terça-feira, 27 de maio de 2025

*NADA EXISTE ALÉM DO REINO DE DEUS*




Se você for olhar para este mundo com seus olhos, você nunca será capaz de acreditar em Deus, porque tudo que você pode ver, ouvir, provar, tocar e cheirar é finitude, apenas finitude: limitação, pecado, doença, morte, estupidez. 

Uma vez que você fecha os olhos para as aparências e se pergunta: "Como é o Reino de Deus? O que é o Jardim do Éden?" você vai ouvir a Voz mansa e silenciosa, e mesmo enquanto você está olhando diretamente para o homem doente, pecador ou moribundo, essa voz vai dizer-lhe: "Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo." "Não temas, Sou Eu." (Mateus 3: 17.) “Eu, Deus, constituo todos os seres, apesar de todas as aparências em contrário. Só há um Eu. Portanto, "Sou Eu; Não tenhas medo."(João 6: 20.)_

Mas não olhe com os olhos, porque você será enganado. 

Eu estou em ti, e Eu estou em mim. Nós somos Um. 

Só há lugar no céu para EU. 

Só há lugar para Um, e esse Um é Deus. 

Você ficaria surpreso com o que às vezes acontece na meditação, quando você percebe que não há lugar no Reino de Deus para Deus e seu paciente; e uma vez que não há nada além do Reino de Deus, o seu medo desaparece. Você percebe: _"Eu tenho olhado com meus olhos; tenho acreditado no que meus olhos veem, acreditando no testemunho dos sentidos. Tenho julgado pelas aparências, quando na realidade só existe Deus. Há apenas o Eu que Eu Sou."_



*- Joel Goldsmith*

quinta-feira, 15 de maio de 2025

*SOLO FÉRTIL*




Muitos fatores entram na cura que tem a ver, não tanto com você como um praticante, mas com seus pacientes. Às vezes, eles têm estado agarrados às suas condições por tanto tempo que não podem libertá-las ou deixá-las ir.

Às vezes, também, uma pessoa não está realmente querendo de todo o coração Deus, ou o Reino de Deus, mas tem apenas o desejo de se livrar da sua dor, e nenhum objetivo maior do que tornar-se livre o mais rápido possível para sair e ser um ser humano novamente. Tais casos nem sempre são quebrados fácil ou rapidamente. Às vezes, há uma rebelião absoluta à Verdade em seus pacientes, que você pode nunca descobrir.

Muitas coisas diferentes acontecem na consciência de uma pessoa que tornam impossível para você saber por que ela não responde, mesmo depois de você ter tido a certeza interior de que ela está curada. Se ela for paciente o suficiente e você for paciente o suficiente, finalmente uma cura será realizada. Mesmo assim, por mais estranho que pareça, pode levar um ou dois anos antes que um paciente volte para lhe falar sobre isso, e geralmente é porque surgiu outra coisa, e ela quer mais ajuda.

O solo mais fértil para a cura está na consciência de uma pessoa que chegou a um lugar de indiferença à cura, e realmente sente que não é a cura física com a qual ela está tão preocupada, mas sim, com a experiência de Deus: viver, se mover e ter o seu ser no Reino de Deus. Mas quão são poucas as pessoas que virão até você nesse ponto de prontidão!

Sua função não é julgar o paciente, mas conscientemente perceber a Presença de Deus. 

Cada vez que você é chamado para ajudar, a sua meditação deve incorporar qualquer verdade que trará a você a realização de Deus como Tudo, e o nada da condição, o nada da lei material ou mental.

Quer seja a segunda, terceira, quarta ou centésima vez que você é chamado, você medita. Você não usa uma fórmula, nem tenta se lembrar da última verdade que sabia. Na verdade, acima de tudo, você deve tentar esquecer essa última meditação. Não acredite que a repetição ou a recitação de certas verdades vai curar alguém. O propósito de trazer essas verdades à lembrança consciente é apenas para que você possa alcançar aquele Silêncio que traz à tona a cura.

Todo Silêncio contemplativo deve ser espontâneo, e deve ser uma realização, de uma forma ou de outra, de Deus como Onipotência, como Onipresença, como Onisciência. 

