristo Jesus falou desse Reino, mas nem as palavras faladas e nem os manuscritos descobertos mostram seu pleno significado.

Em meus primeiros momentos, vivi e experimentei esse Reino, e às vezes sua atmosfera me envolvia por dias, mas então novamente ele me escapava. Algumas vezes, em curas, eu testemunhei sua ação, mas captava apenas vislumbres dele. Ele me mostrou sobre a mente humana e suas atuações, como os homens podem usar a mente para o mal, tanto quanto para o bem.

Esse mundo espiritual, esse mundo interior, é tão real quanto o mundo que vemos, ouvimos, provamos, tocamos e cheiramos. Na verdade, é mais real. 

Tudo aquilo que conhecemos pelos sentidos eventualmente muda e desaparece; mas esse mundo interior, essas glórias espirituais que são reveladas a nós, essas luzes espirituais que nos guiam para o Tabernáculo - nunca desaparecem.

Esse é o mundo que o Mestre Cristo Jesus revelou, um Reino que existe bem aqui onde estamos, desde que recebamos o Espírito de Deus em nós. Ele já está estabelecido aqui na terra, esperando apenas pela nossa percepção e pelo nosso reconhecimento.

Encontrar esse Reino não nos tirará, de modo algum, do mundo: estaremos no mundo, mas não seremos dele. 

Vamos desfrutar de todas as alegrias e coisas boas que fazem de uma vida plena e afortunada. 

Não nos tornaremos ascetas, mas não mais desejaremos ou esperaremos por essas coisas. E ainda que aspectos da riqueza façam parte de nossa experiência, estaremos totalmente livres delas interiormente, porque todo o nosso Ser será vivido em Deus.





Nenhum comentário:

Postar um comentário