domingo, 7 de setembro de 2025

*Concessões Impostas por Vivermos "Neste Mundo"*





Somos constantemente confrontados com pessoas boas e pessoas más, mas não podemos aceitar nem pessoas boas nem pessoas más, nem pessoas doentes nem pessoas saudáveis: devemos aceitar somente os filhos de Deus, a identidade espiritual.

É verdade que em nossos assuntos diários e em nosso discurso fazemos concessões às aparências. Por exemplo, toda vez que alguém pede ajuda a um praticante, e ele responde com "Eu lhe darei ajuda", isso é uma concessão às aparências, mas é algo que deve ser feito. Ninguém pode ser completamente absoluto em tal situação e dizer: "Não, eu não lhe darei nenhuma ajuda porque você já é perfeito".

A resposta do paciente muito provavelmente seria: "Bem, se você não vai me ajudar, então encontrarei alguém que me ajude".

Assim, um praticante do Caminho Infinito faz concessões e diz: "Claro, Eu lhe darei ajuda imediatamente", mas dentro de si mesmo, ele não pode acreditar nisso. O Eu dele tem que estar interiormente sabendo: "Não, o Eu que é Deus é meu Eu, e o Eu que é Deus é seu Eu. Há apenas Um Poder; há apenas Uma Presença; há apenas Uma Lei; há apenas Um Ser". 

Quando o praticante tiver alcançado esta realização, o paciente provavelmente estará começando a se sentir melhor. No entanto, foi feita uma concessão ao pedido de ajuda e, em certa medida, nós o fazemos em todos os nossos assuntos.

Politicamente, vamos falar de um candidato como um bom candidato, e de outro como um mau candidato. Isto é apenas uma parte do drama humano. Interiormente, percebemos que para fins de votação estamos julgando esses candidatos de um ponto de vista pessoal em termos de nosso próprio quadro de referência. Na verdade, nós sabemos melhor: sabemos que Eu é ele. Mesmo que ele não o saiba, nós sabemos! Se não sabemos que o Eu de mim é o Eu de você, e o Eu de você e de mim é o Eu de Deus, pois somos um, nós estamos semeando para a carne.

Assim é que em conversas normais e diárias, especialmente com aqueles que não estão neste Caminho, ao falar do tempo, do clima, dos germes e de todos os outros chamados poderes materiais, não vamos discutir com ninguém e tentar mostrar o quanto somos brilhantes ou estúpidos. _"Concorde com o seu adversário"._ Não comece uma discussão com ninguém que esteja falando sobre o mau clima, as más colheitas, ou os maus momentos que estamos passando. Não é tão importante o que fazemos em termos de serviço labial: o que conta é o que estamos fazendo dentro de nós. (7. Mateus 5: 25.)


*- Joel Goldsmith*

terça-feira, 2 de setembro de 2025

*UMA COMPREENSÃO DA IMORTALIDADE, FUNDAMENTAL PARA CURAR*






O Caminho Infinito começa com um Deus Infinito, sempre presente, Onipotente. Sua premissa é que não há imperfeição em nenhuma parte de Deus ou da criação de Deus, absolutamente nenhuma! 

Deus é Ser Perfeito e, portanto, assim é a criação de Deus. Ninguém nunca nasceu e ninguém jamais morrerá; ninguém teve um começo e ninguém terá um fim.

Uma forma de compreender a continuidade da vida é através da palavra "Eu". Este Eu, que é nossa identidade, é na verdade coexistente com Deus. É a parte Eterna do nosso ser. Ele não tem conhecimento do nascimento ou da morte. É a parte do nosso ser que existe há bilhões de anos e continuará a existir sem interrupção por muito mais bilhões de anos. 

Enquanto houver Deus, haverá um "você" e um "eu" porque somos um com Deus: _"Eu e meu Pai somos um" (João 10:30.)_... e não dois. O Eu que Eu sou e o Eu que é Deus são um e o mesmo Eu, e, portanto, Eu sou Imortal.

Muitas vezes, quando pensamos na imortalidade, pensamos na vida além do túmulo, mas não paramos para perceber que se existe alguma verdade na imortalidade, também deve significar a vida antes do nascimento. 

Não podemos ser imortais se tivermos uma vida que já começou: a Imortalidade é de Eternidade a Eternidade. Deus não pode mais começar do que terminar, e se Deus e Eu somos um, o Eu de mim, nessa unicidade, nunca começou e nunca terminará.

Nossa identidade permanece intacta, espiritual e perfeita, não apenas depois do túmulo, mas era assim mesmo antes de nascermos. 

Nossa vida desde o berço até o túmulo é aquela experiência que foi comparada a um parêntese, mas quando o parêntese é removido, vivemos no círculo completo da Imortalidade. 

É verdade que, embora possamos estar conscientes de nós mesmos como vivendo apenas neste parêntese em particular - lentamente ou rapidamente passando do nascimento à morte - na verdade é possível que este parêntese seja removido e nos tornemos conscientes de nossa verdadeira identidade como um todo com o círculo da Vida e sua Imortalidade e Eternidade.

Uma vez que possamos nos perceber como Eu, separados e à parte da personalidade, separados e à parte de um corpo físico, como Eu, o Eu Incorpóreo, o Eu Espiritual, teremos o segredo da Eternidade e da Imortalidade da Vida: sem começo, sem nascimento; sem fim, sem morte.

Visto que o Eu que Deus é e o Eu que somos, são Um, podemos compreender que a Perfeição Infinita de Deus é a Perfeição Infinita do nosso ser. _"Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que Eu tenho é teu" (Lucas 15:31.)_. Isto não se refere a coisas materiais: notas de dólar, contas bancárias, propriedades, casacos de pele ou automóveis. "Tudo o que Eu tenho" significa toda a Imortalidade, Espiritualidade, Integridade, toda a Vida, toda a Perfeição, toda a Santidade de Deus. 

Tudo o que é de Deus é de você e de mim porque o Eu de você e de mim e o Eu de Deus são um e o mesmo Eu, e todas as qualidades de Deus são as qualidades do homem Espiritual, Eterno, Imortal: de você e de mim.

Esta é a premissa do trabalho de cura do Caminho Infinito, e se quisermos curar, devemos antes de tudo nos lembrar desta verdade. Devemos estar conscientes da verdade: “O Eu de você e de mim e o Eu de Deus são um, e tudo o que constitui o Eu de Deus constitui o Eu de você e de mim, pois somos para sempre um com o Pai. Tudo o que é de Deus é nosso: toda a Imortalidade, Eternidade, Perfeição Espiritual, Harmonia, Paz, Justiça, Infinidade.”

*- Joel Goldsmith*