Quando alguém pede ajuda, você deve ser capaz de lembrar instantaneamente que existe apenas UM PODER e que isto para o qual ele está pedindo ajuda NÃO é poder.


*- Joel Goldsmith*

segunda-feira, 12 de maio de 2025

*SOBRE O PERDÃO*





A ideia de perdão não significa olhar para um ser humano e lembrar-se da terrível ofensa que ele cometeu contra nós e depois perdoá-lo por isso. Não há virtude nisso. A virtude reside na capacidade de ver a divindade de seu ser através do humano , percebendo que na divindade de seu ser nunca houve uma ocasião para erro de qualquer natureza. É como se ele estivesse nos pedindo ajuda e nós temos que vê-lo como ele realmente é - um ser espiritual. . .

Mesmo sem o seu pedido de ajuda, somos chamados todos os dias a olhar para aqueles a quem temos algum sentimento negativo e a desenvolver este ato de perdão, que significa voltar-se para o Cristo do nosso próprio Ser e aí percebermos que nada além do Amor existe.  Nunca houve um mortal, e tudo o que aparece como um mortal é o próprio Cristo, incorretamente visto.




*- Joel S. Goldsmith* 

segunda-feira, 5 de maio de 2025

*NÃO EXISTE DEUS e "E"*

 





O reconhecimento do hipnotismo inclui a demonstração de como se livrar de qualquer forma que ele possa assumir: a água na estrada, as cobras no vaso de flores, ou o câncer. 

Mas você não pode se livrar deles separadamente e à parte do hipnotismo. Nem você pode fazer uma demonstração de casa, emprego ou saúde separadamente e à parte de alcançar a Realização Consciente de Deus, porque não há demonstração do bem separado e à parte de Deus.

Não adianta tratar pessoa, lugar ou coisa, porque tudo o que existe no erro é o hipnotismo. 

Não adianta buscar uma demonstração de pessoa, coisa ou condição porque não há demonstração separada e à parte da realização de Deus. 

A realização de Deus inclui todas as demonstrações. 

"Buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça; e todas estas coisas vos serão acrescentadas."5 (5. Mateus 6: 33.)

O ponto importante para entender é que é o mesmo no lado positivo como no negativo. 

No lado positivo, é a demonstração da Consciência da Presença de Deus; No lado negativo, é perceber que não importa qual seja a forma de erro, é hipnotismo, e só hipnotismo, que não tem substância, lei, causa, realidade ou efeito. Estes são os dois lados da imagem.

Toda a base do ensino do Caminho Infinito é que não existe Deus e E. 

Não existe Deus e saúde, ou Deus e força, ou Deus e imortalidade, ou Deus e atividade, ou Deus e suprimento. Existe apenas Deus Se manifestando como. 

Você pode pegar um bloco de mogno, e com ele fazer uma cadeira, uma mesa e um banco. Mas você não tem mogno e uma mesa, uma cadeira e um banco: você tem mogno manifestado ou expresso como essas peças de mobiliário.

Portanto, quando você pensa em Deus como a Substância do universo, você não tem Deus, a Substância, e uma variedade de formas: você tem Deus aparecendo ou formado como estas formas, manifestadas e expressas como formas. 

É por isso que, se você demonstrar Deus, você demonstra todas as formas pelas quais Deus aparece. 

Você demonstra Deus como saúde, como harmonia, como imortalidade, e como suprimento. 

Você não pode demonstrar Deus e essas coisas, e você não pode demonstrar essas coisas separadas e à parte de Deus, porque todas elas são formadas pelo próprio Deus.



*- Joel Goldsmith*

sábado, 3 de maio de 2025

*NÃO HÁ BEM E MAL, SÓ EXISTE DEUS*







"Pai, aqui estou esperando me comunicar com Você, mas com qual finalidade?

Transformar o mal em bem? Se é isso o que é necessário aqui, Você não o teria feito antes que eu lhe pedisse? Todavia não parece que você esteja fazendo qualquer coisa a respeito e, pois, talvez não seja necessário.

Onde está o Espírito do Senhor, aí está a liberdade.

Onde está o Espírito do Senhor não está o mal.

Então, o que será do mal? Ninguém jamais descobriu para onde vai a escuridão quando entra a luz; quando o sol se levanta, aí está a luz, e na Sua presença não há escuridão.

Na presença de Deus, não há pecado, não há falsos apetites ou doenças, perdas ou desemprego, insegurança ou perigo, pois todas essas coisas desvanecem na Sua presença.

Onde Deus É, não acho o mal, encontro Deus - Deus como minha torre alta, como minha saúde física, como meu suprimento, Deus como meu todo em tudo. 

O que quer que isso seja em si mesmo, não é nem bem e nem mal, pois não há bem e mal presentes em toda parte; há somente Deus preenchendo o espaço todo, assim não há nada a fazer de bem e nada que possa decorrer do bem.

Deus formou este universo de Si mesmo; desse modo, é Deus que é o bem, não a condição ou a coisa; e mesmo quando as aparências possam testemunhar o bem ou o mal, eu não as aceito.

Deus constitui meu corpo, que é o templo de Deus. 

Deus é o meu lugar de morada e a integridade do meu ser; 

Deus é o lugar secreto do Altíssimo no qual vivo, me movo e tenho o meu ser”.




*- Joel Goldsmith*

terça-feira, 29 de abril de 2025

*“Vá e Não Peques Mais”*





O mesmerismo pode ser quebrado, mas isso não significa que a pessoa deshipnotizada não possa em breve, voltar a entrar nele. Se ela não se conformar com a visão elevada, nada vai impedi-la de escorregar de volta ao mesmo pecado, à mesma doença ou uma diferente. 

Jesus disse: "Nem eu te condeno: Vá, e não peques mais". Em outras palavras: "Liberto-te e dou-te a tua liberdade através da minha compreensão da tua natureza espiritual, mas não voltes atrás e te entregues de novo à mortalidade". 

Se uma pessoa que é curada não muda o seu modo de vida, isto é, se voltar atrás e "pecar" de novo, pode descobrir que uma coisa pior virá sobre ela. (3. João 8:11.)

O mundo interpreta mal o significado da palavra "pecado". Significa não apenas ficar bêbado, cometer adultério ou roubar: o pecado é muito mais do que isso. O pecado é realmente a aceitação de um universo material. Voltar à crença de que existem seres humanos é o pecado que lança uma pessoa de volta à doença e ao pecado novamente. 

O que o mundo pode chamar de pecado — roubo, mentira, trapaça e adultério— é da mesma natureza da doença: é apenas mais uma forma de hipnotismo.



*Joel Goldsmith*

sábado, 26 de abril de 2025

*Consciência da Verdade não reconhece Causas Mentais*





O des-hipnotismo é um estado de Consciência que vê o que realmente é: é a capacidade de ver, ouvir, provar, tocar e cheirar a Realidade; é a capacidade de ver o pecado não como pecado, e a doença não como doença, mas sim de ser capaz de separá-los da pessoa e perceber que estamos lidando com uma falsa aparência produzida pela crença em uma individualidade separada de Deus, uma crença universal tão poderosa que opera como lei em nossa consciência até detectá-la e expulsá-la, ou seja, até conhecermos a Verdade que nos torna livres.

A única forma de conseguir isso é através da Consciência Espiritual. 

Em primeiro lugar, devemos saber o seguinte: 

Não podemos curar uma doença, não há nenhuma; 

Não podemos vencer a pobreza, não há nenhuma; 

Não podemos superar a morte, não há nenhuma. 

A única coisa que podemos fazer é reconhecer que não estamos lidando com essas aparências ou sugestões como tais: estamos lidando com o hipnotismo.

Mesmo a chamada causa mental de uma doença é tão ilusória quanto a doença física. 

Se existisse uma causa mental para uma doença física, como se afirma em alguns ensinamentos, a doença não é ilusão, uma vez que tem uma causa real. 

Nós, no Caminho Infinito, acreditamos que mesmo uma causa mental é tão ilusória quanto a doença física, uma vez que tudo o que existe na cena humana é da natureza da ilusão. 

A causa mental é tão ilusória em sua natureza quanto ao efeito físico.

A verdade é que tudo o que existe, é Deus Infinito e Sua criação. Não há mais nada. 

Para compreender a Realidade, devemos compreender que só o Espírito é Real, já que o Espírito é Infinito. 

Tudo o que existe, então, deve existir do ponto de vista do Espírito e está sob a Lei Espiritual. Portanto, não estamos lidando com os efeitos físicos de causas mentais: estamos lidando apenas com Deus se manifestando e expressando Suas infinitas harmonias, e com a aparência, sugestão hipnótica ou reivindicação de uma crença universal em uma individualidade separada de Deus, de um universo à parte de Deus, e de uma individualidade e universo sujeito a leis materiais e mentais.


*- Joel Goldsmith*

sexta-feira, 25 de abril de 2025

Significado Espiritual Da Páscoa





A época pascal rememora a crucifixão, ressurreição e ascensão de Jesus, ocorridas há 2000 anos. 

De acordo com os ensinamentos cristãos, o Mestre se submeteu à crucifixão para provar a veracidade de seus ensinamentos e mostrar que, mesmo tendo destruído o corpo, Ele ressurgiria três dias depois. É ensinado que, submetendo-se à morte do corpo, Ele tomou sobre si os pecados do mundo e, dessa forma, morreu para salvar-nos. 

A páscoa é, pois, a rememoração desses eventos, oportunidade em que se lembra e louva o mais elevado dos homens – Jesus – que se submeteu voluntariamente a esse sacrifício, para que o mundo vivesse.

Nós, estudantes da Verdade, devemos juntar-nos ao mundo cristão inteiro, para entoar hinos de louvor e honrar Aquele que, pela magnitude de seu amor, subida compreensão de Deus e do homem, demonstrou, através da crucifixão, a capacidade de vencer o último inimigo – a morte – ressurgindo do túmulo e sobrepondo-se a toda crença humana. 

O estudante da Verdade compreende que na experiência da crucifixão, o Mestre demonstrou poder sobre as leis materiais da vida – as crenças mortais que dão poder de vida ao corpo, em vez de reconhecer que a Vida mesma, divina, eterna, é que governa o corpo. Portanto, a crucifixão simboliza a destruição dos pecados do mundo.

Quanto mais estudamos o Novo Testamento, a mensagem e missão de Jesus Cristo, que culminaram nos dramáticos eventos comemorados na páscoa, tanto mais se aprofunda e amplia nosso amor pelo Mestre e Sua obra. E esse amor nos suscita um grande desejo de compreender o princípio da vida, a missão, a mensagem e demonstração final de Jesus. Nenhum outro homem teve maior amor do que ele, que deu a vida por seus amigos. Qual a resposta que se levanta dentro de nós ao penetrar a profundeza do amor que essa grande alma exprimiu ao mundo, em sua demonstração no calvário e na revelação posterior, com os apóstolos?

Quando o estudante da Verdade lê, pondera e medita essa gloriosa experiência, vivida pelo Mestre por amor à humanidade, pode receber inspiração e força para dar o próximo passo, de descobrir o princípio subjacente à crucifixão, ressurreição e ascensão. Qual a lição que o Mestre desejou transmitir? Não sugeria, acaso, que nós também, a nosso modo, devêssemos experienciar esses três passos? Não nos convida ele a estudar, compreender e finalmente demonstrá-los? Não nos indica que todos devemos demonstrar o princípio da imortalidade? Senão, como nos afirmou que faríamos as obras que Ele fez e ainda maiores?

Todos nascemos para as demonstrações que o Mestre exemplificou, em benefício daqueles que ainda não as podem suportar. 

Ninguém pode chegar a ser um instrutor espiritual se não atingir, em alguma medida, a vivência dos passos de Jesus, porque eles são vividos no dia-a-dia, em pequenas demonstrações, até chegarmos às maiores expressões.

Nossa crucifixão começa pela compreensão desta Verdade cristã: “Eu, de mim mesmo, nada posso. O Pai, em mim, é quem faz as obras”. 

Exatamente nesse ponto começa a renúncia aos supostos méritos, aos apegos, à ambição desmedida, reconhecendo que o homem não vive apenas de pão (fama, poder, riquezas, sabedoria humana), senão pela Vida que se expressa por toda palavra que procede da boca de Deus. Aqui aprendemos a primeira lição de cura espiritual: que a vida não depende da ação do coração e de outros órgãos e funções do corpo, mas, sim, da consciência que temos da Verdade espiritual (Deus como Vida onipresente).

O essencial é que não precipitemos esse desabrochar. Entendamos firmemente que nossa saúde, suprimento, harmonia de relacionamento, etc., não dependem apenas de esforços humanos e estudos ou poderes físicos, como acreditávamos antes, por causa de nossos condicionamentos sociais. É a palavra de Deus, mantida em nossa consciência, que eventualmente se exprime como harmonia e outras bênçãos em nossa vida cotidiana. Assim podemos compreender o real sentido das palavras de Jesus: “Tenho um alimento que não conheceis”. Compreendendo a palavra de Deus, habitando nela e deixando que ela habite em nós, conseguimos a substância que é a Fonte interna de bens, o Sanador e Salvador interno – o alimento que o mundo não conhece.

Crucificamos os medos humanos e dúvidas quando, em vez de correr loucamente, entre ansiedades e cuidados, realizamos tarefas diárias com esta compreensão: “Graças a Ele, tenho o pão, o vinho, e a água. Tudo o que o mundo anseia e busca com muito esforço, já é meu”. Relaxemo-nos à evidência desta promessa: “Filho, tu estás comigo sempre. Tudo o que é meu é teu”. Desse modo crucificamos as preocupações e insegurança.

Ponderando as reiteradas mensagens do Mestre acerca do perdão, conseguimos perdoar “70 vezes 7” aqueles que abusam de nós e chegaremos até a orar pelos que nos perseguem e nos tratam injustamente. Com esta demonstração crucificaremos nossos ressentimentos, intolerância, ódios, medos e outros obstáculos a um saudável relacionamento.

Meditando profundamente a mensagem do Mestre e Sua missão de curar os enfermos, ressuscitar os mortos, abrir os olhos aos cegos e os ouvidos aos surdos, concluímos que o que diz: “nunca vos deixarei nem vos abandonarei, mas estarei convosco sempre, até o fim do mundo”, é o Cristo, dentro de nós, buscando desempenhar Sua missão, agora como antigamente, de curar nossas mentes e corpos, de dar-nos um sentido mais alto de vida, de purificar nossas almas, de perdoar nossos pecados, de alimentar-nos com o pão da vida e sustentar-nos com a água da vida eterna. Com esta compreensão crucificamos muitos outros óbices à nossa realização e despertar.

A culminância da crucifixão chega à sua vida e à minha , pouco-a-pouco, com a ajuda de estudo, meditação e prática da mensagem espiritual, até que, num glorioso dia, desponta em nossa consciência esta Verdade: “Não sabeis que sois filhos do Deus vivo?” 

Nesse momento, todo sentido pessoal, toda identificação humana, é crucificada e morta. O período para esta conquista é o dos simbólicos três dias, para nascermos outra vez, isto é, para sermos renascidos no Espírito. Então saímos do túmulo da personalidade humana e seus suportes materiais. Mas nos estágios iniciais deste renascimento interno, na consciência da filiação divina e sustidos pela divina substância, trazemos as marcas da crucifixão, como o Mestre o demonstrou. É a alegoria das lembranças das falhas, fracassos e dores que transcendemos, como a árvore que sobe e deixa as marcas dos galhos que soltou. São aparências externas que levamos por certo tempo ainda, se bem que tenhamos ressurgido internamente.
Agora andamos na Terra, com aparência de homens comuns, mas como filhos espirituais de Deus e ocasionalmente cometendo pequenos deslizes, pelo simbólico período de 40 dias. 

Mas somos uma evidência viva aos nossos discípulos, amigos e parentes, do fruto que amadurecemos. Eles percebem que já não dependemos dos valores humanos e nem tememos os Pilatos deste mundo, pois realizamos a graça da comunhão interna com o Pai, dizendo, em humilde confiança, por tudo que fazemos: “Eu, de mim mesmo, nada sou; o Pai, em mim, é Quem faz as obras”.

Dentro de nossa dimensão, todos podemos aprender a orar corretamente e sintonizar-nos com a Fonte divina interna, para receber a graça de levar a cura e solução de problemas aos demais. Mas isto depende muito de nossa compreensão da mensagem e missão de Jesus Cristo. Desse modo atingiremos níveis mais altos de consciência, pela crucifixão, em escalas diminutas, de nossos condicionamentos, das crenças materiais e dependência a poderes e sabedoria humanos. Ao mesmo tempo chegamos ao ponto de compreender e demonstrar o poder do Pai, em nós, pela conscientização de que não vivemos meramente do pão, mas “de toda palavra - vibração que procede da boca de Deus”.


JOEL GOLDSMITH

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

*DEUS É AMOR, E NO AMOR NÃO EXISTE O MAL*

 




Por milhares de anos, o homem tem considerado Deus responsável pelos males deste mundo, acreditando que Ele recompensa e pune, que Ele é responsável pelos acidentes, doenças e desastres desta terra, que tornados, ciclones, furacões e maremotos são atos de Deus. 

Por milhares de anos, também, o homem tem sido ordenado: _"Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, e com todas as tuas forças"_.  

Mas será possível para uma pessoa amar um Deus que num momento pode recompensar e abençoar e que no momento seguinte, sem nenhuma razão, pode trazer doenças horríveis, acidentes e morte sobre ela? (1. Deuteronômio 6: 5.)

Não há maneira de "amar o Senhor teu Deus" exceto compreendendo e tornando-se convencido de que o mal não tem sua origem em Deus, e que nem o pecado, a doença, o acidente, a morte, a fome, a tempestade, nem a seca - nenhum destes - vem de Deus. 

Somente na medida em que podemos dissociar Deus de ser a causa do mal, podemos nos livrar dele, porque o mal em nossa experiência decorre da crença de que Deus, de alguma forma, é responsável por ele.*

Esta concepção errônea sobre a natureza de Deus era evidente nos primeiros dias do povo hebreu, quando eles se voltavam com esperança para Deus por suas bênçãos, mas ao mesmo tempo temiam Sua maldição. Isto está bem ilustrado na história de Noé e da Arca. Porque Noé era um homem bom e justo, Deus iria salvá-lo, e Ele, portanto, instruiu-o a construir uma arca e enchê-la com todo tipo de animais, com gado, coisas rastejantes, e aves com as quais prover para ele e sua família. Mas o mesmo Deus que faria isso por Noé ia _"destruir toda a carne, na qual está o sopro da vida"_. 2 (2. Gênesis 6: 17.)

É possível que naquele tempo Noé fosse o único homem santo ou justo na terra? Mesmo que isso fosse verdade e todos os outros homens perversos, de onde viria sua capacidade de serem maus? De onde, senão de Deus, e se de Deus, por que, então, Deus os puniria? E se Deus não deu ao homem a capacidade de pecar, onde ele receberia essa capacidade, já que Deus é seu Pai, seu Princípio Criativo, e a Fonte de tudo o que existe?

Talvez naquela época as pessoas não tivessem a sabedoria para levantar tais questões. Elas tinham apenas a escuridão da superstição e da ignorância e, portanto, abençoavam a Deus quando Ele as abençoava e O amaldiçoava quando o desastre as atingia, acreditando que o bem e o mal vinham de Deus.

Com o advento da verdadeira Luz Espiritual que foi encarnada na consciência de Jesus Cristo em sua plenitude, somos apresentados a um Deus diferente, um Deus em quem não há escuridão, um Deus puro demais para contemplar a iniquidade, um Deus que exige de nós que sejamos tão puros que até perdoemos nossos inimigos e oremos por aqueles que nos usam maldosamente. 

O Deus que Jesus deu ao mundo é um Deus que exige de nós que não tenhamos ninguém em condenação, que não apliquemos nenhum castigo sobre o pecador.

*- Joel Goldsmith*

quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

*Na Presença de uma Consciência Espiritual Desenvolvida, o Mal Não É Poder*




Repetidas vezes, você já ouviu dizer que erro não é poder, que mal não é poder, doença não é poder, e até pecado não é poder. Essa é uma filosofia muito satisfatória, e todos gostariam de acreditar. 

De fato, não sei de nada que possa ser mais agradável e reconfortante do que acreditar que a doença não é poder, que o pecado não é poder, ou que falta, limitação e pobreza não são poder. Mas você se depara com um mundo em que não só há um poder maligno, mas ele ainda parece ser muito mais poderoso que o bem.

No entanto, Jesus Cristo ensinou e demonstrou que, na Presença da Consciência Espiritual, os males deste mundo não são poder. Ele não apenas ensinou isso, mas demonstrou isso na cura do pecado, doença e da escassez. Ele provou conclusivamente que, por onde passava, o nada, a impotência do mal humano era demonstrada. Ele também provou que, onde quer que seus discípulos andassem, o mal tinha menos poder, não na medida em que era anulado quando estava em sua Presença, porque, como ele indicou, os discípulos ainda não haviam alcançado uma plenitude suficiente da Consciência Espiritual. 

Portanto, o que a metafísica realmente está dizendo, ou deveria estar dizendo, é que, na Presença de uma Consciência Espiritual natural ou cultivada, o mal perde seu poder e o Poder Espiritual do Bem é revelado.

Foi provado, no século passado, que o mal perde sua realidade e seu poder onde quer que haja um indivíduo que tenha entrado neste mundo com uma Consciência espiritual ou onde, através do estudo, aplicação e devoção, essa Consciência tenha sido desenvolvida. Embora não haja mais dúvida de que isso é verdade, ainda era uma dúvida quando foi originalmente trazida à atenção do mundo.


*- Joel Goldsmith* 

sábado, 18 de janeiro de 2025

*Permanecer em Nossa Interioridade Se Traduz em Harmonia Exterior*

 




A barreira para o sucesso é tentar conectar o Espírito com este mundo. 

Quando entramos em meditação, deixamos esse mundo de fora. Então vencemos o mundo e permanecemos no “abrigo secreto do Altíssimo”, e lá recebemos Iluminação Espiritual. 

É tudo o que queremos: Iluminação Espiritual Interior, e não conectá-la a nenhuma circunstância ou condição externa.

“Eu venci o mundo”. Não estou levando o mundo para a minha meditação: ele está lá fora. Eu estou dentro do Reino de Deus, dentro de mim. Eu e o Pai estamos em comunhão. Eu comungo com o Pai dentro de mim. Eu reconheço Sua Presença e Sua Graça. Reconheço Seu Amor, Sua Paz e Sua Alegria, e tudo isso dentro de mim.

Não existe em minha mente um único pensamento do mundo de fora do meu Ser, e, mais ainda, estou convencido disso, porque testemunhei que essa comunhão interna produz harmonia na experiência dos estudantes daqui. 

Tudo o que ocorre na interioridade se traduz em termos de harmonia na experiência daqueles que nos tocam, não por causa de qualquer complexo de ser bonzinho, não por tentar usar Deus para alguma pessoa, mas por vontade de deixar o mundo de fora.

Este é um Reino Espiritual dentro de nós. 

Este é um universo espiritual, e há pessoas espirituais no “Meu Reino”, Filhos Espirituais de Deus, e somos todos herdeiros de Deus, co-herdeiros de todas as riquezas celestes. 

O ramo no lado direito da árvore é alimentado a partir da mesma fonte que o ramo esquerdo da árvore.

“Eu venci o mundo”. Em Ti, eu estou em casa. 

Eu sou alimentado de uma Fonte Interna. 

O Cristo me dá água, e esta água brota da Fonte da Vida Eterna. 

Sou alimentado por dentro, vestido por dentro, abrigado de dentro.

O Reino de Deus está dentro de mim, e é um Alimento Espiritual, uma Bebida Espiritual, um Abrigo Espiritual, um Templo de Deus, não feito com as mãos.



*- Joel Goldsmith*